Bom Despacho

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Bom Despacho
  Município do Brasil  
De cima para baixo da esquerda para a direita: Sede do 7º Batalhão de Polícia Militar, na Vila Militar; Corte de Reinado, da tradicional Festa do Reinado (Congado) na cidade; Avenida Doutor Roberto de Melo Queiroz, na divisa dos Bairros Novo São José (esquerda) e Jardim dos Anjos (direita); Antiga Locomotiva da Estrada de Ferro Paracatu, localizada do Museu Ferroviário, na Praça da Estação; Vista do Estádio Municipal Chico Marques, durante o Grande Clássico entre Associação x Famorine, válido pelo Campeonato Regional de Futebol Amador do Alto São Francisco; Pôr do Sol visto do Bairro Vila Gontijo, na altura da Praça São Sebastião; Trecho da BR-262, próximo ao trevo de Bom Despacho; Visão Panorâmica do entardecer da Praça da Matriz, céu nublado, com destaque para a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Despacho, Igreja Sede da Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, no Centro.
De cima para baixo da esquerda para a direita: Sede do 7º Batalhão de Polícia Militar, na Vila Militar; Corte de Reinado, da tradicional Festa do Reinado (Congado) na cidade; Avenida Doutor Roberto de Melo Queiroz, na divisa dos Bairros Novo São José (esquerda) e Jardim dos Anjos (direita); Antiga Locomotiva da Estrada de Ferro Paracatu, localizada do Museu Ferroviário, na Praça da Estação; Vista do Estádio Municipal Chico Marques, durante o Grande Clássico entre Associação x Famorine, válido pelo Campeonato Regional de Futebol Amador do Alto São Francisco; Pôr do Sol visto do Bairro Vila Gontijo, na altura da Praça São Sebastião; Trecho da BR-262, próximo ao trevo de Bom Despacho; Visão Panorâmica do entardecer da Praça da Matriz, céu nublado, com destaque para a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Despacho, Igreja Sede da Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, no Centro.
De cima para baixo da esquerda para a direita: Sede do 7º Batalhão de Polícia Militar, na Vila Militar; Corte de Reinado, da tradicional Festa do Reinado (Congado) na cidade; Avenida Doutor Roberto de Melo Queiroz, na divisa dos Bairros Novo São José (esquerda) e Jardim dos Anjos (direita); Antiga Locomotiva da Estrada de Ferro Paracatu, localizada do Museu Ferroviário, na Praça da Estação; Vista do Estádio Municipal Chico Marques, durante o Grande Clássico entre Associação x Famorine, válido pelo Campeonato Regional de Futebol Amador do Alto São Francisco; Pôr do Sol visto do Bairro Vila Gontijo, na altura da Praça São Sebastião; Trecho da BR-262, próximo ao trevo de Bom Despacho; Visão Panorâmica do entardecer da Praça da Matriz, céu nublado, com destaque para a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Despacho, Igreja Sede da Paróquia Nossa Senhora do Bom Despacho, no Centro.
Símbolos
Bandeira de Bom Despacho
Bandeira
Brasão de armas de Bom Despacho
Brasão de armas
Hino
Lema Fé, Energia e Trabalho
Gentílico bom-despachense[1]
Localização
Localização de Bom Despacho em Minas Gerais
Localização de Bom Despacho em Minas Gerais
Localização de Bom Despacho em Minas Gerais
Bom Despacho está localizado em: Brasil
Bom Despacho
Localização de Bom Despacho no Brasil
Mapa
Mapa de Bom Despacho
Coordenadas 19° 44' 09" S 45° 15' 07" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Martinho Campos, Leandro Ferreira, Dores do Indaiá, Santo Antônio do Monte, Araújos, Moema, Luz[2]
Distância até a capital 156 km
História
Fundação Povoamento: 12 de abril de 1730 (293 anos)
Distrito criado subordinado a Santo Antônio do Monte: 14 de julho de 1832 (191 anos)
Vila: 30 de agosto de 1911 (112 anos)
Distrito-Sede 1 de junho de 1912 (111 anos)
Cidade: 10 de setembro de 1933 (90 anos)[3]
Emancipação 1 de junho de 1912 (111 anos)[4]
Administração
Distritos
Prefeito(a) Bertolino da Costa Neto[5] (AVANTE, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [7] 1 213 km²
 • Área urbana 10.0 km²
População total (censo IBGE/2022[1]) 51 737 hab.
 • Posição MG: 69º; BR: 631º
Densidade 42,7 hab./km²
Clima Tropical de altitude (Cwa)
Altitude 768 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 35600-000 a 35602-999[6]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[1]) 0,750 alto
 • Posição MG: 41º
Gini (PNUD/2013[8]) 0.49
PIB (IBGE/2021[9]) R$ 1 814 096,238 mil
 • Posição BR: 640º; MG: 81º
PIB per capita (IBGE/2021[9]) R$ 35 269,00
Sítio bomdespacho.mg.gov.br (Prefeitura)
camarabd.mg.gov.br (Câmara)

