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Uma '''fatwa'''{{nota de rodapé|Jalal, Ayesha. Combatentes de Alá. Ed. Larousse. Trad. Gonçalves, Luiz Roberto Mendes. p36}} ou '''fátua'''<ref>"fátua", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (em linha), 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/fátua (consultado em 13-07-2014).</ref> ({{lang-ar|فتوى}}; [[transl.]] ''fatwā'', plural ''fataawa'') é um pronunciamento legal no [[Islão]] emitido por um especialista em [[lei]] religiosa, sobre um assunto específico.<ref>{{citar web |url=http://islam.about.com/od/law/g/fatwa.htm |publicado=[[About.com]] |autor= |título=Fatwa - About.com |data= |acessodata= |língua=inglês}}</ref>
'''Fátua'''<ref>"[http://www.priberam.pt/dlpo/fátua fátua]", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (em linha)</ref> ({{lang-ar|فتوى||''fatwā''}}, plural ''fataawa'') é um pronunciamento legal no [[Islão]] emitido por um especialista em [[lei]] religiosa, sobre um assunto específico.<ref>{{citar web |url=http://islam.about.com/od/law/g/fatwa.htm|título=Fatwa - About.com|língua=inglês}}</ref> Normalmente, uma fatwa é emitida a pedido de um indivíduo ou [[juiz]] de modo a esclarecer uma questão onde a [[fiqh]], a [[jurisprudência]] islâmica, é pouco clara. Um [[Acadêmico|académico]] que seja capaz de emitir fatwas é conhecido por [[mufti]].
Normalmente, uma fatwa é emitida a pedido de um indivíduo ou [[juiz]] de modo a esclarecer uma questão onde a [[fiqh]], a [[jurisprudência]] islâmica, é pouco clara. Um [[Acadêmico|académico]] que seja capaz de emitir fatwas é conhecido por [[mufti]].

Sua autoridade é baseada na [[educação]] e no status do mufti dentro da comunidade. Se o inquiridor não for persuadido pela fatwa, ele é livre para ir a outro mufti e obter outra opinião; Mas uma vez que ele encontra uma opinião convincente, ele deve obedecer. Teoricamente, os muftis devem ser capazes de exercer um esforço de reflexão ([[ijtihad]]) jurídico independente das escolas de direito, embora os seguidores da tradição (''muqallids'') também possam emitir fatwas. Historicamente, as fatwas eram independentes do sistema judicial, embora alguns muftis estivessem oficialmente vinculados a vários tribunais. Nos sistemas políticos [[otomanos]] e [[Mogois|mogóis]], o grão-mufti foi designado como ''Shaykh al-Islam''. Outros muftis foram nomeados para cargos como inspetores de mercado, guardiões da moral pública e conselheiros do governo sobre assuntos religiosos. Sob o domínio colonial, as [[madraçais]] assumiram o papel de guias religiosos, e instituições especiais foram estabelecidas para emitir fatwas. Nos tempos modernos, a [[mídia impressa]] e [[Mídia eletrônica|eletrônica]] reforçou o papel eo impacto das fatwas, tornando-as instantaneamente disponíveis para o público. Os estados muçulmanos atuais tentaram controlar fatwas através de organizações consultivas oficiais dentro dos ministérios religiosos.<ref>{{citar web|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t125/e646?_hi=14&_pos=1|titulo=Fatwa (em inglês)|data=|publicado=Oxford Islamic Studies}}</ref><ref>Muhammad Khalid Masud, Joseph A. Kéchichian, Brinkley Messick, Joseph A. Kéchichian, Ahmad S. Dallal, Jocelyn Hendrickson {{citar web|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t236/e0243?_hi=14&_pos=4|titulo=Fatwa (em inglês)|data=|publicado=Oxford Islamic Studies}}</ref>


