Reino do Dongo: diferenças entre revisões

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O '''reino do Ndongo''' (ou '''reino do Ngola''') é o nome de um [[estado]] pré-[[Colonização portuguesa da África|colonial]] [[África|africano]] na actual [[Angola]], criado pelo grupo étnico dos [[Ambundu]]. <br >Os registos mais antigos acerca deste reino datam do [[Século XVIII|século XIII]]. Mas o primeiro contacto com os portugueses foi no fim do [[século XV]]. Ndongo foi, como [[Reino da Matamba|Matamba]], um dos vários estados vizinho do [[Reino do Kongo]] que existiram na área habitada pelos Ambundu. A localização do reino do Ndongo era ao sul do reino do Kongo, entre os rios Dande e Kwanza, ao leste por Matamba e Lunda, ao sul pelos estados Kisama, Ovimbundos e a oeste pelo Oceano Atlântico.   Ele foi liderado por um rei cujo título era ''ngola'' (que deu origem à palavra "Angola"). O reino tinha uma extensão gigantesca e era dividido em várias províncias, como o Ilamba, Nzele, Lumbo, Massangano, Mosseque, Are, Umba, Kissama e Libolo. A sua capital era Kabaça (Cardonega, 1680).
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== História ==
== História ==
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'''A Dinastia dos Ngola'''
'''A Dinastia dos Ngola'''


''Ngola'' Mussuri (c.1358 - 1399 ) - O f''undador lendário do reino do Ndongo de acordo com a tradição oral Mbundu.''
''Ngola'' Mussuri (c. 1358 - 1399) ''O fundador lendário do reino do Ndongo de acordo com a tradição oral Mbundu.''


Zonda-Ya-ngola, 1399 - 1479
Zonda-Ya-ngola (1399 - 1479)


Tunda-Ya-Ngola 1479 - 1494
Tunda-Ya-Ngola (1479 - 1494)


Ngola Kiluanji - 1494 -1515
Ngola Kiluanji (1494 - 1515)


''Ngola'' Kiluanji Inene (c. 1515 - 1556)
''Ngola'' Kiluanji Inene (c. 1515 - 1556)


Ndambi a ''Ngola'' (1556 - c.1562)
Ndambi a ''Ngola'' (1556 - c. 1562)


''Ngola'' Kiluanji kia Ndambi (c. 1562 - c. 1575)
''Ngola'' Kiluanji kia Ndambi (c. 1562 - c. 1575)


''Ngola'' Mbande Kiluanji kia Samba (c. 1575 -1592)
''Ngola'' Mbande Kiluanji kia Samba (c. 1575 - 1592)


Mbande ''Ngola'' Kiluanji (1592-1617)
Mbande ''Ngola'' Kiluanji (1592 - 1617)


''Ngola'' Njinga Mbande (1617-1624)
''Ngola'' Njinga Mbande (1617 - 1624)


''Ngola'' Njinga (a célebre rainha Nj'''''inga''''') Mbande (1624-1626) – depois ''Ngola'' da Matamba conhecida também parte oriental de Ndongo em seu reinado (1626 -1663)
''Ngola'' Njinga (a célebre rainha Nj'''''inga''''') Mbande (1624 - 1626) – depois ''Ngola'' da Matamba conhecida também parte oriental de Ndongo em seu reinado (1626 - 1663)


'''Reino do Ndongo sob a vassalagem de Portugal'''
'''Reino do Ndongo sob a vassalagem de Portugal'''
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Hari a Kiluanji (1626)
Hari a Kiluanji (1626)


''Ngola'' Hari (1626-1657)
''Ngola'' Hari (1626 - 1657)


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Revisão das 11h18min de 28 de agosto de 2019



Reino do Dongo

Reino

Duração?
Localização de Reino do Ndongo
Localização de Reino do Ndongo
O reino de Ndongo-Ngola em 1711
Continente África
Região África Central ou África Austral
País Angola
Capital Kabasa, localizado nas terras altas perto da moderna N'dalatando.
Língua oficial Kimbundu
Religião religiões tradicionais africanas
cristianismo
Governo Monarquia
ngola Ngola Bandi Kiluanji
Njinga Ngola Mbandi
Atualmente parte de Angola Angola

