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História da cidade do Rio de Janeiro: diferenças entre revisões

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Duzentos anos adiante, em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a capital do Brasil, título que manteve até 1960, quando foi inaugurada Brasília, a atual capital do país.
Duzentos anos adiante, em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a capital do Brasil, título que manteve até 1960, quando foi inaugurada Brasília, a atual capital do país.


Devido às guerras napoleônicas, a família real portuguesa transferiu-se, em 1808, para o Rio de Janeiro, onde em 1815 o Príncipe Regente D. João VI foi coroado Rei do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, um fato histórico que foi da maior importância para os rumos da Nação Brasileira.
Devido às guerras napoleônicas, a família real portuguesa transferiu-se, em 1808, para o Rio de Janeiro, onde em 1815 o Príncipe Regente D. João VI foi coroado Rei do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, um fato histórico que foi da maior importância para os rumos da Nação Brasileir.





Revisão das 15h35min de 9 de março de 2014

Para um panorama da história da cidade do Rio de Janeiro, há que se considerar:

História

O período colonial

O descobrimento

Gravura representando a fundação da cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, em 1565.

A atual Baía de Guanabara foi descoberta pelos portugueses em 1 de janeiro de 1502, por ocasião da expedição de 1501 à costa do Brasil, capitaneada, segundo alguns autores, por Gaspar de Lemos. A baía foi, na ocasião, cartografada pelos navegadores portugueses com a toponímia "Rio de Janeiro". Embora se afirme que essa toponímia foi incorretamente escolhida, supondo aqueles navegadores terem acreditado tratar-de da foz de um grande rio, na realidade, à época, não havia qualquer distinção de nomenclatura entre rios, sacos e baías, motivo pelo qual o corpo d'água foi corretamente designado como rio. Na época, a região ao redor da baía era habitada por índios tupinambás[1].

A França Antártica

Ver artigo principal: França Antártica
Mapa da baía de Guanabara em 1555.

Colonos franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon estabeleceram-se no interior da baía em 1555, com a pretensão de fundar uma colônia – a França Antártica – e uma cidade – Henriville –, mas foram expulsos pelos portugueses entre 1560 e 1567. No dia 1º de janeiro de 1502, navegadores portugueses avistaram a Baía de Guanabara. Acreditando que se tratava da foz de um grande rio, deram-lhe o nome de Rio de Janeiro, dando origem ao nome da cidade. O município em si foi fundado em 1565 por Estácio de Sá, com o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao então Rei de Portugal, D. Sebastião. Duzentos anos adiante, em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a capital do Brasil, título que manteve até 1960, quando foi inaugurada Brasília, a atual capital do país.

Devido às guerras napoleônicas, a família real portuguesa transferiu-se, em 1808, para o Rio de Janeiro, onde em 1815 o Príncipe Regente D. João VI foi coroado Rei do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, um fato histórico que foi da maior importância para os rumos da Nação Brasileir.


A economia da cidade foi impulsionada a partir do século XVII pelos ciclos da cana de açúcar, do ouro e do café. Hoje, o Estado do Rio de Janeiro é, após São Paulo, o segundo pólo industrial do Brasil, está entre os primeiros do turismo, além de ser o principal centro cultural do país e importante centro político.

Povos europeus, principalmente portugueses, misturando-se com escravos africanos e índios brasileiros, deram origem a um povo gentil, alegre e bonito que compõem a população de mais de 6 milhões de CARIOCAS, como são chamados os habitantes da cidade.

Situada em meio a uma paisagem privilegiada pela natureza, entre o mar e as montanhas, a cidade do Rio de Janeiro é uma das mais belas do mundo o que lhe valeu o título de Cidade Maravilhosa.

A cidade de São Sebastião

A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá em 1° de março de 1565, quando desembarcou num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, erguendo uma paliçada defensiva.

A vitória de Estácio de Sá subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos Tamoios, dedicavam-se ao comércio, ameaçando o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando a partir daí novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do Morro do Castelo (completamente arrasado em 1922), no atual centro histórico da cidade. O novo povoado marca, de fato, o começo da expansão urbana.

Durante quase todo o século XVII a cidade teve um desenvolvimento urbano lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir delas, nasciam as principais ruas do atual centro. Porém, com a invasão holandesa no Nordeste brasileiro, a produção de açúcar é aumentada a partir dos vários engenhos que se espalham pela cidade. Com cerca de 30 mil habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o domínio colonial.

Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico. Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.

