Velho Oeste: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 26: Linha 26:




== Velho Oeste na Cultura popular ==
[[Ficheiro:Western Thrillers 01.jpg|thumb|200px|Exemplo de revista em quadrinhos de faroeste]]
{{AP|Western (gênero)}}
; Literatura
Os exemplos mais famosos são os romances [[James Fenimore Cooper]], publicados no [[século XIX]], também foram explorados na literatura popular e barata nos ''penny dreadfuls'', ''dime novels'', [[pulp|''revistas pulp'']] e [[livro de bolso|''livros de bolso'']].

; Cinema
{{AP|Cinema western|Filme B|Faroeste espaguete}}

Muitas vezes, os filmes de estão situados em territórios inexplorados ou indisciplinados sob a ameaça latente de ataque dos índios, ou cidades sem lei, onde os bandidos aterrorizam a população.
Exemplo de personagens: [[Cisco Kid]], [[Django (personagem)|Django]], [[Durango Kid]] e [[Pistoleiro sem nome]]

; Histórias em quadrinhos

Normalmente, as [[histórias em quadrinhos]] possuem roteiros dramáticos sobre cowboys, pistoleiros, homens da lei, caçadores de recompensa, fora da lei, e os nativos americanos. Os desenhos retratam uma América rural preenchida com imagens icônicas tais como armas, chapéus de cowboy, coletes, cavalos, bares, fazendas e desertos. Ex: [[Black Rider]], [[Blueberry (banda desenhada)|Blueberry]] e [[Tex Willer]].<ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/materias/fascinante-historia-dos-quadrinhos-de-faroeste/|titulo=Os implacáveis quadrinhos de faroeste|autor=Marcus Ramone|data=18/09/2015|publicado=[[Universo HQ]]|acessodata=}}</ref>


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==
* [[Western (gênero)]]
* [[Batalha de Little Bighorn]]
* [[Batalha de Little Bighorn]]
* [[Big Nose George]]
* [[Big Nose George]]

Revisão das 10h22min de 20 de outubro de 2016

 Nota: "Faroeste" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Faroeste (desambiguação).
O sioux hunkpapa Touro Sentado e William Cody, mais conhecido como Buffalo Bill, reconhecidos personagens do popularmente chamado "Velho Oeste" dos Estados Unidos.

Velho oeste, Oeste selvagem ou faroeste (em inglês: old west, wild west ou far west), são os termos com que se denomina popularmente o período e episódios históricos que tiveram lugar no século XIX (principalmente entre os anos de 1860 a 1890) durante a expansão da fronteira dos Estados Unidos para a costa do Oceano Pacífico. Embora a colonização do território tenha começado no século XVI com a chegada dos europeus, o objetivo de alcançar a costa oeste deveu-se principalmente à iniciativa governamental do presidente Thomas Jefferson, depois da Compra da Luisiana em 1803. A expansão da fronteira foi considerada como uma oportunidade de riqueza e progresso.

Esta incessante e prolongada migração de pessoas para o oeste deslocou culturas ancestrais e oprimiu minorias étnicas de ameríndios. Em contraste, o período suscitou importantes avanços na indústria, comunicações e agricultura, à custa em vários casos de uma intensa exploração dos recursos humanos e naturais.

Estes eventos históricos, origem de um mito nacional nos Estados Unidos, têm sido recriados por diversas manifestações de arte. No cinema, o gênero designa-se western e narra histórias de cowboys, pioneiros, ameríndios, garimpeiros, empresários, etc. Histórias de pessoa variadas ,condições que empreenderam a aventura do oeste com a esperança de alcançar o êxito pessoal mas que acabaram muitas vezes confrontados com a justiça ou com a fatalidade do destino. Os estudos atuais consideram que por trás desta mistificação esconde-se uma realidade complexa e que há a tendência de reconsiderar o papel de todos os atores que participaram naquela conjuntura social, econômica e cultural que foi a fronteira dos EUA no século XIX.

A fronteira na história dos EUA

American Progress (1872), de John Gast. Note-se como animais e nativos fogem perante o avanço dos pioneiros, do caminho-de-ferro, dos agricultores, etc., sendo estes acompanhados de uma semideusa que cobre o território com linhas telegráficas.

A «fronteira» é um conceito que, na história dos Estados Unidos, faz alusão ao avanço para o oeste e à procura de oportunidades dentro de um território desconhecido. Nas palavras de um autor moderno:

A fronteira é aquele lugar onde a civilização pode avançar à custa do selvagem. É uma delgada linha geográfica onde o velho e o novo, o conhecido e o desconhecido se encontram e se colocam limites.[1]

Em princípios do século XIX, o Oeste era considerado um território selvagem e inóspito, com escassas possibilidades de ser habitado.[2] Para esta opinião não influía o fato de que os povos ameríndios estavam há vários milénios a viver lá. O avanço do Leste civilizado sobre o Oeste selvagem foi o encontro e choque entre dois mundos mutuamente exclusivos. A apropriação de territórios e o deslocamento dos nativos justificou-se com a doutrina do "destino manifesto", uma ideologia que afirmava que todos estes acontecimentos eram parte de um plano divino previsto para a América do Norte e para o mundo.[3] Em 1825, um político de Missouri chamado Thomas Hart Benton defendeu a colonização alegando que o seu propósito era levar a todos os povos «grandes e maravilhosos benefícios através da ciência, dos princípios liberais de governo e da verdadeira religião».[3] Em 1893, uma vez passado o período de expansão, Frederick Jackson Turner apresentou a sua tese «Significado da fronteira na história dos Estados Unidos», mais conhecida como Tese da Fronteira (Frontier Thesis) ou Tese de Turner (Turner Thesis). Nela destacou a mestiçagem de raças,[1] o logro da solidariedade entre as distintas regiões, a ação do governo ao impulsionar as comunicações e a criação de uma personalidade nacional. O mais importante, no entanto, foi:

…a promoção da democracia aqui e na Europa (…) o individualismo desde o começo tem promovido a democracia (…) significa o triunfo da fronteira.[1]

Com o tempo, a fronteira converteu-se num mito nos Estados Unidos.[4]Tudo o que aconteceu no oeste — bom ou mau — serviu para forjar a personalidade do país através de valores como a procura de oportunidades, a aplicação de soluções práticas, a atitude enérgica perante as dificuldades, a capacidade de inovação e o esforço orientado para o progresso. Em definitivo:


…um escape e um lugar de esperança para aqueles dispostos e capazes de tomar o futuro nas suas próprias mãos.[1]


Ver também

Referências

  1. a b c d Compton´s Interactive Encyclopedia (1996), Frontier.
  2. Hakim, Joy (1999), A history of Us, book 5, pp. 14-15.
  3. a b Berkin, Carol, et. al., (2006), Making America, p. 373.
  4. Berkin, Carol, et. al., op. cit., p. 593.