Bom Despacho é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado na Região Geográfica Intermediária de Divinópolis, na região do Alto São Francisco, a 768 metros de altitude. Com uma área de 1.213,5 km², fica a 156 km de Belo Horizonte. Em 2015 foi considerada a 4ª melhor cidade de pequeno porte de Minas Gerais.[10] Está interligada aos principais centros urbanos da região por rodovias asfaltadas como a BR-262 e MG-164, esta última liga o município a BR-040.

História[editar | editar código-fonte]

A Vila de Bom Despacho em 1881.

O processo de ocupação do município se iniciou em meados de 1770,quando foi erguida a Igreja Cruz do Monte.Nas imediações da Igreja foram erguidas construções,que ajudaram na formação do Arraial da Nossa Senhora do Bom Despacho.[carece de fontes?]

Em 1812 o Arraial atingiu a condição de instituição civil.O Município se emancipou em 1 de junho 1912 desmembrando-se de Santo Antônio do Monte.[carece de fontes?]

A história de Bom Despacho tem origem nos tempos do Brasil colonial, onde a vasta região da capitania de Minas Gerais era, em grande parte, coberta por densas florestas. Local de desbravamento pelos bandeirantes, o território, de acordo com indícios arqueológicos, foi habitado originalmente por índios cataguás.

A região foi ocupada por portugueses e luso-brasileiros nos fins do século XVI. Entre os primitivos exploradores, podem ser citados: Sebastião Marinho (1592); o capitão-mor João Pereira de Souza Botafogo (1596); Afonso Sardinha e João de Prado (1594 a 1599); e Félix Jaques (1616). Nos tempos das bandeiras, Minas foi explorada através de várias incursões, motivadas pelo aprisionamento de indígenas, pela necessidade de mapeamento ou pela busca de ouro, metais e pedras preciosas. Todavia, nenhuma dessas incursões resultaram no povoamento do território, que só deu indícios no século XVII, quando bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro no Vale do Tripuí e a região recebeu grande quantidade de pessoas. Neste período, a extração aurífera oferecia rápida possibilidade de enriquecimento. Assim, o forte contingente populacional que afluiu para a região contribuiu para a formação de vários centros urbanos, entre eles, Ouro Preto, Sabará, Diamantina e Pitangui, vila próxima à região onde hoje situa-se Bom Despacho.

Os primeiros achados de ouro em Pitangui compreendem os anos 1694 a 1702, quando milhares de pessoas se dirigiram para a localidade. Em poucos anos, Pitangui tornaria-se Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitangui, centro difusor das incursões e povoamentos do Alto São Francisco.[11] Uma comitiva liderada por Antônio Rodrigues Velho - conhecido como Velho da Taipa, um dos fundadores de Pitangui, José de Campos Bicudo e Gervásio de Campos Bicudo, resultou na exploração de grande parte das terras onde hoje se localiza Bom Despacho. Ao que tudo indica, através de uma carta de sesmaria, datada de 1715, Gervásio, minerador e sertanista, foi o primeiro a possuir o título destas terras. No entanto, embora não tendo encontrado documentos que indiquem a história dessa sesmaria, sabe-se que Gervásio retornou à São Paulo, sua cidade, por volta de 1725 e as terras tornaram-se devolutas.[carece de fontes?] A título de curiosidade, um dos companheiros de entradas do Velho da Taipa era Manoel Picão Camacho, figura que se encontra presente nas crônicas e contos que relatam as origens de Bom Despacho. Apesar de sua presença na região, e um rio próximo ter sido denominado com seu nome, Picão Camacho – também conhecido como Picão Camargo – não fixou residência na região, nem foi um dos primeiros homens “civilizados” a andar nas terras de Bom Despacho, como já se acreditou segundo a tradição oral.[12]

