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Golfinho-pintado-do-atlântico[editar | editar código-fonte]

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Golfinho-pintado-do-atlântico
Estado de conservação
[1]
Classificação científica
Reino: AnimaliaDados deficientes
FiloDados deficientes: ChordataDados deficientes
SubfDados deficientesilo: VertebrataDados deficientes
ClasseDados deficientes: MammaliaDados deficientes
OrdeDados deficientesm: CetaceaDados deficientes
SubDados deficientesordem: OdontocetiDados deficientes
FamíliDados deficientesa: DelphinidaeDados deficientes
Género:Dados deficientes 'Stenella'Dados deficientes
EspéDados deficientescie: ''S. frontalis''Dados deficientes
NomeDados deficientes binomial
''Stenella frontalis''(G. Cuvier, 1829)
 O golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis) é um cetáceo da família dos delfinídeos encontrado nas águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico.

Stenella frontalis, La Gomera

Taxonomia[editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]

O golfinho-pintado do atlântico foi relatado pela a primeira vez por Cuvier em 1828. Ocorre uma variação considerável na forma física dos indivíduos da espécie, e os especialistas possuem muitas dúvidas quanto à classificação taxonômica correta. Nos dias atuais apenas uma espécie é reconhecida. Mas, há uma variedade irregular comumente encontrada perto da Flórida que pode ser considerada como subespécie formal, ou de fato uma espécie em seu própio direito.

Golfinhos manchados do Atlântico nas Bahamas foram observados em acasalamento com golfinhos-nariz-de-garrafa.Rich LeDuc publicou dados que sugerem que o golfinho pintado do Atlântico pode estar mais relacionado com o golfinho-nariz-de-garrafa (gênero Tursiops) do que com outros membros do gênero Stenella[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A coloração do golfinho-pintado-do-atlântico varia enormemente à medida que cresce e é geralmente classificada em fases dependentes da idade, conhecidas como duas tonalidades, salpicadas, mosqueadas e fundidas. Os filhotes são um branco cinza uniforme, com um ou nenhum ponto. Quando eles são desmamados, ocorrem manchas, tipicamente entre 3 e 4 anos e duração média de 5 anos. Um juvenil é considerado manchado quando se desenvolve pontos cinza e brancos na superfície dorsal e manchas pretas na superfície ventral. Isso geralmente acontece entre a idade de 8 ou 9. Um padrão fundido é atingido quando pontos escuros e brancos estão nos lados ventral e dorsal. À medida que o animal amadurece, as manchas se tornam mais densas e se espalham até o corpo parecer preto com manchas brancas em plena maturação[2]

Em comparação com outras espécies de golfinhos, o golfinho do Atlântico é de tamanho médio. Os filhotes recém-nascidos têm cerca de 35-43 polegadas (89-109 cm) de comprimento, enquanto os adultos podem atingir um comprimento de 2,26 m (7 pés 5 pol) e um peso de 140 kg (310 lb) nos machos e 2,29 m (7 pés). 6 in) e 130 kg (290 lb) nas fêmeas. Comparado ao muito menor golfinho-pintado-pantropical, o golfinho-marinho-do-atlântico é mais robusto. Compartilha seu hábitat com o golfinho manchado pantropical e o golfinho-nariz-de-garrafa.A espécie exibe uma gama de cerca de dez vocalizações diferentes, incluindo apitos, zumbidos, grasnidos e latidos, cada um correspondendo a comportamentos diferentes[3]

Famosos pelas piruetas acrobáticas que fazem, se distribuem desde as águas do nordeste brasileiro, até o litoral paranaense. Têm preferência por águas oceânicas e uma das duas concentrações mundiais da espécie está associada no Arquipélago de Fernando de Noronha, onde podem ser facilmente observadas ao longo de todos os meses do ano. Receberam este nome pela característica única de darem saltos girando sobre o eixo do próprio corpo. Muito provavelmente se utilizam desse comportamento aéreo para a comunicação entre diferentes indivíduos em uma mesma área. Apresentam um rostro (bico) longo em comparação com o corpo, como o próprio nome científico diz (longirostris, que significa rostro longo). Chegam a 2 metros de comprimento na idade adulta. Alimentam-se principalmente de peixes e de lulas. Em Fernando de Noronha, afastam-se da ilha ao final da tarde para alimentarem-se à noite em águas profundas, quando a concentração de lulas na superfície da água é maior. De dia, descansam nas baías protegidas onde se reproduzem e cuidam de seus filhotes. Geram um filhote após cerca de 11 meses de gestação. Costumam acompanhar as embarcações na proa, aproveitando a energia da ondas criadas pela mesma.[4]

Conservação[editar | editar código-fonte]

O golfinho-pintado-do-atlântico está incluído no Memorando de Entendimento sobre a Conservação do Peixe-Boi e Pequenos Cetáceos da África Ocidental e da Macaronésia[5]Eles também são marcados como a menor preocupação do Plano de Ação de Conservação para os Cetáceos do Mundo[6]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Os golfinhos-pintados-do-atlântico são animais extremamente sociáveis, se reúnem em grupos sociais complexos de 5 a 15 anos, muitas vezes em grupos mistos com golfinhos nariz-de-garrafa comuns. Eles nadam muito rápido e são conhecidos por seus passeios de proa, longos e rasos e pelos saltos. Seu sistema de acasalamento consiste em um macho acasalando-se com várias fêmeas, e o macho é altamente protetor sobre as fêmeas grávidas. O período gestacional do golfinho é de aproximadamente 11 meses e a mãe cuida de seu filhote por até 5 anos, com a ajuda do restante de seu grupo.[7] [8]

