Preta Pretinha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
"Preta Pretinha"
Canção de Novos Baianos
do álbum Acabou Chorare
Lançamento 1972
Gravação Estúdio Somil - 1972
Gênero(s) MPB
Duração 6:40 (versão original)
3:35 (versão alternativa)
Gravadora(s) Som Livre
Composição Luiz Galvão/Moraes Moreira
Produção Estáquio Sena
Faixas de Acabou Chorare
"Brasil Pandeiro"
(1)
"Tinindo Trincando"
(3)

"Preta Pretinha" é uma canção do grupo baiano de MPB Novos Baianos, lançada em 1972 no álbum Acabou Chorare.

Gravação[editar | editar código-fonte]

A canção foi gravada no estúdio Somil. Aparece duas vezes no disco Acabou Chorare de 1972, a primeira versão com duração de 6:40 minutos (faixa 2) e a segunda com 3:25 minutos (faixa 10). As duas versões foram lançadas pois a gravadora se preocupava com a duração da canção de quase sete minutos (a original), que poderia ser rejeitada pelas rádios, então a versão alternativa foi incluída no disco. Por fim, a versão mais tocada nas rádios foi a mais longa.

Letra[editar | editar código-fonte]

A letra foi escrita por Luiz Galvão para uma moça que havia conhecido em Niterói, numa viagem do grupo ao Rio de Janeiro.

“A jovem combinou comigo para que eu fosse a Niterói conhecer seu pai e, na volta, ela viria morar comigo no apartamento dos Novos Baianos, em Botafogo. Pegamos a barca, conheci o pai dela, mas, na volta, ela se arrependeu e voltou para o seu namorado. À noite, escrevi a letra sob o impacto desse insucesso e, na certa, o subconsciente deu uma panorâmica em todas as minhas histórias de amor
 

A inspiração para completar a canção foi de uma antiga namorada de Juazeiro.

Música[editar | editar código-fonte]

Trecho de "Preta Pretinha", o maior sucesso do disco, que conta a história real de uma frustração amorosa ocorrida com Luiz Galvão.

A melodia é composta por Moraes Moreira com arranjos de Pepeu Gomes. Possui uma harmonia simples, que torna possível de se acompanhar com apenas dois acordes. A introdução em bandolim é tocada por Pepeu Gomes, o que foi enfatizado depois por Moraes Moreira tanto na primeira quanto na segunda parte da canção.

O final contém uma insistente repetição dos versos "eu ia lhe chamar / enquanto corria a barca", com um coro e uma subida de oitava do vocalista, que torna a canção ainda mais memorável.

Repercussão[editar | editar código-fonte]

A canção foi o maior sucesso comercial dos Novos Baianos, e uma das mais tocadas do ano de 1972. Os direitos autorais da canção permitiram que o letrista Luiz Galvão adquirisse um sítio na época de lançamento da canção.

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

Ficha dada por Maria Luiza Kfouri:[2]

Reprise

Outras versões[editar | editar código-fonte]

  • Moraes Moreira regravou a canção em carreira solo;
  • Chico Science teria feito uma nova versão desta música para a coetânea que homenagearia os Novos Baianos, que nunca foi lançada; não se sabe se foi ou não gravada a versão, já que a nota que anunciava foi pouco antes da morte do ex-vocalista da Nação Zumbi;[3]
  • Márcia Castro regravou a canção em 2012;
  • Alexandre Pires fez uma versão mais rápida e eletrônica e incluiu em seu álbum Eletrosamba, de 2012.
  • Os Atuais, de Tucunduva/RS, gravaram uma versão em bandinha, incluída no CD Uma Melhor Que a Outra, de 1998.

Referências

  1. «MPB Cifratinga». Ever 
  2. Discos do Brasil - Acabou Chorare. Discografia e fichas técnicas organizadas por Maria Luiza Kfouri. Acesso: 18 de junho, 2011.
  3. Revista Showbizz (ed. 138 - ano 13 - nº 1)