José Roberto Raposo Pessoa: diferenças entre revisões

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'''José Roberto Raposo Pessoa''', ou simplesmente '''José Pessoa''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|OC]] • [[Ordem Militar de Cristo|GOC]] • [[Ordem Militar de Avis|OA]] • [[Ordem Militar de Avis|ComA]] • [[Medalha Militar de Bons Serviços|MPBS]] • [[Medalha Militar de Comportamento Exemplar|MPCE]]</small> ([[Cascais]], [[Cascais (freguesia)|Cascais]] ou [[Lisboa]], 27 de Março de 1899 - [[Cascais]], [[Cascais (freguesia)|Cascais]], 3/11 de Janeiro de 1974) foi um militar e político português.
'''José Roberto Raposo Pessoa''', ou simplesmente '''José Pessoa''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|OC]] • [[Ordem Militar de Cristo|GOC]] • [[Ordem Militar de Avis|OA]] • [[Ordem Militar de Avis|ComA]] • [[Medalha Militar de Bons Serviços|MPBS]] • [[Medalha Militar de Comportamento Exemplar|MPCE]]</small> ([[Cascais]], [[Cascais (freguesia)|Cascais]] ou [[Lisboa]], 27 de Março de 1899 - [[Cascais]], [[Cascais (freguesia)|Cascais]], 3/11 de Janeiro de 1974), foi um militar e político português.


==Biografia==
==Biografia==

Revisão das 03h44min de 5 de fevereiro de 2016

José Roberto Raposo Pessoa, ou simplesmente José Pessoa OCGOCOAComAMPBSMPCE (Cascais, Cascais ou Lisboa, 27 de Março de 1899 - Cascais, Cascais, 3/11 de Janeiro de 1974), foi um militar e político português.

Biografia

Filho de José Júlio Pessoa (Cascais, Cascais, 13 de Março de 1851 - ?) e de sua mulher (Cascais, Cascais) Ernestina Laura Jorge de Lima Raposo (Cascais, Cascais, 17 de Junho de 1861 - ?).

Frequentou o curso do Colégio Militar de 1910 a 1917 e assentou Praça como Voluntário a 13 de Junho de 1917. Em 1918, depois de ter concluído o curso da sua Arma, de Artilharia do Exército,[1][2] foi promovido a Aspirante a Oficial, a Alferes a 13 de Setembro de 1918 e a Tenente a 13 de Setembro de 1922.[3]

Nos finais de 1918, exerceu as funções de Administrador do Concelho de Ponte de Lima, vindo, depois, a prestar serviço como Militar em Lisboa, Viana do Castelo, Évora e, principalmente, em Cascais.[3]

Era Proprietário local na sua terra natal, Cascais.[1]

Exerceu, ainda, com distinção, as funções de Ajudante de Campo do General Daniel Rodrigues de Sousa, como Governador Militar do Distrito de Lisboa, do então Ministro da Guerra Interino António de Oliveira Salazar de 5 a 6 de Julho de 1932, e, mais tarde, seguidamente, do primeiro como Ministro da Guerra de 6 de Julho de 1932 a 11 de Abril de 1933.[3]

Foi promovido a Capitão a 16 de Maio de 1933.[3]

Fez parte do Grupo de Artilharia Pesada N.º 3, renomeado em 1933 Grupo Móvel de Artilharia de Cascais, encarregada da defesa da Cidadela de Cascais, nomeadamente durante a permanência do Presidente da República António Óscar Fragoso Carmona.[1]

Foi Secretário da última equipa da Comissão de Iniciativa e Turismo do Concelho de Cascais de 1933 a 1937.[1]

Foi primeiro jogador de futebol e, mais tarde, Presidente da Assembleia-Geral do Grupo Dramático e Sportivo de Cascais.[3]

Exerceu, igualmente, os cargos de Membro do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração da Companhia Colonial de Navegação, a partir de 1934.[3]

A 5 de Outubro de 1934 foi feito Oficial da Ordem Militar de Avis.[4]

Foi, novamente, Ajudante de Campo de António de Oliveira Salazar, novamente na qualidade de Ministro da Guerra Interino, de 11 de Maio de 1936 a 6 de Setembro de 1944, tendo sido nomeado a 13 de Maio de 1936 e demitido a 15 de Setembro de 1944 já pelo novo Ministro Efectivo, Fernando dos Santos Costa.[3]

A 6 de Julho de 1936 foi feito Oficial da Ordem Militar de Cristo.[4]

De 28 de Março a 14 de Maio de 1938, fez parte da Missão de Estudo da Missão Militar de Observação de Portugal em Espanha, no período da Guerra Civil.[2][3]