Em 1736, Gomes Freire de Andrade, governador da capitania de Minas, promoveu o povoamento do oeste mineiro, autorizando a formação de duas bandeiras particulares para invadir o quilombo de Campo Grande, localizado no atual Centro-Oeste de Minas. A partir disto, vários caminhos foram abertos ao redor do território e, em 1737, sesmarias foram concedidas a capitães donatários, iniciando o povoamento da região. Ademais, na segunda metade do século XVIII, a economia de Minas entrou numa nova fase. Com o declínio da produção aurífera, mineradores e garimpeiros saíram da vila de Pitangui, em busca de novos meios de subsistência. Dava-se início à “corrida para os sertões”, na procura de terras propícias para lavoura e criação de gado. Assim surgiam as primeiras fazendas de gado e o espaço começou a ser ocupado. Contudo, como demonstra Queiroz, a região já era povoada por aldeias de escravizados fugitivos.[13] Os quilombos eram não só um local de refúgio para os negros submetidos à escravidão, mas também de resistência. Segundo Orlando de Freitas, até esse período, o território de Bom Despacho era conhecido por meio de três divisões referentes à localização. Eram as “Paragens do Rio Lambari, “Paragens do Rio Picão” e “Paragens do Rio São Francisco”.[14] Nestas áreas, entre os rios São Francisco e o Lambari, haviam diferentes quilombos, fator importante para o povoamento do que hoje é Bom Despacho. Todavia, a existência deles atrapalhava o processo de ocupação da região. Por isso, o governador Gomes Freire, entre 1755 e 1770, ofereceu recompensas em terras e dinheiro para aqueles que combatessem os quilombolas do local. Destarte, entre os anos 1755 e 1800, dezenas de pessoas, principalmente provindas de Pitangui, dirigiram-se a atual região de Bom Despacho.

A ocupação efetiva da região se deu através da chegada, em 1758, de uma das equipes responsáveis por combater quilombolas. Capitães do mato e suas tropas, junto com milícias de Pitangui, começaram a debelar os quilombos e, em busca de abrigo e proteção, estabeleceram-se na atual região da Cruz do Monte, situada na Tabatinga. Local que servia, ainda, como um posto de observação para os combatentes. De acordo com Freitas, o número de milicianos que se dirigiram para as paragens do Picão foi grande.[14] Um pequeno número de povoadores ficou conhecido, entre eles: os alferes Barnabé Alves, Custódio Vieira Lanhoso, Luís Ribeiro da Silva e dois capitães, João Gonçalves Paredes e Pedro Vaz de Melo. Em pouco tempo, uma ermida seria construída no local. Segundo a historiadora Sônia Queiroz, em 1765 a região já possuía 24 casas, cujos habitantes dedicavam-se à pecuária e agricultura para fins de subsistência.[13]

Nos tempos seguintes, as terras ocupadas pelos primeiros povoadores foram, aos poucos, sendo subdivididas e compradas por outros proprietários. É interessante observar que a concessão de sesmarias era vinculada ao número de escravos possuídos pelo requisitante.[15] A região integrava a Sesmaria do Picão, cujo dono era João Gonçalves Paredes. O território foi vendido ao alferes português Luís Ribeiro da Silva em 1772, e denominado como Campo Alegre. O alferes, ao contrário do que já se acreditou, não foi o “fundador” de Bom Despacho mas, de fato, doou as terras para o Patrimônio de Nossa Senhora do Bom Despacho, onde já existia uma capela e o processo de povoamento já havia se iniciado. Luís Ribeiro foi, por outro lado, um dos fundadores da Irmandade de Nossa Senhora do Bom Despacho, cujo objetivo era levantar fundos para a reforma da ermida. Surgia, paulatinamente, um povoado que com o tempo perdeu seu nome original, passando a ser chamado de Tabatinga.

