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Batalha de Diu: diferenças entre revisões

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| combatente2 = [[File:Flag of the Gujarat Sultanate.svg|border|22px]] [[Sultanato de Guzarate]]<br>{{flagicon image|Mameluke Flag.svg}} [[Sultanato Mameluco do Cairo|Sultanato Mameluco]]<br />[[Reino de Calecute]]<br /> '''Apoiado por''': <br>{{flag|República de Veneza}}
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| for1 = 9 naus<br>6 [[caravelas]]<br>2 galés e 1 [[brigantim]]<br>800 soldados portugueses<br>400 hindu-nairs
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| for2 = 10 naus<br>6 galés<br>30 galés pequenas<br>70-150 navios-guerra<br>450 mamelucos<br>4000 a 5000 guzarates


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| campanha = Descobrimentos portugueses
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[[Ficheiro:Portuguese Southeast Asia AxtyV12.png|alt=|miniaturadaimagem|328x328px|Evolução da Índia Portuguesa Verde- Possessões Portuguesas. Verde Escuro - Sultanatos aliados ou sob influência Portuguesa. Amarelo - Feitorias Principais.[https://en.wikipedia.org/wiki/War_of_the_League_of_the_Indies]]]
A '''batalha naval de Diu''' teve lugar a [[3 de fevereiro]] de [[1509]]<ref>''Malabar manual'' by William Logan p.316, [http://books.google.com/books?id=9mR2QXrVEJIC&pg=RA1-PA316 Books.Google.com]</ref>, nas águas próximas a [[Diu]], na [[Índia]]. Nela se confrontaram forças navais do [[Império Português]] e uma frota conjunta do [[Dinastia Burji|Sultanato Burji do Egipto]] (de natureza [[Mamelucos|mameluco]]), do [[Império Otomano]], do [[Samorim]] de [[Calecute]], e do Sultão de [[Guzerate]]. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para [[Francisco de Almeida, vice-rei da Índia|D. Francisco de Almeida]], que perdera o seu filho [[Lourenço de Almeida, capitão-mor|D. Lourenço]] no [[Batalha de Chaul|desastre de Chaul]], em [[1508]]. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador [[Joaquim Pedro de Oliveira Martins|Oliveira Martins]], a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.<ref name="pioneiro">{{citar web|URL=http://books.google.pt/books?id=w41UcD6ImZYC&pg=PA171&dq=francisco+de+almeida+1509&hl=pt-PT&sa=X&ei=m28PUsz-D-LN7AahmYGYDg&ved=0CDYQ6AEwAQ#v=onepage&q&f=false|título=Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172|autor=Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas|data=2009|publicado=Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8))|acessodata= 17 de agosto de 2013}}</ref>
A '''batalha naval de Diu''' teve lugar a [[3 de fevereiro]] de [[1509]]<ref>''Malabar manual'' by William Logan p.316, [http://books.google.com/books?id=9mR2QXrVEJIC&pg=RA1-PA316 Books.Google.com]</ref>, nas águas próximas a [[Diu]], na [[Índia]]. Nela se confrontaram forças navais do [[Império Português]] e uma frota conjunta do [[Dinastia Burji|Sultanato Burji do Egipto]] (de natureza [[Mamelucos|mameluco]]), do [[Império Otomano]], do [[Samorim]] de [[Calecute]], e do Sultão de [[Guzerate]]. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para [[Francisco de Almeida, vice-rei da Índia|D. Francisco de Almeida]], que perdera o seu filho [[Lourenço de Almeida, capitão-mor|D. Lourenço]] no [[Batalha de Chaul|desastre de Chaul]], em [[1508]]. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador [[Oliveira Martins]], a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.<ref name="pioneiro">{{citar web|URL=http://books.google.pt/books?id=w41UcD6ImZYC&pg=PA171&dq=francisco+de+almeida+1509&hl=pt-PT&sa=X&ei=m28PUsz-D-LN7AahmYGYDg&ved=0CDYQ6AEwAQ#v=onepage&q&f=false|título=Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172|autor=Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas|data=2009|publicado=Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8))|acessodata= 17 de agosto de 2013}}</ref>


Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no [[oceano Índico]], de maneira semelhante às [[batalha de Lepanto]] ([[1571]]), [[Batalha do Nilo|do Nilo]] ([[1798]]), [[Batalha de Trafalgar|de Trafalgar]] ([[1805]]) e [[Batalha de Tsushima|de Tsushima]] ([[1905]]) em termos de impacto<ref name="pioneiro"/>. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo [[Mombaça]], [[Mascate]], [[Ormuz]], [[Goa]], [[Colombo (Sri Lanka)|Colombo]] e [[Malaca]].
Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no [[oceano Índico]], de maneira semelhante às [[batalha de Lepanto]] ([[1571]]), [[Batalha do Nilo|do Nilo]] ([[1798]]), [[Batalha de Trafalgar|de Trafalgar]] ([[1805]]) e [[Batalha de Tsushima|de Tsushima]] ([[1905]]) em termos de impacto<ref name="pioneiro"/>. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo [[Mombaça]], [[Mascate]], [[Ormuz]], [[Goa]], [[Colombo (Sri Lanka)|Colombo]] e [[Malaca]].
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* Duas [[galé]]s: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
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* Uma ''bergantim'': (capitão Simão Martins)
* Uma ''bergantim'': (capitão Simão Martins)
[[Ficheiro:Battle of Diu 1509 Diagram.png|miniaturadaimagem|Diagrama da Batalha de Diu em Fevereiro de 1509.Vermelho -Armada Portuguesa|303x303px]]


