Pena Schmidt

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pena Schmidt
Nome completo Augusto José Botelho Schmidt
Conhecido(a) por Pena Schmidt
Nascimento 13 de agosto de 1950 (73 anos)
Taubaté
Residência S.Paulo
Nacionalidade  Brasil
Ocupação Produtor musical
Principais trabalhos Discos, Direção de Festivais, Auditório Ibirapuera, CCSP
Prêmios PPM 2017 e SIM 2018
Página oficial
htpp://penas.blogspot.com

Augusto José Botelho Schmidt, também conhecido como Pena Schmidt (Taubaté, 1950), é um produtor musical, ex-executivo e diretor de gravadoras (esteve na Warner Music e é o responsável direto pelo surgimento dos Titãs, Ira!, Ultraje a Rigor, Magazine entre outros). Também foi proprietário do selo independente Tinitus, ex-presidente de Associação Brasileira de Música Independente (ABMI)[1], diretor de palco e proprietário da empresa de produção musical StageBrainz, ex-superintendente do Auditório Ibirapuera.[1][2] Atua na Vida_Boa, pesquisa, consultoria e curadoria musical.

Técnico em eletrônica, operou o primeiro sintetizador no Brasil, um ARP2500 no Estúdio Prova em 1972. Trabalhando com Cláudio César Dias Baptista, montou e operou o primeiro equipamento de som onde o técnico ficava numa mesa no centro da plateia, para Os Mutantes, em 1973. A partir desta experiência como técnico de som, inicia uma época onde trabalhou nos principais eventos de música ao vivo, como Hollywood Rock, Festival de Águas Claras e especialmente no Free Jazz Festival, onde trabalhou em todas as edições[1] como diretor de palco e diretor técnico.

Como produtor de discos, trabalhou para a Continental Discos, WEA, Som Livre e sua gravadora Tinitus. Produziu cerca de 50 discos com hits que ainda são tocados no rádio. Contatou e produziu artistas de longa carreira, como Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Os Mulheres Negras.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pena Schmidt teve seu primeiro contato com o mundo da música através da banda inglesa The Beatles, quando tinha 16 anos, em 1966. "Vi que faziam algo diferente para a época. Aquilo me entusiasmou.".[3] Nunca, porém, teve afinidade para o aprendizado de instrumentos musicais, havendo estudado violão e piano, confessando, anos mais tarde, que "minha mão não era de música. O ouvido era".[2]

Deixou sua cidade natal, Taubaté, ainda muito pequeno, para ser criado em Santos. Aos 18 anos, seguiu rumo a Minas Gerais, onde foi estudar na Escola Técnica de Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí.

Estudando em revistas importadas que tratavam sobre áudio, Pena Schmidt conseguiu o seu segundo emprego, no Estúdio Scatena, em São Paulo. "Recusei as melhores ofertas de multinacionais de tecnologia. Queria trabalhar com música. Minha primeira atividade registrada em carteira foi na fábrica de instrumentos Giannini. A partir daí, me meti numa série de atividades que acabaram culminando com o convite do Scatena. Ganhei o emprego porque fui o único que soube fazer funcionar um equipamento de som recém-chegado ao Brasil, o ARP2500.".

Convidado a trabalhar exclusivamente com o grupo Os Mutantes, Pena Schmidt se desliga do Estúdio Scatena e se muda para a Serra da Cantareira, junto com a banda, em 1974. O saldo da parceria foram oito meses de turnê por todo o País. Pouco depois, Arnaldo Baptista se separou de Rita Lee e afundou nas drogas. Teve fim, assim, a parceria de Pena com o grupo.

Pena Schmidt passou, então, a coordenar a produção dos maiores festivais brasileiros. O primeiro Hollywood Rock, realizado no Rio de Janeiro em 1975, produzido por Nelson Motta, as apresentações de Jazz na TV Cultura, ainda nos anos 70; mais tarde, o Rock in Rio e a primeira edição do Free Jazz Festival, ambos em 1985.

Depois de passar pela gravadora Continental, onde produziu o primeiro disco de Almir Sater, Pena Schmidt, entre o final de década de 1970 e o início da década de 1980 deixou a música de lado, fundando uma fábrica de pipas de náilon, que gerou 4 filiais pelo país. Retornou ao mundo da música, como "olheiro" da WEA, a convite de André Midani, que tentava fazer com que sua companhia de discos emplacasse na capital paulistana. Pena Schmidt recebeu, então, a incumbência de trazer para o selo todo artista ou banda em que identificasse possibilidade de sucesso popular.

Por causa disso, Titãs, o Ira! e o Ultraje a Rigor assinaram seus primeiros contratos com a Warner Music. "O mérito não é meu. Sou só a mão-de-obra, aquele que ajuda a realizar", frisou em entrevista.

Discos que produziu[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Pena Schmidt». SIM São Paulo. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  2. a b «Pena Schmidt, o adivinhador de sucessos - Brasil». Estadão. Consultado em 5 de setembro de 2021 
  3. http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,pena-schmidt-o-adivinhador-de-sucessos,163518,0.htm