O reino do Ndongo (ou reino do Ngola) é o nome de um estado pré-colonial africano na actual Angola, criado pelo grupo étnico dos Ambundu.
Os registos mais antigos acerca deste reino datam do século XIII. Mas o primeiro contacto com os portugueses foi no fim do século XV. Ndongo foi, como Matamba, um dos vários estados vizinho do Reino do Kongo que existiram na área habitada pelos Ambundu. A localização do reino do Ndongo era ao sul do reino do Kongo, entre os rios Dande e Kwanza, ao leste por Matamba e Lunda, ao sul pelos estados Kisama, Ovimbundos e a oeste pelo Oceano Atlântico. Ele foi liderado por um rei cujo título era ngola (que deu origem à palavra "Angola"). O reino tinha uma extensão gigantesca e era dividido em várias províncias, como o Ilamba, Nzele, Lumbo, Massangano, Mosseque, Are, Umba, Kissama e Libolo. A sua capital era Kabaça (Cardonega, 1680).

História

A palavra “Ngola”, de acordo com J. C. Miller, em Kings and Kinsmen. Os primeiros estados do Mbundu em Angola, estava inicialmente ligada a pequenos pedaços de ferro, símbolo das principais linhagens Mbundu. Daí que Ngola-Mussuri signifique rei serralheiro, a quem um ídolo tinha ensinado a arte fabril de preparar o ferro para fazer machados, machadinhos, facas e setas, que eram necessários para as diferentes actividades quotidianas. Isso, à época, veio a dar-lhe prestígio e fonte de riqueza, o que, por sua vez, lhe permitiu alcançar importância e admiração junto das populações. Tal facto levou a que muitos régulos o elegessem chefe de uma vasta região que se passou a chamar Ndongo. Consequentemente, a palavra “Ngola” passou a estar também associada ao título da principal autoridade do Ndongo, bem como ainda às principais linhagens daquele reino. Por analogia, como o “reino do Ndongo” era o mesmo que o “reino do Ngola”, daí se ter chegado, por aportuguesamento, à designação “reino de Angola” como sendo o mesmo que o “reino do Ndongo”. Por seu turno a palavra “Ndongo”, em kimbundu, língua materna dos Mbundu (ou Ambundu), significa canoa e passou a designativo do Estado dos titulares “a-ngola”.

Afirma Adriano Parreira, citando B. Heintze em Historical Notes on the Kissama of Angola, que, o reino do Ndongo era limitado a norte pelo “Kongo, a leste pela Matamba, a sul pelos estados Ovimbundu e pela Kisama e a oeste pelo Oceano Atlântico. É, porém, provável que os limites ocidentais do Ndongo, no século XVI, se restringissem até à região de Massangano”. É assim que Ngola-Mussuri recebeu o título de “Ngola” ou “rei” de todo o território do Ndongo.

O primeiro contacto formal com a coroa Portuguesa

Como vimos anteriormente, a 20 de Dezembro de 1559 Paulo Dias de Novais (neto de Bartolomeu Dias) recebeu instruções para integrar uma Embaixada de Portugal ao “Reino” do Ngola de Ndongo em 1560, juntamente com religiosos da Companhia de Jesus, que tinha como objectivo contactar o lendário “rei” do Ndongo, o Ngola Kiluanji.Este teria sido enviado em resposta ao envio de uma embaixada por parte do próprio ngola, que após esperar por nove anos na ilha de São Tomé, teria conseguido chegar a Portugal e solicitado a ida de padres para levar a cristandade ao Ndongo, pois o ngola gostaria de se tornar cristão. D. Sebastião envia, assim, Paulo Dias de Novais com quatro padres da Companhia de Jesus a Angola, onde chegam em 1560.Aportaram na barra do rio Kuanza, aí permanecendo por meses apenas mandando recados ao ngola na tentativa de confirmar se este estava de fato disposto a recebê-los; Paulo Dias de Novais devia ter dúvidas quanto a isso, pois:

Escreueo elRey ao capitão de São Tomé, que antes de responder aos Embaixadores delRey de Angola, soubera de sua morte; mandalhe que se informe, se está o Rey que lhe suçedeo no preposito de ser christão, e aceitar Religiosos que lhe preguem a fee, para com o que achar despedir os Embaixadores e mandar com eles os Padres, e Embaixador particular[...].

