Stegoceras: diferenças entre revisões

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'''''Stegoceras''''' é um [[Género (biologia)|gênero]] de [[Dinossauros|dinossauro]] [[Pachycephalosauria|paquicefalossaurídeo]] (com cabeça de cúpula) que viveu no que hoje é a[[América do Norte]] durante o [[Escala de tempo geológico|período]] [[Cretáceo Superior]], cerca de 77,5 a 74 milhões de anos atrás. Os primeiros exemplares de [[Alberta]], Canadá, foram descritos em 1902, e a [[espécie-tipo]] '''''Stegoceras validum''''' foi baseada nestes restos. O nome genérico significa "telhado de chifre" e o nome específico significa "forte". Várias outras espécies foram colocadas no gênero ao longo dos anos, mas estas foram desde então movidas para outros gêneros ou consideradas [[Sinonímia (taxonomia)|sinônimos juniores]]. Atualmente apenas ''S. validum'' e '''''S. novomexicanum''''', nomeados em 2011 a partir de fósseis encontrados no [[Novo México]], permanecem. A validade desta última espécie também foi debatida.
O '''stegoceras''' (''Stegoceras validum'', do [[latim]] "chifre encoberto") foi uma espécie de [[dinossauro]] [[herbívoro]] e [[bípede]] que viveu no final do período [[Cretáceo]]. Media em torno de 2 [[metro]]s de [[comprimento]],<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.prehistoric-wildlife.com/species/s/stegoceras.html|titulo=Stegoceras|acessodata=2018-12-12|obra=www.prehistoric-wildlife.com}}</ref> 1 [[metro]] de [[Altura (medida)|altura]] e 40 [[quilograma]]s.<ref>{{citar livro|título=The Princeton Field Guide to Dinosaurs: Second Edition|ultimo=Paul|primeiro=Gregory S.|editora=Princeton Press|ano=2016|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>


''Stegoceras'' era um pequeno dinossauro [[Bipedismo|bípede]] com cerca de 2 a 2,5 metros de comprimento e pesava cerca de 10 a 49 kg. O crânio era aproximadamente triangular com focinho curto e tinha uma cúpula espessa, larga e relativamente lisa no topo. A parte posterior do crânio tinha uma "prateleira" espessa sobre o [[Osso occipital|occipital]] e uma crista espessa sobre os olhos. Grande parte do crânio era ornamentada por [[Tubérculo (anatomia)|tubérculos]] (ou "protuberâncias" redondas) e nós (ou "protuberâncias"), muitos em fileiras, e os maiores formavam pequenos chifres na prateleira. Os dentes eram pequenos e serrilhados. Acredita-se que o crânio tenha sido achatado em animais jovens e tenha crescido em uma cúpula com a idade. Tinha uma [[coluna vertebral]] rígida e uma cauda enrijecida. A região pélvica era larga, talvez devido ao intestino estendido.
O stegoceras foi descoberto na [[América do Norte]], tendo sido oficialmente nomeado em [[1902]].<ref name=":0" />

Originalmente conhecido apenas pelas cúpulas do crânio, ''o Stegoceras'' foi um dos primeiros paquicefalossauros conhecidos, e a incompletude desses restos iniciais levou a muitas teorias sobre as afinidades desse grupo. Um crânio completo ''de Stegoceras'' com partes associadas do esqueleto foi descrito em 1924, o que lançou mais luz sobre esses animais. Os paquicefalossauros estão hoje agrupados com os [[Ceratopsia|ceratopsianos]] com chifres no grupo [[Marginocephalia]]. O próprio ''Stegoceras'' foi considerado [[Basal (filogenética)|basal]] (ou "primitivo") em comparação com outros paquicefalossauros. ''Stegoceras'' era provavelmente herbívoro e provavelmente tinha um bom olfato. A função da cúpula tem sido debatida e teorias concorrentes incluem o uso em [[Competição intraespecífica|combate intra-específico]] (cabeçadas ou flancos), [[Cortejo sexual|exibição sexual]] ou [[reconhecimento de espécies]]. ''S. validum'' é conhecido da [[Formação Dinosaur Park]] e da [[Formação Oldman]], enquanto ''S. novomexicanum'' é da Formação [[Formação Fruitland|Fruitland]] e [[Formação Kirtland|Kirtland]].

