Filosofia islâmica: diferenças entre revisões
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[[Al-Ghazali]] nasceu num pequeno vilarejo nos arredores da cidade de [[Tus]], no [[Irã]] oriental, no ano de 450 depois da [[Hégira]]. Filósofo islâmico, desenvolveu um precoce interesse pelo [[sufismo]], a forma islâmica de [[misticismo]] religioso individual e organizado, e recebeu instrução particular sobre os métodos dos seus praticantes, os Sufis. Ghazali viveu em retiro privado, trabalhando com frequência em empregos servis, escrevendo, passando tempo em [[contemplação]] e aprendendo mais ainda sobre uma vida de [[ascetismo]] e misticismo com vários sufis. Os seus escritos tiveram grande influência do [[aristotelismo]]. |
[[Al-Ghazali]] nasceu num pequeno vilarejo nos arredores da cidade de [[Tus]], no [[Irã]] oriental, no ano de 450 depois da [[Hégira]]. Filósofo islâmico, desenvolveu um precoce interesse pelo [[sufismo]], a forma islâmica de [[misticismo]] religioso individual e organizado, e recebeu instrução particular sobre os métodos dos seus praticantes, os Sufis. Ghazali viveu em retiro privado, trabalhando com frequência em empregos servis, escrevendo, passando tempo em [[contemplação]] e aprendendo mais ainda sobre uma vida de [[ascetismo]] e misticismo com vários sufis. Os seus escritos tiveram grande influência do [[aristotelismo]]. |
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=== Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi === |
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[[Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi]] elaborou um pensamento decorrente da [[Escola peripatética|filosofia peripatética]] desenvolvida por [[Avicena|Ibn Sina (Avicena)]], a filosofia iluminacionista de Suhrawardi é crítica a diversas posições de Ibn Sina e se afasta radicalmente dele na criação de uma linguagem simbólica (derivada principalmente da antiga cultura Iraniana ou Farhang-e Khosravani) para dar expressão a sua sabedoria (hikma). Suhrawardi ensinou uma profunda e complexa [[cosmologia]] [[Emanacionismo|emanacionista]], na qual toda a criação é uma sucessiva efusão original da Suprema Luz das Luzes. O fundamento da sua filosofia é pura luz imaterial, onde nada é manifesto, e que se revela da Luz das Luzes numa ordem decrescente de intensidade cada vez menor, através de uma complexa interação, dando origem a um conjunto de luzes horizontais, similar ao conceito [[Teoria das ideias|Platônico das formas]], que governa a realidade mundana. Em outras palavras, o universo e todos os níveis da existência são graus diversificados de luz—luz e escuridão. Na sua divisão dos corpos, ele categoriza os objetos em termos da sua recepção ou não recepção da luz. |
[[Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi]] elaborou um pensamento decorrente da [[Escola peripatética|filosofia peripatética]] desenvolvida por [[Avicena|Ibn Sina (Avicena)]], a filosofia iluminacionista de Suhrawardi é crítica a diversas posições de Ibn Sina e se afasta radicalmente dele na criação de uma linguagem simbólica (derivada principalmente da antiga cultura Iraniana ou Farhang-e Khosravani) para dar expressão a sua sabedoria (hikma). Suhrawardi ensinou uma profunda e complexa [[cosmologia]] [[Emanacionismo|emanacionista]], na qual toda a criação é uma sucessiva efusão original da Suprema Luz das Luzes. O fundamento da sua filosofia é pura luz imaterial, onde nada é manifesto, e que se revela da Luz das Luzes numa ordem decrescente de intensidade cada vez menor, através de uma complexa interação, dando origem a um conjunto de luzes horizontais, similar ao conceito [[Teoria das ideias|Platônico das formas]], que governa a realidade mundana. Em outras palavras, o universo e todos os níveis da existência são graus diversificados de luz—luz e escuridão. Na sua divisão dos corpos, ele categoriza os objetos em termos da sua recepção ou não recepção da luz. |
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=== Outros Filósofos Islâmicos medievais === |
=== Outros Filósofos Islâmicos medievais === |
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Revisão das 06h56min de 2 de maio de 2017
Parte da série sobre o |
Islamismo |
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A filosofia islâmica ou árabe[1] faz parte dos chamados "estudos islâmicos". Os filósofos desse ramo buscam alcançar uma harmonia entre os ensinamentos religiosos do Islão e a razão. De um ponto de vista Ocidental, a filosofia islâmica teve o grande mérito de despertar a renovação filosófica da cultura medieval.[2]
A palavra islã significa "submissão" incondicional à vontade de Alá (Deus). Seus seguidores, os muçulmanos, acreditam que sua fé foi revelada por Alá ao profeta Maomé, cujas palavras foram reunidas no livro sagrado do islamismo, o Alcorão.