Sua autoridade é baseada na [[educação]] e no status do mufti dentro da comunidade. Se o inquiridor não for persuadido pela fatwa, ele é livre para ir a outro mufti e obter outra opinião; Mas uma vez que ele encontra uma opinião convincente, ele deve obedecer. Teoricamente, os muftis devem ser capazes de exercer um esforço de reflexão ([[ijtihad]]) jurídico independente das escolas de direito, embora os seguidores da tradição (''muqallids'') também possam emitir fatwas. Historicamente, as fatwas eram independentes do sistema judicial, embora alguns muftis estivessem oficialmente vinculados a vários tribunais. Nos sistemas políticos [[otomanos]] e [[mogois]], o grão-mufti foi designado como ''Shaykh al-Islam''. Outros muftis foram nomeados para cargos como inspetores de mercado, guardiões da moral pública e conselheiros do governo sobre assuntos religiosos. Sob o domínio colonial, as [[madraçais]] assumiram o papel de guias religiosos, e instituições especiais foram estabelecidas para emitir fatwas. Nos tempos modernos, a [[mídia impressa]] e [[Mídia eletrônica|eletrônica]] reforçou o papel eo impacto das fatwas, tornando-as instantaneamente disponíveis para o público. Os estados muçulmanos atuais tentaram controlar fatwas através de organizações consultivas oficiais dentro dos ministérios religiosos.<ref>{{citar web|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t125/e646?_hi=14&_pos=1|titulo=Fatwa (em inglês)|publicado=Oxford Islamic Studies}}</ref><ref>Muhammad Khalid Masud, Joseph A. Kéchichian, Brinkley Messick, Joseph A. Kéchichian, Ahmad S. Dallal, Jocelyn Hendrickson {{citar web|url=http://www.oxfordislamicstudies.com/article/opr/t236/e0243?_hi=14&_pos=4|titulo=Fatwa (em inglês)|publicado=Oxford Islamic Studies}}</ref>


<h2>Fontes</h2><p>As fontes de fatwā incluem:</p>
<h2>Fontes</h2><p>As fontes de fatwā incluem:</p>
*[[Universidade de Al-Azhar]]
*[[Universidade de Alazar]]
*Mufti Ebrahim Desai
*Mufti Ebrahim Desai
*[http://www.hazrat.org/ Darul Iftaa, Bareilly Shareef] India
*[http://www.hazrat.org/ Darul Iftaa, Bareilly Shareef] India

Revisão das 19h33min de 24 de novembro de 2017

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Fátua[1] (em árabe: فتوى, lit. 'fatwā', plural fataawa) é um pronunciamento legal no Islão emitido por um especialista em lei religiosa, sobre um assunto específico.[2] Normalmente, uma fatwa é emitida a pedido de um indivíduo ou juiz de modo a esclarecer uma questão onde a fiqh, a jurisprudência islâmica, é pouco clara. Um académico que seja capaz de emitir fatwas é conhecido por mufti.

Sua autoridade é baseada na educação e no status do mufti dentro da comunidade. Se o inquiridor não for persuadido pela fatwa, ele é livre para ir a outro mufti e obter outra opinião; Mas uma vez que ele encontra uma opinião convincente, ele deve obedecer. Teoricamente, os muftis devem ser capazes de exercer um esforço de reflexão (ijtihad) jurídico independente das escolas de direito, embora os seguidores da tradição (muqallids) também possam emitir fatwas. Historicamente, as fatwas eram independentes do sistema judicial, embora alguns muftis estivessem oficialmente vinculados a vários tribunais. Nos sistemas políticos otomanos e mogois, o grão-mufti foi designado como Shaykh al-Islam. Outros muftis foram nomeados para cargos como inspetores de mercado, guardiões da moral pública e conselheiros do governo sobre assuntos religiosos. Sob o domínio colonial, as madraçais assumiram o papel de guias religiosos, e instituições especiais foram estabelecidas para emitir fatwas. Nos tempos modernos, a mídia impressa e eletrônica reforçou o papel eo impacto das fatwas, tornando-as instantaneamente disponíveis para o público. Os estados muçulmanos atuais tentaram controlar fatwas através de organizações consultivas oficiais dentro dos ministérios religiosos.[3][4]

Fontes

As fontes de fatwā incluem:

Exemplos contemporâneos

São constantemente emitidas fatwas, que vão desde pareceres cheios de bom senso (fatwas contra as armas atómicas, por exemplo)[5] , até opiniões ridículas (fatwas contra o rato Mickey[6] ) e incitamentos ao crime (as variadas fatwas ordenando o assassínio dos apóstatas, como Salman Rushdie )[7].

Notas


Referências

  1. "fátua", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (em linha)
  2. «Fatwa - About.com» (em inglês) 
  3. «Fatwa (em inglês)». Oxford Islamic Studies 
  4. Muhammad Khalid Masud, Joseph A. Kéchichian, Brinkley Messick, Joseph A. Kéchichian, Ahmad S. Dallal, Jocelyn Hendrickson «Fatwa (em inglês)». Oxford Islamic Studies 
  5. «Quando o Ayatollah disse não ao nuclear (em inglês)». Foreign Policy. 16 de Outubro de 2014 
  6. Beckford, Martin (15 de Setembro de 2008). «O rato Mickey deve morrer, diz clérigo da Arábia Saudita». The Telegraph 
  7. Osborne, Samuel (21 de Fevereiro de 2016). «Irão renova a fatwa sobre o autor de Os Versos Satãnicos (em Inglês)». Independent 
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