Nitazoxanida

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Estrutura química de Nitazoxanida
Nitazoxanida
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
etanoato de 2-[(5-nitro-1,3-tiazol-2-il)carbamoil]fenila
Identificadores
CAS 55981-09-4
ATC ?
PubChem 41684
DrugBank APRD00558
Informação química
Fórmula molecular C12H9N3O5S 
Massa molar 307.283 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Ligação a proteínas 99%
Metabolismo Hidrólise a tizoxanida (metabólito ativo) e glicuronidação
Meia-vida 1 hora
Excreção Urinária, biliar e fecal
Considerações terapêuticas
Administração Oral (comprimidos e suspensão oral)
DL50 ?

A nitazoxanida (comercializada no Brasil como Annita) é um medicamento antiparasitário.

Indicações[editar | editar código-fonte]

A nitazoxanida é um anti-helmíntico antiparasitário, de amplo espectro, indicado para amebíases (Entamoeba histolytica/dispar), giardíases (Giardia lamblia e Giardia intestinalis) e helmintíases (Enterobius vermicularis, Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis, Ancilostomíase, Trichuris trichiura, Taenia spp., Hymenolepis nana).[carece de fontes?]

A nitazoxanida também está indicada no tratamento do Blastocystis hominis, Balantidium coli, Isospora belli e no tratamento da diarreia causada por Cryptosporidium parvum (e todas as espécies de Cryptosporidium de acometimento em humanos), embora sua eficácia no tratamento de C. parvum em pessoas imunodeficientes seja comparável à do placebo.[1]

Já foi aprovado o uso da nitazoxanida para reduzir o impacto do rotavírus, responsável pela diarreia aguda. Exames em laboratório mostraram que a nitazoxanida também é eficiente para proteger as células de danos provocados pelo microorganismo.[carece de fontes?]

Testes[editar | editar código-fonte]

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A nitazoxanida está sendo investigada como possível auxiliar ao tratamento da hepatite C.[2][3] No Brasil, foi testada para tratamento da COVID-19.[4] Apesar de ineficaz,[5] foi promovida pelo governo Jair Bolsonaro.[6][7][8]

Efeitos adversos[editar | editar código-fonte]

As reações adversas mais comuns são de natureza gastrointestinal, como náuseas, vômitos e dor abdominal.[1] Em estudos comparativos entre mebendazol e nitazoxanida, observou-se uma maior incidência de dor abdominal no grupo tratado com nitazoxanida.[9]

Em alguns casos, pode provocar alteração da cor da urina e esperma para amarelo esverdeado, sem qualquer significado clínico.[carece de fontes?]

Mecanismo de ação[editar | editar código-fonte]

O modo de ação da nitazoxanida contra vermes se dá através da inibição de uma enzima indispensável à vida do parasita. O mesmo parece ocorrer em relação aos protozoários, embora outros mecanismos ainda não totalmente esclarecidos possam estar envolvidos.[carece de fontes?]

Referências

  1. a b ANNITA: nitazoxanida. Rio de Janeiro: Farmoquímica, 2007. Bula do medicamento.
  2. Medical News Today (16 de agosto de 2007). Romark Initiates Clinical Trial Of Alinia® For Chronic Hepatitis C In The United States (inglês) <http://www.medicalnewstoday.com/articles/79780.php>. Press release. Acesso em: 11 de Outubro de 2007.
  3. Franciscus, Alan (2 de Outubro de 2007). «Hepatitis C Treatments in Current Clinical Development» (em inglês). HCV Advocate. Consultado em 11 de outubro de 2007. Arquivado do original em 15 de agosto de 2015 
  4. «Testes com vermífugo nitazoxanida contra Covid-19 entram na segunda fase». CNN Brasil. 19 de maio de 2020. Consultado em 21 de maio de 2020 
  5. Chaves, Alison (20 de outubro de 2020). «Estudo com Nitazoxanida do MCTIC não faz sentido». Revista Questão de Ciência. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2020. O estudo deveria ter seguido por mais tempo, acompanhando os pacientes por um período longo o suficiente para que aparecessem eventuais agravamentos, e aí comparar os grupos tratado e placebo. Só assim poderia concluir que a intervenção precoce reduz a progressão da doença. Sem essa informação crucial, o teste simplesmente não faz sentido. 
  6. Chaves, Alison; Nogueira, Felipe; Robalinho, Bruno; Brito, Josikwylkson Costa; Solla, Davi; Magnavita, Guilherme (27 de outubro de 2020). «Annita para COVID-19: autópsia de um pré-print». Revista Questão de Ciência. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2020 
  7. Basilio, Ana Luiza (22 de outubro de 2020). «Natalia Pasternak: 'Não é o presidente quem decide se vacina é boa'». CartaCapital. Consultado em 28 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2020. Por fim, não houve redução de internação ou morte entre os pacientes e a janela de transmissão da doença é maior dois dias antes até dois dias após os sintomas. Ou seja, o medicamento não diminui internação, doença grave ou morte e não tem impacto clínicos nem na transmissão. Gastar 5 milhões dos cofres públicos com um estudo mal desenhado e mal executado, durante uma crise sanitária chega a ser um desrespeito com a população, mais ainda quando os resultados são apresentados por instituições oficiais de forma populista. 
  8. EscobarOct. 28, Herton; 2020; Pm, 1:00 (28 de outubro de 2020). «'Another piece of populist propaganda': Critics slam the Brazilian government's new COVID-19 drug». Science | AAAS (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2020 
  9. Belkind-Valdovinos U; et al. (2004). «Evaluación de la nitazoxanida en dosis única y por tres días en parasitosis intestinal». Salud Pública de México. 46 (4). doi:10.1590/S0036-36342004000400008 


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