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A Paróquia Imaculado coração de Maria foi a primeira catedral de São Paulo, construída entre 1897 e 1899, em função da demolição da Capela Beato José de Anchieta[1], no Pátio do Colégio que, em 13 de março de 1896 havia sofrido um desabamento em decorrência de uma forte chuva.[2] Próxima ao Centro, no bairro Vila Buarque vizinho ao bairro Higienópolis, a Paróquia está em reforma desde 1993.[3]
Arquitetura e Pintura[editar | editar código-fonte]
O projeto de construção ficou aos cuidados do renomado escultor e arquiteto Tiziano Zuchetta[4]. Sua planta possui formato de uma cruz latina com duas capelas laterais em forma de alvéolos que representam os braços, e uma nave maior que representa a haste da cruz. O interior da igreja é amplo e alto e com pouca iluminação tipico da Arquitetura Gótica[5]. [3]
Sua pintura foi realizada entre 1927 e 1934[6]. Ela segue estilo Lombardo, clássico e romano eclético com outras influências. Em alguns lugares, depois de ter decupado duas camadas de pinturas, foi descoberta uma pintura original na Capela Claret, de autoria não identificada e que foge totalmente das outras pinturas das demais capelas. A família claretiana é ressaltada pela temática, bem como o carisma congregacional, tendo como centro de tudo a eucaristia[7], elemento fundamental da espiritualidade claretiana.[3]
A Paróquia Imaculado Coração de Maria possui qualidade excepcional de preservação das pinturas internas desenvolvidas por Arnaldo Mecozzi e Vicente Mecozzi, entre 1929 e 1935.[8]
História[editar | editar código-fonte]
Os Claretianos vieram em sua maior parte da Espanha, e alguns grupos que chegaram a São Paulo se instalaram na região do Largo São Francisco por volta de 1895. Hospedaram-se provisoriamente na igreja da Ordem Terceira Franciscana e após dois anos houve a inauguração da "Casa-mãe", termo utilizado a principio para indicar a Paróquia.[3]
Devido à demolição da Capela Beato José de Anchieta no Pátio do Colégio, o Governo do Estado e doações de religiosos como Jorge de Lima, José Estanislau do Amaral, Marquesa de Itú, Baronesa de Tatuí, Baronesa do Jaraguá, D. Veridiana Prado e Eng. Prudente de Morais, contribuíram para a construção do Santuário e em 31 de maio 1965, o santuário foi elevado a categoria de Paróquia.[6][3]
A Paróquia foi aberta ao público em 1899.[3]
Foi a primeira igreja a utilizar a tecnologia de acionamento Wi-Fi.[9]
"Digna também de especial registro histórico foi a atuação dos Missionários Claretianos em prol da população paulistana, quando a sua Casa-mãe foi transformada em hospital da cidade para acolher e tratar, tanto as vítimas da gripe espanhola, que grassou na cidade nos idos de 1918, tendo inclusive, nesse mesmo ano, vitimado três religiosos claretianos: o Padre Francisco Pérez, Ochoa, superior da residência, o Irmão Bernardo Alamán, organista do Santuario, e o Padre José Bengoechea Orciti, quanto os feridos da Revolução de 1924. Ainda no tocante ao setor saúde, cumpre ressaltar que, devido à proximidade com a Casa-mãe dos Missioários Claretianos, a Santa Casa de misericórdia de São Paulo foi beneficiada durante muitos anos com a assistência espiritual desses Missionários."[3]
Administração e atuação social[editar | editar código-fonte]
É uma igreja católica brasileira aos cuidados dos Missionários Claretianos[10] desde 1897, por isso o nome "Paróquia".[3]
Conta com projetos como a revista online visando o fomento à manutenção de eventos e tradições religiosas locais[10].
Há programas conhecidos como "curso de noivos; padinhos" etc, mas a Paroquia conta também com programas de incentivo à população, como o Serviço de Escuta, que tem por objetivo ajudar a comunidade carente com conselhos, prometendo sigilo e compreensão. Existe também o Cine Claret, é um programa gratuito à comunidade oferecido mensalmente as Segundas e Sextas-feira, promovendo o fomento da confraternização.[3]
Além desses programas a Paroquia possui o JIPC (Justiça, Paz e Integridade da Criação) - Comunicado Anual[10], onde detém os principais acontecimentos do ano vigente afim de informar e agregar às informações que entraram para a história.[3]
A Paróquia segue duas principais frentes: solidariedade humana (creche, bazares, centro de juventude e centro social) e apreço à liturgia[6].
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Igreja Imaculado Coração de Maria: a primeira catedral de São Paulo | Da Redação | VEJA SÃO PAULO». VEJA SÃO PAULO. 18 de setembro de 2009
- ↑ http://www.restaurabr.org/arc/arc03pdf/05_LauraRita.pdf, http://www.restaurabr.org/arc/arc03pdf/05_LauraRita.pdf. O RESTAURO DA CÚPULA DA IGREJA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c d e f g h i j «19.11.1895 - Há 120 anos os Missionários Claretianos chegavam no Brasil». claret.org.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Aos 50 anos, Paróquia Imaculado Coração de Maria é testemunha da história paulistana | Arquidiocese de São Paulo». www.arquisp.org.br (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Arte Gótica, Estilo, Arquitetura, Período Arte Gótica». Portal São Francisco
- ↑ a b c «paroquia-icm». paroquia-icm. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Espiritualidade». claret.org.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «minhacidade 201.04 São Paulo: Guia arquitetônico de São Paulo | vitruvius». www.vitruvius.com.br (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ «Dispensador Eletrônico para Água Benta». www.jbncatolico.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017
- ↑ a b c «Paróquias». claret.org.br. Consultado em 13 de junho de 2017