O nome Bom Despacho foi o primeiro nome do arraial nos trâmites eclesiásticos e judiciais. Nos tempos do Brasil colonial, a Igreja desempenhava um importante papel junto ao governo. Assim, era comum que os núcleos populacionais tivessem grande participação eclesiástica. A designação “Bom Despacho” designava, assim, o conjunto religioso do povoado, uma vez que era a capela o ponto de referência local. Na tradição oral, há controvérsias a respeito do nome. Uma vertente o atribui à devoção do fundador da capela, Luís Ribeiro da Silva que, como outros portugueses, era procedente da Província do Minho, norte de Portugal, local onde o culto a Nossa Senhora do Bom Despacho era fervoroso. Outra corrente afirma que a denominação surgiu na ocasião de uma seca prolongada, ocorrida entre 1767 e 1770, penalizando pessoas, animais e lavouras. Então os devotos de Nossa Senhora do Bom Despacho fizeram súplicas e orações pedindo chuva. Por terem suas súplicas atendidas, começaram a chamar o arraial de Nossa Senhora do Bom Despacho do Picão que, aos poucos, tomava forma. Na época, a principal atividade econômica desenvolvida na região era a criação de gado, a produção de rapadura e aguardente, além das culturas de arroz, milho, mandioca e algodão.[16]

Além de Luís Ribeiro da Silva, outros nomes foram apontados nas fontes como os principais povoadores de Bom Despacho, entre eles: Domingos Luís de Oliveira, Manuel Ribeiro da Silva e o Padre Vilaça, que chegaram na localidade por volta de 1765. Manuel Ribeiro foi, inclusive, o responsável pelo surgimento da fazenda Ribeiro, mais tarde Engenho do Ribeiro.

Em 1813 foram registrados alguns dados estatísticos de Bom Despacho que demonstravam uma população estimada em 1.532 habitantes. Destes, os livres eram: 559 brancos; 492 “mulatos” e 41 negros. Além de 416 negros e 24 “mulatos” escravizados. Na época, o arraial já contava com um professor particular, Miguel Furtado de Mendonça, responsável pela educação dos filhos da aristocracia rural, que dominava a região. Em 1853, foi fundado o primeiro estabelecimento comercial do arraial, a Casa Assumpção. O proprietário era Faustino Antônio Assumpção, e seu comércio era famoso por vender um pouco de tudo: tecidos, ferragens, armarinho, material de construção, bebidas, cereais, açougue, verduras, óleo lubrificante, brinquedos, caixão ou seja, uma infinidade de mercadorias. Posteriormente, em seu lado externo, a casa de comércio ainda teria uma bomba de gasolina. O pequeno distrito começou a se denvolver ao longo dos anos 1800 e não demoraria muito para o tema da emancipação surgir.[17]

Em 1880, a freguesia de Bom Despacho desmembrou-se de Pitangui, passando a pertencer ao município de Inhaúma, atual Santo Antônio do Monte. Neste período, Bom Despacho tinha como vigário o famoso italiano Nicolau Ângelo Del Duca. Defensor do local, uniu um grupo de cidadãos para defender a independência municipal. O padre foi uma liderança entre a população e requereu durante anos, junto com a comunidade, a elevação do arraial à categoria de Vila. No entanto, o tema já perambulava pela Assembleia Provincial em 1872, quando o Deputado Gustavo Xavier Capanema discursou em favor da elevação da freguesia a vila. Um dos argumentos usados por Capanema foi a presença de fazendeiros abastados no povoado, todos, inclusive, possuidores de escravos.

Em 1900 foi inaugurada uma bica de água, instalada num paredão de pedra na região central da freguesia. Realizada por meio do Vigário Nicolau Del Duca, a “Biquinha” configurou-se como um dos marcos iniciais da Vila de Nossa Senhora do Bom Despacho. O local era usado para descanso de bandeirantes e aventureiros nos tempos mais antigos, e passou a ser utilizado pelas lavadeiras, para o abastecimento das casas próximas e espaço de lazer para muitas crianças.

