Usuário:Music01/Testes/Bad (álbum)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
The MDNA Tour
Turnê mundial de Madonna
Álbum associado MDNA
Data de início 31 de maio de 2012 (2012-05-31)
Data de fim 22 de dezembro de 2013 (2013-12-22)
Partes 4
N.º de apresentações 3 na Ásia
30 na Europa
45 na América do Norte
10 na América do Sul
88 no total
Receita US$ 305,2 milhões
Audiência 2,2 milhões
Cronologia de turnês de Madonna
Sticky & Sweet Tour
(2008–09)
Rebel Heart Tour
(2015–16)

The MDNA Tour foi a nona turnê da cantora americana Madonna, feita em suporte de seu décimo segundo álbum de estúdio MDNA (2012). Promovida pela Live Nation Entertainment, a turnê passou por quatro continentes ao longo de 88 concertos, começando em 31 de maio de 2012 no Ramat Gan Stadium em Tel Aviv, Israel, e terminando em 22 de dezembro do mesmo ano no Estádio Mario Alberto Kempes em Córdoba, Argentina. Madonna oficialmente confirmou uma digressão em apoio a MDNA após sua apresentação no show do intervalo do Super Bowl XLVI, realizado em fevereiro de 2012; meses antes, circulou na Internet um itinerário da turnê mais tarde revelado como falso. Arthur Fogel, presidente da Live Nation, comentou que a turnê seria a maior de Madonna até então, passando por arenas, estádios e também locais a céu aberto. Marcando a primeira visita de Madonna pelos Emirados Árabes Unidos, Ucrânia, Escócia e Colômbia, a excursão contou com uma etapa australiana estava originalmente planejada para 2013, marcando o encerramento, mas foi eventualmente cancelada.

Vinda da turnê feminina mais bem sucedida da história, a Sticky & Sweet Tour (2008–09), Madonna descreveu a MDNA Tour como "a jornada de uma alma das trevas para a luz". Quinta da cantora com a Live Nation, sendo a segunda sob o contrato 360 assinado em 2007, a excursão começou a ser planejada ainda em 2010, quando o arquiteto Mark Fisher apresentou propostas a Fogel e Guy Oseary, empresário da cantora, aliado a Jake Berry, vindo da 360º Tour do grupo U2; a estrutura financeira e logística foi concluída ao final daquele ano. Sob a direção criativa de Jamie King e com uma equipe de 130 profissionais, os concertos foram divididos em quatro seções, tradicional de Madonna: Transgression, onde armas e violência eram o tema principal; Prophecy, onde foi executada uma mistura de músicas alegres que aproximam as pessoas; Masculine/Feminine, uma combinação de sensualidade e moda com algumas das músicas clássicas de Madonna realizada em um estilo francês de cabaré; e Redemption, que Madonna rotulou como "uma grande festa e celebração". Dentre os elementos da produção, destacaram-se o palco triangular da Stageco, refletores de cubo da TAIT, visuais bi e tridimensionais da Moment Factory e figurinos desenhados por Arianne Phillips, Jean Paul-Gaultier, Jeremy Scott, Alexander Wang e Riccardo Tischi.

A The MDNA Tour foi bem recebida pela crítica especializada, com elogios direcionados à sua produção, performances e a presença de palco de Madonna, embora alguns resenhistas tenham opinado negativamente em relação ao repertório. A turnê foi alvo de uma série de controvérsias, referentes a tópicos como violência, uso de armas de fogo, direitos humanos, nudez e política. Dando continuidade ao extenso histórico de Madonna em turnês, a The MDNA Tour se mostrou um grande sucesso comercial. Com ingressos postos à venda logo após ao show de Madonna no intervalo do Super Bowl, os bilhetes se esgotaram rapidamente nas mais diferentes localidades, como em Quebec City (65 mil em uma hora), Abu Dhabi (22 mil no primeiro dia, ocasionando data extra), Istambul (50 mil em quatro dias), Nova Iorque (60 mil em 20 minutos) e Medellín (38 mil na pré-venda e apenas 2 mil restantes em três horas). A turnê sagrou-se como a mais lucrativa do ano de 2012 e a décima mais lucrativa da história: US$ 305.2 milhões arrecadados, 2,2 milhões de ingressos vendidos e todos os 88 shows esgotados. Madonna recebeu, ainda, o prêmio de Top Touring Artist nos Billboard Music Awards de 2013. As apresentações de 19 e 20 de novembro de 2012 na American Airlines Arena em Miami foram gravadas para o registro oficial da turnê, transmitido em 22 de junho de 2013 no Epix e lançado fisicamente em setembro do mesmo ano.