== Descrição ==
[[Ficheiro:Stegoceras_Scale_Diagram_-_Steveoc86.svg|direita|miniaturadaimagem|Tamanho de ''S. validum'' comparado a um humano]]
''Stegoceras'' é um dos paquicefalossauros norte-americanos mais conhecidos e um dos poucos conhecidos a partir de restos [[Pós-crânio|pós-cranianos]]; O espécime ''de S. validum'' UALVP 2 é o indivíduo ''Stegoceras'' mais completo conhecido até o momento. Seu comprimento é estimado em cerca de 2 a 2,5 metros, comparável ao tamanho de uma [[Cabra-doméstica|cabra]].<ref name="DFG97b">{{Citar livro|título=Dinosaurs: The Encyclopedia|ultimo=Glut|primeiro=D. F.|editora=McFarland & Co|ano=1997|localização=Jefferson, North Carolina|páginas=834–838|isbn=978-0-89950-917-4|autorlink=Donald F. Glut}}</ref><ref name="Lambert">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/ultimatedinosaur00lamb/page/155|título=The Ultimate Dinosaur Book|ultimo=Lambert|primeiro=D.|editora=Dorling Kindersley|ano=1993|localização=New York|isbn=978-1-56458-304-8}}</ref><ref name="Sullivan2006">{{Citar periódico |url=http://econtent.unm.edu/cdm/ref/collection/bulletins/id/710 |título=A taxonomic review of the Pachycephalosauridae (Dinosauria: Ornithischia) |periódico=New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin |ultimo=Sullivan |primeiro=R. M. |ano=2006 |paginas=347–365 |volume=35}}</ref> O peso foi estimado em cerca de 10 a 40 kg.<ref name="Peczkis">{{Citar periódico |título=Implications of Body-Mass Estimates for Dinosaurs |data=1995 |periódico=Journal of Vertebrate Paleontology |número=4 |ultimo=Peczkis |primeiro=J. |paginas=520–533 |doi=10.1080/02724634.1995.10011575 |jstor=4523591 |volume=14}}</ref> ''Stegoceras'' era de tamanho pequeno a médio em comparação com outros paquicefalossauros.<ref name="SuesGalton">{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/237172475 |título=Anatomy and classification of the North American Pachycephalosauria (Dinosauria: Ornithischia) |periódico=Palaeontographica Abteilung A |ultimo=Sues, H. D. |ultimo2=Galton, P. M. |ano=1987 |paginas=1–40 |volume=198 |name-list-style=}}</ref> ''S. novomexicanum'' parece ter sido menor que ''S. validum'', mas é contestado se os espécimes conhecidos (crânios incompletos) são adultos ou juvenis<ref name="S.novomexicanum">{{Citar periódico |url=http://www.robertmsullivanphd.com/uploads/164._Jasinski_and_Sullivan__Stegoceras__COLOR.pdf |título=Re-evaluation of pachycephalosaurids from the Fruitland-Kirtland transition (Kirtlandian, late Campanian), San Juan Basin, New Mexico, with a description of a new species of ''Stegoceras'' and a reassessment of ''Texascephale langstoni'' |periódico=Fossil Record 3. New Mexico Museum of Natural History and Science, Bulletin |ultimo=Jasinski, S. E. |ultimo2=Sullivan, R. M. |ano=2011 |paginas=202–215 |volume=53}}</ref><ref name="Williamson&Brusatte">{{Citar periódico |título=Pachycephalosaurs (Dinosauria: Ornithischia) from the Upper Cretaceous (upper Campanian) of New Mexico: A reassessment of ''Stegoceras novomexicanum'' |data=2016 |periódico=Cretaceous Research |ultimo=Williamson |primeiro=T. E. |ultimo2=Brusatte |primeiro2=S. L. |paginas=29–43 |doi=10.1016/j.cretres.2016.01.012 |volume=62 |doi-access=free}}</ref>

=== Crânio e dentição ===
[[Ficheiro:Journal.pone.0021422.g001_Stegoceras_skulls.png|esquerda|miniaturadaimagem|Imagens de tomografia computadorizada do crânio UALVP 2 em múltiplas visualizações, mostrando densidades superficiais relativas do osso (azul: baixo, amarelo: alto)]]
O crânio de ''Stegoceras'' tinha formato aproximadamente triangular quando visto de lado, com focinho relativamente curto. Os [[Osso parietal|ossos]] [[Osso frontal|frontal]] e parietal eram muito grossos e formavam uma cúpula elevada. A [[Sutura (anatomia)|sutura]] entre esses dois elementos foi obliterada (apenas vagamente visível em alguns espécimes), e eles são denominados coletivamente de "frontoparietal". A cúpula frontoparietal era larga e tinha uma superfície relativamente lisa, sendo apenas as laterais rugosas (enrugadas). Foi estreitado acima e entre a [[Órbita (anatomia)|orbita]] (órbitas oculares). O frontoparietal estreitava-se na parte posterior, ficava preso entre os [[Osso esquamosal|ossos escamosos]] e terminava em uma depressão acima do occiput, na parte posterior do crânio. Os ossos parietais e escamosos formaram uma espessa plataforma sobre o occipital denominada plataforma parietosquamosal, cuja extensão variou entre os espécimes. O esquamosal era grande, não fazia parte da cúpula, e a parte posterior estava inchada. Era ornamentado por [[Tubérculo (anatomia)|tubérculos]] irregularmente espaçados (ou protuberâncias redondas) e uma fileira de nós (protuberâncias) estendidos ao longo de suas bordas superiores, terminando em um tubérculo pontiagudo (ou pequeno chifre) de cada lado na parte posterior do crânio. Uma fileira interna de tubérculos menores corria paralela à maior. Exceto pela superfície superior da cúpula, grande parte do crânio era ornamentada com nós, muitos deles dispostos em fileiras.<ref name="SuesGalton" />

