Darkest Hour (filme)
Darkest Hour | |
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Pôster promocional | |
No Brasil | O Destino de uma Nação[1] |
Em Portugal | A Hora Mais Negra[2] |
Reino Unido 2017 • cor • 125 min | |
Gênero | drama guerra político |
Direção | Joe Wright |
Produção | Tim Bevan Lisa Bruce Eric Fellner Anthony McCarten Douglas Urbanski |
Roteiro | Anthony McCarten |
Elenco | Gary Oldman Ben Mendelsohn Kristin Scott Thomas Lily James Stephen Dillane Ronald Pickup |
Música | Dario Marianelli |
Cinematografia | Bruno Delbonnel |
Edição | Valerio Bonelli |
Companhia(s) produtora(s) | Working Title Films Wanda Pictures |
Distribuição | Focus Features |
Lançamento | 1 de setembro de 2017 (Telluride) |
Idioma | língua inglesa |
Orçamento | $ 30 milhões |
Receita | $ 150,8 milhões |
Darkest Hour (Brasil: O Destino de Uma Nação / Portugal: A Hora Mais Negra) é um filme do gênero drama de guerra britânico de 2017, dirigido por Joe Wright, com roteiro de Anthony McCarten. É estrelado por Gary Oldman como Winston Churchill, que interpreta o personagem em seus primeiros dias como primeiro-ministro do Reino Unido e na ocasião em que o Exército Alemão de Hitler cercava as tropas britânicas em Dunquerque, na França, durante a Segunda Guerra Mundial. Também integra o elenco Ben Mendelsohn, Kristin Scott Thomas, Lily James, Stephen Dillane, e Ronald Pickup.
O filme estreou em 1 de setembro de 2017 no Festival de Cinema de Telluride, antes do lançamento oficial programado para 22 de novembro de 2017 nos Estados Unidos e 12 de janeiro de 2018 no Reino Unido.[3]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Poucos dias após se tornar primeiro-ministro, nos primórdios da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill (Gary Oldman) enfrenta um momento crucial contra Adolf Hitler e o seu Exército Alemão.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Gary Oldman – Winston Churchill
- Ben Mendelsohn – Jorge VI do Reino Unido
- Kristin Scott Thomas – Clementine Churchill
- Lily James – Elizabeth Nel
- Ronald Pickup – Neville Chamberlain
- Stephen Dillane – Lord Halifax, Secretário de Relações Exteriores
- David Schofield – Clement Attlee
- Olivier Broche – Paul Reynaud
Produção
[editar | editar código-fonte]Em 5 de fevereiro de 2015, foi anunciado que a Working Title Films tinha adquirido Darkest Hour, um script especulativo do roteirista Anthony McCarten (de A Teoria de Tudo) sobre Winston Churchill na ocasião dos dias iniciais da Segunda Guerra Mundial.[4]
Em 19 de março de 2016, foi noticiado que Joe Wright estava em negociações para assumir a direção do filme.[5] Em 14 de abril de 2016, Gary Oldman estava em conversações para interpretar Churchill no filme.[6]
Em 6 de setembro de 2016, foi divulgado na imprensa que a Focus Features iria lançar o filme nos Estados Unidos em 24 de novembro de 2017, com Ben Mendelsohn (como Jorge VI do Reino Unido) e Kristin Scott Thomas (como Clementine Churchill).[3]
No dia 3 de novembro de 2016 foi noticiado que Darkest Hour tinha recentemente iniciado os trabalhos de produção de fotografia cinematográfica.[7] Também em novembro, foi divulgado que Dario Marianelli seria responsável pela trilha sonora do filme.[8]
Foi divulgado em 8 de novembro de 2016 que Stephen Dillane passaria a integrar o elenco.[9] Para desempenhar o papel de Churchill, Oldman gastou ao longo das filmagens cerca de 200 horas de maquiagem e preparação para o personagem.[10]
John Hurt estava inicialmente confirmado no elenco para assumir o papel do ex-primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain. No entanto, de acordo com Oldman, Hurt estava a se submeter a um tratamento contra um câncer no pâncreas, e assim indisponível para acompanhar os ensaios para as filmagens. Ele morreu em janeiro de 2017, menos de dois meses depois do início da produção. O ator Ronald Pickup assumiu então o papel de Chamberlain inicialmente atribuído a John Hurt.[11]
Precisão Histórica
