Kōmei: diferenças entre revisões
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A irmã mais nova do Imperador, Chikako, Princesa Kazu (和宮親子内親王) foi forçada a casar com o [[Shogun]] Tokugawa Iemochi, como parte de um movimento para unir a Corte Imperial e o [[Shogun|Bakufu]] (公武合体), mas a morte do shogun pôs um ponto final nas negociações. Tanto o Imperador como a sua irmã eram contra o casamento, apesar de compreender os ganhos que obteria das ligações familiares com o verdadeiro governante do [[Japão]]. O Imperador Komei não tinha nenhum interesse no estrangeiro e opunha-se fortemente à abertura do [[Japão]] às potências ocidentais, mesmo quando o Shogun continuou a aceitar as exigências estrangeiras |
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* '''Ansei 4''' (1858), no 28º dia do 12º mês ([[22 de Janeiro]] de [[1858]]): O ''[[Daigaku-no-kami]]'' [[Hayashi Akira]] chefiou a delegação do Bakufu que procurava o conselho do Imperador na decisão de como negociar com as potências ocidentais.<ref>Cullen, L.M. (2003). ''A History of Japan, 1582-1941: Internal and External Worlds,'' p.178.</ref> Este teria sido a primeira vez que o conselho do Imperador tinha sido procurado desde o estabelecimento do [[Shogunato Tokugawa]]. A consequência desta abertura transitória seria o aumento do número do fluxo de [[mensageiro]]s entre [[Tóquio|Edo]] e [[Quioto]] na década seguinte.<ref>Ponsonby-Fane, Richard. (1956). ''Kyoto: the Old Capital, 794-1869,'' p. 324.</ref> Em relação as estas difíceis audiências em [[Quioto]] não existe melhor ironia no facto de o Shogun e seu Bakufu terem sido representados por um burocrata [[Confucionismo|neo-confuciano]] do século XIX, que deve ter ficado surpreendido por se encontrar numa encruzilhada crucial da política, movendo-se "''by the book''" através de mares nunca navegados com teorias e a história como o único guia fiável.<ref>Cullen, pp. 173-185</ref> |
* '''Ansei 4''' (1858), no 28º dia do 12º mês ([[22 de Janeiro]] de [[1858]]): O ''[[Daigaku-no-kami]]'' [[Hayashi Akira]] chefiou a delegação do Bakufu que procurava o conselho do Imperador na decisão de como negociar com as potências ocidentais.<ref>Cullen, L.M. (2003). ''A History of Japan, 1582-1941: Internal and External Worlds,'' p.178.</ref> Este teria sido a primeira vez que o conselho do Imperador tinha sido procurado desde o estabelecimento do [[Shogunato Tokugawa]]. A consequência desta abertura transitória seria o aumento do número do fluxo de [[mensageiro]]s entre [[Tóquio|Edo]] e [[Quioto]] na década seguinte.<ref>Ponsonby-Fane, Richard. (1956). ''Kyoto: the Old Capital, 794-1869,'' p. 324.</ref> Em relação as estas difíceis audiências em [[Quioto]] não existe melhor ironia no facto de o Shogun e seu Bakufu terem sido representados por um burocrata [[Confucionismo|neo-confuciano]] do século XIX, que deve ter ficado surpreendido por se encontrar numa encruzilhada crucial da política, movendo-se "''by the book''" através de mares nunca navegados com teorias e a história como o único guia fiável.<ref>Cullen, pp. 173-185</ref> |
Revisão das 20h10min de 24 de março de 2016
![]() Imperador Komei Komei Tennō | |
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![]() 121º Imperador do Japão | |
![]() Imperador Komei | |
Reinado | 10 de Março de 1846 a 30 de Janeiro de 1867 |
Rainha | Kujō Asako |
Coroação | 10 de Março de 1846 |
Antecessor(a) | Imperador Ninko |
Sucessor(a) | Imperador Meiji |
Nascimento | 22 de julho de 1831 |
Quioto | |
Morte | 30 de janeiro de 1867 (35 anos) |
Quioto | |
Nome completo | |
Osahito (統仁??) | |
Casa | Casa de Yamato |
Pai | Imperador Ninko |
Mãe | Masako Fujiwara |
Filho(s) | Imperador meiji |
Imperador Komei (Komei Tennō) (22 de Julho de 1831 — 30 de Janeiro de 1867) foi o 121º imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão.
Reinou de 1846 a 1867 e o seu nome de nascimento foi Osahito(統仁?). Durante seu reinado os ocidentais obtiveram a reabertura dos portos japoneses ao comércio internacional.
O Imperador Komei foi o quarto filho do Imperador Ninko. A sua mulher foi Kujō Asako (九条夙子), postumamente baptizada Sukulito Sakayamas (英照皇太后). O Imperador Meiji foi o seu segundo filho cuja mãe foi a Dama de Companhia Nakayama Yoshiko (中山慶子). Komei teve quatro filhas e dois filhos, mas Meiji foi o único a sobreviver mais de dois anos.