Por isso, apenas seis meses depois, de acordo com o que escreve Antonio Mendes em carta datada de 1562, após receber resposta afirmativa do ngola que lhe mandou recado dizendo que se “seu irmão lhe mandara Christandade que elle queria ser Christão”14, é que Paulo Dias de Novais desembarca e se dirige a corte do ngola. Apesar de sua resposta afirmativa e de receber os enviados portugueses em sua corte, o soberano mbundu se recusa a aceitar o cristianismo e passa a manter Paulo Dias de Novais e os padres Francisco de Gouvea e Antonio Mendes como cativos, acusando-os de traidores.

Paulo Dias é libertado em  1565, com a promessa de conseguir apoio diplomático e militar português, para vencer uma rebelião dum soba poderoso, Kiluanji Kikuango, «levantando-lhe dito socorro se conseguiria seu intento do trato e comercio e o mais que pretendia.Paulo Dias de Novais teve permissão para regressar a Portugal. Regressou em 1564, deixando o padre jesuíta Francisco Gouveia no território do Ngola. conseguindo retornar a Portugal apenas em 1567 onde inicia uma intensa luta em busca de receber uma nova missão em Angola.

O que acontece já em 1571 quando é encarregado de uma segunda embaixada a Angola, dessa vez como portador de uma “carta de doação” que o nomeia capitão donatário e governador dos Reinos de Sebaste e com a missão de “sogeitar e conquistar o Reynno dAngola”, de acordo com os termos da carta de doação, em que D. Sebastião diz:

,Paulo Novais em Lisboa conseguiu de D. Sebastião, em 19 de Setembro de 1571, a capitania do Reino de Angola, à semelhança das donatarias do Brasil. O que acontece já em 1571 quando é encarregado de uma segunda embaixada a Angola, dessa vez como portador de uma “carta de doação” que o nomeia capitão donatário e governador dos Reinos de Sebaste e com a missão de “sogeitar e conquistar o Reynno dAngola”, de acordo com os termos da carta de doação19, em que D. Sebastião diz:

ẽcarreguey disso a Paullo Diaz de Nauais (sic) pella muyta confiança que delle tenho e pello conheçimẽto e experiençia que tem das cousas do dito Reyno, do tempo que nelle esteue por meu ẽbaixador; pello qual avendo respeito aos seruiços que o dito Paullo Diãz me tem feytos, asy no dito Reyno dAngola como em outras partes onde me serujo, em que sempre deu de sj toda boa conta e aos que espero que me faça na conquista do dito Reynno [...]

De forma que, por meio desta carta o soberano português afirma estar fazendo mercê e irrevogável doação “de trinta [e] çinquo legoas de terra na costa do dito Reynno dAngola, que começará no rio Quanza e lagoas vertentes a elle pera o sul e ẽtrará pella terra dentro tanto quanto poderem ẽtrar e for de minha conquista”.

Assim, ao fazer doação dos territórios mbundu em forma de capitania, o soberano português demonstra sentir-se dono desses territórios. Como nos alerta Alberto da Costa e Silva, que salienta que através deste ato a Coroa portuguesa buscava transferir à Paulo Dias de Novais “o governo e a posse de terras que não pertenciam a Portugal, mas a reis africanos”.

Além disso, este trecho demonstra o desejo de expandir as áreas de influência portuguesa cada vez mais para o interior, aspecto que se configurará como um dos principais pontos de tenção das relações estabelecidas entre os mbundu e os portugueses e que levará a diversos embates.

Posteriormente, D. Sebastião especifica, ainda, as terras que estariam sendo concedidas a Paulo Dias de Novais apenas em sua vida

faço doação e merçê ao dito Paulo Dias, em dias de sua vyda somente, das terras que estão do Rio Dange para o Sul até os limites do Rjo Quoanza, o qual Rio Dange pello sertão dentro vaj deuidindo o Reynno de Congo do Reynno dAngolla, e terá as ditas terras ẽ sua vida [...] e por falecimento do dito Paulo Dias ficarão as ditas terras do Rio Dange até os limites do Rio Quoanza livres a mim e a coroa de meus Reynnos, pera fazer delas o que ouuer por meu seruiço, sẽ ficarẽ nellas aos erdeiros do dito Paullo Diãz, jur[i]dição, allçada nẽ renda allguã somẽte ficarão aos dytos seus erdeiros de juro e derdade, pello modo de subçeder acima decllaraado, as allcaydaryas mores dos tres castellos que hade fazer na dita terra, [...] e sete legoas de terra cada huũ dos ditos castellos pera fora e as agoas que nellas ouuer[...]

