Sinal da cruz: diferenças entre revisões
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As populações usam o sinal da cruz nas mais variadas ocasiões, conforme o costume de seu credo ou sua devoção particular: quando ouvem alguma [[blasfêmia]], antes de empreender algo arriscado, diante de algum [[ícone]] sagrado, ao entrar, sair ou passar por algum templo, etc. |
As populações usam o sinal da cruz nas mais variadas ocasiões, conforme o costume de seu credo ou sua devoção particular: quando ouvem alguma [[blasfêmia]], antes de empreender algo arriscado, diante de algum [[ícone]] sagrado, ao entrar, sair ou passar por algum templo, etc. |
Revisão das 14h41min de 27 de março de 2014
O Sinal da Cruz é um movimento ritual executado com as mãos pela maioria, mas não todos, os ramos do Cristianismo. O sinal da cruz é realizado desenhando-se no ar uma cruz, sobre si mesmo, sobre outras pessoas ou sobre objetos. Existem duas formas principais de se traçar o Sinal da Cruz, uma seguida pelas Igrejas do Oriente e outra pelas Igrejas do Ocidente, mas raramente é usado por alguns ramos do Protestantismo. O sinal pode ou não ser acompanhado por uma fórmula verbal. O Sinal da Cruz é um dos símbolos mais básicos da religião cristã, relembrando a importância do sacrifício de Cristo na Cruz.
O gesto
Origens
Inicialmente, por volta do século II, o sinal da cruz era traçado apenas com o polegar sobre a fronte da pessoa. No momento da Crisma ainda hoje o bispo traça o mesmo sinal sobre o candidato. Esta modalidade ainda persiste em outros momentos, embora modificada. Na missa católica os fiéis traçam este sinal na testa, como antigamente, mas também a seguir sobre os lábios e sobre o peito, durante a Proclamação do Evangelho. Por volta do século IV começaram a ser registradas variações nos locais e amplitude dos movimentos, até que o sinal se tornou largo como é hoje.
A Mão
No Ocidente é usada a mão direita aberta, e os cinco dedos abertos representam as cinco chagas de Jesus, como tambem uma saudação a toda criação de Deus. Nas igrejas do Oriente a mão é parcialmente fechada, e os dedos polegar, indicador e médio tocam-se nas pontas, simbolizando a Santíssima Trindade, enquanto que os dois dedos restantes, pressionados contra a palma, simbolizam a dupla natureza de Jesus Cristo. Na Rússia os Antigos Crentes unem apenas dois dedos, o polegar e o indicador.
O Movimento
Nas Igrejas Ocidentais o sinal da cruz é feito tocando-se em sequência a testa, o peito ou o umbigo, o ombro esquerdo e o ombro direito, acompanhando o movimento com a fórmula verbal Em nome do Pai (toca-se a testa), e do Filho (toca-se o peito ou umbigo), e do Espírito (toca-se o ombro esquerdo) Santo (toca-se o ombro direito). Amém (pode-se voltar a tocar o peito, e o Amém pode ser substituído por uma outra jaculatória, conforme a tradição de cada Igreja). A testa simboliza o céu, a sabedoria, o peito simboliza o infinito amor de Cristo e Deus, o umbigo representa a marca filial, o Cristo que se fez homem e nasceu de uma mulher como nós, e os ombros significam o poder de Deus, a consolação do Espírito Santo que está presente em cada um e nos rodeia.
As Igrejas Ortodoxas traçam o sinal da seguinte maneira: tocam-se em sequência a testa, a região da cintura (e não o peito), o ombro direito e o ombro esquerdo, acompanhando o movimento com a fórmula verbal Em nome do Pai (toca-se a testa e em seguida a região da cintura), e do Filho (toca-se o ombro direito), e do Espírito Santo (toca-se o ombro esquerdo).
Uso
O sinal da cruz pode ser feito por devotos sobre si mesmos como uma forma de invocação de bênção, proteção e/ou purificação, e pelo clero sobre os devotos ou sobre objetos como uma forma de bênção. Sacerdotes podem abençoar apenas com a mão direita, mas os bispos podem fazê-lo com as duas mãos ao mesmo tempo. No culto ou missa o sinal da cruz é empregado em momentos específicos: o povo o faz no início da Celebração Eucaristica, no Evangelho e na benção final, e o sacerdote oficiante ainda o traça sobre o pão e o vinho no momento da Consagração. Na Confirmação o sinal é traçado com o polegar sobre a fronte do candidato com óleo consagrado. No Rito Tridentino se usa traçar o sinal sobre as espécies muitas vezes. Quando são abençoadas multidões os sacerdotes costumam traçar o sinal três vezes. Nos ritos ortodoxos os sinal é mais largamente empregado.
As populações usam o sinal da cruz nas mais variadas ocasiões, conforme o costume de seu credo ou sua devoção particular: quando ouvem alguma blasfêmia, antes de empreender algo arriscado, diante de algum ícone sagrado, ao entrar, sair ou passar por algum templo, etc.
Ligações externas
- «Por que dizem que nós, os ortodoxos, nos benzemos «ao contrário»?»
- «Sign of the Cross»
- «Why Do Lutherans Make the Sign of the Cross?»
- «Sign of the Cross - Episcopal Church in the United States»
- «The Power of the Sign of the Cross»
- «The Sign of the Cross - a Traditional Catholic perspective»
- «Significance of the Sign of the Cross»
- «How to Make a Sign of Cross Correctly - Igreja Ortodoxa»
- «On making the Sign of The Cross - Antigos Crentes»