Flávio Cavalcanti: diferenças entre revisões
m |
|||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Info/Biografia |
{{Info/Biografia |
||
| nome = Flávio Cavalcanti |
| nome = Flávio Cavalcanti |
||
| imagem = FlavioCavalcanti.jpg |
|||
| imagem = [[Ficheiro:Flávio Cavalcanti, sem data.tif|280px]] |
|||
⚫ | |||
| imagem_tamanho = 175px |
|||
⚫ | |||
| imagem_legenda = |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
| morte_local = [[São Paulo]] |
|||
⚫ | |||
| enterro_local = [[Petrópolis]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
| nascimento_país = [[Brasil]] |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
| ocupação = {{lista horizontal| |
|||
| local_morte = [[São Paulo]], [[São Paulo (estado)|SP]], Brasil |
|||
* [[Apresentador]] |
|||
⚫ | |||
* [[repórter]] |
|||
⚫ | |||
* [[jornalista]] |
|||
| prêmios = |
|||
* [[compositor]] |
|||
| ocupação = [[apresentador]], [[repórter]], [[jornalista]], [[compositor]] |
|||
}} |
|||
⚫ | |||
| |
| período_atividade = 1945-1986 |
||
⚫ | |||
| causa_morte = Isquemia miocárdica aguda |
| causa_morte = [[Doença arterial coronariana|Isquemia miocárdica]] aguda |
||
| período_atividade = [[1945]]-[[1986]] |
|||
}} |
}} |
||
'''Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti''' ([[Rio de Janeiro]], [[15 de janeiro]] de [[1923]] — [[São Paulo]], [[26 de maio]] de [[1986]]) foi um [[jornalista]], [[repórter]], [[apresentador]] de [[rádio]] e [[televisão]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez [[sucesso]] no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o ''Programa Flávio Cavalcanti'', ''Um instante, maestro!'' e ''A Grande Chance''. |
'''Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti''' ([[Rio de Janeiro]], [[15 de janeiro]] de [[1923]] — [[São Paulo]], [[26 de maio]] de [[1986]]) foi um [[jornalista]], [[repórter]], [[apresentador]] de [[rádio]] e [[televisão]] e [[compositor]] [[brasil]]eiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez [[sucesso]] no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o ''Programa Flávio Cavalcanti'', ''Um instante, maestro!'' e ''A Grande Chance''. |
||
== Biografia == |
== Biografia == |
||
[[Ficheiro:Jacob do Bandolim, Flávio Cavalcanti, Taiguara e Sérgio Bitencourt.tif|esquerda|miniaturadaimagem|234x234px|Flávio em seu programa, com [[Jacob do Bandolim]], [[Taiguara]] e [[Sérgio Bittencourt]] ( |
[[Ficheiro:Jacob do Bandolim, Flávio Cavalcanti, Taiguara e Sérgio Bitencourt.tif|esquerda|miniaturadaimagem|234x234px|Flávio em seu programa, com [[Jacob do Bandolim]], [[Taiguara]] e [[Sérgio Bittencourt]] (década de 60)]] |
||
Flávio trabalhou no [[Banco do Brasil]] aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do |
Flávio trabalhou no [[Banco do Brasil]] aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do jornal carioca ''A Manhã''.<ref>{{citar web|URL=http://www.dicionariompb.com.br/flavio-cavalcanti|título=Biografia no Cravo Albin|publicado=[[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|dicionariompb.com.br]]|acessodata=2 de março de 2014}}</ref> |
||
Flávio esteve nos [[Estados Unidos]] e entrevistou o presidente [[John Fitzgerald Kennedy|Kennedy]], na [[Casa Branca]]. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da |
Flávio esteve nos [[Estados Unidos]] e entrevistou o presidente [[John Fitzgerald Kennedy|Kennedy]], na [[Casa Branca]]. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. [[Chiquinho Scarpa]], [[Jorge Kajuru]] e Conrado (marido da ex-paquita [[Andreia Sorvetão]]) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti. |
||
Na década de 70, todos os |
Na década de 70, todos os domingos, às 18h, uma voz em ''off'' anunciava: "Entra no ar via [[Embratel]], para todo o Brasil, pela [[Rede Tupi de Televisão]], o ''[[Programa Flávio Cavalcante]]''". A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel. |
||
Seu estilo era contundente. Letras medíocres e |
Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a [[frase]]: ''"Nossos comerciais, por favor!",''<ref>{{citar web|URL=http://radios.ebc.com.br/todas-vozes/edicao/2014-08/flavio-cavalcanti-declaracao-belinha-de-amor-do-homem-que-quebrava-discos|título=Flávio Cavalcanti, o homem que quebrava discos, faz declaração de amor|autor=LEITE, Marcos|data=5 de agosto de 2014|publicado=Rádio MEC AM - Rio de Janeiro (EBC Rádios)|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos [[visão|óculos]] também foi marcante. Em 1973, teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 dias pela Censura Federal, após apresentar a história de um homem inválido que teria "emprestado" a mulher ao vizinho,<ref name="Telinha">{{citar web|URL=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/ditadura-tirou-flavio-cavalcanti-do-ar-por-fazer-sensacionalismo-4622|título=Ditadura tirou Flávio Cavalcanti do ar por fazer sensacionalismo |autor=CASTRO, Thell de|data=31 de agosto de 2014|publicado=Na Telinha|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> fato que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa. |
||
⚫ | |||
⚫ | Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980, e, a partir de 1976, seu programa passa a ser transmitido também pela TVS, de [[Silvio Santos]], para o [[Rio de Janeiro]]. Em 1982, foi para a [[Rede Bandeirantes]] apresentar o programa ''Boa Noite, Brasil''. De 1983 a 1986, fez no [[Sistema Brasileiro de Televisão|SBT]] o ''Programa Flávio Cavalcanti''. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: [[Oswaldo Sargentelli]], [[Marisa Urban]], [[Erlon Chaves]], [[Márcia de Windsor]], entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve [[três]] [[filho]]s, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um executivo de telecomunicações. |
||
⚫ | Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em |
||
=== Morte === |
=== Morte === |
||
No dia |
No dia 22 de maio de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida entrevista em seu programa e jogou o dedo indicador para o alto: ''"Nossos comerciais, por favor!"'' Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim [[Wagner Montes]], anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma [[Doença arterial coronariana|Isquemia miocárdica]] aguda durante a apresentação do programa. Levado para o hospital, ele morreria quatro dias depois.<ref>{{Citar periódico|ultimo=TV|primeiro=Notícias da|data=2016-10-26|titulo='Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa|jornal=Notícias da TV|url=http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/flavio-cavalcante-morreu-ao-vivo-diz-geraldo-luis-ao-recusar-programab--12998|idioma=pt-BR}}</ref> No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de luto,<ref>{{Citar web|url=http://www.sbtpedia.com.br/2013/05/o-dia-na-historia-26051986-morre.html|titulo=O Dia na História (26/05/1986): Morre apresentador do SBT e Silvio Santos tira emissora do ar em respeito|acessodata=2016-10-26|obra=www.sbtpedia.com.br}}</ref> apenas rodando um ''slide'' com os dizeres: ''"Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em [[Petrópolis]], às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal."'' A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado. |
||
{{referências}} |
{{referências}} |
Revisão das 23h52min de 12 de abril de 2021
Flávio Cavalcanti | |
---|---|
Nome completo | Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti |
Nascimento | 15 de janeiro de 1923 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 26 de maio de 1986 (63 anos) São Paulo |
Causa da morte | Isquemia miocárdica aguda |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Belinha Cavalcanti (c. 1948; v. 1986) |
Ocupação | |
Período de atividade | 1945-1986 |
Religião | católico |
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti (Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 1923 — São Paulo, 26 de maio de 1986) foi um jornalista, repórter, apresentador de rádio e televisão e compositor brasileiro. Um dos mais famosos comunicadores brasileiros, fez sucesso no comando de alguns programas de rádio e televisão nas décadas de 1960 e 1970, como o Programa Flávio Cavalcanti, Um instante, maestro! e A Grande Chance.
