Surfe: diferenças entre revisões
Linha 21: | Linha 21: | ||
[[Ficheiro:000 Surfe Brasileiro.jpg|thumb|right|[[Picuruta Salazar]] e jovens estudantes de surfe em [[Santos]], onde o esporte começou no país.]] |
[[Ficheiro:000 Surfe Brasileiro.jpg|thumb|right|[[Picuruta Salazar]] e jovens estudantes de surfe em [[Santos]], onde o esporte começou no país.]] |
||
No [[Brasil]], as primeiras [[prancha]]s, então chamadas de "tábuas havaianas", chegaram pelas mãos de [[turista]]s e [[funcionário]]s de companhias aéreas. Sabe-se que, no Brasil, o esporte foi desenvolvido e começado em [[Santos]], <ref>''A Tribuna'', "1º Santos Festival conta história do surf", 20/1/2005.</ref><ref>[http://www.gosurf.com.br/colunas/fornari/index.php?secao=modulos/materia&mat_id=5552 www.gosurf.com.br]</ref> com nomes como [[Thomas Rittscher Júnior]], [[Margot Rittscher]], [[Osmar Gonçalves]] e [[João Roberto Suplicy Hafers]].<ref>Bastos, 2005. </ref> Gonçalves era filho de um exportador de [[Cafeeiro|café]] bem-sucedido, que lhe trouxe dos [[Estados Unidos|E.U.A.]] uma revista chamada ''Popular Mechanic''. Um dos artigos ensinava como fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos [[João Roberto Suplicy Haffers]] e [[Júlio Putz]] entre [[Dezembro]] de [[1938]] e [[Janeiro]] de [[1939]]. A prancha tinha 3,60 [[metro]]s e pesava oitenta [[quilo|kg]]. |
No [[Brasil]], as primeiras [[prancha]]s, então chamadas de "tábuas havaianas", chegaram pelas mãos de [[turista]]s e [[funcionário]]s de companhias aéreas. Sabe-se que, no Brasil, o esporte foi desenvolvido e começado em [[Santos]], <ref>''A Tribuna'', "1º Santos Festival conta história do surf", 20/1/2005.</ref><ref>[http://www.gosurf.com.br/colunas/fornari/index.php?secao=modulos/materia&mat_id=5552 www.gosurf.com.br]</ref> com nomes como [[Thomas Rittscher Júnior]], [[Margot Rittscher]], [[Osmar Gonçalves]] e [[João Roberto Suplicy Hafers]].<ref>Bastos, 2005. </ref> Gonçalves era filho de um exportador de [[Cafeeiro|café]] bem-sucedido, que lhe trouxe dos [[Estados Unidos|E.U.A.]] uma revista chamada ''Popular Mechanic''. Um dos artigos ensinava como fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos [[João Roberto Suplicy Haffers]] e [[Júlio Putz]] entre [[Dezembro]] de [[1938]] e [[Janeiro]] de [[1939]]. A prancha tinha 3,60 [[metro]]s e pesava oitenta [[quilo|kg]]. |
||
Em [[1952]], um grupo de [[Rio de Janeiro (cidade)|cariocas]], liderado por [[Paulo Preguiça]], [[Jorge Paulo Lehman]] e [[Irencyr Beltrão]], começou a descer as [[onda]]s em [[Copacabana]], com pranchas de [[madeirite]]. O [[esporte]] começava a popularizar-se. As primeiras [[prancha]]s de [[fibra]] de [[vidro]], importadas da [[Califórnia]], só chegaram ao [[Brasil]] em [[1964]]. |
Em [[1952]], um grupo de [[Rio de Janeiro (cidade)|cariocas]], liderado por [[Paulo Preguiça]], [[Jorge Paulo Lehman]] e [[Irencyr Beltrão]], começou a descer as [[onda]]s em [[Copacabana]], com pranchas de [[madeirite]]. O [[esporte]] começava a popularizar-se. As primeiras [[prancha]]s de [[fibra]] de [[vidro]], importadas da [[Califórnia]], só chegaram ao [[Brasil]] em [[1964]]. |
||
Linha 30: | Linha 29: | ||
Pode-se também conferir os mapas e gráficos de [[previsão]] de ondas, para se programar uma viagem para a prática do surfe, garantindo assim que a viagem seja proveitosa. Este recurso só foi possível com o advento da internet, no final do século 20, antes disso, os surfistas faziam as suas viagens para surfar frequentemente sem saber como estavam as condições do mar, muitas vezes se deparando com condições adversas à prática do surfe. Outras vezes os surfistas permaneciam por longos períodos nas praias de surfe, para poder assim esperar pelas condições favoráveis à prática do surfe, desta forma porém, muitas vezes não podiam realizar outras atividades, como trabalhar ou estudar, assim o surfista tinha a sua imagem muitas vezes associada a de um desocupado, ou vagabundo. |