Idade Média
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A produção de comentários sobre a filosofia grega se manteve, no Império Bizantino, durante séculos, o que garantiu a preservação de grande parte da obra de Aristóteles. De lá, a tradição aristotélica passou ao mundo árabe, onde floresceu mesclada ao neoplatonismo - retornando posteriormente à Europa.
Avicena
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Avicena (Bucara, 980 — Hamadã, 1037) foi um célebre filósofo e médico persa da Idade Média. Avicena foi o maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico, continuando a tradição aristotélico-platônica de Al-Kindi e Al-Farabi - este último, o mais antigo e conhecido entre os filósofos islâmicos do século X.
Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se das ideias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.
Sua influência no Oriente não foi duradoura devido à oposição dos teólogos ortodoxos. No Ocidente, contudo, Avicena foi decisivo para a difusão do pensamento de Aristóteles nos séculos XII e XIII, tendo influenciado filósofos posteriores, como Duns Scotus, Alberto Magno e Tomás de Aquino, que nutriam grande admiração por ele.
Averróis
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Averróis (Córdoba, 1126 — Marraquexe, 1198) foi um filósofo, médico e polímata muçulmano andaluz. Membro de uma família de juristas, estudou medicina e filosofia. É um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na Europa graças aos árabes, e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com astronomia e direito canônico muçulmano.
Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua ideia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são coeternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.
Al-Ghazali
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Al-Ghazali nasceu num pequeno vilarejo nos arredores da cidade de Tus, no Irã oriental, no ano de 450 depois da Hégira. Filósofo islâmico, desenvolveu um precoce interesse pelo sufismo, a forma islâmica de misticismo religioso individual e organizado, e recebeu instrução particular sobre os métodos dos seus praticantes, os Sufis. Ghazali viveu em retiro privado, trabalhando com frequência em empregos servis, escrevendo, passando tempo em contemplação e aprendendo mais ainda sobre uma vida de ascetismo e misticismo com vários sufis. Os seus escritos tiveram grande influência do aristotelismo.
Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi elaborou um pensamento decorrente da filosofia peripatética desenvolvida por Ibn Sina (Avicena), a filosofia iluminacionista de Suhrawardi é crítica a diversas posições de Ibn Sina e se afasta radicalmente dele na criação de uma linguagem simbólica (derivada principalmente da antiga cultura Iraniana ou Farhang-e Khosravani) para dar expressão a sua sabedoria (hikma). Suhrawardi ensinou uma profunda e complexa cosmologia emanacionista, na qual toda a criação é uma sucessiva efusão original da Suprema Luz das Luzes. O fundamento da sua filosofia é pura luz imaterial, onde nada é manifesto, e que se revela da Luz das Luzes numa ordem decrescente de intensidade cada vez menor, através de uma complexa interação, dando origem a um conjunto de luzes horizontais, similar ao conceito Platônico das formas, que governa a realidade mundana. Em outras palavras, o universo e todos os níveis da existência são graus diversificados de luz—luz e escuridão. Na sua divisão dos corpos, ele categoriza os objetos em termos da sua recepção ou não recepção da luz.
Outros Filósofos Islâmicos medievais
Idade Moderna
Idade Contemporânea
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Statue_of_Averroes_%28C%C3%B3rdoba%29_-_BAE09705.jpg/220px-Statue_of_Averroes_%28C%C3%B3rdoba%29_-_BAE09705.jpg)
Referências
Ligações externas
- FERRATER MORA, J.. Dicionário de filosofía, Volume 2. Verbete: "Filosofia árabe", pp 1066-1069