[editar | editar código-fonte]Escrevendo para Slate, o historiador e acadêmico John Broich chamou O Destino de Uma Nação de "uma peça de ficção histórica que empreende uma séria tarefa histórica", apresentando a decisão britânica de lutar contra Hitler como uma escolha e não como um ato inevitável, como teria sido de fato. A situação em 1940 foi tão terrível quanto descrita, mas foram tomadas liberdades ficcionais com os fatos.[12] Os gritos na tela sobre possíveis negociações de paz com Hitler são fictícios. A viagem de Churchill no metrô de Londres também é totalmente fictícia, e há evidências históricas de que a maioria dos britânicos não foi imediatamente inspirada pelos discursos de Churchill. George Orwell acreditava que as pessoas comuns já se sentiam subjugadas e poderiam não se opor a uma "nova ordem".[12]
Não há provas conclusivas de que Chamberlain e o visconde de Halifax estivessem planejando um iminente voto de desconfiança, embora essa ameaça existisse até as vitórias da meia-guerra no norte da África. É fato que Churchill era alvo da suspeita de seus próprios colegas conservadores.[12] O Partido Trabalhista confirmou que eles serviriam em um governo nacional sob outro líder que não Chamberlain, mas não citaram Churchill.[13]
Em The New Yorker, Adam Gopnik escreveu: "... no final de Maio de 1940, quando o líder conservador Lord Halifax desafiou Churchill, insistindo que ainda era possível negociar um acordo de paz com Hitler, através dos bons ofícios de Mussolini, foi o firme anti-nazismo de Attlee e seus colegas trabalhistas que salvou o dia - uma verdade vital tão mal subdramatizada no atual filme centrado em Churchill, O Destino de Uma Nação".[14] Esta crítica foi repetida por Adrian Smith, professor emérito de história moderna da Universidade de Southampton, que escreveu na New Statesman que o filme "mais uma vez negligenciava o papel-chave dos trabalhistas no momento mais perigoso da história deste país. (...) Em maio de 1940, seus líderes deram a Churchill o apoio inequívoco de que ele precisava quando se recusou a se render. Ignorar o papel vital de Attlee é só mais uma falha em um filme profundamente falho".[15]
Referindo-se ao comentário de Charles Moore de que o filme era "excelente propaganda do Brexit", Afua Hirsch escreveu no The Guardian: "Eu o chamaria de filme de propaganda, mais genericamente - e um grande exemplo do tipo de mito que nós gostamos de promover na moderna Grã-Bretanha. Churchill foi renomeado como um viajante de metrô, um gênio adorador de minorias, de acordo com uma compreensão geral dele como 'o maior britânico de todos os tempos' ".[16] Hirsch também criticou o filme por "perpetuar a ideia de que Winston Churchill ficou sozinho, na Hora Negra, enquanto o nazi-fascismo invadia, sendo a Grã-Bretanha uma nação pequena e vulnerável isolada no Atlântico Norte. Na realidade, o Reino Unido era naquele momento uma potência imperial com o poder coletivo de mão de obra indiana, africana, canadense e australiana, recursos e riqueza à sua disposição".[17]
Elizabeth Nel é retratada como secretária de Churchill já em 1940. Na realidade, ela só começou a trabalhar para Churchill em 1941. No filme, seu irmão teria morrido enquanto ele recuava para Dunquerque. Isso é fictício.
O filme dá a impressão de que tanto Clemmie quanto o Rei George VI puderam ouvir pelo rádio o discurso ao vivo do Parlamento. Isto foi impossível porque as transmissões de rádio do Parlamento não começaram até os anos 1970. Embora Churchill tenha gravado o discurso para a posteridade, ele não fez a gravação até 1949. Nem ele, diferentemente de alguns outros discursos, repetiu esse discurso no rádio logo depois de dá-lo no Parlamento.[18]
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Melhor Filme | Indicado |
Melhor Ator - Gary Oldman | Venceu |
Melhor Fotografia - Bruno Delbonnel | Indicado |
Melhor Direção de Arte | Indicado |
Melhor Figurino | Indicado |
Melhor Penteado & Maquiagem | Venceu |
Melhor Ator em Drama - Gary Oldman | Venceu |
Melhor Filme | Indicado |
Melhor Ator - Gary Oldman | Venceu |
Melhor Cabelo & Maquiagem | Venceu |
Melhor Ator - Gary Oldman | Venceu |
Melhor Filme | Indicado |
Melhor Filme Britânico | Indicado |
Melhor Ator - Gary Oldman | Venceu |