O Rio de Janeiro foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo foi transferido para Brasília. Atualmente é a segunda maior cidade do país, depois de São Paulo. Entre 1808 e 1815 foi a capital do Reino Unido de Portugal e dos Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época. Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil a parte integrante do Reino Unido.

Nos séculos XVIII e XIX, muitas casas e fazendas tinham nascentes e poços em seus terrenos. Também havia chafarizes, fontes e bicas, nas quais os moradores buscavam água e a carregavam em potes, barris ou baldes. Outra forma de se conseguir água era comprá-la dos "aguadeiros", escravos que percorriam as ruas em carroças vendendo água de casa em casa. Segundo relatos do professor alemão Hermann Burmeister em seu livro Viagem ao Brasil, publicado em 1853:

"O aqueduto da Carioca termina no morro de Santo Antônio, no chafariz da Carioca, ao lado de um logradouro que tem o mesmo nome, oferecendo pelas ruas bicas metálicas o líquido aos pretos carregadores d'água, que constantemente a ocupam."

Período Imperial e Republicano

Planta da cidade do Rio de Janeiro em 1867.

Após a Independência, a cidade continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a Província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.

Como centro político do país, o Rio concentrava a vida político-partidária do Império. Foi palco dos Movimentos Abolicionista e Republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde força política para São Paulo e Minas Gerais.

No entanto, outros autores defendem que, apesar do declínio da cafeicultura, a movimentação monetária se manteve aquecida pelo tráfico de escravos e atividade comercial.[2]

Com a Proclamação da República Brasileira, nas últimas décadas do século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro enfrentava graves problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado.

Na segunda metade do século 19, a cidade crescia em ritmo acelerado, com as edificações utilizando madeira amplamente.[3] Com incêndios causando transtornos na cidade, foi criado em 1855 o Corpo de Bombeiros.[3]

Com o declínio do trabalho escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.

O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço constante na vida urbana do Rio, desde meados do século XIX. O epicentro dessa crise era ainda, e cada vez mais, o miolo central – a Cidade Velha e suas adjacências –, onde se multiplicavam as habitações coletivas e eclodiam as violentas epidemias de febre amarela, varíola, cólera-morbo, que conferiam à cidade fama internacional de porto sujo.

A baía de Guanabara em 1885.

Muitas campanhas de erradicação, perpetradas pelos governos da época, não foram bem recebidas pela população carioca. Houve várias revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também teve como causa a tomada de medidas impopulares, como as reformas urbanas do Centro, executadas pelo engenheiro Pereira Passos. Nessas reformas foram demolidos vários cortiços e, a população pobre da Região Central, deslocada para as encostas de morros, na Zona Portuária e no Caju, sobretudo os Morros da Saúde e da Providência. Tais povoamentos cresceram de maneira muito desordenada, dando início ao processo de favelização (ainda não muito preocupante na época) – o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e sanitárias que modificaram a imagem da então capital da República.

Após a transferência da Capital Federal para Brasília em 1960, o Rio até 1975 foi transformado numa cidade-estado com o nome de Estado da Guanabara. Ocorreu então a fusão com o antigo Estado do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975, e em 23 de julho foi promulgada a Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 – a primeira reunião internacional de peso a se realizar após o fim da Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países.

Foi sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas esportivas (incluindo a construção do novo Estádio Olímpico João Havelange) e nas áreas de transportes, segurança pública e infra-estrutura urbana.

  • COARACY, Vivaldo. Memória da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1955. 584p. il.

Referências

  1. http://www.marcillio.com/rio/hifrtupi.html
  2. Cardone, Monique. (23 de junho de 2010). O café sem mitos. Revista de História da Biblioteca Nacional, acesso em 4 de julho de 2010
  3. a b «A cidade arde». Ciência Hoje. 8 de julho de 2011. Consultado em 8 de julho de 2011. Como as casas na época eram quase todas feitas de madeira, a cidade precisou ser inteiramente reconstruída. O Rio da segunda metade do século 19 não era muito diferente. Nessa época, a cidade crescia a passos largos. O centro da cidade era ocupado por imóveis de uso misto, moradia e comércio. Quase todas as casas tinham chaminés e a madeira também era largamente usada nas construções. [...] É aí que entra a criação do Corpo de Bombeiros. No dia 15 de maio de 1855, um incêndio nos fundos de uma fábrica de velas que destruiu um quarteirão inteiro fez aumentar o clamor pela criação de um órgão responsável pela extinção de incêndios. 

MARANHÃ-MA-SÃO LUIS-MARANHESE

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