A grande órbita tinha o formato de uma elipse imperfeita (com o eixo mais longo da frente para trás) e voltada para o lado e ligeiramente para a frente. A [[janela infratemporal]] (abertura) atrás do olho era estreita e inclinada para trás, e a [[janela supratemporal]] na parte superior posterior do crânio era de tamanho muito reduzido, devido ao espessamento do frontoparietal. O basicranium (assoalho da braincase ) foi encurtado e distanciado das regiões abaixo das órbitas e ao redor do [[palato]] . O occipital inclinou-se para trás e para baixo, e o côndilo occipital foi desviado na mesma direção. O [[osso lacrimal]] formava a margem frontal inferior da órbita e sua superfície apresentava fileiras de ornamentação em forma de nó. Os ossos [[Osso pré-frontal|pré-frontal]] e [[Osso palpebral|palpebral]] foram fundidos e formaram uma crista espessa acima da órbita. O [[osso jugal]] relativamente grande formava a margem inferior da órbita, estendendo-se para a frente e para baixo em direção à articulação da mandíbula. Foi ornamentado com cristas e nós em um arranjo radiante.<ref name="SuesGalton" />

As aberturas nasais eram grandes e voltadas para a frente. O [[osso nasal]] era grosso, fortemente esculpido e tinha perfil convexo. Formava uma saliência (escudo) na parte superior média do crânio junto com o osso frontal. A parte frontal inferior da [[pré-maxila]] (osso frontal da mandíbula superior) era rugosa e espessada. Um pequeno [[Forâmen|forame]] (orifício) estava presente na sutura entre os pré-maxilares, conduzindo à [[Fossa nasal|cavidade nasal]], e possivelmente conectado ao [[órgão de Jacobson]] (um órgão do sentido [[Olfato|olfativo]]). A maxila era curta e profunda e provavelmente continha um [[Seio (anatomia)|seio]]. A maxila tinha uma série de forames que correspondiam à posição de cada dente ali, e estes funcionavam como passagens para a erupção de dentes substitutos. A mandíbula articulava-se com o crânio abaixo da parte posterior da órbita. A parte dentada da mandíbula inferior era longa, com a parte posterior bastante curta. Embora não preservado, a presença de um [[Ornithischia|osso predentário]] é indicada por facetas na parte frontal da mandíbula.<ref name="SuesGalton" /> Como outros paquicefalossauros, teria um bico pequeno.<ref name="paul2010">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/princetonfieldgu0000paul/page/241|título=The Princeton Field Guide to Dinosaurs|ultimo=Paul|primeiro=G. S.|editora=Princeton University Press|ano=2010|páginas=[https://archive.org/details/princetonfieldgu0000paul/page/241 241–242]|isbn=978-0-691-13720-9|autorlink=Gregory S. Paul}}</ref>
[[Ficheiro:Stegoceras_validum.jpg|miniaturadaimagem|[[Paleoarte|Restauração da vida]] de ''S. validum'', com [[tegumento]] baseado em outros pequenos dinossauros [[Ornithischia|ornitísquios]]]]
''Stegoceras'' tinham dentes [[Heterodonte|heterodontes]] (diferenciados) e thecodont (colocados em alvéolos). Tinha fileiras marginais de dentes relativamente pequenos e as fileiras não formavam uma aresta de corte reta. Os dentes eram inseridos obliquamente ao longo das mandíbulas e ligeiramente sobrepostos da frente para trás. De cada lado, o espécime mais completo (UALVP 2) apresentava três dentes na pré-maxila, dezesseis na [[Osso maxilar|maxila]] (ambas parte da mandíbula superior) e dezessete no [[Mandíbula|dentário]] da mandíbula inferior. Os dentes da pré-maxila foram separados daqueles atrás da maxila por um curto [[diastema]] (espaço), e as duas fileiras da pré-maxila foram separadas por uma lacuna desdentada na frente. Os dentes da parte anterior do maxilar superior (pré-maxila) e do maxilar inferior anterior eram semelhantes; estes tinham coroas mais altas, pontiagudas e recurvadas, e um "calcanhar" na parte de trás. Os dentes da frente do maxilar inferior eram maiores que os do maxilar superior. As bordas frontais das coroas apresentavam oito [[Dentículo (característica do dente)|dentículos]] (serras), e a borda posterior apresentava nove a onze. Os dentes na parte posterior da mandíbula superior (maxila) e inferior eram triangulares na vista lateral e comprimidos na vista frontal. Eles tinham raízes longas de seção oval e as coroas tinham um cingulum marcado em suas bases. Os dentículos aqui foram comprimidos e direcionados para o topo das coroas. Tanto o lado externo quanto o interno das [[Coroa (dente)|coroas dos dentes]] apresentavam [[Esmalte dentário|esmalte]] e ambos os lados eram divididos verticalmente por uma crista. Cada borda tinha cerca de sete ou oito dentículos, sendo que a borda frontal geralmente tinha a maior quantidade.<ref name="SuesGalton" />

