Rio Jaguaribe (João Pessoa)

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Rio Jaguaribe

Rio Jaguaribe, em João Pessoa
Comprimento 21 km
Nascente Bairro Esplanada, junto à BR 230
Foz Estuário do Rio Paraíba, defronte à Ilha Stuart
País(es)  Brasil
O jacinto-d'água é a planta aquática mais comum do rio

O rio Jaguaribe é um curso d'água brasileiro que banha João Pessoa, capital do estado da Paraíba.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

«Jaguaribe» vem do termo tupi îagûarype, que significa «no rio das onças» (îagûara, onça + y, rio + pe, em).[1]

Bacia hidrográfica[editar | editar código-fonte]

Apesar de João Pessoa ter nascido às margens do rio Sanhauá, o Jaguaribe acabou se tornando o mais importante rio da cidade por ser o mais extenso rio urbano da capital paraibana.

O Jaguaribe nasce na região do bairro de Esplanada e das Três Lagoas (cruzamento das BRs 101 e 230) e percorre os bairros de Cruz das Armas, Varjão, Jaguaribe, Castelo Branco, Manaíra, Tambaú, Bessa e Miramar até desaguar no rio Paraíba.

Em virtude de estar quase que totalmente dentro de perímetro urbano, o rio sofre muito com a descarga de poluentes e lixo, embora obras de revitalização de seu curso estejam em andamento. A carga de esgotos clandestinos, contudo, continua a ser jogada em seu leito tanto nos bairros populares como nos mais nobres.[2]

Parte de seu curso adentra o Jardim Botânico de João Pessoa, uma área de proteção permanente de Mata Atlântica em pleno coração da cidade. Em 2 de junho de 2004, um decreto-lei da Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil, criou a Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, no município de Cabedelo, Paraíba, que inclui a margem direita da foz do Jaguaribe.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Anteriormente, o Jaguaribe desaguava na praia do Bessa. Contudo, obras de drenagem em 1931 mudaram seu leito a partir do Manaíra Shopping, transferindo seu caudal para o rio Mandacaru e deixando seu antigo leito estagnado, o qual é denominado atualmente «rio morto». Estudiosos afirmam que essa foi a primeira grande intervenção no rio.[4][5]

A antiga desembocadura do Jaguaribe se transformou, após o referido desvio, em uma lagoa litorânea (localmente denominada «maceió») que está constantemente poluída por descargas de esgotos do espaço urbano do entorno.[6]

Em março de 2012, a mídia fez novamente a denúncia (como o faz constantemente) de que a praia do Bessa estava imprópria para o banho no trecho de 100 metros à esquerda e à direita da foz desse maceió.

Originalmente, o Jaguaribe foi o segundo grande abastecedor da capital paraibana de água potável, daí porque se preservou o atual Jardim Botânico, que só resistiu a pressão imobiliária graças à força e ao empenho de ambientalistas locais pioneiros. A Mata do Buraquinho é a maior floresta nativa tropical do planeta dentro de uma urbe.[7]

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 579.
  2. Rio Jaguaribe sofre com poluição<Jornal O Norte[ligação inativa]>Acesso em 22 de março de 2012.
  3. Adm. do sítio web (2007). «Flona da Restinga de Cabedelo». ICMBio. Consultado em 3 de agosto de 2014 
  4. Agonia de um rio marcado para morrer<www.geociencias.ufpb.br> Acessado em 22 de março de 2012.
  5. Levantamento dos impactos ambientais na bacia do Jaguaribe e suas possíveis ações mitigatórias<www.conhecer.org.br>Acesso em 22 de março de 2012.
  6. Verbete «maceió»<Dicionário Caldas Aulete Arquivado em 6 de abril de 2012, no Wayback Machine.>Acesso em 23 de março de 2012.
  7. Paraíba tem cinco praias impróprias para banho, diz Sudema<G1 – Globo.com>Acesso em 22 de março de 2012.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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