Antecedentes e anúncio[editar | editar código-fonte]

Madonna assinou, em 2007, um contrato 360 com a Live Nation Entertainment, estimado em US$ 120 milhões, que englobaria seus futuros negócios e lançamentos musicais, incluindo a exploração da marca Madonna, álbuns de estúdio, turnê, merchandising, fã-clubes, páginas oficiais, DVDs, projetos televisivos e cinematográficos e acordos de patrocínio. O ano seguinte contou com o lançamento do álbum Hard Candy e sua turnê correspondente, a Sticky & Sweet Tour; estendida para o ano de 2009 e com 85 shows, a digressão se encerrou como a maior da história por uma artista feminina, com 3,5 milhões de ingressos vendidos e US$ 407 milhões arrecadados.

A turnê teve início no Ramat Gan Stadium em Tel Aviv, Israel (acima), e término no Estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, Argentina (abaixo).

Em outubro de 2011, o fã-site DrownedMadonna divulgou um suposto itinerário da Live Nation para uma turnê a ser realizada por Madonna em 2012, a qual seria realizada somente em estádios. De acordo com o planejamento, que destacava datas "confirmadas" e em "negociação", teria início em 31 de março em Auckland e término em 10 de agosto em Miami, passando pelo Sudoeste Asiático e Oriente Médio — com shows na China a depender do repertório. Todo o reportado posteriormente confirmou-se ser falso por Liz Rosenberg, assessora de Madonna. Um mês depois, enquanto divulgava o filme W.E., sua estreia como diretora, Madonna entrou em parceria com a Smirnoff para produzir um concurso mundial de dança chamado "Projeto de Vida Noturno Smirnoff", onde ela, apoiada por seus coreógrafos e empresário Guy Oseary, julgaram dançarinos no Roseland Ballroom em Nova Iorque e o vencedor participaria de sua futura turnê. O vencedor, escolhido dentre onze finalistas, foi Charles "Lil Buck" Riley. Em dezembro, Oseary e a Live Nation confirmaram um contrato de três álbuns de Madonna com a Interscope Records e planos para um lançamento no início de 2012; o produto final, MDNA, viria a ser lançado em março, precedido pelo single "Give Me All Your Luvin'" e uma apresentação no show do intervalo do Super Bowl XLVI no Lucas Oil Stadium, em Indianápolis.

No espaço entre o anúncio do disco e o show do intervalo, uma série de jornais divulgaram locais reservados para uma turnê da cantora em 2012, como o Hyde Park em Londres e a Cidade do Rock no Rio de Janeiro, e cidades como Tel Aviv e Abu Dhabi. Dois dias após o Super Bowl, em 7 de fevereiro de 2012, a turnê foi oficialmente anunciada. Intitulada The MDNA Tour, a digressão promoveria o álbum de mesmo nome e, conforme adiantado por Arthur Fogel, Live Nation, seria a mais longa realizada até então por Madonna. Pelo itinerário divulgado, a turnê começaria em 29 de maio de 2012 no Ramat Gan Stadium em Tel Aviv, Israel, passando por 26 mercados na Europa e adentrando a América do Norte, com o último show marcado em Miami. Confirmou-se também a intenção de passar pela América Latina em sequência à do Norte, e encerrar na Austrália em 2013 — o que marcaria a primeira turnê da cantora no país em 20 anos, desde a The Girlie Show World Tour. Os locais planejados incluiriam arenas, estádios e "locais a céu aberto únicos", como o Plains of Abraham em Quebec City, e uma série de cidades até então não visitadas por Madonna, similar à turnê anterior. Em relação a logística e o planejamento, Fogel comentou:

