Bibliotheca Alexandrina

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مكتبة الإسكندرية
Biblioteca de Alexandria
Bibliotheca Alexandrina (panoramic view).jpg
O edifício atual da Biblioteca de Alexandria.
País  Egito
Estabelecida 2002
Localização Alexandria
Acesso e uso
População servida Aberta ao público
Website www.bibalex.org

A Bibliotheca Alexandrina (latim para "Biblioteca de Alexandria", em árabe: مكتبة الإسكندرية) é uma grande biblioteca e centro cultural localizado na costa do Mar Mediterrâneo na cidade egípcia de Alexandria. É simultaneamente uma comemoração em homenagem a antiga Biblioteca de Alexandria, que foi destruída na Antiguidade e uma tentativa de reavivar o brilho e a importância da antiga biblioteca.

História

A biblioteca reconstruída foi aberta ao público em outubro de 2002, e contém por volta de 400 mil livros. Seu sofisticado sistema de computadores permite ainda ter acesso a outras bibliotecas. A coleção principal destaca as civilizações do Mediterrâneo oriental.

O projeto da biblioteca é da autoria de uma empresa de arquitetos noruegueses, a Snøhetta. A construção demorou sete anos e foi inaugurada em 2002, mas a ideia nasceu em 1974. Os principais financiadores da instituição foram a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e o governo egípcio e o custo total da obra rondou os 200 milhões de euros.

Inicialmente, a ideia era dotar a biblioteca de oito milhões de livros, mas como foi impossível angariar essa quantidade ficou pela metade. Assim, foi dada prioridade à criação de uma biblioteca cibernética. No local estão ainda guardados dez mil livros raros, cem mil manuscritos, 300 mil títulos de publicações periódicas, 200 mil cassetes áudio e 50 mil vídeo. No total podem trabalhar na Biblioteca de Alexandria cerca de 3500 investigadores, que têm ao dispor 200 salas de estudo.

Estrutura

Fachada da Bibliotheca Alexandrina.

A reconstrução da famosa Biblioteca de Alexandria resultou numa estrutura de forma incomum. A construção principal da Bibliotheca Alexandrina parece um gigantesco cilindro inclinado. A ampla fachada do cilindro central, de granito cinza, tem letras de alfabetos antigos e modernos. Dispostas em fileiras, as letras representam apropriadamente as bases fundamentais do conhecimento.

A maior parte do interior do cilindro é ocupada por uma sala de leitura aberta, com o piso em vários níveis. No subsolo há espaço suficiente para 8 milhões de volumes. Há também espaços reservados para exposições, salas de conferências, biblioteca para cegos e um planetário — uma estrutura esférica, à parte, que lembra um satélite. Esse prédio moderníssimo inclui ainda sistemas sofisticados de computadores e de combate a incêndios.

A estrutura integra, para além da principal, quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, um museu de ciências e um de caligrafia e uma sala de congresso e de exposições. A instituição pretende ser um dos centros de conhecimento mais importantes do mundo assim com sua antecessora.

Entrada da biblioteca

A Biblioteca Tahan Hussein é especializada em cegos e invisuais, a dos Jovens é dedicada a pessoas entre os 12 e os 18 anos, a das crianças é para quem tem entre seis e 12 anos, e a Multimédia está dotada com CD, DVD, cassetes áudio e vídeo, dispositivos e fotografias. Há ainda uma sala de microfilmes, uma de manuscritos e outra de livros raros.

O telhado de vidro e alumínio tem quase o tamanho de dois campos de futebol, este teto da biblioteca é um disco com 160 metros de diâmetro reclinado, que parece em parte enterrado no solo. Ele é provido de clarabóias, voltadas para o norte, que iluminam a sala de leitura principal.

Interior da biblioteca.

Os espaços públicos principais ficam no enorme cilindro com o topo truncado, cuja parte inferior desce abaixo do nível do mar. A superfície inclinada e brilhante do telhado começa no subsolo e chega a 30 metros de altura. Olhando à distância, quando a luz do Sol reflete nessa superfície metálica, a construção parece o Sol quando nasce no horizonte. A entrada é pelo Triângulo de Calímaco, uma varanda de vidro triangular, assim chamada em homenagem ao bibliotecário que sistematizou os 500 mil livros da antiga biblioteca.

A sala de leitura tem vinte mil e é iluminada de forma uniforme por luz solar directa. Ao todo a biblioteca tem onze pisos, sete à superfície e quatro subterrâneos, sustentados por 66 colunas de 16 metros cada uma.

As paredes sem janelas revestidas a granito que sustentam a parte do círculo que fica à superfície têm incrustados os símbolos utilizados pela Humanidade para comunicar, como os caracteres dos alfabetos, notas musicais, números e símbolos algébricos, códigos das linguagens informáticas, etc.

Ver também

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Ligações externas