Anthocerotophyta: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 24: Linha 24:
| sinónimos=
| sinónimos=
*[[Anthocerotae]]
*[[Anthocerotae]]
*[[Anthocerotopsida]]
*[[Anthocerophyta]]
}}
}}
[[Ficheiro:Dendroceros.jpg|thumb|253px|''[[Dendroceros]]'' sp.]]
[[Ficheiro:Dendroceros.jpg|thumb|253px|''[[Dendroceros]]'' sp.]]

Revisão das 09h27min de 19 de novembro de 2017

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAnthocerophyta
antóceros
Ocorrência: Cretáceo superior (ver texto) ao presente
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Sub-reino: Embryophyta
Superdivisão: Bryophyta sensu lato
Divisão: Anthocerotophyta
Stotler & Stotl.-Crand., 1977[1]
Classe: Anthocerotopsida
Ordem: Anthocerotales
Classes e ordens
Sinónimos
Dendroceros sp.

Anthocerotophyta é um pequeno filo de plantas não vasculares, com cerca de 100 espécies, que reúne as plantas conhecidas pelo nome comum de antóceros. O grupo tem como característica comum com os musgos e hepáticas apresentar uma alternância de gerações na qual o gametófito haploide persistente é a parte mais visível e duradoura do seu ciclo de vida. Apesar dessa semelhança e dos gametófitos dos antóceros serem morfologicamente semelhantes aos das hepáticas talosas, existem muitas características que indicam um relacionamento filogenético relativamente distante entre aqueles grupos. As células da maioria das espécies geralmente apresentam um único cloroplasto grande, com um pirenóide, como nas algas verdes. Algumas espécies de antóceros apresentam células contendo muitos cloroplastos pequenos sem pirenóides, como a maior parte das células vegetais, mas mesmo nesses antóceros a célula apical contém um único plastídeo, reflectindo a condição ancestral.[2]

Descrição

Os gametófitos dos antóceros são frequentemente semelhantes a rosetas e suas ramificações dicotômicas frequentemente não são aparentes. Geralmente, eles apresentam 1 a 2 cm de diâmetro. Os representantes de Anthoceros apresentam muitas cavidades internas que são habitadas por cianobactérias que fixam nitrogênio e o fornecem para suas plantas hospedeiras.

Os gametófitos de algumas espécies de Anthoceros são unissexuados, enquanto outros são bissexuados. Os anterídios e arquegônios estão mergulhados na superfície dorsal do gametófito, com os anterídios agrupados em câmaras. Numerosos esporófitos podem desenvolver-se no mesmo gametófito.

O esporófito de Anthoceros, que é uma estrutura vertical alongada, consiste em um pé e uma cápsula longa e cilíndrica, ou esporângio. Um aspecto único dos esporófitos de antóceros é que em seu desenvolvimento inicial um meristema ou zona de células em divisão ativa desenvolve-se entre o pé e o esporângio. Esse meristema basal permanece ativo enquanto as condições são favoráveis para o crescimento. Como resultado, o esporófito continua a alongar-se por um período prolongado de tempo. Ele é verde e tem várias camadas de células fotossintetizantes. Ele é também coberto por uma cutícula e tem estômatos. A presença de estômatos nos esporófitos de antóceros e musgos é considerada como evidência de um importante elo evolutivo com as plantas vasculares. A maturação dos esporos e deiscência do esporângio começa próximo ao seu ápice e estende-se em direção a base à medida que os esporos maturam. Entre os esporos, há estruturas estéreis, alongadas, frequentemente multicelulares que lembram elatérios de hepáticas. O esporângio pronto para a deiscência fende-se longitudinalmente em metades semelhantes a fitas.

Sistemática

Filogenia

Recentes estudos de filogenia molecular, ultra-estrutural e morfológica permitiram elaborar uma nova classificação para a divisão Anthocerotophyta, de que resulta a seguinte composição e filogenia:[2][3]

Divisão Anthocerotophyta

A estrutura taxonómica anterior resulta no seguinte cladograma:


Leiosporocerotaceae

Leiosporoceros

Anthocerotaceae

Folioceros

Sphaerosporoceros

Anthoceros

Notothyladaceae

Notothylas

Phaeoceros

Phymatocerotaceae

Phymatoceros

Dendrocerotaceae

Phaeomegaceros

Nothoceros

Megaceros

Dendroceros

Referências

  1. Stotler, Raymond E.; Barbara J. Candall-Stotler (1977). «A checklist of the liverworts and hornworts of North America». American Bryological and Lichenological Society. The Bryologist. 80 (3): 405–428. JSTOR 3242017. doi:10.2307/3242017 
  2. a b Duff, R. Joel; Juan Carlos Villarreal; D. Christine Cargill; Karen S. Renzaglia (2007). «Progress and challenges toward a phylogeny and classification of the hornworts». The Bryologist. 110 (2): 214–243. doi:10.1639/0007-2745(2007)110[214:PACTDA]2.0.CO;2 
  3. Villareal, J. C.; Cargill, D. C.; Hagborg, A.; Söderström, L.; Renzaglia, K. S. (2010). «A synthesis of hornwort diversity: Patterns, causes and future work» (pdf). Phytotaxa. 9: 150–166 

Bibliografia

  • Grolle, Riclef (1983). «Nomina generica Hepaticarum; references, types and synonymies». Acta Botanica Fennica. 121: 1–62 
  • Hasegawa, J. (1994). «New classification of Anthocerotae». Journal of the Hattori Botanical Laboratory. 76: 21–34 
  • Renzaglia, Karen S. (1978). «A comparative morphology and developmental anatomy of the Anthocerotophyta». Journal of the Hattori Botanical Laboratory. 44: 31–90 
  • Renzaglia, Karen S. & Vaughn, Kevin C. (2000). Anatomy, development, and classification of hornworts. In A. Jonathan Shaw & Bernard Goffinet (Eds.), Bryophyte Biology, pp. 1–20. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-66097-1.
  • Schofield, W. B. (1985). Introduction to Bryology. New York: Macmillan 
  • Schuster, Rudolf M. (1992). The Hepaticae and Anthocerotae of North America, East of the Hundredth Meridian. VI. Chicago: Field Museum of Natural History 
  • Smith, Gilbert M. (1938). Cryptogamic Botany, Volume II: Bryophytes and Pteridophytes. New York: McGraw-Hill Book Company 
  • Watson, E. V. (1971). The Structure and Life of Bryophytes 3rd ed. London: Hutchinson University Library. ISBN 0-09-109301-5 
  • Shaw, Jonathan; Renzaglia, Karen (2004). «Phylogeny and diversification of Bryophytes». 91 (10): 1557-1581 
  • Villarreal, Juan Carlos; Cargill, D. Christine; Hagborg, Anders; Söderström, Lars; Renzaglia, Karen Sue (2010). «A synthesis of hornwort diversity: Patterns, causes and future work». 9: 150-166 
  • Bryophytes: the closest living relatives of early land plants. Col: Phytotaxa. 9. Auckland (Nueva Zelanda): Magnolia Press. 2010. 278 páginas. ISBN 9781869775971 186977597X Verifique |isbn= (ajuda). OCLC 676694037  Parâmetro desconhecido |nombre-editor= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |nombre-editor2= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |nombre-editor3= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |apellido-editor= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |apellido-editor3= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |apellido-editor2= ignorado (ajuda)

Ver também

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Anthocerotophyta
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Anthocerotophyta