O crânio dos ''Stegoceras'' pode ser distinguido dos de outros paquicefalossauros por características como sua pronunciada plataforma parietosquamosal (embora tenha diminuído com a idade), a cúpula "incipiente" de seu frontoparental (embora a cúpula aumentasse com a idade), seus ossos nasais inflados, sua ornamentação de tubérculos nas laterais e na parte posterior dos ossos escamosos, fileiras de até seis tubérculos na parte superior de cada escamoso e até dois nós na projeção posterior do parietal. Também se distingue pela falta de ornamentação nasal e pelo diastema reduzido.<ref name="Sullivan">{{Citar periódico |título=Revision of the dinosaur ''Stegoceras'' Lambe (Ornithischia, Pachycephalosauridae) |periódico=Journal of Vertebrate Paleontology |número=1 |ultimo=Sullivan, R. M. |ano=2003 |paginas=181–207 |doi=10.1671/0272-4634(2003)23[181:rotdsl]2.0.co;2 |volume=23}}</ref><ref name="schott">{{Citar periódico |título=Cranial Ontogeny in ''Stegoceras validum'' (Dinosauria: Pachycephalosauria): A Quantitative Model of Pachycephalosaur Dome Growth and Variation |data=29 de junho de 2011 |periódico=PLOS ONE |número=6 |ultimo=Schott |primeiro=Ryan K. |ultimo2=Evans |primeiro2=David C. |paginas=e21092 |bibcode=2011PLoSO...621092S |doi=10.1371/journal.pone.0021092 |pmc=3126802 |pmid=21738608 |ultimo3=Goodwin |primeiro3=Mark B. |ultimo4=Horner |primeiro4=John R. |ultimo5=Brown |primeiro5=Caleb Marshall |ultimo6=Longrich |primeiro6=Nicholas R. |volume=6 |doi-access=free}}</ref> O crânio de ''S. novomexicanum'' pode ser distinguido daquele de ''S. validum'' em características como a extensão posterior do osso parietal ser mais reduzida e triangular, possuindo fenestras supratemporais maiores (embora isso possa ser devido ao possível status juvenil dos espécimes ), e tendo contatos de sutura aproximadamente paralelos entre o escamoso e o parietal. Também parece ter uma saliência frontal menor do que ''S. validum'',<ref name="S.novomexicanum" /><ref name="Williamson&Brusatte" /> e parece ter sido mais gracioso no geral.<ref name="JasinskiSullivan 2016">{{Citar livro|título=Fossil Record 5: Bulletin 74|ultimo=Jasinski|primeiro=S. E.|ultimo2=Sullivan|primeiro2=R. M.|data=2016|editora=New Mexico Museum of Natural History and Science|editor-sobrenome=Sullivan|páginas=107–116|capitulo=The validity of the Late Cretaceous pachycephalosaurid ''Stegoceras novomexicanum'' (Dinosauria: Pachycephalosauridae)|editor-sobrenome2=Lucas}}</ref>

=== Esqueleto pós-craniano ===
{{Imagem múltipla
| direction = horizontal
| total_width = 300
| image1 = Stegoceras bones.jpg
| alt1 =
| image12 = Stegoceras pelvic bones.jpg
| image7 = Hind limb bones of Stegoceras.jpg
| image4 = Dorsal and caudal vertebrae of Stegoceras.jpg
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| image5 = Ossified tail tendons of Stegoceras.jpg
| align = right
}}

A [[coluna vertebral]] de ''Stegoceras'' é incompletamente conhecida. A articulação entre as [[zigagófises]] (processos articulares) de sucessivas vértebras dorsais (posteriores) parece ter impedido o movimento lateral da coluna vertebral, o que a tornou muito rígida, e foi ainda mais fortalecida por ossified tendons.<ref name="SuesGalton" /> Embora as vértebras do pescoço não sejam conhecidas, o [[côndilo occipital]] virado para baixo (que se articula com a primeira vértebra do pescoço) indica que o pescoço foi mantido em uma postura curva, como o formato de "S" ou "U" da maioria dos pescoços de dinossauros.<ref name="KC97">{{Citar periódico |url=https://pubs.geoscienceworld.org/uwyo/rmg/article-abstract/32/1/19/87902/Agonistic-behavior-in-pachycephalosaurs |título=Agonistic behavior in pachycephalosaurs (Ornithischia, Dinosauria); a new look at head-butting behavior |data=1 de dezembro de 1997 |periódico=Rocky Mountain Geology |número=1 |ultimo=Carpenter |primeiro=Kenneth |paginas=19–25 |volume=32}}</ref> Com base na sua posição no ''Homalocéfalo'', os tendões ossificados encontrados no UALVP 2 teriam formado uma intrincada " caudal basket " na cauda, consistindo em fileiras paralelas, com as extremidades de cada tendão entrando em contato com o próximo sucessivamente. Tais estruturas são chamadas myorhabdoi, e só são conhecidas em [[Teleostei|peixes teleósteos]]; a característica é exclusiva dos paquicefalossauros entre animais [[tetrápodes]] (quatro membros) e pode ter funcionado no enrijecimento da cauda.<ref name="Myorhabdoi">{{Citar periódico |título=Homology and Architecture of the Caudal Basket of Pachycephalosauria (Dinosauria: Ornithischia): The First Occurrence of Myorhabdoi in Tetrapoda |data=2012 |periódico=PLOS ONE |número=1 |ultimo=Brown |primeiro=C. M. |ultimo2=Russell |primeiro2=A. P. |paginas=e30212 |bibcode=2012PLoSO...730212B |doi=10.1371/journal.pone.0030212 |pmc=3260247 |pmid=22272307 |ultimo3=Farke |primeiro3=A. A. |volume=7 |doi-access=free}}</ref>