A etapa latino-americana foi oficialmente anunciada em 16 de abril de 2012, começando em 24 de novembro daquele ano no Foro Sol, na Cidade do México, e terminando em 19 de dezembro no Estádio Nacional de Chile em Santiago, passando ainda pelo Estádio Atanasio Girardot em Medellín, na Colômbia, e em estádios nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil. Datas no Estádio River Plate e no Estádio Mario Alberto Kempes, na Argentina, foram reveladas no mês seguinte. Em julho, foi reportado o cancelamento da etapa australiana, com uma porta-voz da cantora declarando que "a turnê de Madonna se encerrará em dezembro na América do Sul como planejado. É tudo que podemos dizer". Àquela altura, estádios em Sydney e Melbourne estariam entre os reservados. A notícia foi má recepcionada por fãs da artista, que expressaram seu descontentamento; em seguida, ela postou no YouTube uma mensagem de áudio se desculpando, explicando que "meus filhos são minha prioridade" e descrevendo a dificuldade de equilibrar seus afazeres enquanto cantora e mãe. "Por favor, me perdoem e saibam que, quando eu voltar à Austrália, eu terei feito a espera valer a pena e farei o melhor show da Terra. Não me esqueci de vocês", concluiu.

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Concepção e ensaios[editar | editar código-fonte]

A The MDNA Tour marcou a quinta turnê da cantora com a Live Nation, cuja parceria iniciou-se em 2001 com a Drowned World Tour e a primeira sob o novo contrato 360. As conversas acerca da turnê tiveram início no verão boreal de 2010, quando Madonna estava de férias e o arquiteto Mark Fisher reuniu-se com Oseary e Fogel. Jake Berry, que trabalhou na 360º Tour do grupo U2, se juntou ao grupo e a estrutura financeira e logística foi definida ao final daquele ano. Sobre a parceria com Madonna, Fogel observou que suas turnês se tonaram um "ponto de contato cultural", permanecendo únicas em termos de agitar a multidão e gerar ampla cobertura midiática. Para uma dedicação íntegra aos ensaios e à concepção da turnê, a agenda de Madonna após o Super Bowl ficou afastada do longo circuito de entrevistas televisivas e ensaios fotográficos, focando na divulgação de conteúdo — como músicas e trechos de bastidores — virtualmente. Numa das únicas aparições desta época, feita via Facebook com o apresentador Jimmy Fallon, Madonna confirmou que não iria repetir nenhuma apresentação do Super Bowl na digressão.

Revelando que a turnê incluiria "bastante violência", Madonna a descreveu como a "jornada de uma alma da escuridão para a luz (...) parte teatro musical cinemático (...) parte espetáculo e às vezes arte de performances íntimas". Tradição de seus concertos, a The MDNA Tour dividiu-se em quatro blocos: Transgression, Prophecy, Masculine/Feminine e Redemption. Colaborador de longa data de Madonna, Jamie King foi novamente contratado como diretor criativo, com a equipe de 130 integrantes incluindo as vocalistas de apoio Kiley Dean e Nicki Richards, o guitarrista Monte Pittmam, Kevin Antunes na direção musical e mais de 15 dançarinos, incluindo o escolhido Lil Buck. O praticante de slackline Andy Lewis recusou a proposta de Madonna para participar da turnê. O trio basca Kalakan, formado por Jamixel Bereau, Xan Errotabehere e Bixente Etchegaray, descoberto pela cantora de férias em Guéthary, foi contratado para a performance de uma versão repaginada de "Open Your Heart", contribuindo também na apresentação de "Masterpiece".

Os ensaios na fase de pré-produção ocorreram num armazém em desuso em Manhattan, transformado num estúdio com um palco simulatório. No início de maio de 2012, a equipe transferiu-se para o Nassau Veterans Memorial Coliseum em Uniondale, para os ensaios com a produção completa. Descrevendo o processo como "brutal" e "violento", Madonna postou fotos coberta de hematomas no Facebook. Após a transferência para o Ramat Gan Stadium, local do primeiro show da digressão, fotos dos ensaios foram divulgadas online, com vídeos confirmando no repertório "Celebration" e um medley de "Express Yourself" e "Born This Way", esta última de Lady Gaga. Diversos repertórios falsos começaram a circular na Internet, com a MTV revelando o oficial no dia 14 de maio. Questionada sobre o motivo de ter escolhido Israel para iniciar a turnê, Madonna comentou: "Eu escolhi começar minha turnê mundial [em Israel] por uma razão muito específica e importante. (...) Todos os conflitos que têm ocorrido aqui no Oriente Médio — precisam parar".