Viatcheslav Molotov
Viatcheslav Molotov | |
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Nascimento | 9 de março de 1890 Sovietsk, Império Russo |
Morte | 8 de novembro de 1986 (96 anos) Moscou, União Soviética |
Sepultamento | Cemitério Novodevichy |
Nacionalidade | russo |
Cidadania | União Soviética, Império Russo |
Cônjuge | Polina Zhemchuzhina |
Ocupação | diplomata, político |
Filiação | Partido Operário Social-Democrata Russo (1906–1912) Partido Comunista da União Soviética (1912–1961) |
Religião | ateísmo |
Causa da morte | doença de Alzheimer |
Assinatura | |
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Viatcheslav Mikhailovitch Molotov (russo: Вячесла́в Миха́йлович Мо́лотов, Viatchesláv Mikháilovitch Mólotov), nascido Viatcheslav Mikhailovitch Scriabin (russo Вячесла́в Миха́йлович Скря́бин, Viatchesláv Mikháilovitch Skriábin), (Sovietsk, 25 de fevereirojul./ 9 de março de 1890greg. — Moscou, 8 de novembro de 1986),[1] foi um diplomata e político da União Soviética de destaque entre os anos 20 e 50 do século XX.
Nascido na pequena aldeia de Kukarka (atual Sovietsk, no Óblast de Kirov), filho de um pequeno comerciante, educado numa escola secundária em Kazan, onde se juntou à facção bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo, em 1906. Adotou o pseudônimo de Molotov (do russo molot, "martelo"). Foi preso em 1909 e passou dois anos no exílio na Sibéria. Em 1911 se inscreveu na Universidade Politécnica de São Petersburgo, e se tornou um dos editores do Pravda, o jornal bolchevique clandestino do qual Josef Stalin também era editor. Em 1913 Molotov foi preso novamente, e deportado para Irkutsk, de onde escapou em 1915 e retornou à capital. Em 1920 ingressou no Comitê Central do PCUS, foi dirigente da Internacional Socialista no período 1928-1934.[2][3][4]
Na qualidade de membro do Politburo, foi um dos responsáveis pela campanha de apreensão das colheitas na Ucrânia, causando a fome-genocídio de 1932-1933, o Holodomor. Sendo junto com Kaganovitch, Beria e lev mekhlis um dos principais colaboradores de Stalin, foi Ministro de Relações Exteriores da URSS no período 1939-1949 e 1953-1956. Em 1957, foi afastado da direção do Partido por Nikita Khrushchov, em virtude da sua oposição à "desestalinização" e nomeado embaixador na Mongólia, cargo que exerceu entre 1957 e 1960 tendo logo após sido indicado para chefiar a representação da URSS na Organização Internacional de Energia Atômica sediada em Viena, tendo permanecido neste cargo até 1962 ao ser excluído do Partido Comunista. Foi readmitido no Partido em 1984.[2][4]
Seu nome tornou-se célebre pela popularidade do coquetel molotov, arma química incendiária muito utilizada em guerrilhas e manifestações urbanas. A associação de seu nome com essa bomba caseira deve-se a sua declaração durante a Guerra de Inverno de que os soviéticos não estavam bombardeando cidades finlandesas, mas sim jogando alimentos. As bombas russas então foram apelidadas de "cestos de pães de Molotov" e as bombas improvisadas usadas pelos finlandeses de coquetéis Molotov. Sua mais relevante participação na história mundial foi a assinatura do Tratado Molotov-Ribbentrop, o pacto de não-agressão firmado entre a União Soviética e a Alemanha Nazista em 1939. O tratado perdurou até o dia 22 de junho de 1941, quando Adolf Hitler quebrou o pacto, ordenando a invasão do território soviético na chamada Operação Barbarossa.[2][3][5]
Referências
- ↑ Jessup, John E. (1998). An Encyclopedic Dictionary of Conflict and Conflict Resolution, 1945-1996 (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 9780313281129
- ↑ a b c Spartacus Educational. «Vyacheslav Molotov» (em inglês). Consultado em 14 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2013
- ↑ a b Net Saber. «Viacheslav Mikhailovich Molotov». Consultado em 14 de fevereiro de 2013
- ↑ a b Encyclopedia Britannica. «Vyacheslav Mikhaylovich Molotov» (em inglês). Consultado em 14 de fevereiro de 2013[ligação inativa]
- ↑ Your Dictionary. «Vyacheslav Mikhailovich Molotov Biography» (em inglês). Consultado em 14 de fevereiro de 2013
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1890
- Mortos em 1986
- Homens
- Pessoas da Guerra Fria
- Políticos da União Soviética
- Primeiros-ministros da União Soviética
- Ministros das Relações Exteriores da União Soviética
- Embaixadores da União Soviética na Mongólia
- Membros da Academia de Ciências da Rússia
- Sepultados no Cemitério Novodevichy
- Marxistas da Rússia
- Comunistas da Rússia
- Ateus da Rússia
- Mortes por doença de Alzheimer