Flávio Cavalcanti: diferenças entre revisões

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'''Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti''' ([[Rio de Janeiro]], [[15 de janeiro]] de [[1923]] — [[São Paulo]], [[26 de maio]] de [[1986]]) foi um [[jornalista]], [[repórter]], [[apresentador]] de [[rádio]] e [[televisão]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez [[sucesso]] no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o ''Programa Flávio Cavalcanti'', ''Um instante, maestro!'' e ''A Grande Chance''.
'''Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti''' ([[Rio de Janeiro]], [[15 de janeiro]] de [[1923]] — [[São Paulo]], [[26 de maio]] de [[1986]]) foi um [[jornalista]], [[repórter]], [[apresentador]] de [[rádio]] e [[televisão]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez [[sucesso]] no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o ''Programa Flávio Cavalcanti'', ''Um instante, maestro!'' e ''A Grande Chance''.


== Biografia ==
== Biografia ==
[[Ficheiro:Jacob do Bandolim, Flávio Cavalcanti, Taiguara e Sérgio Bitencourt.tif|esquerda|miniaturadaimagem|234x234px|Flávio em seu programa, com [[Jacob do Bandolim]], [[Taiguara]] e [[Sérgio Bittencourt]] ([[década de 60]]).]]
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Flávio trabalhou no [[Banco do Brasil]] aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do [[jornal]] [[carioca]] ''A Manhã''.<ref>{{citar web|URL=http://www.dicionariompb.com.br/flavio-cavalcanti|título=Biografia no Cravo Albin|publicado=[[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|dicionariompb.com.br]]|acessodata=2 de março de 2014}}</ref>
Flávio trabalhou no [[Banco do Brasil]] aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do jornal carioca ''A Manhã''.<ref>{{citar web|URL=http://www.dicionariompb.com.br/flavio-cavalcanti|título=Biografia no Cravo Albin|publicado=[[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|dicionariompb.com.br]]|acessodata=2 de março de 2014}}</ref>


Flávio esteve nos [[Estados Unidos]] e entrevistou o presidente [[John Fitzgerald Kennedy|Kennedy]], na [[Casa Branca]]. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da [[televisão brasileira]]. [[Chiquinho Scarpa]], [[Jorge Kajuru]] e Conrado ([[marido]] da ex-paquita [[Andreia Sorvetão]]) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. [[Artista]]s que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.
Flávio esteve nos [[Estados Unidos]] e entrevistou o presidente [[John Fitzgerald Kennedy|Kennedy]], na [[Casa Branca]]. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. [[Chiquinho Scarpa]], [[Jorge Kajuru]] e Conrado (marido da ex-paquita [[Andreia Sorvetão]]) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.


Na década de 70, todos os [[domingo]]s, às 18h, uma [[voz]] em ''off'' anunciava: "Entra no ar via [[Embratel]], para todo o Brasil, pela [[Rede Tupi de Televisão]], o [[Programa Flávio Cavalcante]]". A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel.
Na década de 70, todos os domingos, às 18h, uma voz em ''off'' anunciava: "Entra no ar via [[Embratel]], para todo o Brasil, pela [[Rede Tupi de Televisão]], o ''[[Programa Flávio Cavalcante]]''". A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel.