Definição que demonstra um razoável conhecimento da geografia da região a sul do Congo habitada pelos mbundu por parte do soberano português e aponta para a possibilidade deste possuir interesses específicos nas diferentes partes do território mbundu. Visão que está de acordo com a afirmação da historiadora Flávia Maria de Carvalho de que durante os tempos de governo de Paulo Dias de Novais a capitania era pensada como dividida em duas partes, uma a sul e a outra a norte do rio Kuanza, esta última mais importante do ponto de vista da coroa portuguesa e que deveria ser devolvida após a morte do governador.

Ainda no trecho transcrito acima temos outra importante informação, a de que já nesse momento havia o objetivo de construir três castelos ao longo da região que por meio desta carta julgavam tomar posse; o que nas páginas seguintes do documento é colocado como uma condição para que a doação se efetivasse, devendo estes ser construídos em até dez anos. Nesse sentido, o documento coloca outras condições (sete ao todo) para a efetivação da doação, entre elas a de se começar a guerra na região em até vinte meses após a partida de Paulo Dias de Novais e a de que dentro de seis anos se tenha em Angola 100 moradores com suas mulheres e filhos. Paulo Dias de Novais seria, também, obrigado a levar clérigos para darem os sacramentos e construir igrejas às suas custas, sendo a primeira destas construída em homenagem a São Sebastião.

De acordo com a carta de doação, que traz detalhes de como deveria ser a administração do território a ser conquistado, estabelecendo quais instancias governativas da metrópole deveriam estar presentes em Angola e como deveriam funcionar, Paulo Dias de Novais teria jurisdição civil e criminal nestas terras.

Estabelecimentos que revelam que o rei buscava integrar essa região à lógica política, administrativa e jurídica vigente nos espaços sob seu domínio. Além disso, a carta era enfática ao estabelecer que o capitão e governador deveria fazer a conquista com despesas próprias, pois a coroa não daria ajuda nem em dinheiro nem de outra espécie, informação repetida por várias vezes ao longo do documento. O que nos aponta a importância atribuída por Paulo Dias de Novais a este empreendimento, bem como sua crença em relação aos rendimentos futuros que este poderia lhe trazer, valendo tão grandes investimentos e sacrifícios.

De posse desta carta de doação Paulo Dias de Novais chega à ilha de Luanda em 1575, onde permanece por quase um ano, apenas mudando-se para a faixa continental fronteira à ilha em janeiro do ano seguinte, onde fundou a vila de São Paulo de Luanda.29 De acordo com Oliveira Pinto, apesar de a documentação não especificar o nome do ngola que governava nesse momento, este era o soberano que assumiu o poder após a morte do ngola que havia feito Paulo Dias de Novais prisioneiro anos antes. Ainda de acordo com este autor, ao ser informado por um de seus embaixadores sobre a presença dos portugueses na ilha de Luanda, o ngola teria enviado presentes ao embaixador português e o recado de que se agradava em saber que este vinha com o poder não para lhe fazer guerra, mas para ajudá-lo nas suas. De modo que, assim, teria se selado um pacto de aliança entre o soberano do Ndongo e o governador português; esta aliança teria sido harmoniosa no princípio e obrigava Paulo Dias de Novais a prestar socorro militar ao ngola, sempre que este o requeresse, contra os muitos súditos que contra ele se levantavam. De acordo com Flávia de Carvalho, Paulo Dias de Novais teria usado a estratégia de se aliar ao ngola, oferecendo ajuda militar contra sobas rebeldes, o que faria também em relação a outras chefias, fazendo crescer o prestígio português entre a elite política mbundu, o que o teria ajudado a conduzir suas possibilidades de ação na região.

