Diocese de Ceuta: diferenças entre revisões

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A '''[[Diocese]] de [[Ceuta]]''' foi instituída em [[1417]] por [[bula]] do [[Papa Martinho V]]. Entre [[14 de Julho]] de [[1444]] e [[1513]], esta diocese passa a administrar também a [[diocese de Valença]], pela [[Bula pontifícia|bula]] ''[[Romanus Pontifex]]'', de [[Papa Nicolau V|Nicolau V]]. A partir de [[1645]] a cidade de [[Ceuta]] deixa de pertencer a [[Portugal]], passa a ser possessão espanhola, e a sua diocese acompanha-a. Em [[1851]], a diocese de Ceuta foi dissolvida e incorporada na [[diocese de Cádis]] e passa a [[Diocese de Cádis e Ceuta]].
A '''Diocese de Ceuta''' é uma [[diocese]] da [[Igreja Católica Romana]], instituída em [[1421]] por [[bula papal|bula]] do [[Papa Martinho V]], após a [[tomada da cidade de Ceuta]] em [[1415]] pelos portugueses. A diocese está actualmente sob a jurisdição da Igreja Católica de Espanha, sendo administrada conjuntamente com a [[Diocese de Cádiz]].

Após a conquista da cidade de Ceuta, querendo [[João I de Portugal|D. João I]] sublima-la com [[Sé Catedral]], comunicou el-rei a sua intenção ao [[Papa Martinho V]], que por suas bulas deu faculdade aos Arcebispos [[Fernando da Guerra|D. Fernando]], de Braga, e [[Pedro de Noronha|D. Pedro]], de Lisboa, para a intitularem cidade e lhe designarem [[diocese]] própria. Sagrou-se assim em [[1421]] a [[mesquita]] da cidade em [[Catedral]], sendo seu primeiro [[bispo]] D. Frei [[Aymaro]], [[frade menor]] de nacionalidade [[Inglaterra|inglesa]], e confessor da Rainha [[Filipa de Lencastre|D. Filipa]], que então era [[bispo titular|titular]] de [[Marrocos]]. Recebeu a nova diocese em território todo o [[Reino de Fez]], e lugares mais propínquos além do [[Estreito de Gibraltar]].{{harvref|Cardoso|1652|p=30, 31}}

Em [[1444]] o [[Papa Eugénio IV]] a fez [[Primaz]] de África, assignando-lhe mais para sustento de seus [[prelado]]s as administrações de [[Administração Apostólica de Valença|Valença do Minho]], que pertencia a [[Diocese de Tuy|Tuy]], e de [[Administração Apostólica de Olivença|Olivença]], que estava com [[Diocese de Badajoz|Badajoz]], ficando imediata à [[Sé Apostólica]]. Passados alguns anos, em [[1474]], o [[Papa Sisto IV]] a fez sufragânea a [[Arquidiocese de Braga|Braga]], e por vários casos veio a ficar, já no século XVII, na de [[Patriarcado de Lisboa|Lisboa]].{{harvref|Cardoso|1652|p=31}}

A partir de [[1645]] a cidade de [[Ceuta]] deixa de pertencer a [[Portugal]], passa a ser possessão espanhola, e a sua diocese acompanha-a. Em [[1851]], a diocese de Ceuta foi dissolvida e incorporada na [[diocese de Cádis]] e passa a [[Diocese de Cádis e Ceuta]].


== Lista de bispos de Ceuta ==
== Lista de bispos de Ceuta ==
* D. Frei [[Aymaro]] (1415-...)
* D. Frei [[Aymaro]] (1421-...)
* [...]
* [...]
* D. [[João Manuel, bispo da Guarda|João Manuel]] (1443-1459)
* D. [[João Manuel, bispo da Guarda|João Manuel]] (1443-1459)
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* D. Ildefonso Joaquín Infante y Macías, [[Ordem de São Bento|O.S.B.]] ([[15 de Fevereiro]] de [[1876]] — [[20 de Março]] de [[1877]]), [[Bispo de San Cristóbal de La Laguna o Tenerife]]
* D. Ildefonso Joaquín Infante y Macías, [[Ordem de São Bento|O.S.B.]] ([[15 de Fevereiro]] de [[1876]] — [[20 de Março]] de [[1877]]), [[Bispo de San Cristóbal de La Laguna o Tenerife]]
* D. José Processo Pozuelo y Herrero ([[23 de Junho]] de [[1877]] — [[28 de Fevereiro]] de [[1879]]), [[Bispo das Ilhas Canárias]]
* D. José Processo Pozuelo y Herrero ([[23 de Junho]] de [[1877]] — [[28 de Fevereiro]] de [[1879]]), [[Bispo das Ilhas Canárias]]

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== Bibliografia ==
* {{citation|title=Agiologio Lusitano||first=Jorge |last=Cardoso|publisher=Officina Craesbeekiana|year=1652|volume=Tomo I|isbn=|url=http://purl.pt/12169/3/hg-1442-v/hg-1442-v_item3/index.html}}


== {{Ligações externas}} ==
== {{Ligações externas}} ==

Revisão das 23h19min de 27 de fevereiro de 2017

A Diocese de Ceuta é uma diocese da Igreja Católica Romana, instituída em 1421 por bula do Papa Martinho V, após a tomada da cidade de Ceuta em 1415 pelos portugueses. A diocese está actualmente sob a jurisdição da Igreja Católica de Espanha, sendo administrada conjuntamente com a Diocese de Cádiz.

Após a conquista da cidade de Ceuta, querendo D. João I sublima-la com Sé Catedral, comunicou el-rei a sua intenção ao Papa Martinho V, que por suas bulas deu faculdade aos Arcebispos D. Fernando, de Braga, e D. Pedro, de Lisboa, para a intitularem cidade e lhe designarem diocese própria. Sagrou-se assim em 1421 a mesquita da cidade em Catedral, sendo seu primeiro bispo D. Frei Aymaro, frade menor de nacionalidade inglesa, e confessor da Rainha D. Filipa, que então era titular de Marrocos. Recebeu a nova diocese em território todo o Reino de Fez, e lugares mais propínquos além do Estreito de Gibraltar.[1]

Em 1444 o Papa Eugénio IV a fez Primaz de África, assignando-lhe mais para sustento de seus prelados as administrações de Valença do Minho, que pertencia a Tuy, e de Olivença, que estava com Badajoz, ficando imediata à Sé Apostólica. Passados alguns anos, em 1474, o Papa Sisto IV a fez sufragânea a Braga, e por vários casos veio a ficar, já no século XVII, na de Lisboa.[2]

A partir de 1645 a cidade de Ceuta deixa de pertencer a Portugal, passa a ser possessão espanhola, e a sua diocese acompanha-a. Em 1851, a diocese de Ceuta foi dissolvida e incorporada na diocese de Cádis e passa a Diocese de Cádis e Ceuta.

Lista de bispos de Ceuta

Como diocese espanhola

Referências

  1. Cardoso 1652, p. 30, 31.
  2. Cardoso 1652, p. 31.

Bibliografia

Ligações externas

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