Sporting Foot-Ball Club

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O Sporting Foot-Ball Club foi um clube de futebol brasileiro da cidade de Belém, capital do estado do Pará.

Origens[editar | editar código-fonte]

A equipe foi inicialmente fundada como "Bola Clube". Também é referida como "Sporting Clube do Pará". Foi criada no ano de 1969 por membros da comunidade portuguesa em Belém descontentes com os rumos da Tuna Luso Brasileira.[1] A Tuna havia conquistado mais de um terço dos campeonatos paraenses travados entre 1938 e 1958, mas passava àquela altura jejum de onze anos.[carece de fontes?] O nome Sporting foi inspirado no Sporting Clube de Portugal, com a equipe paraense também reproduzindo o mesmo uniforme do clube europeu.[1]

Campanhas[editar | editar código-fonte]

Estreou no Campeonato Paraense de Futebol de 1970, ainda com um elenco amador em um torneio profissional.[1] Justamente naquela edição, a Tuna, após jejum que já era de doze anos, voltou a ser campeã. Nos jogos entre os dois clubes lusitanos naquele campeonato, ambos no estádio Evandro Almeida, a Tuna ganhou por 3-0 e 1-0.[2]

O Sporting seguiu tomando parte nas edições seguintes, tendo estes resultados contra os campeões: derrota de 3-1 e 2-1 para o Paysandu em 1971;[3] derrotas de 2-1, 1-0 e empate em 0-0 com o Paysandu em 1972;[4] derrota de 4-0 e empate em 1-1 com o Remo em 1973 - com o empate, com um jogador a menos e em pleno estádio do oponente, provocando a saída do técnico remista Wilson Santos a duas partidas do fim, apesar do título, já sob o substituto Aloísio Brasil, vir de forma invicta;[5] empate de 0-0 e derrotas de 3-0 e 1-0 para o Remo em 1974, com as duas últimas partidas sendo em rodadas duplas justamente com jogos entre os respectivos "rivais" Tuna e Paysandu;[6] derrotas de 7-0 e 4-0 para o Remo em 1975;[7] e derrota de 1-0 para o Paysandu em 1976.[8]

No torneio de 1977, o Sporting já não tomou parte da competição.[9] O último torneio disputado, em 1976, foi justamente a primeira edição com times para além dos arredores da capital Belém, com representantes das cidades de Marabá e Santarém, acarretando em necessidade de viagens a estas cidades.[8]

Jogadores destacados[editar | editar código-fonte]

Talvez o mais célebre jogador a passar pelo clube foi o goleiro Edson Cimento, eleito o melhor do país em 1977, quando recebeu a Bola de Prata da revista Placar por seu desempenho no Brasileirão daquele ano. Edson foi descoberto após destacar-se ainda adolescente pela seleção de sua cidade natal de Capanema no Torneio Intermunicipal de 1970,[10] conquistado pela primeira vez por ela,[11] e de forma invicta, com os jogos finais realizando-se na capital estadual.[10] Foi Edson o goleiro do Sporting nos três jogos de resultados apertados contra o campeão Paysandu em 1972.[4] No torneio seguinte, em 1973, ele já era jogador justamente da Tuna,[5] cujos dirigentes o adquiriram por cinco mil cruzeiros,[10] embora o Sporting fosse semiamador.[1] O goleiro, a ter seu passe vinculado à Tuna até 1982, viraria um dos maiores ídolos deste clube, assim como um dos maiores de sua posição no futebol paraense.[10]

Referências

  1. a b c d CALANDRINI, Moacir (30 jul. 1971). O Remo tem que derrotar o Sporting. Placar n. 72. São Paulo: Editora Abril, pp. 38-39
  2. DA COSTA, Ferreira (2013). 1970 - Time "prata-da-casa" deu à Tuna mais um campeonato, após 12 anos. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 160-162
  3. DA COSTA, Ferreira (2013). 1971 - Papão perdia de 2 a 0, virou o placar e festejou ruidosamente o título. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 163-166
  4. a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1972 - Apagaram as luzes do Baenão, surrupiaram a rede, mas o Papão garantiu o bicampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 167-170
  5. a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1973 - Com Aloísio Brasil, Remo abriu caminho para mais um tricampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 171-173
  6. DA COSTA, Ferreira (2013). 1974 - Remo importa Paulinho de Almeida, que comanda a conquista do bicampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 174-178
  7. DA COSTA, Ferreira (2013). 1975 - Sob a direção de Paulo Amaral, Remo chega fácil ao tricampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 179-183
  8. a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1976 - Campeonato ganha status de Estadual e o Papão se sagra campeão invicto. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 184-187
  9. DA COSTA, Ferreira (2013). 1977 - Clube do Remo é campeão com somente uma derrota em 23 partidas. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 188-193
  10. a b c d DA COSTA, Ferreira (2014). Édson Cimento - Uma muralha no gol. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 128-130
  11. DA COSTA, Ferreira (2014). Campeões do Intermunicipal. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 332-334
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