Foi Presidente da Câmara Municipal de Cascais de 10 de Março de 1939 a 25 de Março de 1959, colaborando activamente na modernização urbanística do Concelho, de que são expoentes os Bairros dos Pescadores, das Caixas, do Alcaide e do Rosário, o Hospital Condes de Castro Guimarães, o Cinema São José, o Hipódromo Manuel Possolo, a Praça de Touros de Cascais ou o novo Mercado de Cascais.[3] A parceria Capitão Manuel José de Ávila Madruga-Tenente António Rodrigues Cardoso/Capitão José Roberto Raposo Pessoa foi feita no apoio entre entidades públicas na melhoria das condições de acolhimento às populações flutuantes e de assistência às nativas do eixo.[1][5] Foi Presidente da Junta de Turismo de Cascais desde a sua tomada de posse Autárquica a 10 de Março de 1939 até finais desse ano.[1] Colaborou no livro [Cascais. Saúde Pública]. Môscas e Mosquitos. Campanha da Câmara Municipal de Cascais contra as môscas e mosquitos. Prefácio do Prof. Ricardo Jorge. Edição da Junta de Turismo de Cascais. 1939. In-4.º de VIII-II-232-IV.[6] A 29 de Julho de 1939 inaugurou no Estoril a I Feira Regional, e a 30 de Agosto de 1939 reinaugurou o Jardim Visconde da Luz.[1] Foi Presidente da Comissão Administrativa do Museu-Biblioteca de Cascais e responsável pela divulgação da sua Biblioteca Itinerante.[7] Deu a sua concordância à mudança do Feriado Municipal para 7 de Junho, data da elevação de Cascais a vila em 1364, de acordo com "Cascais e Seus Lugares – Boletim da Junta de Turismo de Cascais", de 7 de Junho de 1945.[1] A 5 de Outubro de 1945, inaugurou o Parque Marechal Carmona, em terrenos que tinham sido adquiridos um ano antes pela Câmara Municipal de Cascais, e, anos mais tarde, também adquiriu para a Câmara Municipal o actual Parque Palmela, o que o levava muitas vezes a orgulhar-se de ter sido o responsável por assegurar os "pulmões" desta vila que ele tanto amava.[8]

Foi promovido a Major a 8 de Maio de 1947, na sequência da frequência de curso, nos anos de 1945 e 1946, no Instituto de Altos Estudos Militares.[3]

A 29 de Setembro de 1951 foi elevado a Comendador da Ordem Militar de Avis.[4]

O Tenente-Coronel Raposo Pessoa passou à reserva a 20 de Novembro de 1953.[3]

Na sua folha de serviços, tinha registado diversos louvores e condecorações, como a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar, a Medalha Militar de Prata de Bons Serviços e a Cruz de Mérito de 3.º Grau da Ordem de Mérito da Águia Alemã da Alemanha, assim com os graus de Cavaleiro [não consta], Oficial e Comendador da Ordem Militar de Avis e de Cavaleiro [não consta], Oficial e Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo. Também lhe foram conferidas pelo Governo Espanhol as condecorações da Cruz Vermelha do Mérito Militar e a Medalha da Campanha, sendo, ainda, Comendador da Ordem do Libertador da Venezuela e Comendador da Ordem do Infante D. Henrique [não consta]. Em Junho de 1954, nas comemorações do XV Aniversário enquanto Presidente da Câmara Municipal, foi condecorado com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal, atribuída em sessão pública pela Câmara Municipal de Cascais.[3]

A 11 de Abril de 1959 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo.[4]

Tem uma Avenida com o seu nome em Cascais.

Casou com Clementina Ferreira Pinto Leite de Magalhães, da qual teve duas filhas, Maria Clementina de Magalhães Pessoa, viúva de Edgar Hugo da Cunha Reinhardt, de ascendência Alemã, e Maria José de Magalhães Pessoa, casada com o Dr. Álvaro de Lacerda e Melo, Médico em Cascais, onde tem uma Rua com o seu nome, filho do Vereador António de Lacerda e Melo. Esta última nasceu na Cidadela de Cascais, a 14 de Julho de 1927 e estudou no Colégio do Sagrado Coração de Jesus, na vila, onde veio a aprender a andar a cavalo com Manuel Possolo, entusiasta da modalidade, que viria a dar o seu nome ao Hipódromo de Cascais. Concluiu, mais tarde, o curso de Auxiliar de Enfermagem, vindo, depois, a casar-se com o Médico Álvaro de Lacerda e Melo, do qual teve três filhos e filhas. Acompanhou, ao longo de décadas, o pai, já viúvo, enquanto Presidente da Câmara Municipal, nas mais importantes recepções e inaugurações que então tiveram lugar. Colaborou, depois, em revistas e jornais da região, assim como voluntária em algumas instituições de solidariedade social do Concelho, onde continua a residir.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h Biblioteca Municipal de Cascais http://www.cm-cascais.pt/bibliotecadigital/40198/40198_item1/P458.html. Consultado em 10 de Outubro de 2015  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. a b Rui Aballe Vieira (2011). «Tomar o Pulso ao Tigre: Missões Militares Portuguesas em Espanha, entre a vigilância e a cooperação (1934 – 1939)» (PDF). Consultado em 10 de Outubro de 2015 
  3. a b c d e f g h i j k l m «Guia Digital do Arquivo Histórico Municipal - Câmara Municipal de Cascais» (PDF). 4.ª Edição, Junho de 2015. Consultado em 10 de Outubro de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. a b c d «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Roberto Raposo Pessoa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de outubro de 2015 
  5. Maria Cristina de Carvalho dos Anjos (Novembro de 2012). «O Turismo no Eixo Costeiro Estoril - Cascais (1929-1939): Equipamentos, Eventos e Promoção do Destino; Doutoramento em História, Especialidade em História Regional e Local» (PDF). Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, Departamento de História. Consultado em 10 de Outubro de 2015 
  6. Biblioteca Municipal de Santarém http://biblioteca.cm-santarem.pt/SearchResultDetail.aspx?mfn=4350&DDB=#.VhiBZn6RfqA. Consultado em 10 de Outubro de 2015  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. Maria Mota Almeida (Lisboa, 2012). «Um Museu-Biblioteca em Cascais: Pioneirismo Mediado pela Ação Cultural e Educativa» (PDF)  Parâmetro desconhecido |aacessodata= ignorado (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Jornal +Cascais. [S.l.: s.n.] 10.ª Edição  Verifique data em: |ano= (ajuda)