Melhor Atriz Coadjuvante - Kristin Scott Thomas | Indicado |
Melhor Trilha Sonora Original - Dario Marianelli | Indicado |
Melhor Fotografia - Bruno Delbonnel | Indicado |
Melhor Design de Produção | Indicado |
Melhor Figurino | Indicado |
Melhor Penteado & Maquiagem | Venceu |
Referências
- ↑ O Destino de uma Nação no AdoroCinema
- ↑ «A Hora Mais Negra». no CineCartaz (Portugal)
- ↑ a b McNary, Dave (6 de setembro de 2016). «Gary Oldman's Winston Churchill Film 'Darkest Hour' Gets Release Date, Rounds Out Cast». Variety. Consultado em 4 de novembro de 2016
- ↑ Fleming, Jr., Mike (5 de fevereiro de 2015). «'Theory Of Everything's Anthony McCarten & Working Title Set Winston Churchill WWII Epic». Deadline.com. Consultado em 4 de novembro de 2016
- ↑ Jaafar, Ali (29 de março de 2016). «Joe Wright In Talks To Direct Winston Churchill Pic For Working Title». Deadline. Consultado em 4 de novembro de 2016
- ↑ McNary, Dave (14 de abril de 2016). «Gary Oldman in Talks to Play Winston Churchill in 'Darkest Hour'». Variety. Consultado em 4 de novembro de 2016
- ↑ Raup, Jordan (3 de novembro de 2016). «First Look: Gary Oldman Thoroughly Transforms into Winston Churchill in 'Darkest Hour'». The Film Stage. Consultado em 4 de novembro de 2016
- ↑ «Dario Marianelli to Score Joe Wright's 'Darkest Hour'». Consultado em 15 de maio de 2017
- ↑ Lodderhose, Diana (8 de novembro de 2016). «Stephen Dillane Joins Working Title's Churchill WWII Epic 'Darkest Hour' As Production Begins In UK». Deadline. Consultado em 14 de dezembro de 2016
- ↑ «Gary Oldman Spent 200 Hours In Make-Up Chair To Become Winston Churchill In 'Darkest Hour'». Deadline. 29 de março de 2017. Consultado em 30 de março de 2017
- ↑ «John Hurt won't appear in Darkest Hour, what was thought to be his final film». Digital Spy. 16 de maio de 2017. Consultado em 20 de maio de 2017
- ↑ a b c Broich, John (8 de dezembro de 2017). «What's Fact and What's Fiction in Darkest Hour». Slate. The Slate Group. Consultado em 4 de fevereiro de 2018
- ↑ Overy, Richard (17 de janeiro de 2018). «How Churchill replaced Chamberlain». Gulf News. Al Nisr Publishing
- ↑ Gopnik, Adam (2 de janeiro de 2018). «Never Mind Churchill, Clement Attlee Is a Model for These Times». The New Yorker. Condé Nast. Consultado em 16 de abril de 2018
- ↑ Smith, Adrian (19 de janeiro de 2018). «The errors and omissions of Winston Churchill film Darkest Hour». New Statesman. Consultado em 16 de abril de 2018
- ↑ Hirsch, Afua (21 de março de 2018). «If you talk about Russian propaganda, remember: Britain has myths too». The Guardian. Guardian News and Media. Consultado em 15 de abril de 2018
- ↑ Hirsch, Afua (29 de maio de 2018). «Britain doesn't just glorify its violent past: it gets high on it». The Guardian. Guardian News and Media. Consultado em 1 de junho de 2018
- ↑ Toye, Richard (2 de dezembro de 2013), «We shall fight on the beaches: three things you never knew about Churchill's most famous speech», Government of the United Kingdom, History of Government, consultado em 24 de agosto de 2018
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Darkest Hour. no IMDb.
- Filmes do Reino Unido de 2017
- Filmes dirigidos por Joe Wright
- Filmes de drama biográfico do Reino Unido
- Filmes de drama biográfico da década de 2010
- Filmes baseados em casos reais
- Representações culturais de Franklin Delano Roosevelt
- Filmes da Focus Features
- Filmes da Working Title Films
- Filmes gravados em Londres
- Filmes sobre laureados com o Nobel
- Filmes de drama de guerra da década de 2010
- Filmes sobre a Segunda Guerra Mundial
- Filmes premiados com o Oscar de melhor ator
- Filmes premiados com o Oscar de melhor maquiagem e penteados
- Filmes de drama de guerra do Reino Unido
- Filmes ambientados na década de 1940
- Filmes com trilha sonora de Dario Marianelli
- Representações culturais de Neville Chamberlain
- Representações culturais de Winston Churchill
- Representações culturais de Jorge VI do Reino Unido
- Filmes premiados com o Globo de Ouro de melhor ator - drama
- Filmes premiados com o BAFTA de melhor ator
- Filmes premiados com o BAFTA de melhor maquiagem e caracterização