Seu estilo era contundente. Letras medíocres e [[música]]s fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a [[frase]]: ''"Nossos comerciais, por favor!",''<ref>{{citar web|URL=http://radios.ebc.com.br/todas-vozes/edicao/2014-08/flavio-cavalcanti-declaracao-belinha-de-amor-do-homem-que-quebrava-discos|título=Flávio Cavalcanti, o homem que quebrava discos, faz declaração de amor|autor=LEITE, Marcos|data=5 de agosto de 2014|publicado=Rádio MEC AM - Rio de Janeiro (EBC Rádios)|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos [[visão|óculos]] também foi marcante. Em [[1973]], teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 [[dia]]s pela Censura Federal, após apresentar a história de um [[homem]] inválido que teria "emprestado" a [[mulher]] ao [[vizinho]],<ref name="Telinha">{{citar web|URL=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/ditadura-tirou-flavio-cavalcanti-do-ar-por-fazer-sensacionalismo-4622|título=Ditadura tirou Flávio Cavalcanti do ar por fazer sensacionalismo |autor=CASTRO, Thell de|data=31 de agosto de 2014|publicado=Na Telinha|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> [[fato]] que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa.
Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a [[frase]]: ''"Nossos comerciais, por favor!",''<ref>{{citar web|URL=http://radios.ebc.com.br/todas-vozes/edicao/2014-08/flavio-cavalcanti-declaracao-belinha-de-amor-do-homem-que-quebrava-discos|título=Flávio Cavalcanti, o homem que quebrava discos, faz declaração de amor|autor=LEITE, Marcos|data=5 de agosto de 2014|publicado=Rádio MEC AM - Rio de Janeiro (EBC Rádios)|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos [[visão|óculos]] também foi marcante. Em 1973, teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 dias pela Censura Federal, após apresentar a história de um homem inválido que teria "emprestado" a mulher ao vizinho,<ref name="Telinha">{{citar web|URL=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/ditadura-tirou-flavio-cavalcanti-do-ar-por-fazer-sensacionalismo-4622|título=Ditadura tirou Flávio Cavalcanti do ar por fazer sensacionalismo |autor=CASTRO, Thell de|data=31 de agosto de 2014|publicado=Na Telinha|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> fato que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa.
[[Ficheiro:Flávio Cavalcanti, sem data.tif|direita|miniaturadaimagem|234x234px|Flávio Cavalcanti (à direita), na década de 70, com [[Waldick Soriano]]]]
Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980, e, a partir de 1976, seu programa passa a ser transmitido também pela TVS, de [[Silvio Santos]], para o [[Rio de Janeiro]]. Em 1982, foi para a [[Rede Bandeirantes]] apresentar o programa ''Boa Noite, Brasil''. De 1983 a 1986, fez no [[Sistema Brasileiro de Televisão|SBT]] o ''Programa Flávio Cavalcanti''. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: [[Oswaldo Sargentelli]], [[Marisa Urban]], [[Erlon Chaves]], [[Márcia de Windsor]], entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve [[três]] [[filho]]s, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um executivo de telecomunicações.


Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em [[1980]], e, a partir de [[1976]], seu programa passa a ser transmitido também pela TVS, de [[Silvio Santos]], para o [[Rio de Janeiro]]. Em [[1982]], foi para a [[Rede Bandeirantes]] apresentar o programa ''Boa Noite, Brasil''. De [[1983]] a [[1986]], fez no [[SBT]] o ''Programa Flávio Cavalcanti''. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: [[Oswaldo Sargentelli]], [[Marisa Urban]], [[Erlon Chaves]], [[Márcia de Windsor]], entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve [[três]] [[filho]]s, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um [[executivo]] de telecomunicações.
=== Morte ===
=== Morte ===
No dia [[22 de maio]] de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida [[entrevista]] em seu programa e jogou o [[dedo indicador]] para o alto: ''"Nossos comerciais, por favor!"'' Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim [[Wagner Montes]], anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma isquemia miocárdica aguda durante a apresentação do programa. Levado para o [[hospital]], ele morreria [[quatro]] dias depois.<ref>{{Citar periódico|ultimo=TV|primeiro=Notícias da|data=2016-10-26|titulo='Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa|jornal=Notícias da TV|url=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/flavio-cavalcante-morreu-ao-vivo-diz-geraldo-luis-ao-recusar-programab--12998|idioma=pt-BR}}</ref> No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de [[luto]],<ref>{{Citar web|url=http://www.sbtpedia.com.br/2013/05/o-dia-na-historia-26051986-morre.html|titulo=O Dia na História (26/05/1986): Morre apresentador do SBT e Silvio Santos tira emissora do ar em respeito|acessodata=2016-10-26|obra=www.sbtpedia.com.br}}</ref> apenas rodando um ''slide'' com os dizeres: ''"Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em [[Petrópolis]], às 16 [[hora]]s, quando então voltaremos com a programação normal."'' A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado.
No dia 22 de maio de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida entrevista em seu programa e jogou o dedo indicador para o alto: ''"Nossos comerciais, por favor!"'' Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim [[Wagner Montes]], anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma [[Doença arterial coronariana|Isquemia miocárdica]] aguda durante a apresentação do programa. Levado para o hospital, ele morreria quatro dias depois.<ref>{{Citar periódico|ultimo=TV|primeiro=Notícias da|data=2016-10-26|titulo='Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa|jornal=Notícias da TV|url=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/flavio-cavalcante-morreu-ao-vivo-diz-geraldo-luis-ao-recusar-programab--12998|idioma=pt-BR}}</ref> No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de luto,<ref>{{Citar web|url=http://www.sbtpedia.com.br/2013/05/o-dia-na-historia-26051986-morre.html|titulo=O Dia na História (26/05/1986): Morre apresentador do SBT e Silvio Santos tira emissora do ar em respeito|acessodata=2016-10-26|obra=www.sbtpedia.com.br}}</ref> apenas rodando um ''slide'' com os dizeres: ''"Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em [[Petrópolis]], às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal."'' A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado.