De acordo com Alberto de Oliveira Pinto, Paulo Dias de Novais apenas começou a tomar medidas ativas para a conquista de Angola depois de janeiro de 1578, quando chegaram a São Paulo de Luanda os primeiros reforços saídos de Portugal. Nesse momento se inicia a busca por adentrar ao território mbundu de forma efetiva e a construção de presídios ao longo do rio Kuanza.

Lista dos reis do Ndongo

A Dinastia dos Ngola

Ngola Mussuri (c. 1358 - 1399) O fundador lendário do reino do Ndongo de acordo com a tradição oral Mbundu.

Zonda-Ya-ngola (1399 - 1479)

Tunda-Ya-Ngola (1479 - 1494)

Ngola Kiluanji (1494 - 1515)

Ngola Kiluanji Inene (c. 1515 - 1556)

Ndambi a Ngola (1556 - c. 1562)

Ngola Kiluanji kia Ndambi (c. 1562 - c. 1575)

Ngola Mbande Kiluanji kia Samba (c. 1575 - 1592)

Mbande Ngola Kiluanji (1592 - 1617)

Ngola Njinga Mbande (1617 - 1624)

Ngola Njinga (a célebre rainha Njinga) Mbande (1624 - 1626) – depois Ngola da Matamba conhecida também parte oriental de Ndongo em seu reinado (1626 - 1663)

Reino do Ndongo sob a vassalagem de Portugal

Em 1626 os Portugueses conquistaram a parte ocidental do Ndongo, o “reino” dos Ngola, passando este a ser vassalo de Portugal. Durante este período foram "reis" do Ndongo Dom Hari A Kiluanje que governou em 1626, e o Ngola Hari, que governou de 1627 a 1657.

Hari a Kiluanji (1626)

Ngola Hari (1626 - 1657)

Commons
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Referências

  • AMARAL, I. O Reino do Congo, os Mbundu, o Reino dos Ngola e a presença Portuguesa de finais do século XV a meados do século XVI. Lisboa. 1996.
  • BIRMINGHAM, D. Trade and Conquest in Angola. Oxford. 1966.
  • HEINTZE, B. Studien zur Gesichte Angolas im 16. und 17. Jahrhundert: Ein Lesebuch. Colónia. 1996.
  • HEYWOOD, L. & THORNTON, J. Central Africans, Atlantic Creoles, and the Foundation of America, 1580-1660. Cambridge. 2007.
  • SACCARDO, G. Congo e Angola con la storia dell'antica missione dei Cappuccini. 3 volumes. Veneza. 1982-83.
  • A Missão do pe Baltasar Barreira no reino de Angola. 1993
  • Paulo Dias de Novais e o desenvolvimento das relações entre os portugueses e o Ndongo, século XVI- 2018
  • BRÁSIO, António (Ed.). Monumenta Missionária Africana, África Ocidental. Lisboa: Agência Geral do Ultramar, 1952-1988. Bibliografia: BIRMINGHAN, David. A África Central até 1870: Zambézia, Zaire e o Atlântico Sul. Luanda: ENDIPU/UEE, s/d. CARVALHO, Flávia Maria de. Sobas e homens do rei: interiorização dos portugueses em Angola (séculos XVII e XVIII). Maceió: Edufal, 2015. CURTO, Diogo Ramada. Cultura imperial e projetos coloniais: séculos XV a XVIII. São Paulo: Editora Unicamp, 2009. HEINTZE, Beatrix. Angola nos séculos XVI e XVII. Luanda: Kilomelombe, 2007. MELLO E SOUZA, Marina de. Reis negros no Brasil escravista: história da festa de coroação de Rei Congo. Vol. 71. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
  • MILLER, Joseph C. Poder Político e Parentesco. Os Antigos Estados Mbundu em Angola. Luanda: Arquivo Histórico Nacional, 1995. PANTOJA, Selma. Nzinga Mbandi: mulher, guerra e escravidão. Brasília: Thesaurus, 2000. PANTOJA, Selma. Uma antiga civilização africana: história da África Central ocidental. Brasília: EDU-UNB, 2011. PINTO, Alberto Oliveira. História de Angola: da pré-história ao início do século XXI. Lisboa: Mercado de Letras, 2015. SILVA, Alberto da Costa. A manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 408. THORNTON, John Kelly. A África e os africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Campus, 2004.