Reinado
A irmã mais nova do Imperador, Chikako, Princesa Kazu (和宮親子内親王) foi forçada a casar com o Shogun Tokugawa Iemochi, como parte de um movimento para unir a Corte Imperial e o Bakufu (公武合体), mas a morte do shogun pôs um ponto final nas negociações. Tanto o Imperador como a sua irmã eram contra o casamento, apesar de compreender os ganhos que obteria das ligações familiares com o verdadeiro governante do Japão. O Imperador Komei não tinha nenhum interesse no estrangeiro e opunha-se fortemente à abertura do Japão às potências ocidentais, mesmo quando o Shogun continuou a aceitar as exigências estrangeiras
- Ansei 4 (1858), no 28º dia do 12º mês (22 de Janeiro de 1858): O Daigaku-no-kami Hayashi Akira chefiou a delegação do Bakufu que procurava o conselho do Imperador na decisão de como negociar com as potências ocidentais.[1] Este teria sido a primeira vez que o conselho do Imperador tinha sido procurado desde o estabelecimento do Shogunato Tokugawa. A consequência desta abertura transitória seria o aumento do número do fluxo de mensageiros entre Edo e Quioto na década seguinte.[2] Em relação as estas difíceis audiências em Quioto não existe melhor ironia no facto de o Shogun e seu Bakufu terem sido representados por um burocrata neo-confuciano do século XIX, que deve ter ficado surpreendido por se encontrar numa encruzilhada crucial da política, movendo-se "by the book" através de mares nunca navegados com teorias e a história como o único guia fiável.[3]
- Ansei 4 (1858) Em Outubro, Hayashi Akira é enviado de Edo para Quioto para explicar os termos do Tratado de Amizade e Comércio (日米修好通商条約, Nichibei Shūkō Tsūshō Jōyaku?), também conhecido por Tratado de Harris. Hayashi tinha duas tarefas. Explicar os termos do tratado a um Imperador Céptico e obter a sua aprovação. Komei aprovou o tratado em Fevereiro 1859 quando compreendeu que não existia qualquer alternativa.[4]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/K%C3%B4mei_Tenn%C3%B4.png/250px-K%C3%B4mei_Tenn%C3%B4.png)
O Imperador Komei ficou furioso com todos os desenvolvimentos durante o seu reinado como Imperador. Durante a sua vida não viu um único estrangeiro e conhecia muito pouco a seu respeito. Durante o seu reinado começou a ganhar mais poder à medida que o poder do Shogunato Tokugawa declinava, apesar disto se ter limitado a consultas e outras formas de deferência de acordo com o protocolo.
O Imperador apoiava os sentimentos anti-ocidentais e, quebrando séculos de tradições imperiais, começou a desempenhar um papel activo nas matérias do estado: as oportunidades foram surgindo. Ele atacou os tratados e tentou interferir na sucessão do Shogunato. Os seus esforços culminariam em 1863 com a sua "Ordem de expulsão dos Bárbaros".[5] Apesar de o Shogunato nunca ter tido a intenção de cumprir com a ordem, todavia ela inspirou ataques contra o Shogunato e contra estrangeiros no Japão: O incidente mais conhecido foi o assassinato do comerciante Inglês Charles Lennox Richardson, por cuja morte o Shogunato pagou 100 000 Libras Esterlinas[6] Outros ataques incluíram o bombardeamento de navios ocidentais em Shimonoseki.[7]
Em Janeiro de 1867 foi diagnosticada Varíola ao Imperador. Este facto causou surpresa porque foi dito que o Imperador nunca tinha estado doente anteriormente. Em 30 de Janeiro de 1867 ele sofreu um violento ataque de vómitos e diarreia e morreu com 35 anos de idade.
O Túmulo imperial (misasagi) de Komei está no templo de Sennyū-ji em Higashiyama, Kyoto no Nochi no Tsukinowa no Higashiyama no misasagi 後月輪東山陵.])]]]
Kugyō
Kugyō (公卿) é um termo colectivo para designar os muito poucos homens poderosos ligados à corte imperial do Japão nas eras pré-Meiji. Mesmo durante os anos em que a influência da corte fora do palácio paredes era mínima, a organização hierárquica persistiu.
Em geral, essa elite incluía apenas três a quatro homens de uma só vez.Estes eram cortesãos hereditários cuja experiência e antecedentes teriam-nos levado ao auge da carreira. Durante o reinado Kōmei, este vértice do Daijō-kan incluía:
Eras do reinado de Kōmei
Imperador Kōmei foi o último imperador japonês, que tinha mais de um nome de era japonesa (nengō) durante um único reinado. Começando com o seu sucessor, Meiji, foi adoptado um único nome de era (idêntico ao Título Oficial do Imperador) que não se alterava até à sua morte.
- Kōka (1844-1848)
- Kaei (1848-1854)
- Ansei (1854-1860)
- Man'en(1860-1861)
- Bunkyū(1861-1864)
- Genji (1864-1867)
- Keio (1865-1868)
Descendência
- Imperador Meiji (3 de Novembro de 1852 - 30 de Julho de 1912)
Precedido por Ninko |
Imperador do Japão 1846 - 1867 |
Sucedido por Meiji |
Ligações externas
Ver também
Referências
- ↑ Cullen, L.M. (2003). A History of Japan, 1582-1941: Internal and External Worlds, p.178.
- ↑ Ponsonby-Fane, Richard. (1956). Kyoto: the Old Capital, 794-1869, p. 324.
- ↑ Cullen, pp. 173-185
- ↑ Cullen, p. 184.
- ↑ (攘夷実行の勅命) "Saigo Takamori and Okubo Toshimichi," p. 36
- ↑ Jansen, pp. 314-5.
- ↑ Hagiwara, p. 35.