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Revisão das 23h52min de 12 de abril de 2021

Flávio Cavalcanti
Flávio Cavalcanti
Nome completo Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti
Nascimento 15 de janeiro de 1923
Rio de Janeiro, DF
Morte 26 de maio de 1986 (63 anos)
São Paulo
Causa da morte Isquemia miocárdica aguda
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Belinha Cavalcanti (c. 1948; v. 1986)
Ocupação
Período de atividade 1945-1986
Religião católico

Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti (Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 1923São Paulo, 26 de maio de 1986) foi um jornalista, repórter, apresentador de rádio e televisão e compositor brasileiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez sucesso no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o Programa Flávio Cavalcanti, Um instante, maestro! e A Grande Chance.

Biografia

Flávio em seu programa, com Jacob do Bandolim, Taiguara e Sérgio Bittencourt (década de 60)

Flávio trabalhou no Banco do Brasil aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do jornal carioca A Manhã.[1]

Flávio esteve nos Estados Unidos e entrevistou o presidente Kennedy, na Casa Branca. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. Chiquinho Scarpa, Jorge Kajuru e Conrado (marido da ex-paquita Andreia Sorvetão) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.

Na década de 70, todos os domingos, às 18h, uma voz em off anunciava: "Entra no ar via Embratel, para todo o Brasil, pela Rede Tupi de Televisão, o Programa Flávio Cavalcante". A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel.

Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a frase: "Nossos comerciais, por favor!",[2] ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos óculos também foi marcante. Em 1973, teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 dias pela Censura Federal, após apresentar a história de um homem inválido que teria "emprestado" a mulher ao vizinho,[3] fato que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa.

Flávio Cavalcanti (à direita), na década de 70, com Waldick Soriano

Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980, e, a partir de 1976, seu programa passa a ser transmitido também pela TVS, de Silvio Santos, para o Rio de Janeiro. Em 1982, foi para a Rede Bandeirantes apresentar o programa Boa Noite, Brasil. De 1983 a 1986, fez no SBT o Programa Flávio Cavalcanti. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: Oswaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve três filhos, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um executivo de telecomunicações.

Morte

No dia 22 de maio de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida entrevista em seu programa e jogou o dedo indicador para o alto: "Nossos comerciais, por favor!" Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim Wagner Montes, anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma Isquemia miocárdica aguda durante a apresentação do programa. Levado para o hospital, ele morreria quatro dias depois.[4] No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de luto,[5] apenas rodando um slide com os dizeres: "Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em Petrópolis, às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal." A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado.

Referências

  1. «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 2 de março de 2014 
  2. LEITE, Marcos (5 de agosto de 2014). «Flávio Cavalcanti, o homem que quebrava discos, faz declaração de amor». Rádio MEC AM - Rio de Janeiro (EBC Rádios). Consultado em 19 de maio de 2015 
  3. CASTRO, Thell de (31 de agosto de 2014). «Ditadura tirou Flávio Cavalcanti do ar por fazer sensacionalismo». Na Telinha. Consultado em 19 de maio de 2015 
  4. TV, Notícias da (26 de outubro de 2016). «'Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa». Notícias da TV 
  5. «O Dia na História (26/05/1986): Morre apresentador do SBT e Silvio Santos tira emissora do ar em respeito». www.sbtpedia.com.br. Consultado em 26 de outubro de 2016 

Ligações externas