Guerra de trincheiras: diferenças entre revisões

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'''Guerra de trincheiras''' é um tipo de guerra utilizando linhas ocupadas consistidas principalmente de [[trincheira]]s, onde as tropas que lá estão desfrutam de uma posição bem protegida contra ataques de projéteis balísticos inimigos, como armas de fogo pequenas e artilharia. O caso de luta de trincheira mais conhecido ocorreu na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]] da [[Primeira Guerra Mundial]]. Este conflito foi marcado pela "guerra parada", consistido de ataques de baionetas, [[Guerra de atrito|luta de atrito]], cercos e ofensivas fúteis para tentar expulsar o inimigo da sua trincheira.<ref>{{citar web| titulo = Dictionary.com Cultural Dictionary| url = http://dictionary.reference.com/browse/trench%20warfare| acessodata = 2 de novembro de 2017}}</ref>
'''Guerra de trincheiras''' é um tipo de guerra terrestre utilizando linhas ocupadas consistidas principalmente de [[trincheira]]s, onde as tropas que lá estão desfrutam de uma posição bem protegida contra ataques de projéteis balísticos inimigos, como armas de fogo pequenas e artilharia. O caso de luta de trincheira mais conhecido ocorreu na [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]] da [[Primeira Guerra Mundial]]. Este conflito foi marcado pela "guerra parada", consistido de ataques de baionetas, [[Guerra de atrito|luta de atrito]], cercos e ofensivas fúteis para tentar expulsar o inimigo da sua trincheira.<ref>{{citar web| titulo = Dictionary.com Cultural Dictionary| url = http://dictionary.reference.com/browse/trench%20warfare| acessodata = 2 de novembro de 2017}}</ref>


A guerra de trincheiras durante a Primeira Grande Guerra causou uma revolução em termos de táticas e poder de fogo, para superar as defesas paradas do inimigo. Numa luta de trincheiras, o defensor sempre tem a vantagem.<ref>Nicholas Murray, ''The Rocky Road to the Great War: The Evolution of Trench Warfare to 1914''.</ref> Na Frente Ocidental (1914–1918), ambos os lados do conflito construíram uma série de trincheiras fortificadas e buracos com posições de metralhadoras e armas leves, protegidos por [[arame farpado]], [[Mina terrestre|minas-terrastres]] e outros obstáculos. A área entre as duas linhas de trincheiras era conhecida como "[[terra de ninguém]]" e era a região mais exposta ao fogo inimigo. Ataques, bem sucedidos ou não, normalmente resultavam em perdas humanas terríveis.
A guerra de trincheiras durante a Primeira Grande Guerra causou uma revolução em termos de táticas e poder de fogo, para superar as defesas paradas do inimigo. Numa luta de trincheiras, o defensor sempre tem a vantagem.<ref>Nicholas Murray, ''The Rocky Road to the Great War: The Evolution of Trench Warfare to 1914''.</ref> Na Frente Ocidental (1914–1918), ambos os lados do conflito construíram uma série de trincheiras fortificadas e buracos com posições de metralhadoras e armas leves, protegidos por [[arame farpado]], [[Mina terrestre|minas-terrastres]] e outros obstáculos. A área entre as duas linhas de trincheiras era conhecida como "[[terra de ninguém]]" e era a região mais exposta ao fogo inimigo. Ataques, bem sucedidos ou não, normalmente resultavam em perdas humanas terríveis.

Revisão das 20h10min de 18 de novembro de 2018

Soldados ingleses lutando nas suas trincheiras (1916).

Guerra de trincheiras é um tipo de guerra terrestre utilizando linhas ocupadas consistidas principalmente de trincheiras, onde as tropas que lá estão desfrutam de uma posição bem protegida contra ataques de projéteis balísticos inimigos, como armas de fogo pequenas e artilharia. O caso de luta de trincheira mais conhecido ocorreu na Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial. Este conflito foi marcado pela "guerra parada", consistido de ataques de baionetas, luta de atrito, cercos e ofensivas fúteis para tentar expulsar o inimigo da sua trincheira.[1]

A guerra de trincheiras durante a Primeira Grande Guerra causou uma revolução em termos de táticas e poder de fogo, para superar as defesas paradas do inimigo. Numa luta de trincheiras, o defensor sempre tem a vantagem.[2] Na Frente Ocidental (1914–1918), ambos os lados do conflito construíram uma série de trincheiras fortificadas e buracos com posições de metralhadoras e armas leves, protegidos por arame farpado, minas-terrastres e outros obstáculos. A área entre as duas linhas de trincheiras era conhecida como "terra de ninguém" e era a região mais exposta ao fogo inimigo. Ataques, bem sucedidos ou não, normalmente resultavam em perdas humanas terríveis.

Com o desenvolvimento da guerra mecanizada deu início ao declínio da guerra de trincheiras, embora as batalhas ainda fossem, inicialmente, estáticas.[3]

Táticas de infantaria

No início do século XX a maioria dos chefes militares dava uma grande importância à utilização da infantaria em ataques com baioneta apoiados pela cavalaria e por peças móveis de artilharia. Os oficiais franceses eram grandes adeptos desta táctica e, na Primeira Guerra Mundial, enviaram soldados para o campo de batalha sem equipamento adaptado às trincheiras. Diziam que as precauções defensivas eram desnecessárias se fizessem ataques maciços e suficientemente rápidos.

Estas tácticas foram postas em causa depois dos exércitos terem sofrido pesadas baixas em ataques contra trincheiras defendidas por metralhadoras. Apesar dos bombardeamentos que se faziam antes dos soldados avançarem, do uso de gás e de lança-chamas, a infantaria fracassou na Frente Ocidental nas batalhas que se travaram em 1915.

Só em Amiens, em 1918, quando o coronel John Fuller conseguiu convencer o general Henri Rawlinson a usar 412 tanques de guerra seguidos por soldados e apoiados por 1000 aviões de combate é que os aliados conseguiram quebrar as defesas dos alemães na Frente Ocidental.

Referências

  1. «Dictionary.com Cultural Dictionary». Consultado em 2 de novembro de 2017 
  2. Nicholas Murray, The Rocky Road to the Great War: The Evolution of Trench Warfare to 1914.
  3. «Dictionary.com Cultural Dictionary». Consultado em 14 de agosto de 2009