Duque de Cadaval: diferenças entre revisões

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=== Representantes do título===
=== Representantes do título===
# [[Diana de Cadaval]] (1978-), segundo o [[Instituto da Nobreza Portuguesa]], é a representante do título de duquesa de Cadaval<ref>[http://lifestyle.sapo.pt/fama/entrevistas/artigos/entrevista-a-duquesa-de-cadaval]</ref>
# [[Diana de Cadaval]] (1978-) - Segundo o extinto [[Conselho de Nobreza]], é desde 2001, representante do título de duquesa de Cadaval.<ref name="expr_Expr"/>


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Revisão das 22h36min de 3 de fevereiro de 2016


Casa de Cadaval
Linhagem
Casa de Bragança
Família Melo, Condes de Olivença
Títulos e Senhorios
Honras de Parente (1504)
Duque de Cadaval (1648)
Marquês de Ferreira (1533)
Marquês de Cadaval (séc. XX)
Conde de Olivença (1476)
Conde de Tentúgal (1504)
Senhorio do Cadaval (1388)
Senhorio de Ferreira (1398)
Cargos e Honras
Condestável de Portugal (1668-1727)
Alcaide-mor de Olivença (linhagem Melo)
Fundador da Casa
D. Nuno Álvares Pereira de Melo, 1º duque de Cadaval
Actuais representantes do Título

Duque de Cadaval, com Honras de Parente e tratamento de sobrinho d'El-Rei, é um título nobiliárquico criado por D. João IV, por Decreto de 26 de Abril de 1648, a favor de D. Nuno Álvares Pereira de Melo (1638-1727), filho de D. Francisco de Melo, 3.º marquês de Ferreira, um dos sustentáculos da Restauração de 1640. Embora o título não fosse de juro e herdade, continuou sendo reconhecida a sucessão desde a sua instituição em 1648, até à morte do sexto duque, D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo, em 1837. Após esta data, a "Resenha de Famílias Titulares" de Albano da Silveira Pinto considera o título "extinto pela regra geral", por não ser título de juro e herdade e não ter havido renovação da sucessão nos seus descendentes.[1] Apesar disso, a obra "Nobreza de Portugal e do Brasil", coordenada por Afonso Zúquete, aponta um sétimo e um oitavo duques, realçando no entanto que nunca usaram deste título, nem dele jamais obtiveram carta ou confirmação. A mesma obra cita ainda um nono duque, que teria usado o título, autorizado por Miguel Januário de Bragança.[2] De acordo com o extinto Conselho de Nobreza, a representação actual deste título desde 2001 que está em Diana de Cadaval.[3]

História

A Casa de Cadaval tem a mesma varonia que a Casa Real de Bragança, já que descende da Casa de Bragança por D. Álvaro de Bragança, 4º filho de D. Fernando I, 2º Duque de Bragança, e de sua mulher, a Duquesa D. Joana de Castro, filha de D. João de Castro, 2º Senhor do Cadaval. O Senhorio do Cadaval foi criado a 30 de Abril de 1388.[4]

Todos os Duques de Cadaval descendem por isso de:

Sobre a Casa de Cadaval, diz Túlio Espanca:

É esta Casa das mais nobres do Reino; tem a mesma varonia que a de Bragança, porque descende de D. Álvaro, 4.º filho de D. Fernando, 2.º duque de Bragança e de sua mulher, D. Joana de Castro, filha de D. João de Castro, Senhor de Cadaval. Na descendência de D. Álvaro, contam-se os títulos de duque de Cadaval, marquês de Ferreira e conde de Tentúgal, no país; e em Espanha, os de duque de Verágua, marquês de Vilhescas e conde de Gelves.[5]

Foi 1º Duque (Ducado 1648-1682) D. Nuno Álvares Pereira de Melo (1638-1727), 4º marquês de Ferreira (título anterior a 1534) e 5º conde de Tentúgal (título criado em 1504), filho de D. Francisco de Melo, 3º marquês de Ferreira e 4º conde de Tentúgal, e de D. Joana Pimentel. Era Senhor das Vilas de Cadaval, Vila Nova de Anços, Alvaiázere, Rabaçal, Arega, Buarcos, Anobra, Carapito, Mortágua, Penacova, Vilalva, Vila Ruiva, Albergaria, Água de Peixes, Peral, Cercal, Póvoa de Santa Cristina, Tentúgal, Muge, Noudar, Barrancos, entre outras; era alcaide-mor das vilas e castelos de Olivença e Alvor; e comendador de Santo Isidoro, Vila do Eixo, Santo André de Morais, Santa Maria de Marmeleiro, São Mateus e Sardoal, da Ordem de Cristo; Grândola, da Ordem de Santiago e Noudar, da Ordem de Avis. Pertenceu aos Conselhos de Estado e da Guerra (nos reinados de D. Afonso VI, D. Pedro II e D. João V), ao despacho das mercês e expediente, tendo sido Mestre-de-Campo General da Corte e Província da Estremadura junto à pessoa do Rei, entre vários outros cargos. Participou na Guerra da Restauração como comandante de tropas em campanha.

D. Nuno Álvares Pereira de Melo cedeu o Ducado a favor do filho herdeiro em 1682, pedindo a renovação do título a D. Afonso VI. Foi assim 2º Duque (Ducado 1682-1700) D. Luís Ambrósio de Melo (1679-1700), que faleceu sem descendência. Sucedeu-lhe na Casa como 3º Duque (Ducado 1701-1749) seu irmão D. Jaime Álvares Pereira de Melo (1684-1749), tendo sido Estribeiro-Mor de D. Pedro II e de D. João V, Membro dos Conselhos de Estado e da Guerra e Presidente da Mesa da Consciência e Ordens.

