Sabá: diferenças entre revisões

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O Eterno ordenou exclusivamente aos judeus que observassem o shabat :"E os filhos de Israel guardarão o shabat" ou "O Shabat será um sinal entre Mim (O Criador) e Vós (povo judeu)". Assim sendo, os gentios (goys) estão proibidos de guardá-lo, pois se o fazem estão transgredindo a Lei, atribuindo para si o título de "filho(a) de Israel" sem de fato o ser e cometendo Avodah Zarah (idolatria), pois estão adorando ao Criador de um modo que ele não determinou. Um não-judeu que “descansar” no Shabat é passível de pena capital, a não ser que seja peregrino entre os filhos de Israel (Talmud).
O Eterno ordenou exclusivamente aos judeus que observassem o shabat :"E os filhos de Israel guardarão o shabat" ou "O Shabat será um sinal entre Mim (O Criador) e Vós (povo judeu)". Assim sendo, os gentios (goys) estão proibidos de guardá-lo, pois se o fazem estão transgredindo a Lei, atribuindo para si o título de "filho(a) de Israel" sem de fato o ser e cometendo Avodah Zarah (idolatria), pois estão adorando ao Criador de um modo que ele não determinou. Um não-judeu que “descansar” no Shabat é passível de pena capital, a não ser que seja peregrino entre os filhos de Israel (Talmud).
Para os cristãos sabatistas, a interpretação segundo a Bíblia Sagrada - constante no livro de Isaias capítulo 56 versos de 1 a 7 -, preconiza que o Sábado também é estendido aos gentios se assim eles o aceitarem: "Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos." ''(Versão João F. Almeida Revista e Atualizada).''
{{Bíblia Sagrada, Capítulo 56 versos de 1 a 7}}


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Revisão das 13h01min de 19 de fevereiro de 2012

Shabat (do hebraico שבת, shabāt; shabos ou shabes na pronúncia asquenazita, "descanso/inatividade"), também grafado como sabá (português brasileiro) ou sabat (português europeu), é o nome dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, simbolizando o sétimo dia em Gênesis, após os seis dias de Criação. Apesar de ser comumente dito ser o sábado de cada semana, é observado a partir do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado. O exato momento de início e final do shabat varia de semana para semana e de lugar para lugar, de acordo com o horário do pôr-do-sol.

O shabat é observado tanto por mandamentos positivos, como as três refeições festivas (jantar de sexta-feira, almoço de sábado e refeição de final de tarde no sábado), e restrições. As atividades proibidas no Shabat derivam de trinta e nove ações básicas (melachot, livremente traduzido como "trabalhos") que são descritas pelo Talmud a partir de fontes bíblicas.[1]

Etimologia

A palavra hebraica שבת, shabāt, tem relação com o o verbo שבת, shavāt, que significa "cessar", "parar". Apesar de ser vista quase universalmente como "descanso" ou um "período de descanso", uma tradução mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o trabalho". Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra em si. Por exemplo, a palavra em hebraico para "greve" é shevita, que vem da mesma raiz hebraica que Shabat, e tem a mesma implicação, nominalmente que trabalhadores em greve se abstêm ativamente do trabalho, ao invés de passivamente.

Algumas pessoas perguntam por que Deus precisou "descansar" no sétimo dia da Criação de acordo com Gênesis. Se o sentido da palavra é entendido como "cessação do trabalho" ao invés de "descanso", isso é mais consistente com a visão bíblica de um Deus onipotente.

Shabat é a fonte para o termo em português Sábado, e para a palavra que denomina esse dia da semana em muitas outras línguas. A palavra "sabático" - se referindo ao ano sabático na Bíblia, ou o ano que uma pessoa tira sem trabalhar, especialmente no mundo acadêmico, também vem desta raiz.

Mesa de shabat preparada para o kidush.

