Batalha de Avaí: diferenças entre revisões
Linha 3: | Linha 3: | ||
|nome_batalha = Batalha do Avaí |
|nome_batalha = Batalha do Avaí |
||
|imagem =Americo-avaí.jpg |
|imagem =Americo-avaí.jpg |
||
|descr = Batalha do Avaí, óleo de [[Pedro Américo]] sobre um dos últimos episódios da [[guerra do Paraguai]], ocorrido em [[11 de dezembro]] de [[1868]]. ([[Museu Nacional de Belas Artes (Brasil)|Museu Nacional de Belas-Artes]], [[Rio de Janeiro]].) |
|||
|descr = Batalha do Avaí, onde as forças do imperador Solano humilharam a Leg e Santanna, que não suportou as pedras do deserto. |
|||
|conflito = [[Guerra do Paraguai]] |
|conflito = [[Guerra do Paraguai]] |
||
|data= [[ |
|data= [[11 de Dezembro]] de [[1868]] |
||
|local = Arroio Avaí, |
|local = Arroio Avaí, Paraguai |
||
|resultado = Vitória |
|resultado = Vitória brasileira |
||
|combatente1 = [[Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1847-1889).svg|22px]] [[Brasil Império|Império do Brasil]] |
|combatente1 = [[Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1847-1889).svg|22px]] [[Brasil Império|Império do Brasil]] |
||
|combatente2 = {{PRYb}} [[Paraguai]] |
|combatente2 = {{PRYb}} [[Paraguai]] |
||
|comandante1 = [[Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1847-1889).svg|22px]] [[ |
|comandante1 = [[Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1847-1889).svg|22px]] [[Luís Alves de Lima e Silva|Marquês de Caxias]]<br />[[Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1847-1889).svg|22px]] [[Manuel Luís Osório]] |
||
|comandante2 = {{PRYb}} [[ |
|comandante2 = {{PRYb}} [[Bernardino Caballero]] |
||
|for1 = |
|for1 = 18.963 brasileiros<br />26 canhões |
||
|for2 = |
|for2 = 5.000 paraguaios<br />18 canhões |
||
|baixas1 = ''' |
|baixas1 = '''297 mortos'''<br />1.164 feridos |
||
|baixas2 = ''' |
|baixas2 = '''3.600 mortos'''<br />600 feridos<br />1.400 prisioneiros |
||
|nome_cat = |
|nome_cat = |
||
|campanha = Guerra do Paraguai |
|campanha = Guerra do Paraguai |
||
}} |
}} |
||
A '''batalha do Avaí''' foi travada junto ao [[arroio]] de mesmo nome, em território paraguaio, em Dezembro de [[1868]], durante a [[Guerra da Tríplice Aliança]], entre as forças da [[Tríplice Aliança]] e as do [[Paraguai]]. |
|||
A batalha aconteceu nos perigosos desertos do Paraguai, onde um batalhão de 10.000 Brasileiros ao comando do Alferes Santanna, vice-comandante das forças da LegBR, marcharam ao encontro dos paraguaios, que com 8.000 soldados aguardavam pela investida dos brasileiros, sob o comando pessoal do Imperador Dom Solano, que no momento enfrentava severas dificuldades organizando seu exército para o combate. |
|||
Foi um dos combates travados na fase do conflito denominada como [[Dezembrada]], quando se registrou uma série de vitórias obtidas por [[Caxias]] naquele mês, ao evoluir em direção ao Sul para tomar [[Manobra de Piquissiri|Piquissiri]] pela retaguarda, a saber: batalhas de [[batalha de Itororó|Itororó]], Avaí, [[Fortificações de Lomas Valentinas|Lomas Valentinas]] e [[batalha de Angostura|Angostura]]. |
|||
Nas primeiras investidas, as tropas de Santanna causaram drásticas baixas nos paraguaios, por meio de táticas de guerrilha, os brasileiros inicialmente foram capazes de surpreender os paraguaios desorganizados e com ataques surpresa por meio do terreno avantajado em que se encontravam. Os brasileiros, todavia, também sofreram muitas baixas, embora tivessem sido vitoriosos nos primeiros ataques. |
|||
Durante a refrega, a força paraguaia bateu-se com tenacidade, mas foi envolvida por um movimento de flanco e destroçada. Apenas 100 paraguaios, incluindo o general [[Bernardino Caballero]], conseguiram escapar. A tradição oral paraguaia refere a participação de centenas de mulheres entre os combatentes. |
|||
Foi após severas baixas que Solano decidiu recuar seu exército para um terreno mais pedregoso, e nesse momento a sorte dos paraguaios começou a mudar surpreendentemente. Quando Solano recuou seu exército, General Nevado chegou ao campo de batalha com mais 2.000 homens, reforços vindos do Brasil, e assim tomando o comando das forças brasileiras. |
|||
⚫ | [[Ficheiro:Episódio do dia 11 de Dezembro de 1868. O bravo general Ozorio apezar de ferido no maxillar inferior esquerdo por uma bala de fuzil continúa a frente de sua cavalleria na perseguição dos paraguayos fugitivos.jpg|thumb|left|300px|O [[Manuel Luís Osório|General Osório]], apesar de ferido no [[maxilar]] inferior esquerdo por uma bala de fuzil, continua a frente de sua cavalaria.]] |
