Moto Perpétuo (banda)

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 Nota: Para outros significados, veja Moto perpétuo.
Moto Perpétuo
Informação geral
Origem São Paulo, SP
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 1973-1975
Gravadora(s) GEL, através do selo Continental
Integrantes

Moto Perpétuo foi uma banda brasileira de rock progressivo e MPB que esteve em atividade de 1973 até 1975. O grupo ficou conhecido por ter revelado o cantor, compositor e pianista brasileiro Guilherme Arantes. Lançaram um único álbum autointitulado que, após sucessivos relançamentos nas décadas seguintes, tornou-se um clássico cult.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1970, Guilherme Arantes foi assistir a peça Plug, produzida pelo seu primo Solano Ribeiro no Teatro Ruth Escobar e conheceu Diógenes Burani. Em pouco tempo, Guilherme (teclados), Diógenes (bateria e percussão) e Rodolfo Grani Júnior (baixo) estariam acompanhando Jorge Mautner em shows por São Paulo. Quando entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Guilherme conheceu outro músico: Cláudio Lucci. Quando Guilherme apresentou seus dois amigos - Diógenes e Cláudio - um ao outro, os três resolveram montar uma banda. Diógenes, por sua vez, tinha participado de um "embrião" do grupo que Rita Lee tentava montar com sua amiga Lucinha Turnbull, após a saída da primeira dos Mutantes, que se chamava Cilibrinas do Éden. Deste projeto, Diógenes havia conhecido Gerson Tatini (baixo) e Egídio Conde (guitarra), sugerindo seus nomes a Guilherme e Cláudio.[1][2]

Após um tempo da formação do grupo, chamam a atenção de Moracy do Val, jornalista e produtor do álbum de estreia dos Secos & Molhados que começa a trabalhar na promoção da banda, conseguindo um contrato com a gravadora GEL para o lançamento de um álbum de estúdio pelo selo Continental - mesma gravadora do grupo de Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad. Assim, em setembro e outubro de 1974 gravam - no Estúdio Sonima, em São Paulo - o seu álbum de estreia, Moto Perpétuo, produzido por Pena Schmidt e lançado em 11 de novembro de 1974 com uma apresentação no Theatro Treze de Maio. Alguns meses mais tarde, o grupo acabaria por divergências internas, com Guilherme Arantes querendo se afastar daquela sonoridade progressiva que ele considerava "elitista".[3][2]

Reunião após o fim da banda[editar | editar código-fonte]

Em 1981, três dos membros do Moto Perpétuo - Cláudio Lucci, Gerson Tatini e Diógenes Burani - se reuniram com a vocalista e violonista Mônica Marsola, formando o grupo São Quixote e gravando um único álbum autointitulado. O disco contou, ainda, com a participação especial de Guilherme Arantes tocando moog e piano em cinco faixas do álbum gravado pelo selo independente Lira Paulistana.[4]

Sonoridade[editar | editar código-fonte]

A sonoridade da banda é notadamente influenciada pelo Clube da Esquina - muito em voga na época - e por famosas bandas de rock progressivo como Genesis, Yes, Emerson, Lake & Palmer, e as bandas italianas Le Orme e Premiata Forneria Marconi.[2]

Integrantes[editar | editar código-fonte]

Lista de integrantes fornecida pelo Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.[5]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Discografia dada pelo Discogs[6] e pelo IMMUB.[7]

Referências

  1. Ricardo Alpendre (16 de outubro de 2014). «Moto Perpétuo». Poeira Zine. Consultado em 28 de maio de 2019 
  2. a b c «Guilherme Arantes fala sobre o Moto Perpétuo». Warner Music Brasil. 13 de abril de 2017. Consultado em 28 de maio de 2019 
  3. José Teles (5 de novembro de 2016). «Guilherme Arantes lança caixa e critica culto à ignorância na MPB». JC Online. Consultado em 28 de maio de 2019 
  4. «São Quixote». IMMUB. N.d. Consultado em 28 de maio de 2019 
  5. «Dados artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. N.d. Consultado em 28 de maio de 2019 
  6. «Moto Perpétuo». Discogs. N.d. Consultado em 28 de maio de 2019 
  7. «Moto Perpétuo». IMMUB. N.d. Consultado em 28 de maio de 2019