Fonte bíblica

O status especial do Shabat como dia sagrado aparece no Tanach:

O Shabat é introduzido com a declaração que o trabalho dos céus e da terra foram completos, e que eles permanecem perante nós em seu estado final pretendido de perfeição harmoniosa. Então Deus proclamou Seu Shabat. Essa passagem, que também é utilizada como o primeiro parágrafo do kidush de Shabat, proclama que Deus é o Criador que trouxe o universo à existência em seis dias e descansou no sétimo. A observância de Israel (o povo judeu) das leis de Shabat constituem um testemunho devoto a isso.[2]

Apesar do status sagrado do dia ser indicado em Gênesis 2:3, nenhuma obrigação surge diretamente desse status. O verdadeiro mandamento para observar o Shabat é mencionado diversas vezes no Tanach, todos eles surgem após o Êxodo do Egito. O primeiro mandamento relacionado ao Shabat é o quarto dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-10 e Deuteronômio 5:12-14).

Status como dia sagrado

O Tanach e o sidur (livro judaico de rezas) descrevem o shabat como tendo três propósitos:

  1. Uma comemoração da redenção da escravidão dos israelitas do antigo Egito;
  2. Uma comemoração das criações do universo de Deus;
  3. Uma pequena experiência do mundo na Era Messiânica.

Definição

No Tanakh, a ordem de um dia de descanso é dada diretamente por Deus, após os seis dias de criação:

"Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou D-us o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que D-us criara e fizera". [3]

Sua observância é considerada de extrema importância, aparecendo como o quarto dos Dez Mandamentos.

"Lembra-te do dia de Shabat, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat do SENHOR teu D-us; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o S-NHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do Shabat, e o santificou".[4][5]

A tradição judaica acredita que um dia inicie com o pôr-do-sol e termine com o pôr-do-sol seguinte, pelo que o shabat se inicia com o pôr-do-sol da sexta-feira comum e termina com o pôr-do-sol do sábado comum.

Em algumas ocasiões a palavra Shabat refere-se a lei de Shemitá, a feriados judaicos ou a uma semana de dias, dependendo do contexto mas sempre associado a um período de cessação de trabalho.

Atividades proibidas no Shabat

Ver artigo principal: atividades proibidas no Shabat

Segundo o Talmude (Mishná Shabat 7,2), são 39 as atividades que são proibidas de se fazer durante todo o Shabat. Excepcionalmente, contudo, em caso de risco de morte, quaisquer das proibições podem ser deixadas de lado, eis que o valor mais caro ao judaísmo é a vida. Dizem os sábios que tais tarefas foram aquelas realizadas durante a construção do Tabernáculo.

Shabatot especiais

Os Shabatot especiais são associados com festas judaicas importantes que eles precedem. Por exemplo, Shabat HaGadol, que é o Shabat antes de Pessach, Shabat Zachor que é o Shabat antes de Purim, e Shabat Teshuvá que é o Shabat antes de Yom Kipur.

Restrições aos gentios

O Eterno ordenou exclusivamente aos judeus que observassem o shabat :"E os filhos de Israel guardarão o shabat" ou "O Shabat será um sinal entre Mim (O Criador) e Vós (povo judeu)". Assim sendo, os gentios (goys) estão proibidos de guardá-lo, pois se o fazem estão transgredindo a Lei, atribuindo para si o título de "filho(a) de Israel" sem de fato o ser e cometendo Avodah Zarah (idolatria), pois estão adorando ao Criador de um modo que ele não determinou. Um não-judeu que “descansar” no Shabat é passível de pena capital, a não ser que seja peregrino entre os filhos de Israel (Talmud). Para os cristãos sabatistas, a interpretação segundo a Bíblia Sagrada - constante no livro de Isaias capítulo 56 versos de 1 a 7 -, preconiza que o Sábado também é estendido aos gentios se assim eles o aceitarem: "Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos." (Versão João F. Almeida Revista e Atualizada).

Predefinição:Bíblia Sagrada, Capítulo 56 versos de 1 a 7

Ver também

Ligações externas

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  1. Talmud Babilônico - Tratado Shabat Cap. 7, 2a mishná pg. 83a
  2. The Tanach - Volume I: The Torah - The Artscroll Series / Stone Edition. Mesorah Publications, 2001. Brooklyn, N.Y.
  3. Wikisource Gênesis 2:1-3
  4. Wikisource Êxodo 20:8-11
  5. Wikisource Deuteronômio 5:12-15