Epsilon Geminorum

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Mebsuta)
ε Geminorum
Dados observacionais (J2000)
Constelação Gemini
Asc. reta 06h 43m 55,9s[1]
Declinação +25° 07′ 52,1″[1]
Magnitude aparente +3,06[2]
Características
Tipo espectral G8 Ib[3]
Cor (U-B) +1,46[4]
Cor (B-V) +1,40[4]
Astrometria
Velocidade radial +8,09 ± 0,14 km/s[5]
Mov. próprio (AR) -5,57 mas/a[1]
Mov. próprio (DEC) -12,36 mas/a[1]
Paralaxe 3,86 ± 0,17 mas[1]
Distância 840 ± 40 anos-luz
260 ± 10 pc
Magnitude absoluta −4,15
Detalhes
Massa 19,2 ± 0,1[6] M
Raio 140 ± 35[3] R
Gravidade superficial 0,88 ± 0,05 (log g)[7]
Luminosidade 8 500[2] L
Temperatura 4 662 ± 36[7] K
Metalicidade [Fe/H] 0,15 ± 0,07[7]
Rotação 8,7 ± 1,0 km/s[5]
Idade 8,3 ± 0,1 milhões[6] de anos
Outras denominações
27 Geminorum, FK5 254, HD 48329, HIP 32246, HR 2473, SAO 78682.
Epsilon Geminorum

Epsilon Geminorum (ε Gem, ε Geminorum) é a quinta estrela mais brilhante da constelação de Gemini, com uma magnitude aparente de +3,06.[2] É também conhecida pelo nome tradicional Mebsuta (também Melboula ou Melucta).[8] Com base em sua paralaxe de 3,86 ± 0,17 milissegundos de arco, está a aproximadamente 840 anos-luz (260 parsecs) da Terra, com uma margem de erro relativamente grande de 40 anos-luz.[1] Como Epsilon Geminorum está localizada perto da eclíptica, pode ser ocultada pela Lua ou por um planeta. Uma ocultação por Marte aconteceu em 8 de abril de 1976, a qual permitiu que o achatamento da atmosfera externa do planeta fosse medido.[9]

O espectro desta estrela corresponde a uma classificação estelar de G8 Ib,[3] em que a classe de luminosidade Ib indica que é uma estrela supergigante de baixa luminosidade. Alternativamente, pode ser uma estrela que passou pelo ramo gigante assintótico e possui uma camada externa de poeira.[10] Esta estrela tem uma massa estimada em 19,2 vezes a massa do Sol,[6] e expandiu a um raio 105–175 vezes maior que o do Sol.[3] Desde 1943, seu espectro tem servido como base pela qual outras estrelas são classificadas.[11]

Epsilon Geminorum está irradiando cerca de 8 500 vezes a luminosidade do Sol[2] de sua atmosfera externa a uma temperatura efetiva de 4 662 K,[7] o que dá a ela o brilho amarelo típico de estrelas de classe G.[12] Um campo magnético superficial com uma força de –0,14 ± 0,19 G foi detectado nessa estrela. Esse campo topologicamente complexo é provavelmente gerado por dínamo formado na zona de convecção da estrela.[13]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f «SIMBAD query result - eps Gem». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 30 de setembro de 2012 
  2. a b c d Mallik, Sushma V. (dezembro de 1999), «Lithium abundance and mass», Astronomy and Astrophysics, 352: 495–507, Bibcode:1999A&A...352..495M 
  3. a b c d Nordgren, Tyler E.; et al. (dezembro de 1999), «Stellar Angular Diameters of Late-Type Giants and Supergiants Measured with the Navy Prototype Optical Interferometer», The Astronomical Journal, 118 (6): 3032–3038, Bibcode:1999AJ....118.3032N, doi:10.1086/301114 
  4. a b Johnson, H. L.; et al. (1966), «UBVRIJKL photometry of the bright stars», Communications of the Lunar and Planetary Laboratory, 4 (99), Bibcode:1966CoLPL...4...99J 
  5. a b De Medeiros, J. R.; et al. (novembro de 2002), «A catalog of rotational and radial velocities for evolved stars. II. Ib supergiant stars», Astronomy and Astrophysics, 395: 97–98, Bibcode:2002A&A...395...97D, doi:10.1051/0004-6361:20021214 
  6. a b c Tetzlaff, N.; Neuhäuser, R.; Hohle, M. M. (janeiro de 2011), «A catalogue of young runaway Hipparcos stars within 3 kpc from the Sun», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 410 (1): 190–200, Bibcode:2011MNRAS.410..190T, arXiv:1007.4883Acessível livremente, doi:10.1111/j.1365-2966.2010.17434.x 
  7. a b c d Wu, Yue; et al. (janeiro de 2011), «Coudé-feed stellar spectral library - atmospheric parameters», Astronomy and Astrophysics, 525: A71, Bibcode:2011A&A...525A..71W, arXiv:1009.1491Acessível livremente, doi:10.1051/0004-6361/201015014 
  8. Allen, Richard Hinckley (1899), Star-names and their meanings, G. E. Stechert, p. 235 
  9. French, R. G.; Taylor, G. E. (março de 1981), «Occultation of Epsilon Geminorum by Mars. IV - Oblateness of the Martian upper atmosphere», Icarus, 45 (3): 577–585, Bibcode:1981Icar...45..577F, doi:10.1016/0019-1035(81)90023-3 
  10. Lobel, A.; Dupree, A. K. (dezembro de 2000), «The Chromospheres of G-type Ib Supergiants», Bulletin of the American Astronomical Society, 32: 1474, Bibcode:2000AAS...197.4415L 
  11. Garrison, R. F. (dezembro de 1993), «Anchor Points for the MK System of Spectral Classification», Bulletin of the American Astronomical Society, 25: 1319, Bibcode:1993AAS...183.1710G, consultado em 30 de setembro de 2012 
  12. «The Colour of Stars», Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, Australia Telescope, Outreach and Education, 21 de dezembro de 2004, consultado em 30 de setembro de 2012 
  13. Grunhut, J. H.; et al. (novembro de 2010), «Systematic detection of magnetic fields in massive, late-type supergiants», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 408 (4): 2290–2297, Bibcode:2010MNRAS.408.2290G, arXiv:1006.5891Acessível livremente, doi:10.1111/j.1365-2966.2010.17275.x 
Ícone de esboço Este artigo sobre Estrelas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.