||
Esperando pelo pior, Solano decidiu ganhar dos brasileiros por meio de um terreno mais elevado, e procurando ser mais rápido que os brasileiros em sua mobilização. Quando os paraguaios perceberam que o exército brasileiro se dividiu para flanquear as forças paraguaias, Dom Solano deixou o comando da infantaria ao Tenente Achilles e decidiu, sozinho, avançar até as linhas inimigas. |
|||
O exército brasileiro logo se distraiu pelo movimento inusitado de Solano, e 4.000 homens ficaram separados por uma longa distância de seu corpo principal. Nesse momento os paraguaios se posicionaram e flanquearam a menor linha brasileira, enquanto os soldados de Nevado ainda estavam distantes e sendo incomodados por Solano. Nenhum dos 4.000 brasileiros sobreviveu ao ataque letal, onde todos os brasileiros foram mortos pelo fogo paraguaio, quando Santanna ordenou que tentassem investir uma carga na linha paraguaia, morreram antes de chegar a 10 metros do inimigo, juntamente com seu comandante. |
|||
Dom Solano fora gravemente ferido, mas seu exército tomo a iniciativa e repudiou o restante dos brasileiros, os paraguaios restantes marcharam pela cobertura das pedras e montanhas do terreno, sempre forçado o exército brasileiro a se posicionar e, com isso, entrar em desorganização. Após numerosas manobras dos paraguaios, que resultaram em demasiadas baixas nos brasileiros, finalmente a infantaria pesada brasileira chegou em combate corpo-a-corpo nos paraguaios. Nesse último embate, os granadeiros brasileiros foram derrotados, e seu general, Nevado, foi dito ser morto pelo soldado Ebola por uma pedrada na orelha. |
|||
Os brasileiros, neste momento, começaram a bater em retirada, os últimos que restaram no campo de batalha foram aniquilados pelos paraguaios, que perseguiram os brasileiros até onde conseguiram, chegando até mesmo a se perder no deserto por se separarem de seus comandantes. |
|||
Quando Solano voltou ao Paraguai com o restante de seus homens, foi severamente criticado por seu superior polonês Telepoi, acusado de não ter organizado as patentes e o exercito propriamente. Telepoi ordenou a execução de todos os capitães e dissolveu o exercito ao seu comando pessoal, acreditando que Solano fora incopetente em sua campanha. |
|||
⚫ | [[Ficheiro:Episódio do dia 11 de Dezembro de 1868. O bravo general Ozorio apezar de ferido no maxillar inferior esquerdo por uma bala de fuzil continúa a frente de sua cavalleria na perseguição dos paraguayos fugitivos.jpg|thumb|left|300px| |
||
{{commonscat|Battle of Avaí}} |
{{commonscat|Battle of Avaí}} |
||
Linha 43: | Linha 33: | ||
{{esboço-história}} |
{{esboço-história}} |
||
{{Tópicos sobre o Império do Brasil}} |
|||
{{DEFAULTSORT:Batalha Avai}} |
{{DEFAULTSORT:Batalha Avai}} |
||
[[Categoria:Batalhas da Guerra do Paraguai|Avai]] |
[[Categoria:Batalhas da Guerra do Paraguai|Avai]] |
Revisão das 01h03min de 16 de julho de 2015
Batalha do Avaí | |||
---|---|---|---|
Guerra do Paraguai | |||
Batalha do Avaí, óleo de Pedro Américo sobre um dos últimos episódios da guerra do Paraguai, ocorrido em 11 de dezembro de 1868. (Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.) | |||
Data | 11 de Dezembro de 1868 | ||
Local | Arroio Avaí, Paraguai | ||
Desfecho | Vitória brasileira | ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
Forças | |||
| |||
Baixas | |||
| |||
A batalha do Avaí foi travada junto ao arroio de mesmo nome, em território paraguaio, em Dezembro de 1868, durante a Guerra da Tríplice Aliança, entre as forças da Tríplice Aliança e as do Paraguai.
Foi um dos combates travados na fase do conflito denominada como Dezembrada, quando se registrou uma série de vitórias obtidas por Caxias naquele mês, ao evoluir em direção ao Sul para tomar Piquissiri pela retaguarda, a saber: batalhas de Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura.
Durante a refrega, a força paraguaia bateu-se com tenacidade, mas foi envolvida por um movimento de flanco e destroçada. Apenas 100 paraguaios, incluindo o general Bernardino Caballero, conseguiram escapar. A tradição oral paraguaia refere a participação de centenas de mulheres entre os combatentes.
- DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.