Paulo Okamotto

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Paulo Okamotto
Paulo Okamotto
Paulo Okamotto em 2007.
Nome completo Paulo Tarciso Okamotto
Nascimento 28 de fevereiro de 1956 (68 anos)
Mauá,  São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Empresário, político e ex-metalúrgico

Paulo Tarciso Okamotto (Mauá, São Paulo, 28 de fevereiro de 1956) é um empresário, ex-metalúrgico e ex-sindicalista brasileiro.[1][2] É o atual presidente da Fundação Perseu Abramo.

De ascendência paterna japonesa,[3][4] foi presidente do SEBRAE entre 2003 e 2010, durante o Governo Lula (2003-2010). É amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido no município de Mauá, desde os seis anos de idade já trabalhava.[5] Foi através da sua mãe, que trabalhava na cozinha da Volkswagen que ingressou como aprendiz no Senai.[2][6] Fez um curso na área metalúrgica e começou a trabalhar na Brastemp, onde se iniciou na atividade sindical e conheceu Lula, então Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.[5][6][1] Em 1981 trabalhava como fresador de ferramentaria na Inbrac, em Diadema.[2] Integrou a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1981, no primeiro mandato de Jair Meneguelli, como diretor de finanças. Cumpriu mais dois mandatos como segundo secretário e diretor do departamento jurídico.

Em 1989 trabalhou com tesoureiro da campanha presidencial do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na primeira eleição presidencial direta no Brasil depois de 29 anos.[2]

Foi presidente do diretório estadual do PT de São Paulo.

Em 1990, mais uma vez junto com Lula, Paulo Vannuchi, Clara Ant, companheiros do sindicato, intelectuais e lideranças da sociedade civil, participou da criação do Instituto Cidadania, do qual seria responsável pela gestão administrativa e, em 2001, presidente.[2][6]

Em 2003, assume a diretoria de administração e finanças do Sebrae.[6][2] Em 2005, é eleito presidente da entidade, cargo que ocuparia até 2010.[6][2]

Em 2011, foi um dos fundadores do Instituto Lula e desde então é o presidente do instituto até hoje.[7]

No dia 4 de março de 2016, em São Paulo, Okamotto foi levado por agentes da Polícia Federal (PF), mediante mandado de condução coercitiva, a fim de prestar depoimento na sede da PF, durante a 24ª fase (denominada Aletheia) da chamada Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras.[8][9] Entretanto foi absolvido da acusação que foi feita contra si de lavagem de dinheiro relacionada ao pagamento das despesas de armazenamento do acervo presidencial do Presidente Lula.[10]

Em fevereiro de 2023, assumiu a presidência da Fundação Perseu Abramo.[6]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Mensalão[editar | editar código-fonte]

Em 2005, já como presidente da SEBRAE, foi acusado nas CPIs dos Bingos e a do Mensalão por pagar dívida de R$ 30 mil do então presidente Lula, sem declarar a origem da quantia, levando suspeita de origem ilícita. Em fevereiro de 2006, a CPI dos Bingos aprovou a quebra de seu sigilo bancário para apurar a origem do pagamento,[11] mas contrariando a CPI e a expectativa em geral, Okamotto conseguiu por ordem judicial para impedir a quebra. Até hoje, o caso continua sem solução.

Ameaças contra Marcos Valério[editar | editar código-fonte]

Em 2012, durante o julgamento do mensalão, Marcos Valério afirmou que lhes enviavam o "faz-tudo de Lula", Paulo Okamoto: "a função dele é me acalmar"[12].

Em 2013, foi arquivada investigação contra Paulo Okamoto, por ameaça de morte feita contra Marcos Valério em 2005.[13]

Amizade com o ex-presidente Lula[editar | editar código-fonte]

Desde 2005, a mídia brasileira costumeiramente se refere a Paulo Okamotto como amigo muito próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2011, quando Lula teve diagnosticado um tumor na laringe, Paulo Okamotto disse à mídia que o presidente estava reclamando de rouquidão.[14]

Em 2012, Paulo Okamoto e Clara Ant foram citados como representantes do Instituto Lula pelo jornal "Poder Online".[15]

Em 2014, a revista Veja o descreve como "uma espécie de anjo da guarda e faz tudo do ex-presidente, o responsável por manter a vida de Lula em ordem e longe dos holofotes da imprensa".[16]

Referências

  1. a b Morais, Fernando (2021). Lula: Biografia Volume 1. São Paulo: Companhia das Letras. p. 301-302. 447 páginas. ISBN 978-65-5921-292-7 
  2. a b c d e f g h Paulo Okamotto conta como se tornou o braço direito do ex-presidente. Glamurama, 25 de agosto de 2013.
  3. Morais, Fernando (2021). Lula: Biografia Volume 1. São Paulo: Companhia das Letras. p. 301-302. 447 páginas. ISBN 978-65-5921-292-7 
  4. Paulo Okamotto conta como se tornou o braço direito do ex-presidente. Glamurama, 25 de agosto de 2013.
  5. a b «"Japonês" trabalha com Lula desde que ambos eram metalúrgicos». Folha de S.Paulo. 22 de agosto de 2005. Consultado em 28 de julho de 2020 
  6. a b c d e f «Paulo Okamotto é o novo presidente da Fundação Perseu Abramo». Fundação Perseu Abramo. 13 de fevereiro de 2023. Consultado em 7 de abril de 2023 
  7. «Paulo Tarciso Okamotto». Instituto Lula. Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado do original em 12 de outubro de 2014 
  8. Andreza Matias, Fábio Frabini e Fausto Macedo (4 de março de 2016). «Justiça autoriza condução coercitiva de Lula e Okamotto para prestar depoimento». Estadão. Consultado em 4 de março de 2016 
  9. G1 (4 de março de 2016). «Os alvos da 24ª fase da Lava Jato». G1. Consultado em 4 de março de 2016 
  10. «Moro absolve Paulo Okamotto da acusação de lavagem de dinheiro». Agência Brasil. 12 de julho de 2017. Consultado em 28 de julho de 2020 
  11. «Aprovada quebra de sigilos de Paulo Okamoto». Diário do Nordeste. 20 de janeiro de 2006. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  12. ELIANE CANTANHÊDE (18 de setembro de 2012). «Chama o Okamoto!». Folha de S.Paulo. Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  13. Ricardo Brito (31 de outubro de 2013). «Justiça arquiva investigação contra Okamotto por suposta ameaça a Valério». Estadão. O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  14. «Paulo Okamoto, amigo do ex-presidente, diz que Lula reclamava de rouquidão». Diário de Pernambuco. 29 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  15. «Família de Lula opta pela "privacidade" no Anhambi». Poder Online. 20 de fevereiro de 2012. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  16. «Caso Rosemary Noronha». Abril. Veja. 20 de maio de 2014. Consultado em 8 de outubro de 2014 
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