Pode-se também conferir os mapas e gráficos de [[previsão]] de ondas, para se programar uma viagem para a prática do surfe, garantindo assim que a viagem seja proveitosa. Este recurso só foi possível com o advento da internet, no final do século 20, antes disso, os surfistas faziam as suas viagens para surfar frequentemente sem saber como estavam as condições do mar, muitas vezes se deparando com condições adversas à prática do surfe. Outras vezes os surfistas permaneciam por longos períodos nas praias de surfe, para poder assim esperar pelas condições favoráveis à prática do surfe, desta forma porém, muitas vezes não podiam realizar outras atividades, como trabalhar ou estudar, assim o surfista tinha a sua imagem muitas vezes associada a de um desocupado, ou vagabundo. |
||
Com o advento da previsão das ondas, abriu-se um novo horizonte para a prática do esporte, fazendo com que o surfista pudesse programar a sua vida, tornando assim a sua viagem muito mais proveitosa, podendo realizar outras atividades úteis durante o período de espera das ondas, com o tempo a associação da prática do surfe com a vagabundagem foi desaparecendo. |
Com o advento da previsão das ondas, abriu-se um novo horizonte para a prática do esporte, fazendo com que o surfista pudesse programar a sua vida, tornando assim a sua viagem muito mais proveitosa, podendo realizar outras atividades úteis durante o período de espera das ondas, com o tempo a associação da prática do surfe com a vagabundagem foi desaparecendo. miss rata ganhou o torneio de hawai cacauetes ao mostrar a sua pequena aberraçao... com este feito deixou os juris boquiabertos e eliminou logo suas adversarias! .l. .l. |
||
Revisão das 12h25min de 18 de março de 2011
Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d2/Oahu_North_Shore_surfing_hand_drag.jpg/250px-Oahu_North_Shore_surfing_hand_drag.jpg)
O surfe ou surf (do inglês surf) é uma prática desportiva marítimo, frequentemente considerada parte do grupo de atividades denominadas desportos radicais, dado o seu aspecto criativo, cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados ao acompanhar o movimento de uma onda do mar sobre uma prancha, denominada prancha de surfe, à medida que esta onda se desloca em direção à praia.
História
Não se sabe exatamente em que momento se deu a origem do surfe, sabe-se porém que esta prática de deslizar sobre as ondas há muito tempo já era praticada pelos povos polinésios, eles que povoaram praticamente todas as ilhas do oceano pacífico, além do litoral pacífico das américas. Os primeiros relatos do surfe dizem que este foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahíto. Outros relatos dão conta de que muito antes dos havaianos, antigos povos peruanos já se utilizavam de uma espécie de canoa, confeccionada de junco, para deslizar sobre as ondas. O primeiro relato concreto da existência do esporte foi feito pelo navegador James Cook, que descobriu o arquipélago do Havaí e viu os primeiros surfistas em ação. Utilizavam-se inicialmente pranchas de madeira confeccionadas para deslizar nas ondas, as pranchas eram fabricadas pelos próprios usuários que acreditava-se que ao fábricar sua própria prancha se transmitia todas as energias positivas nela e ao praticar o "esporte" se libertava das energias negativas, porem os primeiros praticantes desse esporte acreditavam que sua pratica seria na verdade um culto ao espírito do mar em sua cultura original.
Na época, o navegador gostou do esporte por se tratar de uma forma de relaxamento, mas as igrejas protestantes desestimularam por mais de cem anos a prática de surfe.
O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do surfe moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912, em Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do esporte no mundo. Com isso o arquipélago e os esportes passaram a ser reconhecidos internacionalmente.
Na década de 1950 o esporte popularizou-se na costa oeste dos E.U.A., tornando-se uma mania entre os jovens, principalmente nas praias do estado da Califórnia. Durante as décadas de 70 e 80 o esporte espalhou-se por todo o mundo, dando início ao profissionalismo e campeonatos tendo dinheiro como prêmio.
A Austrália é o país com o maior número de campeões mundiais. A organização do campeonato mundial é responsabilidade da ASP Associação de Surfistas Profissionais.
O atual campeão mundial é o norte-americano Kelly Slater, que soma 10 campeonatos e é o surfista com mais títulos do circuito mundial.
