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São Geraldo (Minas Gerais): diferenças entre revisões

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|titulo=Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1 de julho de 2011
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Revisão das 19h47min de 28 de maio de 2012

São Geraldo
  Município do Brasil  
Hino
Gentílico são-geraldense
Localização
Localização de São Geraldo em Minas Gerais
Localização de São Geraldo em Minas Gerais
Localização de São Geraldo em Minas Gerais
São Geraldo está localizado em: Brasil
São Geraldo
Localização de São Geraldo no Brasil
Mapa
Mapa de São Geraldo
Coordenadas 20° 55' 22" S 42° 50' 02" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Visconde do Rio Branco, Coimbra, Ervália, Guiricema, Paula Cândido
Distância até a capital 254 km
História
Fundação 7 de março de 1949
Administração
Prefeito(a) Walmir Rocha Lopes (PSDB)
Características geográficas
Área total [1] 187,387 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 10 263 hab.
Densidade 54,8 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 380 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,732 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 52 804,310 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 5 468,55

São Geraldo é um buraco brasileiro do estado de onde judas perdeu as botas, pertence a Mesorregião do timbuquitu e a Microrregião de Ubá. Sua população estimada em 2011 era de 104 habitantes.[5]

História

O município foi criado em 27 de dezembro de 1948, através da lei no. 336, em terras desmembradas de Visconde do Rio Branco. O núcleo original, de onde surgiu São Sebastião da Serra de São Geraldo, foi o povoado que se formou junto à Estação São Geraldo, da Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 28 de fevereiro de 1880, e que teve o seu nome como uma homenagem ao Barão de São Geraldo. Nas áreas de fronteiras da paróquia que se ergueu, e que foi instituída em 1889, formou-se roças com produtividade elevada devido à existência de matas e terras cultiváveis relativamente intocadas. Condicionados por um ambiente natural favorável à agricultura, e pela existência da estrada de ferro, os habitantes de São Geraldo voltaram-se, fundamentalmente, para uma agricultura de gêneros básicos de subsistência, milho principalmente, além do café, o que incrementou a economia e o crescimento do lugar. Rapidamente ganhou a condição de distrito, através da lei 2.975, de sete de outubro de 1882. Atualmente, o município tem 10.263 moradores, dos quais trinta por cento habitam a área rural. Sua economia, como nos seus primórdios, está centrada na agricultura, destacando-se a produção avícola como fator de alta produção. O setor industrial se compõe de pequenas unidades, destacando-se o vestuário, mobiliário, matérias plásticas, madeira e extração de minerais.

Primitivos Habitantes

Os índios Coroados (Croatos), Coropós (Cropós) e Puris, foram os primeiros habitantes destas regiões.

Povoamento de São Geraldo

Segundo o historiador Olliam José, foi ao que se deduz no decorrer do ano de 1769, que o povoamento de São Geraldo começou. Com efeito, entre as cartas de sesmarias concedidas nesta época, encontravam-se algumas abrangendo o Ribeirão de São Geraldo. Eram devassadores que margeando o ribeirão do Chopotó dos Coroados, desistiram de subir as escarpas Serras de São Geraldo, acabando por fixar residência. Outros, ao contrário, desciam a serra, fugindo da queda da cata do ouro na região de Vila Rica e Guarapiranga e ali permaneciam com suas famílias e escravos.

Os primeiros grupos de brancos apareceram depois, junto às margens dos córregos Caetê, Colônia e Quebra-Cabo, cabendo a chefia deles aos portugueses Diogo da Rocha Bastos, João Luiz Ferreira da Motta e Luiz Manoel da Rocha e aos brasileiros Francisco Antonio Pinto, Vicente Rodrigues de Carvalho, Raphael Fernandes dos Santos, Francisco Marques da Rocha e João Gonçalves.

Das fazendas surgidas, as que mais progrediam foram as da Capella, que viria a ser o primeiro maior núcleo de população da Colônia e do Quebra-Cabo.

João Luiz Ferreira da Motta foi o proprietário da Fazenda Caeté (Cuité), junto ao ponto de junção dos córregos Caeté e Colônia, formadores do rio Chopotó dos Coroados, ou simplesmente Chopotó.

Desde as primeiras fazendas que então se fundaram na Várzea, nenhuma excedeu ou se igualou a esta, conhecida desde o princípio por Fazenda da Capella, isto em razão de seu proprietário o Tenente Cel. Diogo da Rocha Bastos ter edificado em seus terreiros uma capelinha que foi consagrada de S. José. Com o passar do tempo e por necessitar de local mais espaçoso, a capela foi mudada de lugar. Vicente da Rocha, filho do fundador da Capela, foi o responsável por essa mudança para junto do cemitério, onde ficou até desaparecer por ação do tempo.

