Pombajira: diferenças entre revisões

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As qualidades da Pombo Giras
Descrição mais adequada da Pomba Gira segundo a Umbanda.
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O Atributo da Mulher
O Atributo da Mulher


É fácil encontrar pessoas que acreditam que as Pombo Giras, são espíritos de mulheres da vida, fato muito errôneo, pois estas entidades trazem consigo a excelência da mulher propriamente dita, em uma sociedade onde se predomina o machismo , um espirito que orientas as pessoas a viverem do jeito que são, Sempre será tratado de uma forma diabólica.
Erroneamente confundidas como se fossem espíritos de mulheres da vida, as pomba giras são entidades que trazem consigo a excelência da mulher propriamente dita, um espirito que orientas as pessoas a viverem do jeito que são.


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'''Pombajira''', '''Bombogira''', '''Pomba Gira''' ou '''Pombagira''' é uma [[Entidade]] que trabalha na [[umbanda]]. Para muitos, é uma espécie de forma feminina de [[Exu de umbanda|Exu]].
'''Pombajira''', '''Bombogira''', '''Pomba Gira''' ou '''Pombagira''' é uma [[Entidade]] que trabalha na [[umbanda]] e para uma melhor compreensão da comunidade leiga, é retratada como uma forma feminina de [[Exu de umbanda|Exu]].


== Etimologia ==
== Etimologia ==

Revisão das 15h05min de 31 de julho de 2018

O Atributo da Mulher

Erroneamente confundidas como se fossem espíritos de mulheres da vida, as pomba giras são entidades que trazem consigo a excelência da mulher propriamente dita, um espirito que orientas as pessoas a viverem do jeito que são.

Pombajira, Bombogira, Pomba Gira ou Pombagira é uma Entidade que trabalha na umbanda e para uma melhor compreensão da comunidade leiga, é retratada como uma forma feminina de Exu.

Etimologia

O termo poderia ser uma corruptela de Pambu Njila, o inquice equivalente a Exu no candomblé de angola.

Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas

Falanges

Há diversas falanges dessas entidades, que costumam auxiliar seus médiuns nos terreiros de umbanda, como por exemplo: Sete Saias, Maria Padilha, Rosa dos Ventos, Rainha das 7 Encruzilhadas, Pombagira da Calunga, Pombagira das Almas, Pombagira Cigana, Pombagira Maria Mulambo, Rosa Vermelha, Dona Rosinha Caveira, entre outras.[1]

Oferendas

As oferendas às pombagiras são inúmeras, sempre acompanhadas de vinho espumante de boa qualidade e bebidas fortes como o gim, burbom e, em isolados casos, aguardente. A elas, são oferecidos cigarrilhas e cigarros de filtro branco, rosas vermelhas (sempre em numero ímpar), mel, licor de anis (que é uma de suas bebidas preferidas), espelhos, enfeites, joias, bijuterias, batons, perfumes, enfim, todo o aparato que se atribui à chamada "vaidade feminina". Os despachos às pombagiras são feitos em encruzilhadas em forma de "T", cemitérios, estradas e, em alguns casos, jardins.

Referências

Bibliografia
  • ALMEIDA, Ronaldo R. M. de. A universalização do reino de deus. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, nº 44: 12-23, março 1996.
  • AUGRAS, Monique. De Yiá Mi a Pomba Gira: transformações e símbolos da libido. In: Carlos Eugênio Marcondes de Moura (org), Meu sinal está no teu corpo, pp. 14-36. São Paulo, Edicon e Edusp, 1989.
  • BAUDIN, R. P. Fétichisme et féticheurs. Lyon, Séminaire des Missions Africaines - Bureau de Missions Catholiques, 1884.
  • BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia: rito nagô. 3ª ed. São Paulo, Nacional, 1978.
  • BITTENCOURT, José Maria. No reino dos Exus. 5a. ed. Rio de Janeiro, Pallas, 1989.
  • BOUCHE, Pierre. La Côte des Esclaves et le Dahomey. Paris, 1885.
  • BOWEN, Thomas Jefferson. Adventures and Missionary Labors in Several Countries in the Interior of Africa. Charleston, Southern Baptist Publication Society, 1857. Reedição: Londres, Cass, 1968.
  • BURTON, Richard. Abeokuta and Camaroons: An Exploration. 2 vols. Londres, Tinsley Brothers, 1863.
  • BANDEIRA, Armando Cavalcanti. O que é a Umbanda. Rio de Janeiro: Editora Eco, 1973.
  • CARNEIRO, Édson. Candomblés da Bahia. 2ª ed. Rio de Janeiro, Editorial Andes, 1954.
  • DUNCAN, John. Travels in West Africa. 2 vols. Londres, Richard Bentley, 1847.
  • FERREIRA, Gilberto Antonio de Exu. Exu, a pedra primordial da teologia iorubá. In: Cléo Martins e Raul Lody (orgs), Faraimará: o caçador traz alegria, pp. 15-23. Rio de Janeiro, Pallas, 2000.
  • FONTENELLE, Aluizio. Exu. Rio de Janeiro, Espiritualista, s.d.
  • FREITAS, João de. Exu na Umbanda. Rio de Janeiro: Editora Espiritualista, 1970.
  • MAGGIE, Ivonne. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992.
  • MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo, Loyola, 1999.
  • NEGRÃO, Lísias Nogueira. Entre a cruz e a encruzilhada: formação do campo umbandista em São Paulo. São Paulo, Edusp, 1996.
  • OMOLUBÁ, Babalorixá. Maria Molambo na sombra e na luz. 5a. ed. Rio de Janeiro, Pallas, 1990.
  • ORTIZ, Renato. A Consciência Fragmentada: Ensaios de Cultura Popular e Religião. Rio de Janeiro: Editora Brasiliense,1980.
  • POMMEGORGE, Pruneau de. Description de Nigritie. Amsterdam, 1789.
  • PRANDI, Reginaldo. Os candomblés de São Paulo. São Paulo, Hucitec, 1991.
  • _________________. Pombagira e as faces inconfessas do Brasil. In: idem, Herdeiras do axé: sociologia das religiões afro-brasileiras, pp. 139-64. São Paulo, Hucitec, 1996.
  • _________________. Referências sociais das religiões afro-brasileiras: sincretismo, branqueamento, africanização. In: Carlos Caroso e Jeferson Bacelar (orgs), Faces da tradição afro-brasileira, pp. 93-112. Rio de Janeiro, Pallas, 1999.
  • _________________. Um sopro do Espírito: a reação conservadora do catolicismo carismático. São Paulo, Edusp, 1997.
  • _________________. Mitologia dos orixás. São Paulo, Companhia das Letras, 2001.
  • RODRIGUES, Raimundo Nina. O animismo fetichista dos negros bahianos. Salvador, Reis & Comp., 1900. Reedição: São Paulo, Civilização Brasileira, 1935.
  • SANTOS, Juana Elbein dos. Os nagô e a morte. Petrópolis, Vozes, 1976.
  • SOARES, Mariza de Carvalho. Guerra santa no país do sincretismo. In: Sinais dos tempos: diversidade religiosa no Brasil, pp. 75-104. Rio de Janeiro, Cadernos do Iser 23, 1990.
  • TRINDADE, Liana. Exu, poder e perigo. São Paulo, Ícone, 1985.
  • VERGER, Pierre. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. 5ª ed. Salvador, Corrupio, 1997.
  • ______________. Notas sobre o culto aos orixás e voduns. Tradução de Carlos Eugênio Marcondes de Moura, do original de 1957. São Paulo, Edusp, 1999.