No Brasil
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4c/000_Surfe_Brasileiro.jpg/220px-000_Surfe_Brasileiro.jpg)
No Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de "tábuas havaianas", chegaram pelas mãos de turistas e funcionários de companhias aéreas. Sabe-se que, no Brasil, o esporte foi desenvolvido e começado em Santos, [1][2] com nomes como Thomas Rittscher Júnior, Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Hafers.[3] Gonçalves era filho de um exportador de café bem-sucedido, que lhe trouxe dos E.U.A. uma revista chamada Popular Mechanic. Um dos artigos ensinava como fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers e Júlio Putz entre Dezembro de 1938 e Janeiro de 1939. A prancha tinha 3,60 metros e pesava oitenta kg. Em 1952, um grupo de cariocas, liderado por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, começou a descer as ondas em Copacabana, com pranchas de madeirite. O esporte começava a popularizar-se. As primeiras pranchas de fibra de vidro, importadas da Califórnia, só chegaram ao Brasil em 1964.
Em 15 de Julho de 1965, foi fundada a primeira entidade de surfe do país - a Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro. Esta organizou o primeiro campeonato em Outubro daquele ano. No entanto, o surfe só seria reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos em 1988. Em 1989, o shaper carioca Henry Lelot e amigos, fundaram a Feserj - Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro - na época, a segunda Federação de Surfe do país. Atualmente, a entidades responsáveis pela organização no esporte no país são a Confederação Brasileira de Surfe (CBS) - filiada ao COB e há anos presidida pelo paranaense Juca de Barros, e a Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP), sendo que o campeonato nacional denominado circuito SuperSurfe.
Muitos recursos são utilizados para saber como estão as ondas, especialmente a internet , onde o surfista pode conferir ao vivo, através de sites especializados, as ondas de todo o litoral brasileiro e mesmo do exterior, através das câmeras nas praias.
Pode-se também conferir os mapas e gráficos de previsão de ondas, para se programar uma viagem para a prática do surfe, garantindo assim que a viagem seja proveitosa. Este recurso só foi possível com o advento da internet, no final do século 20, antes disso, os surfistas faziam as suas viagens para surfar frequentemente sem saber como estavam as condições do mar, muitas vezes se deparando com condições adversas à prática do surfe. Outras vezes os surfistas permaneciam por longos períodos nas praias de surfe, para poder assim esperar pelas condições favoráveis à prática do surfe, desta forma porém, muitas vezes não podiam realizar outras atividades, como trabalhar ou estudar, assim o surfista tinha a sua imagem muitas vezes associada a de um desocupado, ou vagabundo.
Com o advento da previsão das ondas, abriu-se um novo horizonte para a prática do esporte, fazendo com que o surfista pudesse programar a sua vida, tornando assim a sua viagem muito mais proveitosa, podendo realizar outras atividades úteis durante o período de espera das ondas, com o tempo a associação da prática do surfe com a vagabundagem foi desaparecendo. miss rata ganhou o torneio de hawai cacauetes ao mostrar a sua pequena aberraçao... com este feito deixou os juris boquiabertos e eliminou logo suas adversarias! .l. .l.
Campeonatos
Campeões brasileiros de surfe masculino
Campeãs brasileiras de surfe feminino
Campeões brasileiros
Desde a criação e organização do primeiro campeonato nacional em 1987 para os homens, em 1999 para as mulheres.
- Masculino
- tricampeão: Peterson Rosa (1994, 1999 e 2000)
- bicampeão: Jojó de Olivença (1988 e 1992)
- bicampeão: Tinguinha Lima (1990 e 1993)
- bicampeão: Ricardo Toledo (1991 e 1995)
- bicampeão: Fábio Gouveia (1998 e 2005)
- bicampeão: Leonardo Neves (2002 e 2003)
- bicampeão: Renato Galvão (2004 e 2007)
- Feminino
- tetracampeã: Andrea Lopes (1999, 2001, 2002 e 2006)
- tetracampeã: Tita Tavares (2000, 2003, 2007 e 2008)
- bicampeã: Silvana Lima (2004 e 2005)
Campeões mundiais (ASP)
Órgãos do desporto/esporte
Ver também
Referências
- ↑ A Tribuna, "1º Santos Festival conta história do surf", 20/1/2005.
- ↑ www.gosurf.com.br
- ↑ Bastos, 2005.
Ligações externas
- «História do surfe»
- «Surfe no Brasil»
- «A origem do surf»
- «ACES - Associação Catarinense das Escolas de Surf»
- «FESERJ - Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro»
- «Surfguru - Previsão de ondas e vento para a prática do surfe no Brasil e no Mundo.»
- «SURFPortugal Magazine»
- «Surfers Oracle - Site com previsão da onda perfeita - Portugal»