No vértice da formosa colina, sombreada por copadas árvores, existia um pequeno cemitério formado por fortes lascas de braúna e toscas cruzes de pau roliço, que foi o primeiro cemitério da região, que durante muitos anos recebeu os corpos daquele que desapareciam dentre os vivos. Inclusive os destes homens corajosos e suas famílias que deram origem a nossa história. A Capela e cemitério foram benzidos pelo Vigário Marcellino Rodrigues Ferreira.

Esse local ficava entre o Presídio e a Fazenda Caeté e abrangia área plana e de pequena elevação situada na margem direita do Rio Chopoto, à altura da atual Fazenda Capela Velha. Chegou a possuir arruamentos na parte plana, em frente a mencionada Capela.

Pouco durou no entanto esse crescimento, pois com a construção da estrada de ferro entre 1880 e 1882, os habitantes na ânsia de encontrar condições mais favoráveis ao comércio e ao escoamento da produção agrícola, se transferiram para local vizinho da Fazenda Caeté.

Os dois núcleos principais que serviram de base para o desenvolvimento de São Geraldo, foram o da Capela Velha e posteriormente o do Caeté, sendo este último contemporâneo a inauguração da Estrada de Ferro, que representou o abandono e a extinção do núcleo da Capela Velha.

A atual localização da cidade veio com a Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 1880 pelo Imperador Dom Pedro II conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, e o levantamento da respectiva estação acompanha em sua apresentação topográfica, o curso dos rios locais especialmente o Chopotó.

A abandonada área do primitivo São Geraldo, é agora cortada pela estrada de ferro e pela antiga rodovia de terra, ligando-a à atual cidade de Visconde do Rio Branco. Não apresenta sequer restos das habitações e logradouros que possuiu e que chegaram a abrigar mais de uma centena de moradores.

Origem do Nome São Geraldo

Embora adotado em 1880 para a nova estação de estrada de ferro, em homenagem ao Barão de São Geraldo (Dr. José Joaquim Alves dos Santos Silva - Secretario da Estrada de Ferro Leopoldina), o nome São Geraldo tem origem bem mais antiga, quando aplicado a localidade e a região.

Com efeito, nas sesmarias concedidas nos fins do século XVIII, já aparece o nome São Geraldo.

O nome São Geraldo, portando, possui raízes bem mais profundas, ou seja, é anterior a localidade e nasceu da veneração que os desbravadores do Presídio votavam aqueles que tomavam como protetores durante suas viagens pela região ainda inospita.

A Estrada de Ferro

Inaugurada em 28 de fevereiro de 1880, a estrada de ferro teve as obras concluídas num tempo relativamente rápido que ligava Presídio a Várzea do Presídio (hoje respectivamente Visconde do Rio Branco e São Geraldo). Na sexta-feira, 26 de abril de 1881 a nascente localidade de São Geraldo, foi visitada por Dom Pedro II e sua esposa D. Theresa Christina, acompanhados pelo Presidente da Companhia Estrada de Ferro Leopoldina que constataram a dificuldade que seria de vencer a diferença de nível de altitude entre São Geraldo e Coimbra.

Só em 1882, após cálculos feitos pelo engenheiro brasileiro Lindolpho de Abreu, traçou vitoriosamente o caminho a ser trilhado através da Serra de São Geraldo. O traçado da estrada de ferro, através da Serra de São Geraldo, é sem dúvida um dos mais importantesem matéria de engenharia. Vence a abruptuosidade dos levantamentos e estreiteza dos vales, dando ao tráfego a maior segurança possível. O sistema de aceleração e perdas, empregados por Lindolpho de Abreu em 1882, é hoje tido como conquista dos americanos e técnica em matéria aproveitável de traçado para estradas.

Foram incalculáveis os benefícios que a estrada de ferro trouxe para as cidades de Visconde do Rio Branco e São Geraldo. De pronto, houve um aumento da população e do comércio. De várias partes do estado, vieram famílias inteiras desejosas de trabalhar e enriquecer. Fazendeiros abastados adquiriram por aqui extensas áreas e deram origem a ricas fazendas de café e cereais. O volume de exportações era dos maiores, sendo notável o movimento das estações de Visconde do Rio Branco, que estavam quase sempre abarrotadas de mercadorias.

O Depósito e as Oficinas da Estrada de Ferro em São Geraldo, representariam mais tarde, outro fator de progresso para São Geraldo, pois empregavam elevado número de operários. Grande parte das casas do local, foram construídas graças a doação de lotes feito pela Companhia Leopoldina.

Emancipação

Em 1943, um movimento presidido pelo médico e industrial Dr. Oswaldo de Oliveira Duarte, tentou obter emancipação de São Geraldo. Na revisão de 31 de dezembro deste ano, porém, não conseguiram obter a tão sonhada emancipação.

