Un pays qui se tient sage

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Un pays qui se tient sage
No Brasil Um País Que Sabe Se Comportar
 França
2020 •  cor •  86 min 
Gênero documentário
Direção David Dufresne
Produção Florent Mangeot
Diretor de fotografia Edmond Carrère
Sonoplastia Clément Tijou, Théo Serror e Laure Arto
Edição Florent Mangeot
Lançamento
Idioma francês

Un pays qui se tient sage (bra: Um País Que Sabe Se Comportar[3]) é um documentário francês dirigido por David Dufresne, lançado em 18 de setembro de 2020 durante o Festival de Cinema de Nova Iorque.[4][1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

O filme questiona o controle policial enquanto ocorrem protestos na França, bem como o preceito da legitimidade do uso da violência pelo Estado, especialmente a brutalidade policial no país.[5][6][7] A partir dessa discussão, o documentário retrata confrontos entre a polícia e os manifestantes durante o movimento dos coletes amarelos, crise popular durante o governo do presidente francês Emmanuel Macron.[8][9]

O diretor David Dufresne, utiliza imagens de manifestantes e jornalistas independentes com material filmado entre novembro de 2018 a fevereiro de 2020. As imagens são discutidas em uma série de diálogos entre representantes de movimentos sociais, intelectuais e policiais.[10] Durante as discussões são citados teóricos como Hannah Arendt, Leon Trostky, Nicolau Maquiavel, Michel Foucault, dentre outros importantes pensadores e intelectuais que pensaram a questão da violência e do papel do Estado sobre ela, trazendo um embasamento maior para discussão.[11]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Durante o documentário, os debatedores são questionados sobre as imagens que veem. O espectador não conhecerá a qualidade do convidado até o final da sessão. Os envolvidos são:[10][12]

  • Gwendal Leroy, motorista de empilhadeira
  • Patrice Philippe, caminhoneiro
  • Michel Forst, Relator Especial das Nações Unidas (ONU)
  • Bertrand Cavallier, Gendarmaria
  • Mathilde Larrère, historiadora
  • Patrice Ribeiro, secretário geral Sinergia-oficiais
  • Anthony Caillé, secretário nacional do interior da Confederação Geral do Trabalho (CGT)
  • Benoit Barret, Secretário Nacional de Polícia da Aliança
  • William Bourdon, advogado
  • Mélanie N'goyé-Gaham, assistente social
  • Vanessa Langard, decoradora
  • Manon Retourné, mãe dona de casa
  • Sébastien Maillet, encanador
  • Rachida Sriti, psicoterapeuta
  • Myriam Ayad, dona de casa
  • Romain Huët, etnógrafo
  • Ludivine Bantigny, historiadora especializada em maio de 68
  • Vanessa Codaccioni, historiadora e professora de ciências políticas
  • Fabien Jobard, sociólogo, diretor de pesquisa do Centre national de la recherche scientifique (CNRS)
  • Sebastian Roché, Doutor em Ciência Política e Criminologista
  • Monique Chemillier-Gendreau, jurista e professora de direito público
  • Alain Damásio, escritor
  • Taha Bouhafs, jornalista
  • Arié Alimi, advogado e membro da Liga dos direitos do homem (LDH)

Ao final do documentário, a equipe especificou todos os convites que foram enviados e as pessoas ou instituições que não deram seguimento:

  • Ministério Público de Paris
  • Diretor Geral da Polícia Nacional
  • Central de gestão CRS
  • Direção Central de Segurança Pública
  • Inspeção Geral da Polícia Nacional
  • Sede da polícia parisiense

Recepção da crítica[editar | editar código-fonte]

Fabien Lemercier, para o Cineuropa, elogiou o filme e acrescentou que: "é um sortimento diversificado [de entrevistados] que confere ao filme vários níveis. Essa abordagem convincente, intelectual, mas nunca maniqueísta, é ainda sustentada por um poderoso componente emocional."[13]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmios e indicações de "Un pays qui se tient sage"
Ano Premiação Categoria Recipiente(s) Resultado Ref.
2020 Quinzena dos Realizadores Melhor documentário Un pays qui se tient sage Indicado [14]
2021 Prêmio Lumière Lumière de melhor documentário Vencedor [15]
Prêmio César Melhor documentário Indicado [7]
2022 My French Film Festival Prêmio da imprensa internacional Vencedor [16]
Prêmio do Júri Vencedor

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ a b Scott, A. O.; Dargis, Manohla (17 de setembro de 2020). «10 Great Movies at the New York Film Festival You Can (Mostly) See Online». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  2. ↑ «Un pays qui se tient sage, un film de David Dufresne». jour2fête (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  3. ↑ Agusto, Guilherme (18 de janeiro de 2022). «Festival on-line exibe gratuitamente filmes franceses lançados recentemente». Estado de Minas. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  4. ↑ Un pays qui se tient sage (em francês), AlloCine, consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  5. ↑ Mandelbaum, Jacques (30 de setembro de 2020). «« Un pays qui se tient sage » : une radiographie des violences policières». Le Monde (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  6. ↑ Person, Philippe (1 de outubro de 2020). «Un pays qui se tient sage». Le Monde diplomatique (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  7. ↑ a b The Monopoly of Violence, MUBI, consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  8. ↑ Horton, Ollia (20 de fevereiro de 2022). «Documentary on police violence crowned twice at French film festival». RFI (em inglês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  9. ↑ Chamorel, Patrick (2019). «Macron Versus the Yellow Vests». Journal of Democracy (4): 48–62. ISSN 1086-3214. doi:10.1353/jod.2019.0068. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  10. ↑ a b Marlier, Fanny (21 de setembro de 2020). «David Dufresne : "Ces images au téléphone portable, c'est l'histoire"». Les Inrocks (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  11. ↑ Lemercier, Fabien (29 de setembro de 2020). «David Dufresne • Director of The Monopoly of Violence». Cineuropa - the best of european cinema (em inglês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  12. ↑ Jasmin, Pierre (1 de setembro de 2021). «Un pays qui se tient sage». L'aut’journal. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  13. ↑ Lemercier, Fabien (15 de setembro de 2020). «Review: The Monopoly of Violence». Cineuropa - the best of european cinema (em inglês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  14. ↑ Lemercier, Fabien (8 de julho de 2020). «Trois titres soutenus par la Quinzaine des Réalisateurs». Cineuropa - le meilleur du cinéma européen (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  15. ↑ «Découvrez le palmarès 2021». Académie des lumières (em francês). Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  16. ↑ «Um país que sabe se comportar (2020)». MyFrenchFilmFestival. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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