A [[escápula]] (omoplata) era mais longa que o [[úmero]] (osso do braço); sua lâmina era delgada e estreita, e ligeiramente torcida, acompanhando o contorno das costelas. A escápula não se expandiu na extremidade superior, mas foi muito expandida na base. O [[Coracoide|coracóide]] era principalmente fino e semelhante a uma placa. O úmero tinha uma haste delgada, era ligeiramente torcido ao longo de seu comprimento e ligeiramente curvado. A deltopectoral crest (onde os músculos [[Músculo deltoide|deltóide]] e [[Músculo peitoral maior|peitoral]] se fixam) era fracamente desenvolvida. As extremidades da [[ulna]] foram expandidas e as cristas estenderam-se ao longo da diáfise. O [[Raio (geometria)|rádio]] era mais robusto que a ulna, o que é incomum. Quando vista de cima, a [[Pelve|cintura pélvica]] era muito larga para um [[Archosauria|arcossauro]] [[Bipedismo|bípede]], e tornava-se mais larga em direção à parte posterior. A largura da região pélvica pode ter acomodado uma extensão posterior do intestino. O [[ílio]] era alongado e o [[ísquio]] era longo e delgado. Embora o [[púbis]] não seja conhecido, provavelmente foi reduzido em tamanho como o do ''Homalocéfalo''. O [[fêmur]] (osso da coxa) era delgado e curvado para dentro, a tíbia era delgada e torcida e a [[fíbula]] era delgada e larga na extremidade superior. O [[metatarso]] do pé parece ter sido estreito, e o único [[Ungual|ungueal]] conhecido (osso da garra) de um dedo do pé era delgado e ligeiramente curvado.<ref name="SuesGalton" /> Embora os membros dos ''Stegoceras'' não sejam completamente conhecidos, eles provavelmente eram como outros paquicefalossauros por terem mãos com cinco dedos e quatro dedos nas mãos. <ref name="paul2010" />


== Ver também ==
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* [[Taxonomia dos dinossauros]]
* [[Taxonomia dos dinossauros]]


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Revisão das 00h44min de 6 de setembro de 2023

 Nota: Não confundir com Stegosaurus.

Stegoceras
Intervalo temporal: Cretáceo Superior
~77,5–74 Ma
Dois esqueletos reconstruídos de S. validum baseados no espécime UALVP 2, Museu Real de Paleontologia Tyrrell, Canadá
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Ornithischia
Subordem: Pachycephalosauria
Família: Pachycephalosauridae
Gênero: Stegoceras
Lambe, 1902
Espécie-tipo
Stegoceras validum
Lambe, 1902
Espécies
  • S. validum Lambe, 1902
  • ?S. novomexicanum Jasinski & Sullivan, 2011
Sinónimos

Stegoceras é um gênero de dinossauro paquicefalossaurídeo (com cabeça de cúpula) que viveu no que hoje é aAmérica do Norte durante o período Cretáceo Superior, cerca de 77,5 a 74 milhões de anos atrás. Os primeiros exemplares de Alberta, Canadá, foram descritos em 1902, e a espécie-tipo Stegoceras validum foi baseada nestes restos. O nome genérico significa "telhado de chifre" e o nome específico significa "forte". Várias outras espécies foram colocadas no gênero ao longo dos anos, mas estas foram desde então movidas para outros gêneros ou consideradas sinônimos juniores. Atualmente apenas S. validum e S. novomexicanum, nomeados em 2011 a partir de fósseis encontrados no Novo México, permanecem. A validade desta última espécie também foi debatida.

Stegoceras era um pequeno dinossauro bípede com cerca de 2 a 2,5 metros de comprimento e pesava cerca de 10 a 49 kg. O crânio era aproximadamente triangular com focinho curto e tinha uma cúpula espessa, larga e relativamente lisa no topo. A parte posterior do crânio tinha uma "prateleira" espessa sobre o occipital e uma crista espessa sobre os olhos. Grande parte do crânio era ornamentada por tubérculos (ou "protuberâncias" redondas) e nós (ou "protuberâncias"), muitos em fileiras, e os maiores formavam pequenos chifres na prateleira. Os dentes eram pequenos e serrilhados. Acredita-se que o crânio tenha sido achatado em animais jovens e tenha crescido em uma cúpula com a idade. Tinha uma coluna vertebral rígida e uma cauda enrijecida. A região pélvica era larga, talvez devido ao intestino estendido.