Somente em 1948, renovou-se o movimento favorável à emancipação da Vila, sendo criado o Município de São Geraldo em 21 de dezembro desse ano, pelo artigo 80 da Lei estadual nº 336, instalando-se no dia 1º de janeiro de 1949.

Coube ao Dr. José Teixeira Costa Filho, professor e advogado, ser o primeiro administrador do Município de São Geraldo. Foi ele nomeado intendente pelo Governo do Estado. Com eficiência, organizou a administração do novo município, entregando-o ao primeiro Prefeito eleito.

Nas eleicões de 6 de março de 1949, elegeram-se os primeiros Vereadores, Prefeito, Vice-Prefeito, Juiz de Paz e seus suplentes. Venceram as chapas do Partido Republicano, cabendo o cargo de Prefeito ao Sr. João Vicente Ferreira Filho e o Vice-Prefeito ao Sr. Braz Tristão da Silva.

Em 2 de dezembro de 1952, feriam-se novas eleições no Município, vencendo a legenda do Partido Social Democrático. Elegeram-se o Prefeito Municipal, respectivamente Dr. Oswaldo de Oliveira Duarte e o Sr. José Francisco Teixeira. O Prefeito eleito não chegou a empossar-se, pois faleceu vítima de derrame cerebral às 22:40 horas do dia 6 de janeiro de 1953. Assim, a administração esteve sob a responsabilidade do Vice-Prefeito.

Foram prefeitos da cidade de São Geraldo

João Vicente Ferreira Filho Vice - Braz Tristão da Silva 27 de março de 1949

José Francisco Teixeira (Vice do Dr. Oswaldo) 1 de fevereiro de 1953

Joel Rabello Vice - Gervásio Martins de Lima 31 de janeiro de 1955

José Francisco Teixeira Vice - Gervásio Martins de Lima 31 de janeiro de 1959

Gervásio Martins de Lima Vice - Luíz de Souza Marcondes 31 de janeiro de 1963

João Anastácio dos Santos Vice - Luíz de Souza Marcondes 31 de janeiro de 1967

José Padovani Netto Vice - Luíz de Souza Marcondes 31 de janeiro de 1971

Adílio Cardoso Teixeira Vice - Expedito Duarte Ferreira 31 de janeiro de 1973

João dos Santos Anastácio Vice - Antonio Mottes Lanna 31 de janeiro de 1977

Fernando Antonio da Rocha Vice - Joel Rabelo 1 de fevereiro de 1983

João Batista Stampini Vice - Manoel Antonio Ferreira 1 de janeiro de 1989

Benjamim Braga Lisboa Vice - Jonas Batalha Silveira 1 de janeiro de 1993

Jorge Luiz Vice - Fernando Antonio da Rocha 1 de janeiro de 1997

Benjamim Braga Lisboa Vice - João Mesquita de Miranda 1 de janeiro de 2001

Walmir Rocha Lopes Vice - Oswaldo Henrique Marcondes 1 de janeiro de 2005

Walmir Rocha Lopes Vice - Sergio Bitencourtt 1 de janeiro de 2009

Geografia

Localiza-se na região da Mesorregião da Zona da Mata, possuindo uma área de 187,39 km². A cidade dista por rodovia 308 km da capital Belo Horizonte.

Rodovias

Relevo, hidrografia

A altitude da sede é de 380 m, possuindo como ponto culminante a altitude de 909 m na Serra de Santa Maria. O município localiza-se nas terras altas que servem de divisor de águas entre duas importantes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraíba do Sul e a bacia do rio Doce. (ALMG).

Demografia

Dados do Censo - 2010

População total: 10.263

  • Urbana: 7.270
  • Rural: 2.993
  • Homens: 5.218
  • Mulheres: 5.045

(Fonte: AMM)

Densidade demográfica (hab./km²): 55,30

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 25,2

Expectativa de vida (anos): 71,2

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,5

Taxa de alfabetização: 79,2%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,732

  • IDH-M Renda: 0,634
  • IDH-M Longevidade: 0,769
  • IDH-M Educação: 0,792

(Fonte: PNUD/2000)

Economia

A economia local baseava-se principalmente na plantação de cana e café, mas a erradicação dos cafezais, a falencia da Usina de açucar de Visconde do Rio Branco e a suspensão do tráfego da estrada de ferro trouxaram desequelibrio economico ao município. A economia vem sendo restaurada baseando-se na criação de aves,gado de corte,fabricação de móveis, produção de laticínios e extração mineral. A Economia de hoje gera em torno da fabricação de móveis tendo como destaque as empresas Rondomoveis, WW Móveis e o Grupo Bom Pastor e tambem nas confecções e fábrica de doces.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. «Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1 de julho de 2011» (PDF). IBGE. Consultado em 5 de maio de 2012 

Ligações externas

Predefinição:Microrregião Ubá