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*[http://www.vemevetv.com.br/ Vem e Vê TV]
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*[http://www.caiofabio.net/2009/conteudo.asp?codigo=02955&format=sim Relato de Caio Fábio sobre o Dossiê Cayman]
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{{Wikiquote|Caio Fábio D'Araújo Filho}}
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Revisão das 04h38min de 29 de outubro de 2011

Caio Fábio
Caio Fábio d'Araújo Filho
Nascimento 15 de março de 1955 (69 anos)
Manaus, Amazonas
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação pastor, escritor e psicanalista
Página oficial
http://www.caiofabio.net

Caio Fábio d'Araújo Filho, mais conhecido apenas Caio Fábio (Manaus, AM, 15 de março de 1955) é um pregador do Evangelho e escritor de literatura brasileiro.

Caio Fábio foi presidente da Associação Evangélica Brasileira (AEVB) e atualmente é líder do Caminho da Graça (sediado em Brasília), grupo que possui sub-estações espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.

Biografia

Caio Fábio nasceu em Manaus, capital de Amazonas, em 15 de março de 1955, filho de Caio Fábio D'Araújo e da Lacy Silva D´Araújo.

O pai se converteu à Igreja Presbiteriana em 1967, posteriormente toda a família. Ele foi ordenado ao ministério em 10 de janeiro de 1971. Caio Fábio se converteu à mesma igreja do pai em 1973.

Em 1974, Caio Fábio se casou jovem, aos 19 anos com Alda Maria Fernandes, tendo anos depois dessa união, quatro filhos: Ciro, Davi, Lukas e Juliana.

No início de 1977, foi ordenado pastor presbiteriano aos 22 anos, ao apresentar a tese que tratava da salvação dos pagãos fora da religião, embora não houvesse passado por um seminário.

Depois disso, ao contrário dos preceitos da Igreja Presbiteriana, aceitou o pentecostalismo (embora posteriormente tenha procurado manter distância) e mantém bom relacionamento com católicos (embora não seja a favor do ecumenismo), em Manaus.

Mudou-se para cidade do Rio de Janeiro em 1978, onde fundou Visão Nacional de Evangelização (VINDE), organização evangelística que lhe serviu de apoio por muito tempo ao seu ministério de evangelização, por meio da qual realizou congressos e cruzadas em todo o Brasil.

Posteriormente a VINDE passou também voltada para a assistência social. Lançou o livro Sem Barganhas com Deus, com repercussão nacional.

Durante os anos 80 foi um preletor requisitado, participando de congressos evangélicos, com o Congresso Ibero-Americano de Missões em 1986, Congresso de Evangelismo na União Soviética em 1990, no 1º Congresso Nacional da AEVB (no livro A Igreja Evangélica na Virada do Milênio, contém as palestras proferidas naquele congresso) entre outros.

Na época, foram 30 livros e 76 conferências publicados, que na qual venderam 5 milhões de exemplares, que doava 90% dos direitos autorais para organização não-governamental VINDE.[1] Em 1994, em gesto polêmico, passou a embolsar a totalidade do dinheiro ganho em livros e conferências. Em declaração à revista Veja em 1999, justificou: "Meus filhos estavam crescendo e tinham novas necessidades.".[1]

No início dos anos 90, passou a ser respeitado por autoridades, intelectuais e artistas brasileiros. Entre eles estavam o teólogo Leonardo Boff, o político Anthony Garotinho, o humorista Chico Anysio, o escritor Paulo Coelho; líderes políticos de esquerda Lula (presidente de honra do PT) e Leonel Brizola (presidente do PDT) e o ex-governador Ciro Gomes.[1]

Caio Fábio fundou a Fábrica de Esperança, projeto de assistência social implantado na favela Acari, no Rio de Janeiro, atendendo 15 mil adolescentes por mês.[1]

Depois de mais 10 anos no Rio de Janeiro, voltou para Manaus em 1994, que posteriormente é convidado para ser televangelista no programa religioso na TV RBN Manaus (hoje Boas Novas Manaus), na qual a Rede Boas Novas (ou RBN, hoje apenas Boas Novas) era transmitida nas parabólicas e afiliada à Rede Manchete. Foi apresentador até 1996.

Depois de conquistar o prestígio nacional, ganhou mais amigos e aval para tornar-se empresário de comunicação: em 1994, abriu a Editora VINDE para imprimir seus livros e de outros autores e fundou a Vinde.[1]

Em 1995, chegou a ser acusado de usar a Fábrica da Esperança, para seu próprio benefício, após grandes arrecadações[1] e até por traficantes de drogas em Acari. Na época da denúncia, Caio Fábio conseguia recursos para realizar qualquer projeto, entre as empresas contribuídas estavam Brahma e da Xerox.[1] Chegou a ter um patrimônio de 5 milhões de dólares.[1]

Conseguiu concessão de canal a cabo na Globo Cabo no Rio de Janeiro. A TV Vinde entrou no ar em dezembro de 1996. Para viabilizá-la financeiramente, o Canal vendia comerciais e recebia doações .[1]

Em 1997, foi premiado com o Prêmio PNBE de cidadania.[2]

No universo evangélico, Caio Fábio era uma espécie de contraponto progressista ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, com quem brigou.[1]

Escândalos

Dossiê em 1998

No final da década de 1990, Caio Fábio teve queda de influência religiosa em novembro de 1998, quando foi denunciado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) ter fornecido e o principal "corretor" da negociação envolvendo os documentos de dossiê em que mostrava a existência de contas e empresas secretas do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e de outros políticos do Partido Social-Democracia do Brasil (PSDB), num paraíso fiscal do Caribe, as Ilhas Cayman.