Originalmente conhecido apenas pelas cúpulas do crânio, o Stegoceras foi um dos primeiros paquicefalossauros conhecidos, e a incompletude desses restos iniciais levou a muitas teorias sobre as afinidades desse grupo. Um crânio completo de Stegoceras com partes associadas do esqueleto foi descrito em 1924, o que lançou mais luz sobre esses animais. Os paquicefalossauros estão hoje agrupados com os ceratopsianos com chifres no grupo Marginocephalia. O próprio Stegoceras foi considerado basal (ou "primitivo") em comparação com outros paquicefalossauros. Stegoceras era provavelmente herbívoro e provavelmente tinha um bom olfato. A função da cúpula tem sido debatida e teorias concorrentes incluem o uso em combate intra-específico (cabeçadas ou flancos), exibição sexual ou reconhecimento de espécies. S. validum é conhecido da Formação Dinosaur Park e da Formação Oldman, enquanto S. novomexicanum é da Formação Fruitland e Kirtland.

Descrição

Tamanho de S. validum comparado a um humano

Stegoceras é um dos paquicefalossauros norte-americanos mais conhecidos e um dos poucos conhecidos a partir de restos pós-cranianos; O espécime de S. validum UALVP 2 é o indivíduo Stegoceras mais completo conhecido até o momento. Seu comprimento é estimado em cerca de 2 a 2,5 metros, comparável ao tamanho de uma cabra.[1][2][3] O peso foi estimado em cerca de 10 a 40 kg.[4] Stegoceras era de tamanho pequeno a médio em comparação com outros paquicefalossauros.[5] S. novomexicanum parece ter sido menor que S. validum, mas é contestado se os espécimes conhecidos (crânios incompletos) são adultos ou juvenis[6][7]

Crânio e dentição

Imagens de tomografia computadorizada do crânio UALVP 2 em múltiplas visualizações, mostrando densidades superficiais relativas do osso (azul: baixo, amarelo: alto)

O crânio de Stegoceras tinha formato aproximadamente triangular quando visto de lado, com focinho relativamente curto. Os ossos frontal e parietal eram muito grossos e formavam uma cúpula elevada. A sutura entre esses dois elementos foi obliterada (apenas vagamente visível em alguns espécimes), e eles são denominados coletivamente de "frontoparietal". A cúpula frontoparietal era larga e tinha uma superfície relativamente lisa, sendo apenas as laterais rugosas (enrugadas). Foi estreitado acima e entre a orbita (órbitas oculares). O frontoparietal estreitava-se na parte posterior, ficava preso entre os ossos escamosos e terminava em uma depressão acima do occiput, na parte posterior do crânio. Os ossos parietais e escamosos formaram uma espessa plataforma sobre o occipital denominada plataforma parietosquamosal, cuja extensão variou entre os espécimes. O esquamosal era grande, não fazia parte da cúpula, e a parte posterior estava inchada. Era ornamentado por tubérculos irregularmente espaçados (ou protuberâncias redondas) e uma fileira de nós (protuberâncias) estendidos ao longo de suas bordas superiores, terminando em um tubérculo pontiagudo (ou pequeno chifre) de cada lado na parte posterior do crânio. Uma fileira interna de tubérculos menores corria paralela à maior. Exceto pela superfície superior da cúpula, grande parte do crânio era ornamentada com nós, muitos deles dispostos em fileiras.[5]

A grande órbita tinha o formato de uma elipse imperfeita (com o eixo mais longo da frente para trás) e voltada para o lado e ligeiramente para a frente. A janela infratemporal (abertura) atrás do olho era estreita e inclinada para trás, e a janela supratemporal na parte superior posterior do crânio era de tamanho muito reduzido, devido ao espessamento do frontoparietal. O basicranium (assoalho da braincase ) foi encurtado e distanciado das regiões abaixo das órbitas e ao redor do palato . O occipital inclinou-se para trás e para baixo, e o côndilo occipital foi desviado na mesma direção. O osso lacrimal formava a margem frontal inferior da órbita e sua superfície apresentava fileiras de ornamentação em forma de nó. Os ossos pré-frontal e palpebral foram fundidos e formaram uma crista espessa acima da órbita. O osso jugal relativamente grande formava a margem inferior da órbita, estendendo-se para a frente e para baixo em direção à articulação da mandíbula. Foi ornamentado com cristas e nós em um arranjo radiante.[5]

