Leporicypraea mappa

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Vista superior de uma concha de L. mappa (Linnaeus, 1758).[1] Espécie do Indo-Pacífico.[2][3][4]
Vista superior de uma concha de L. mappa (Linnaeus, 1758).[1] Espécie do Indo-Pacífico.[2][3][4]
Cinco vistas da concha de ''L. mappa (Linnaeus, 1758)[1], de espécime vindo do Vietnã.
Cinco vistas da concha de ''L. mappa (Linnaeus, 1758)[1], de espécime vindo do Vietnã.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Cypraeoidea
Família: Cypraeidae
Género: Leporicypraea
Iredale, 1930[1]
Espécie: L. mappa
Nome binomial
Leporicypraea mappa
(Linnaeus, 1758)[1]
Em L. mappa (Linnaeus, 1758)[1] há uma faixa, por vezes bem larga[5], provocada por seu manto e que lembra um rio com afluentes arredondados, em um mapa geográfico antigo; daí provindo o seu epíteto específico: mappa. Espécime da coleção do Museu de História Natural de Leiden.[3][6]
Distribuição geográfica
A região do Indo-Pacífico é o habitat da espécie L. mappa e esta é sua distribuição geográfica.[2][3][4]
Sinónimos
Cypraea mappa Linnaeus, 1758
Cypraea (Leporicypraea) mappa Linnaeus, 1758
Mauritia mappa (Linnaeus, 1758)[1]
Mauritia (Leporicypraea) mappa Linnaeus, 1758[7]

Leporicypraea mappa (nomeada, em inglês, map cowry)[2][3][4][7] é uma espécie de molusco gastrópode, marinho e herbívoro[8], pertencente à família Cypraeidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Carolus Linnaeus, em 1758; descrita como Cypraea mappa, nome que perdurou até o século XX, em sua obra Systema Naturae.[1] É nativa do Indo-Pacífico.[2][3][4][7][9]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha oval e inflada, ou cilíndrica[4], aplainada embaixo; com dimensões de 7.5[2] ou 8 e, quando bem desenvolvida, até 10 centímetros de comprimento[8]; de superfície polida e de coloração castanha puxada para o bege ou rosa, com manchas e riscos de um marrom mais escuro, formando um retículo, e uma faixa, por vezes bem larga[5], provocada por seu manto e que lembra um rio com afluentes arredondados, em um mapa geográfico antigo; daí provindo o seu epíteto específico: mappa. Abertura envolta por uma base de tonalidade branca a rosa, ou violeta, com lábio externo engrossado e dentículos internos; sendo longa e estreita, terminando em dois canais curtos (um deles, o canal sifonal).[3][4][6][7] Seu ápice é proeminentemente caloso.[3]

É encontrada até uma profundidade de 45 metros[8], em habitats sob pedras e lajes em recifes de coral, principalmente na zona nerítica de águas rasas.[2][8]

Descrição do animal e distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

O manto é um tanto translúcido, visto que, com todos os desenhos que sua concha possui, o animal não precisa de nenhuma outra camuflagem, possuindo papilas ramificadas.[6] Esta espécie ocorre no Indo-Pacífico[3][4], desde a África Oriental, incluindo Moçambique, Tanzania, Quênia, Somália[9], mar Vermelho[6], e ilhas de Madagáscar, Comores, Maurícia e Seicheles, até Filipinas e costa nordeste da Austrália, incluindo a Grande Barreira de Coral, a Micronésia, a Melanésia e a Polinésia.[9][10]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

L. mappa possui seis subespécies:[1]

  • Leporicypraea mappa mappa (Linnaeus, 1758)
  • Leporicypraea mappa subsignata (Melvill, 1888)
  • Leporicypraea mappa viridis (Kenyon, 1902)
  • Leporicypraea mappa admirabilis Lorenz, 2002
  • Leporicypraea mappa curvati Beals & Lum, 2017
  • Leporicypraea mappa huberi Thach, 2017

Uma característica interessante da maioria dos taxa deste complexo de subespécies é a fluorescência vermelha, visível e emitida pelas conchas, quando iluminadas por luz ultravioleta de onda longa (UV), de cerca de 400 nanômetros de comprimento de onda.[11][12]

Uso humano[editar | editar código-fonte]

Leporicypraea mappa é coletada para consumo humano, uso na medicina tradicional e vinculada a muitas superstições. Conchas foram muito apreciadas por colecionadores particulares até a década de 1950; agora usadas como moeda, enfeites e amuletos.[13]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h «Leporicypraea mappa (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021 
  2. a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 96. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b c d e f g h DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 73. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2 
  4. a b c d e f g WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 58. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  5. a b Shadowshador (2 de setembro de 2010). «Green map cowrie (Leporicypraea mappa viridis (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021. Size approx 8cm. 
  6. a b c d Mazza, Giuseppe. «Leporicypraea mappa» (em inglês). Monaco Nature Encyclopedia. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021 
  7. a b c d LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 150. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  8. a b c d «Cypraea mappa Linnaeus, 1758 map cowrie» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021 
  9. a b c «Leporicypraea mappa (Linnaeus, 1758) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021 
  10. Lorenz, Felix (dezembro de 2002). «Revision of the mappa (em inglês). Cowries.info. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021 
  11. Bridges, Randy. «Leporicypraea mappa (Linnaeus, 1758): The Western Indian Ocean subspecies» (em inglês). Rbridges.com. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021. An interesting feature of most all taxa in the L. mappa complex is the visible red fluorescence emitted by the shells when illuminated by longwave ultraviolet (UV) light of around 400 nanometers wavelength. 
  12. Okinawa Nature Photography (13 de setembro de 2020). «Leporicypraea mappa mappa - Shell fluorescence» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021. Shells that fluoresce by Shawn Miller. 
  13. Vattakaven, Thomas (13 de novembro de 2013). «Leporicypraea mappa (Linnaeus, 1758)» (em inglês). India Biodiversity Portal. 1 páginas. Consultado em 28 de março de 2021. Caught for human consumption, use in traditional medicine and linked with many superstitions. Shells were highly prized by private collectors till the 1950's and are now used as currency, ornaments and charms. 
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