Esses animais caçam em grupos à noite. Eles cercam estrategicamente suas presas, que consistem principalmente de pequenos peixes, invertebrados bentônicos e cefalópodes, como a lula. Eles podem mergulhar a profundidades de até 60 me ficar abaixo da superfície por até 10 minutos de cada vez.[9]

Ameaças[editar | editar código-fonte]

O golfinho-pintado-do-atlântico é capturado em pequena escala para subsistência em São Vicente (Antilhas Pequenas), nos Açores e possivelmente em Santa Lúcia e Dominica. A espécie é capturada acidentalmente em redes de espera em toda a sua área de ocorrência principalmente em áreas costeiras. Lá eles também sofrem com a poluição, a degradação do ambiente e em certos locais como a Baía da Ilha Grande, Rio de Janeiro, com o intenso tráfego de embarcações que os molestam. No Brasil, registraram capturas acidentais em Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro. Também existem registros de capturas em redes de deriva oceânicas (drift-nets) no sul e sudeste. Na Venezuela, a carne dos golfinhos capturados é utilizada para ingestão, e sua gordura serve de isca para a pesca de espinhel. A frota atuneira de várias nações que atua na costa oeste da África também os capturam acidentalmente.[10]

Inimigos Naturais[editar | editar código-fonte]

Os grandes tubarões (Família Carcharhinidae) e as orcas (Orcinus orca).[11]

Interações Humanas[editar | editar código-fonte]

Alguns golfinhos do Atlântico, particularmente os que estão em torno das Bahamas, estão habituados ao contato humano. Nessas áreas, os cruzeiros para observar e até mesmo nadar com os golfinhos são comuns. Eles geralmente não são mantidos em cativeiro.Os golfinhos-pintados-do-atlântico são um alvo ocasional de pescadores de arpões, e todos os anos algumas criaturas são presas e mortas em redes de emalhar, mas acredita-se que essas atividades não ameacem a sobrevivência da espécie. Esta espécie vive na camada mesopelágica do oceano. Estes golfinhos não estão ameaçados de extinção, no entanto, o comércio comercial pode afetar sua evolução e sustentabilidade. Às vezes eles são mortos por arpões de São Vicente.

Comportamento em cativeiro[editar | editar código-fonte]

Na maioria das vezes eles não se adaptam bem em cativeiro tendo problemas de estresse e recusam alimentos. Já foram mantidos em oceanários da Flórida para shows por períodos superiores a dez anos mas, geralmente, sobrevivem no cativeiro por poucos meses ou semanas.[12]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Braulik, G. & Jefferson, T.A. 2018. Stenella frontalis. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T20732A50375312. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T20732A50375312.en. Downloaded on 18 December 2018.
  2. Herzing, Denise L. (outubro de 1997). «THE LIFE HISTORY OF FREE-RANGING ATLANTIC SPOTTED DOLPHINS (STENELLA FRONTALIS): AGE CLASSES, COLOR PHASES, AND FEMALE REPRODUCTION». Marine Mammal Science (em inglês). 13 (4): 576–595. ISSN 0824-0469. doi:10.1111/j.1748-7692.1997.tb00085.x 
  3. Herzing, Denise (1 de fevereiro de 2015). «Synchronous and Rhythmic Vocalizations and Correlated Underwater Behavior of Free-ranging Atlantic Spotted Dolphins (Stenella frontalis) and Bottlenose Dolphins (Tursiops truncatus) in the Bahamas». Animal Behavior and Cognition. 2 (1): 14–29. ISSN 2372-5052. doi:10.12966/abc.02.02.2015 
  4. «Golfinho Pintado - Ache Tudo e Região». www.achetudoeregiao.com.br. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  5. Reynolds, John E. (1 de junho de 2007). «The Florida Manatee: Biology and Conservation.». Aquatic Mammals. 33 (2): 251–251. ISSN 0167-5427. doi:10.1578/am.33.2.2007.251 
  6. Reeves, Randall R., compiler. Smith, Brian D. (Brian Douglas), 1959- compiler. Crespo, Enrique A., compiler. Notarbartolo di Sciara, Giuseppe, compiler. Dolphins, whales, and porpoises : 2002-2010 conservation action plan for the world's cetaceans. [S.l.: s.n.] ISBN 2831706564. OCLC 53369587 
  7. Perrin, William F. (2009). «Atlantic Spotted Dolphin». Elsevier: 54–56. ISBN 9780123735539 
  8. Perrin, William F. (2009). «Atlantic Spotted Dolphin». Elsevier: 54–56. ISBN 9780123735539 
  9. Perrin, William F. (2009). «Atlantic Spotted Dolphin». Elsevier: 54–56. ISBN 9780123735539 
  10. «Golfinho Pintado do Atlântico. Golfinhos em Paraty, Rio de janeiro». www.paraty.com.br. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  11. Jett, John; Visser, Ingrid N.; Ventre, Jeffrey; Waltz, Jordan; Loch, Carolina (dezembro de 2017). «Tooth damage in captive orcas ( Orcinus orca )». Archives of Oral Biology. 84: 151–160. ISSN 0003-9969. doi:10.1016/j.archoralbio.2017.09.031 
  12. Silva, Wanessa Aparecida Carlos da. «Ocorrência da infecção por Ehrlichia spp e Anaplasma platys em canídeos e felídeos selvagens mantidos em cativeiro no Distrito Federal e Goiás» 
  • MEAD, J. G.; BROWNELL, R. L. (2005). Order Cetacea. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.) Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª edição. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 723-743.
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