As aberturas nasais eram grandes e voltadas para a frente. O osso nasal era grosso, fortemente esculpido e tinha perfil convexo. Formava uma saliência (escudo) na parte superior média do crânio junto com o osso frontal. A parte frontal inferior da pré-maxila (osso frontal da mandíbula superior) era rugosa e espessada. Um pequeno forame (orifício) estava presente na sutura entre os pré-maxilares, conduzindo à cavidade nasal, e possivelmente conectado ao órgão de Jacobson (um órgão do sentido olfativo). A maxila era curta e profunda e provavelmente continha um seio. A maxila tinha uma série de forames que correspondiam à posição de cada dente ali, e estes funcionavam como passagens para a erupção de dentes substitutos. A mandíbula articulava-se com o crânio abaixo da parte posterior da órbita. A parte dentada da mandíbula inferior era longa, com a parte posterior bastante curta. Embora não preservado, a presença de um osso predentário é indicada por facetas na parte frontal da mandíbula.[5] Como outros paquicefalossauros, teria um bico pequeno.[8]

Restauração da vida de S. validum, com tegumento baseado em outros pequenos dinossauros ornitísquios

Stegoceras tinham dentes heterodontes (diferenciados) e thecodont (colocados em alvéolos). Tinha fileiras marginais de dentes relativamente pequenos e as fileiras não formavam uma aresta de corte reta. Os dentes eram inseridos obliquamente ao longo das mandíbulas e ligeiramente sobrepostos da frente para trás. De cada lado, o espécime mais completo (UALVP 2) apresentava três dentes na pré-maxila, dezesseis na maxila (ambas parte da mandíbula superior) e dezessete no dentário da mandíbula inferior. Os dentes da pré-maxila foram separados daqueles atrás da maxila por um curto diastema (espaço), e as duas fileiras da pré-maxila foram separadas por uma lacuna desdentada na frente. Os dentes da parte anterior do maxilar superior (pré-maxila) e do maxilar inferior anterior eram semelhantes; estes tinham coroas mais altas, pontiagudas e recurvadas, e um "calcanhar" na parte de trás. Os dentes da frente do maxilar inferior eram maiores que os do maxilar superior. As bordas frontais das coroas apresentavam oito dentículos (serras), e a borda posterior apresentava nove a onze. Os dentes na parte posterior da mandíbula superior (maxila) e inferior eram triangulares na vista lateral e comprimidos na vista frontal. Eles tinham raízes longas de seção oval e as coroas tinham um cingulum marcado em suas bases. Os dentículos aqui foram comprimidos e direcionados para o topo das coroas. Tanto o lado externo quanto o interno das coroas dos dentes apresentavam esmalte e ambos os lados eram divididos verticalmente por uma crista. Cada borda tinha cerca de sete ou oito dentículos, sendo que a borda frontal geralmente tinha a maior quantidade.[5]

O crânio dos Stegoceras pode ser distinguido dos de outros paquicefalossauros por características como sua pronunciada plataforma parietosquamosal (embora tenha diminuído com a idade), a cúpula "incipiente" de seu frontoparental (embora a cúpula aumentasse com a idade), seus ossos nasais inflados, sua ornamentação de tubérculos nas laterais e na parte posterior dos ossos escamosos, fileiras de até seis tubérculos na parte superior de cada escamoso e até dois nós na projeção posterior do parietal. Também se distingue pela falta de ornamentação nasal e pelo diastema reduzido.[9][10] O crânio de S. novomexicanum pode ser distinguido daquele de S. validum em características como a extensão posterior do osso parietal ser mais reduzida e triangular, possuindo fenestras supratemporais maiores (embora isso possa ser devido ao possível status juvenil dos espécimes ), e tendo contatos de sutura aproximadamente paralelos entre o escamoso e o parietal. Também parece ter uma saliência frontal menor do que S. validum,[6][7] e parece ter sido mais gracioso no geral.[11]

Esqueleto pós-craniano

A coluna vertebral de Stegoceras é incompletamente conhecida. A articulação entre as zigagófises (processos articulares) de sucessivas vértebras dorsais (posteriores) parece ter impedido o movimento lateral da coluna vertebral, o que a tornou muito rígida, e foi ainda mais fortalecida por ossified tendons.[5] Embora as vértebras do pescoço não sejam conhecidas, o côndilo occipital virado para baixo (que se articula com a primeira vértebra do pescoço) indica que o pescoço foi mantido em uma postura curva, como o formato de "S" ou "U" da maioria dos pescoços de dinossauros.[12] Com base na sua posição no Homalocéfalo, os tendões ossificados encontrados no UALVP 2 teriam formado uma intrincada " caudal basket " na cauda, consistindo em fileiras paralelas, com as extremidades de cada tendão entrando em contato com o próximo sucessivamente. Tais estruturas são chamadas myorhabdoi, e só são conhecidas em peixes teleósteos; a característica é exclusiva dos paquicefalossauros entre animais tetrápodes (quatro membros) e pode ter funcionado no enrijecimento da cauda.[13]

