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Teodósio II, Duque de Bragança

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 Nota: Se procura outros indivíduos com o mesmo nome, veja Teodósio (desambiguação).
Teodósio II de Bragança
Duque de Bragança
Teodósio II, Duque de Bragança
Nascimento 28 de abril de 1568
  Paço Ducal de Vila Viçosa, Vila Viçosa, Évora, Portugal
Morte 29 de novembro de 1630 (62 anos)
  Paço Ducal de Vila Viçosa, Vila Viçosa, Évora, Portugal
Sepultado em Panteão dos Duques de Bragança, Convento dos Agostinhos, Vila Viçosa, Évora, Portugal
Nome completo Teodósio de Bragança
Cônjuge Ana de Velasco e Girón
Descendência João IV de Portugal
Duarte de Bragança
Catarina de Bragança
Alexandre de Bragança
Casa Bragança
Pai João I, Duque de Bragança
Mãe Catarina de Portugal

D. Teodósio II de Bragança (Vila Viçosa, 28 de abril de 1568 - Vila Viçosa, 29 de novembro de 1630) foi o 7.° Duque de Bragança. Era filho do Duque João I e da Infanta D.Catarina, neta do rei Manuel I.

Ainda criança, Teodósio foi trazido para a corte e feito pajem do rei Sebastião de Portugal, que o fez Duque de Barcelos, por carta de 5 de Agosto de 1572. O rei estimava o pequeno Bragança e em 1578 insistiu na sua companhia durante a expedição ao Norte de África contra o rei de Marrocos.

Teodósio II de Bragança (Paço Ducal de Vila Viçosa)

Teodósio permaneceu junto do rei na batalha de Alcácer-Quibir até a situação se tornar grave e o rei ordenar a retirada da criança para a segurança da retaguarda. Teodósio não ficou satisfeito e fugiu à primeira oportunidade, apanhando um cavalo e lançando-se a galope em direcção à linha de combate. Como muitos outros homens, acabou por ser ferido e feito prisioneiro pelos marroquinos.

O Duque seu pai ficou estarrecido com os eventos e ofereceu uma fortuna pelo resgate do seu filho, chegando a pedir a Filipe II de Espanha para intervir em seu favor. Não seria necessário tanto alarme. O rei de Marrocos tinha ficado impressionado com a bravura do pequeno Teodósio e deixou-o regressar a casa em Agosto de 1579, via Espanha.

Em 1580, por morte do Cardeal-Rei Henrique de Portugal, o jovem Teodósio parecia ser o aspirante ao trono português com mais hipóteses de herdar o trono. Talvez por isso mesmo, Filipe II só permitiu o regresso de Teodósio ao país, depois de ver assegurada a sua posição como rei. Esteve retido amigavelmente em casa do duque de Medina-Sidónia. Regressando depois a Vila Viçosa em 1580, quando Filipe II de Espanha subiu ao trono de Portugal (tornando-se no rei Filipe I de Portugal). Em 1582 o Rei nomeou-o 13º Condestável de Portugal.

Teodósio tornou-se Duque de Bragança em 1583, por morte de seu pai, e cresceu para se tornar num fiel servidor dos reis espanhóis de Portugal. No início a sua mãe, D. Catarina, assumiu a chefia da Casa de Bragança, devido à tenra idade do filho. Filipe I de Portugal tinha entretanto proposto casamento a D. Catarina, que esta não aceitou.

O motivo principal para esta recusa foi talvez o de preservar o direito que D. Teodósio tinha à coroa portuguesa, pois se este casamento se realizasse era sinal de que a Casa de Bragança aceitava o facto de Filipe II de Espanha ter sido aclamado rei de Portugal. Foi nomeado pela segurança do reino e defendeu Lisboa dos ataques de outros pretendentes incluindo António I, Prior do Crato, que tinha a ajuda do corsário inglês Francis Drake.

Descendência

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Em 1593 procurou casar com uma filha de Carlos de Áustria, duque de Estíria e Carníola, mas o projecto falhou porque Filipe I de Portugal pretendia casar o seu herdeiro com uma princesa dessa casa e não pretendia que o duque fosse seu cunhado.[1]

Em 1598 surgiu a ideia de casar com Maria de Médicis, mas a potencial noiva casou com Henrique IV de França.[1]

Finalmente e por sugestão de Filipe II de Portugal,[1] casou, em 1603, com Dona Ana de Velasco y Girón (1585-1607), filha de Juan Fernández de Velasco y Tovar (c.1550-1613), 5º duque de Frías, 4º marquês de Berlanga, 7º conde de Haro, 6º condestável de Castela, governador do Milanesado y presidente do Conselho de Itália, e de María Girón de Guzmán, com quem teve:

Precedido por
D. João I

Duque de Bragança

1583 - 1630
Sucedido por
D. João II

Referências

  1. a b c CUNHA, Mafalda Soares da (1998). «Estratégias de distinção e poder social: a Casa de Bragança (1496-1640)» (PDF). Revista de História das Ideias, "A Cultura da Nobreza", Vol. 19. Consultado em 3 de setembro de 2022 
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