Caio Fábio contou para alguns desses políticos da oposição sobre a existência do Dossiê Cayman, como ficou conhecido.[1] Parte dos papéis que foi divulgada pela imprensa brasileira provocou outro escândalo, por conta de que os documentos eram de suspeita apócrifa, com negações dos envolvidos, o que levou até a Polícia Federal do Brasil a pedir informações ao Governo do Reino Unido (na qual as ilhas pertenciam).[1]

Posteriormente, a Polícia Federal (PF) descobriu que ele esteve secretamente em Miami (na Flórida, Estados Unidos), porém se defendeu sem citar os envolvidos: "Eu nunca vi o documento, só ouvi falar nele. Um irmão de fé fez o contato com um inglês e eu fui ao encontro dele em Miami. Chegando lá, o sujeito pediu 1,5 milhão de dólares e eu caí fora".

Quando a história começou ser divulgado pela imprensa, foi acusado de ter pedido propina em troca do calhamaço. Caio Fábio, associado ao calhamaço, caiu em desgraça. Curiosamente, ofereceu os documentos do dossiê falso aos políticos do próprio governo.[1]

Depois disso, teve a vida revirada pela PF, processado por calúnia (pelo então presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso e o Ministério da Justiça). Foi indiciado pela PF como um dos participantes. Entrou em depressão, emagreceu 25 de seus 119 quilos, perdeu amigos e dinheiro, acumulou dívidas depois do escândalo.[1]

Somente em 2005, viu-se livre de todas as acusações, inocentado pelo depoimento de Eduardo Jorge, secretário da Presidência da República no governo de Fernando Henrique Cardoso que expôs toda a trama de políticos da esquerda que arquitetaram todo o plano e depois, ao se depararem com a iminência da descoberta de toda a fraude, atribuíram ao pastor Caio Fábio toda a responsabilidade.[3]

Caio Fábio assume o seu erro, que consiste em dois aspectos básicos: (1) Aceitar a proposta dos políticos, para que ele usasse sua grande credibilidade pública a fim de denunciar aquele caso e ser ouvido. (2) Acreditar que tratava-se de um documento verdadeiro.

Adultério em 1999

No início de 1999, Caio Fábio confessou um caso extraconjugal (adultério)[1] com a secretária com quem trabalhava desde 1983. Na época, era casado com a Alda Maria Fernandes d'Araújo há 23 anos, mas o casamento estava abalado, agravado por causa do Caso Dossiê Cayman.

Após escândalos

Em 1999, na tentativa de escapar dos problemas no Brasil, foi morar em Miami, (cidade no Estado da Flórida, Estados Unidos). Já fora do Brasil, decidiu voltar os negócios:[1]

  • A Fábrica da Esperança (projeto de assistência social implantado pelo pastor na favela carioca de Acari), que chegou a atender 15 mil por mês, recebia ajuda de orgãos ligados ao estado e também iniciativas privadas, que retiraram o apoio para não terem mais seus nomes associados a ele, uma vez que o o problema havia sido político e envolvendo o Presidente da república.
  • Vendeu a revista Vinde por R$ 500 mil reais para um grupo evangélico de São Paulo.
  • Arrendou o canal de televisão TV Vinde para a Fundação Evangélica Boas Novas, da Igreja Assembleia de Deus , a emissora tinha R$ 3 milhões de reais em dívidas e quase ia falência se não ocorresse o arrendamento.

Porém, com menos dinheiro e sem projetos no país, retornou no final do mesmo ano ao Rio de Janeiro, na tentativa de refazer a vida.[1]

Saída da Igreja Presbiteriana do Brasil

Em 2003, ao próprio pedido, foi exonerado do ministério da Igreja Presbiteriana do Brasil.[4]

Fundação do Caminho da Graça

O Café com Graça, projeto iniciado por ele no Rio de Janeiro, tornou-se o Caminho da Graça, movimento fundado por ele ao mudar-se para Brasília em 2004.

Em 2008, abriu canal de TV via internet, onde além de pregações ao vivo transmitidas direto das reuniões do Caminho da Graça em Brasília, também é possível acessar diversas preleções que ele fez durante toda a sua vida.

Atualmente, Caio Fábio prega na estação do Caminho da Graça em Brasília e casou-se com a pastora chamada Adriana.

Vida pessoal

Caio Fábio D'Araújo Filho é filho de Caio Fábio D'Araújo (falecido) e Lacy D´Araújo (Que recentemente escreveu o livro "O que faço não o sabes agora").

Em 1974, se casou jovem aos 19 anos com Alda Maria Fernandes, tendo anos depois dessa união, quatro filhos: Ciro, Davi, Lukas e Juliana. O casamento durou até 1999.

O filho Lukas morreu atropelado por automóvel no dia 27 de março de 2004.

É casado com a pastora Adriana.

Escreveu mais de 100 livros, dentre os quais se destacam:

  • A Crise de Ser e de Ter
  • A Igreja que Transforma
  • Avivamento Total
  • Batalha Espiritual
  • Nephilim
  • No Divã de Deus, 3 volumes
  • Síndrome de Lúcifer
  • Novos Líderes para uma Nova Realidade
  • O Drama de Absalão
  • O Enigma da Graça
  • Uma Graça que Poucos Desejam
  • Sem Barganhas com Deus

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q Roberta Paixão (17 de novembro de 1999). «A volta do pecador». Veja. Consultado em 3 de abril de 2011 
  2. «Ganhadores do Prêmio PNBE de 1992 a 2004». PNBE. Consultado em 12 de julho de 2009 
  3. «Caio Fábio foi pressionado pelo PT no caso Dossiê Cayman». Com Tudo 
  4. «Ata» (PDF). Executiva IPB 

Ligações externas

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