=== Frota adversária ===
=== Frota adversária ===
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==Ligações externas==
==Ligações externas==
* [http://www.areamilitar.net/HistBCR.aspx?N=88 Batalha de Diu, Áreamilitar]
*[http://www.areamilitar.net/HistBCR.aspx?N=88 Batalha de Diu, Áreamilitar]
* [https://ensina.rtp.pt/artigo/a-batalha-de-diu/ A batalha de Diu, Os Dias da História, por Paulo Sousa Pinto, Antena 2, 2017]
*Guerra da Liga das Índias _Sultanatos de Bijapur e Ahmadnagar [https://en.wikipedia.org/wiki/War_of_the_League_of_the_Indies]


{{História de Portugal 2}}
{{História de Portugal 2}}

Revisão das 14h51min de 13 de janeiro de 2021

Batalha de Diu
Descobrimentos portugueses

Fortaleza de Diu, construído em 1535
Data 3 de Fevereiro de 1509
Local Diu, Índia
Desfecho Vitória portuguesa decisiva
Beligerantes
Império Português Sultanato de Guzarate
Sultanato Mameluco
Reino de Calecute
Apoiado por:
 República de Veneza
Comandantes
Dom Francisco de Almeida Amir Husain Al-Kurdi,
Malik Ayyaz
Kunjali Marakkar
Forças
9 naus
6 caravelas
2 galés e 1 brigantim
800 soldados portugueses
400 hindu-nairs
10 naus
6 galés
30 galés pequenas
70-150 navios-guerra
450 mamelucos
4000 a 5000 guzarates
Baixas
32 mortos, 300 desaparecidos Cerca de 4000, centenas de desaparecidos

A batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509[1], nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para D. Francisco de Almeida, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador Oliveira Martins, a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.[2]

Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no oceano Índico, de maneira semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) em termos de impacto[2]. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo Mombaça, Mascate, Ormuz, Goa, Colombo e Malaca.

O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

Ao aproximar-se do inevitável confronto, D. Francisco de Almeida enviou uma carta a Meliqueaz, que dizia:

"Eu o visorei digo a ti honrado Meliqueaz, capitão de Diu, e te faço saber que vou com meus cavaleiros a essa tua cidade, lançar a gente que se aí acolheram, depois que em Chaul pelejaram com minha gente, e mataram um homem que se chamava meu filho; e venho com esperança em Deus do Céu tomar deles vingança e de quem os ajudar; e se a eles não achar não me fugirá essa tua cidade, que me tudo pagará, e tu, pela boa ajuda que foste fazer a Chaul; o que tudo te faço saber porque estejas bem apercebido para quando eu chegar, que vou de caminho, e fico nesta ilha de Bombaim, como te dirá este que te esta carta leva."

Sabe-se que um dos feridos na batalha foi Fernão de Magalhães.

Dos destroços da batalha constavam três bandeiras reais do Sultão Mameluco do Cairo, que foram transladadas para o Convento de Cristo, em Tomar, Portugal, sede espiritual dos Cavaleiros Templários, onde constam até aos dias de hoje.

Navios

Portugueses

  • Cinco grandes naus: Frol de la mar (Navio do vice-rei), Espírito Santo (capitão Nuno Vaz Pereira), Belém (Jorge de Melo Pereira), Grande Rei (Francisco de Távora), e Grande Taforea (Fernão de Magalhães)
  • Quatro naus mais pequenas: Pequena Taforea (Garcia de Sousa), São António (Martim Coelho), Pequeno King (Manuel Teles Barreto) e Andorinho (D. António de Noronha)
  • Quatro caravelas redondas: (capitães António do Campo, Pêro Cão, Filipe Rodrigues e Rui Soares)
  • Duas caravelas Latinas: (Capitães Alvaro Paçanha e Luís Preto)
  • Duas galés: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
  • Uma bergantim: (capitão Simão Martins)

Frota adversária

  • Quatro naus;
  • Duas caravelas;
  • Quatro galeotas;
  • Duas galés;
  • Duzentas Fustas

Referências

  1. Malabar manual by William Logan p.316, Books.Google.com
  2. a b Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009). «Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172». Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8)). Consultado em 17 de agosto de 2013 

Ligações externas