A escápula (omoplata) era mais longa que o úmero (osso do braço); sua lâmina era delgada e estreita, e ligeiramente torcida, acompanhando o contorno das costelas. A escápula não se expandiu na extremidade superior, mas foi muito expandida na base. O coracóide era principalmente fino e semelhante a uma placa. O úmero tinha uma haste delgada, era ligeiramente torcido ao longo de seu comprimento e ligeiramente curvado. A deltopectoral crest (onde os músculos deltóide e peitoral se fixam) era fracamente desenvolvida. As extremidades da ulna foram expandidas e as cristas estenderam-se ao longo da diáfise. O rádio era mais robusto que a ulna, o que é incomum. Quando vista de cima, a cintura pélvica era muito larga para um arcossauro bípede, e tornava-se mais larga em direção à parte posterior. A largura da região pélvica pode ter acomodado uma extensão posterior do intestino. O ílio era alongado e o ísquio era longo e delgado. Embora o púbis não seja conhecido, provavelmente foi reduzido em tamanho como o do Homalocéfalo. O fêmur (osso da coxa) era delgado e curvado para dentro, a tíbia era delgada e torcida e a fíbula era delgada e larga na extremidade superior. O metatarso do pé parece ter sido estreito, e o único ungueal conhecido (osso da garra) de um dedo do pé era delgado e ligeiramente curvado.[5] Embora os membros dos Stegoceras não sejam completamente conhecidos, eles provavelmente eram como outros paquicefalossauros por terem mãos com cinco dedos e quatro dedos nas mãos. [8]

Ver também

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Referências

  1. Glut, D. F. (1997). Dinosaurs: The Encyclopedia. Jefferson, North Carolina: McFarland & Co. pp. 834–838. ISBN 978-0-89950-917-4 
  2. Lambert, D. (1993). The Ultimate Dinosaur Book. New York: Dorling Kindersley. ISBN 978-1-56458-304-8 
  3. Sullivan, R. M. (2006). «A taxonomic review of the Pachycephalosauridae (Dinosauria: Ornithischia)». New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin. 35: 347–365 
  4. Peczkis, J. (1995). «Implications of Body-Mass Estimates for Dinosaurs». Journal of Vertebrate Paleontology. 14 (4): 520–533. JSTOR 4523591. doi:10.1080/02724634.1995.10011575 
  5. a b c d e f g Sues, H. D.; Galton, P. M. (1987). «Anatomy and classification of the North American Pachycephalosauria (Dinosauria: Ornithischia)». Palaeontographica Abteilung A. 198: 1–40 
  6. a b Jasinski, S. E.; Sullivan, R. M. (2011). «Re-evaluation of pachycephalosaurids from the Fruitland-Kirtland transition (Kirtlandian, late Campanian), San Juan Basin, New Mexico, with a description of a new species of Stegoceras and a reassessment of Texascephale langstoni» (PDF). Fossil Record 3. New Mexico Museum of Natural History and Science, Bulletin. 53: 202–215 
  7. a b Williamson, T. E.; Brusatte, S. L. (2016). «Pachycephalosaurs (Dinosauria: Ornithischia) from the Upper Cretaceous (upper Campanian) of New Mexico: A reassessment of Stegoceras novomexicanum». Cretaceous Research. 62: 29–43. doi:10.1016/j.cretres.2016.01.012Acessível livremente 
  8. a b Paul, G. S. (2010). The Princeton Field Guide to Dinosaurs. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 241–242. ISBN 978-0-691-13720-9 
  9. Sullivan, R. M. (2003). «Revision of the dinosaur Stegoceras Lambe (Ornithischia, Pachycephalosauridae)». Journal of Vertebrate Paleontology. 23 (1): 181–207. doi:10.1671/0272-4634(2003)23[181:rotdsl]2.0.co;2 
  10. Schott, Ryan K.; Evans, David C.; Goodwin, Mark B.; Horner, John R.; Brown, Caleb Marshall; Longrich, Nicholas R. (29 de junho de 2011). «Cranial Ontogeny in Stegoceras validum (Dinosauria: Pachycephalosauria): A Quantitative Model of Pachycephalosaur Dome Growth and Variation». PLOS ONE. 6 (6): e21092. Bibcode:2011PLoSO...621092S. PMC 3126802Acessível livremente. PMID 21738608. doi:10.1371/journal.pone.0021092Acessível livremente 
  11. Jasinski, S. E.; Sullivan, R. M. (2016). «The validity of the Late Cretaceous pachycephalosaurid Stegoceras novomexicanum (Dinosauria: Pachycephalosauridae)». In: Sullivan; Lucas. Fossil Record 5: Bulletin 74. [S.l.]: New Mexico Museum of Natural History and Science. pp. 107–116 
  12. Carpenter, Kenneth (1 de dezembro de 1997). «Agonistic behavior in pachycephalosaurs (Ornithischia, Dinosauria); a new look at head-butting behavior». Rocky Mountain Geology. 32 (1): 19–25 
  13. Brown, C. M.; Russell, A. P.; Farke, A. A. (2012). «Homology and Architecture of the Caudal Basket of Pachycephalosauria (Dinosauria: Ornithischia): The First Occurrence of Myorhabdoi in Tetrapoda». PLOS ONE. 7 (1): e30212. Bibcode:2012PLoSO...730212B. PMC 3260247Acessível livremente. PMID 22272307. doi:10.1371/journal.pone.0030212Acessível livremente