Sérgio Bittencourt
Sérgio Bittencourt | |
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Nascimento | 3 de fevereiro de 1941 Rio de Janeiro |
Morte | 9 de julho de 1979 (38 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista |
Sérgio Freitas Bittencourt (Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 1941 — 9 de julho de 1979) foi um compositor e jornalista brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Jacob do Bandolim,[1] foi criado em volta dos chorões e das rodas de choro. Na escrita, seu estilo era duro e desaforado, mas era considerado sentimentalista.[2]
Trabalhou nos jornais cariocas Correio da Manhã,[3] O Globo, O Fluminense e na Revista Amiga, de Bloch Editores. Teve programas na rádio Capital, Carioca - no Rio e Mulher, de São Paulo. Foi jurado dos programas de TV de Flávio Cavalcanti: Um instante maestro!, A Grande Chance e Programa Flávio Cavalcanti. Com a popularidade alcançada nos programas de Flávio Cavalcanti, levado em rede nacional para quase todo o Brasil, comandou - ao início dos anos 1970 - um programa semanal de variedades na TV Itapoan (de Salvador/BA) com bastante repercussão em todo o Estado.
Sofria de hemofilia.[4] Faleceu em 1979 vítima de um infarto.
Participações em festivais de música
[editar | editar código-fonte]- 1966 - II Festival de Música Popular Brasileira - TV Record - São Paulo. Classificado em 4º lugar com a música Canção de não cantar, junto com o conjunto vocal MPB-4.
- 1966 - I Festival Internacional da Canção - TV Rio - Rio de Janeiro. Concorreu com a música Canção a medo, intérpretes: os conjuntos vocais MPB-4 e Quarteto em Cy.
- 1968 - Festival O Brasil canta no Rio, saiu vencedor com a música Modinha, na voz do cantor Taiguara.
- 1971 - Festival Internacional da Canção, ficou em 4º lugar com a música Canção pra senhora, junto com O Grupo.
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 1965 - "Estrelinha" - gravação da cantora Eliana Pittman.
- 1966 - "Canção a Medo" - com o conjunto vocal MPB-4.
- 1968 - "Modinha" com Taiguara.
- 1968 - Pegue Canção Para Chegar" - Moacyr Franco.
- 1969 - "Jambete" - com o Sambista Cyro Monteiro.
- 1969 - "Quem Mandou" - Wilson Simonal.
- 1969 - "Silêncio" - Wilson Simonal.
- 1969 - "Vim" - Taiguara.
- 1970 - "Acorda, Alice" - Censurada.
- 1972 - "Naquela Mesa" com Elizeth Cardoso.
- 1972 - "Desabafo" - com a intérprete Nora Ney.
- 1973 - "Naquela Mesa" - regravado pela Orquestra do Maestro Paul Mauriat.
- 1974 - "Eu quero" - cantor Carlos José, também por Nelson Gonçalves e Martinha.
- 1974 - "No Meio da Festa" - cantora Maria Creuza.
- 1974 - "O Amigo" - Trio Ternura.
- 1974 - "Reza" - Vanusa.
- 1975 - "O Velho" - com Antônio Marcos.
- 1975 - "Olha Eu" - com a Banda Os Famks.
- 1975 - "Canção Morrendo de Saudade - na voz da cantora Célia.
- 1980 - "Para Que - Ângela Maria.
- Polêmica.
Em 1970, a canção Acorda, Alice de sua autoria foi proibida pela censura da ditadura militar brasileira, pelos versos: Acorda, Alice / que o país das maravilhas acabou.
Homenagem ao pai
[editar | editar código-fonte]Abalado com a morte de seu pai, compõe a canção Naquela mesa,[5][6][7][8][9] se tornando grande sucesso na voz de Elizeth Cardoso. Sendo regravada, posteriormente, pelo cantor Nelson Gonçalves e pelo maestro e arranjador francês Paul Mauriat.
- Eu não sabia que doía tanto/uma mesa no canto, uma casa e um jardim./Se eu soubesse quanto dói a vida,/essa dor tão doída, não doia assim./Agora resta uma mesa na sala/e hoje ninguém mais fala no seu bandolim./Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele/tá doendo em mim. (...)
A música foi regravada em 2009 pelo cantor Otto, no disco "Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos".
Referências
- ↑ Bittencourt, Sérgio (28 de janeiro de 2013). «Filho que retrata o pai». jacobdobandolim.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ «SERGIO BITTENCOURT». www.sabercultural.com. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ Castro, Ruy (1 de abril de 2012). Bossa Nova: The Story of the Brazilian Music That Seduced the World (em inglês). [S.l.]: Chicago Review Press
- ↑ «Folha de S.Paulo - Luís Nassif: O filho de Jacob do Bandolim - 15/10/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 4 de julho de 2021
- ↑ Nogueira, Marcos. «Naquela mesa tá faltando ele». cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ «Naquela mesa está faltando o rádio e Jacob do Bandolim». EBC Rádios. 10 de março de 2016. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ Pinheiro, Amilton. «A vida genial e louca de Jacob do Bandolim - 12/08/2019 - Notícia - Tribuna do Norte». www.tribunadonorte.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ Pereira, Edilson (30 de abril de 2014). «Naquela mesa». Pelas ruas da cidade. tribunapr.uol.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2022
- ↑ Hortencio, Luciano (11 de junho de 2014). «Sérgio Bittencourt pede perdão à sua mãe Adylia». GGN. Consultado em 29 de janeiro de 2022
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- OLIVEIRA, Paulo Roberto - Tá faltando ele... - lembrando Sérgio Bittencourt - prefaciado por Ricardo Cravo Albin - Quartet Editora - Rio de Janeiro.