Sucedeu-lhe como quarto duque (Ducado 1749-1771) D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo (1741-1771), a quem sucedeu como quinto duque (Ducado 1771-1808) D. Miguel Caetano Álvares Pereira de Melo (1765-1808), que seguiu com a Família Real para o Brasil, onde faleceu. Um ano antes da sua morte, em 1807, ainda em Mafra, o Príncipe-Regente D. João (futuro D. João VI), em atenção à pessoa do Duque de Cadaval, fez mercê a seu filho, D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo, do mesmo título em sua vida. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo foi o sexto e último duque de Cadaval, uma vez que com a sua morte em Paris, a 14 de Fevereiro de 1837, e não tendo sido renovada a sucessão nos seus descendentes, o título foi extinto, segundo a regra geral.[1]

Sucessão da Casa de Cadaval após a extinção do Ducado

Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo regressou do Brasil em 1816, tendo sido nomeado por D. Pedro IV (enquanto Regente de D. Maria II) Presidente da Câmara dos Pares; apoiou D. Miguel I durante a Guerra Civil e após a Convenção de Évora-Monte emigrou para Inglaterra e depois para Paris; casou com D. Maria Domingas de Bragança Sousa e Ligne, filha do 2º duque de Lafões. A sua filha D. Maria da Piedade Caetano Álvares Pereira Melo (1827-?) nunca usou os títulos nem deles se encartou, por não reconhecer a dinastia constitucional;[6] manteve a varonia da Casa de Cadaval ao casar em Paris em 1843 com o seu tio paterno D. Jaime Caetano Álvares Pereira de Melo, de quem teve dois filhos gémeos, D. Nuno Caetano e D. Jaime Caetano. Morrendo D. Nuno prematuramente, passou a sucessão da casa a D. Jaime Caetano Álvares Pereira de Melo (1844-1913). A representação do título continuou em seu filho D. Nuno Maria José Caetano Álvares Pereira de Melo (1888-1935); alistou-se em França no Corpo Expedicionário Português e combateu junto com as tropas portuguesas durante a Primeira Guerra Mundial; casou com D. Diana de Gramont de Coigny. Foi com Jaime Álvares Pereira de Melo (1913-2001), que a família Cadaval regressou a Portugal. Segundo o Instituto da Nobreza Portuguesa, desde 2001 é representante do título de duquesa Diana Mariana Vitória Álvares Pereira de Melo (1978-), que casou em 2008 com Carlos Filipe de Orleães, pretendente a duque de Anjou.[7][8]

Duques de Cadaval

Duque de Cadaval
Duque de Cadaval
Criação D. João IV
26 de Abril de 1648
Ordem Nobreza Titulada com Grandeza
Honras Honras de Parente
Tipo Em vida - Renovado
1.º Titular D. Nuno Álvares Pereira de Melo, 4º marquês de Ferreira e 5º conde de Tentúgal
Linhagem Casa de Bragança
Melo (Olivença)

Titulares

  1. D. Nuno Álvares Pereira de Melo (1638–1727), 4.º marquês de Ferreira e 5.º conde de Tentúgal; casou com D. Maria Angélica Henriqueta de Lorena.[9]
  2. D. Luís Ambrósio Álvares Pereira de Melo (1679–1700)
  3. D. Jaime Álvares Pereira de Melo (1684–1749), 5.º marquês de Ferreira e 6.º conde de Tentúgal.
  4. D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo (1741–1771), 6.º marquês de Ferreira e 7.º conde de Tentúgal.
  5. D. Miguel Caetano Álvares Pereira de Melo (1765–1808), 7.º marquês de Ferreira e 8.º conde de Tentúgal.
  6. D. Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo (1799–1837), 8.º marquês de Ferreira e 9.º conde de Tentúgal; casou com D. Maria Domingas Francisca de Bragança de Sousa e Ligne, filha de D. João Carlos Mascarenhas da Silva, 2.º duque de Lafões e D. Henriqueta Júlia Lorena e Meneses.

Representantes do título

  1. Diana de Cadaval (1978-) - Segundo o extinto Conselho de Nobreza, é desde 2001, representante do título de duquesa de Cadaval.[3]

Referências

  1. a b Albano da Silveira Pinto (1883). Resenha das familias titulares e grandes de Portugal. [S.l.: s.n.] p. 561 
  2. Afonso Eduardo Martins Zúquete (coordenação) (1960). Nobreza de Portugal e do Brasil. [S.l.]: Editorial Enciclopédia. p. 459-463 
  3. a b «Expresso | Diana de Cadaval: "Gosto que me chamem princesa"». Jornal Expresso. Consultado em 2 de fevereiro de 2016 
  4. Resenha das familias titulares do reino de Portugal. [S.l.]: Imprensa Nacional. 1838. p. 57 
  5. Cadernos de História e Arte Eborense - Vol. XXI - Duques de Cadaval de Túlio Espanca, 2.ª Edição, Évora, 1999.
  6. Túlio Espanca, Cadernos de história e arte eborense, Volume 21, p. 55
  7. Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal - pág. 56-57 e 235, Edições Carvalhos de Basto, Lda., Braga, 1981.
  8. Nobreza de Portugal e do Brasil – Vol. II, pág. 459-463. Publicado por Zairol Lda., Lisboa 1989.
  9. [1]

Ligações externas