Biografia
Flávio trabalhou no Banco do Brasil aos 22 anos, e no mesmo período de tempo, como repórter do jornal carioca A Manhã.[1]
Flávio esteve nos Estados Unidos e entrevistou o presidente Kennedy, na Casa Branca. Entrou para a televisão e tinha estilo tão marcante que marcou época, pois, entre outras coisas, criou o primeiro júri da televisão brasileira. Chiquinho Scarpa, Jorge Kajuru e Conrado (marido da ex-paquita Andreia Sorvetão) já foram jurados dele. Começou também a compor e influiu muito nas tendências musicais. Artistas que depois se tornaram consagrados começaram com Flávio Cavalcanti.
Na década de 70, todos os domingos, às 18h, uma voz em off anunciava: "Entra no ar via Embratel, para todo o Brasil, pela Rede Tupi de Televisão, o Programa Flávio Cavalcante". A chamada marcava o início de um dos programas mais polêmicos da televisão brasileira e líder de audiência, comandado pelo jornalista e apresentador. Foi o primeiro programa a ser exibido para todo o país, utilizando o canal da Embratel.
Seu estilo era contundente. Letras medíocres e músicas fracas iam para o lixo. Literalmente, quebrava os discos e jogava fora. Ele criou gestos marcantes, como a mão direita estendida para o alto e a frase: "Nossos comerciais, por favor!",[2] ao pedir o intervalo. O “tira-bota” dos óculos também foi marcante. Em 1973, teve seu programa na Rede Tupi suspenso por 60 dias pela Censura Federal, após apresentar a história de um homem inválido que teria "emprestado" a mulher ao vizinho,[3] fato que culminou uma história de problemas anteriores com o conteúdo do programa.
Flávio ficou na Tupi até o fechamento da emissora, em 1980, e, a partir de 1976, seu programa passa a ser transmitido também pela TVS, de Silvio Santos, para o Rio de Janeiro. Em 1982, foi para a Rede Bandeirantes apresentar o programa Boa Noite, Brasil. De 1983 a 1986, fez no SBT o Programa Flávio Cavalcanti. Por seus programas passaram nomes consagrados, como: Oswaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, entre outros. Inteligente, brilhante, inquieto, como bem mostra sua biografia, o carioca Flávio Cavalcanti, porém, teve uma vida familiar tranquila. Casou-se com dona Belinha e teve três filhos, sendo o filho que levava seu nome, Flávio Jr., um executivo de telecomunicações.
Morte
No dia 22 de maio de 1986, Flávio Cavalcanti fez uma rápida entrevista em seu programa e jogou o dedo indicador para o alto: "Nossos comerciais, por favor!" Após o intervalo, quem estava lá já não era ele, e sim Wagner Montes, anunciando que Flávio voltaria no próximo programa, o que não ocorreu. Flávio tinha sofrido uma Isquemia miocárdica aguda durante a apresentação do programa. Levado para o hospital, ele morreria quatro dias depois.[4] No dia da sua morte, o SBT ficou fora do ar o dia inteiro em sinal de luto,[5] apenas rodando um slide com os dizeres: "Estamos tristes com a morte do nosso colega Flávio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em Petrópolis, às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal." A emissora voltou ao ar após as 16h, quando o corpo do apresentador foi sepultado.
Referências
- ↑ «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 2 de março de 2014
- ↑ LEITE, Marcos (5 de agosto de 2014). «Flávio Cavalcanti, o homem que quebrava discos, faz declaração de amor». Rádio MEC AM - Rio de Janeiro (EBC Rádios). Consultado em 19 de maio de 2015
- ↑ CASTRO, Thell de (31 de agosto de 2014). «Ditadura tirou Flávio Cavalcanti do ar por fazer sensacionalismo». Na Telinha. Consultado em 19 de maio de 2015
- ↑ TV, Notícias da (26 de outubro de 2016). «'Flavio Cavalcante morreu ao vivo', diz Geraldo Luis ao recusar programa». Notícias da TV
- ↑ «O Dia na História (26/05/1986): Morre apresentador do SBT e Silvio Santos tira emissora do ar em respeito». www.sbtpedia.com.br. Consultado em 26 de outubro de 2016
Ligações externas
- 25 anos sem Flávio Cavalcanti
- Flávio Cavalcanti no Museu da TV
- Um Instante Maestro, Léa Penteado