A emancipação[editar | editar código-fonte]

Em 30 de agosto de 1911, através da Lei n° 556, Bom Despacho foi elevada a categoria de município.[18] Neste contexto, a cidade possuía apenas dois mil habitantes na área urbana e dezesseis mil em todo o território. Em 1912 a Vila foi efetivamente instalada e seu primeiro grupo de vereadores foi eleito. Procedeu-se a instalação da Câmara Municipal, cujo presidente era o coronel Faustino Antônio de Assunção Filho. Naquele momento, outras figuras de Bom Despacho também presenciavam satisfeitas com o acontecimento, entre eles: Gustavo Lopes Cançado, Faustino Assunção Teixeira, Aníbal Gontijo, Pedro de Paula Gontijo, Manuel Marques Gontijo, Francisco Lopes Cardoso, Antônio Marques Gontijo Sobrinho, Gervique José da Silva, capitão José Antônio Cardoso, coronel Segismundo Marques Gontijo, Flávio Xavier Lopes Cançado, Antônio Marques Gontijo, Joaquim Alves de Carvalho, Alfredo Alves Machado, Antônio Guerra da Silva, Antônio Lopes Cançado.

A cidade[editar | editar código-fonte]

Nos anos subsequentes, entre 1912 e 1920, foi criada a primeira escola pública estadual, o Grupo Escolar de Bom Despacho - atual Escola Municipal Coronel Praxedes. Também foram criados o Fórum, a Cadeia, o Clube Bom Despacho, o Aeroclube, e foi fundada a Companhia Força e Luz de Bom Despacho e a construção da Santa Casa. No início da década de 1920, consolidou-se a construção da Estrada de Ferro Paracatu que trouxe desenvolvimento social, urbano e cultural para Bom Despacho. Um empreendimento deste porte custou, além de recursos financeiros, recursos humanos. Desta forma, muitos trabalhadores migraram para a cidade em busca de emprego na ferrovia. Para recebê-los, foram erguidos galpões para alojamento de funcionários, oficinas de reparo das locomotivas, o Escritório Central e uma Vila Operária dos Funcionários da Estrada de Ferro Paracatu, construída em 1927. A Estação Ferroviária foi inaugurada em 21 de outubro de 1921 e marcou um período de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural da cidade.

Com a unificação das estradas férreas pelo acordo firmado entre o Governo Federal e o Estadual, o Escritório Central e as oficinas passaram, então, para Divinópolis. Disto, decorreu o esvaziamento da Vila Operária. Todavia, em julho de 1931, Flávio Cançado Filho, prefeito de Bom Despacho na época, conseguiu junto à Olegário Maciel, bom-despachense e governador de Minas, a implantação do Sétimo Batalhão de Caçadores Mineiros da Força Pública do Estado de Minas Gerais a ser instalado na vila. A partir daí, as 97 casas da Vila Operária foram ocupadas por Caçadores Mineiros, denominando-se Vila Militar.

Ainda nos anos 20, a cidade iniciou a construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho. Idealizada pelo Pe. Augusto Ferreira de Andrade, a construção da Matriz demandou mais de vinte anos, sendo dificultada pelas interpéries do tempo nas estações de chuva, e pela instabilidade econômica da época. A igreja foi erguida com a ajuda de toda a população. Operários da Estrada de Ferro Paracatu, soldados do Batalhão, e os mais variados cidadãos contribuíram de alguma forma, a população participou efetivamente para a construção, seja trabalhando de forma voluntária, através de campanhas para arrecadação de doações, rifas, leilões, barraquinhas e quermesses. Desta forma, num misto de fé e força de vontade, Bom Despacho se uniu em prol da efetivação da nova Igreja, consolidada em 1948.

A partir dos anos 2000, a cidade recebeu sua primeira universidade, a FUNPAC – Fundação Universidade Presidente Antônio Carlos, posteriormente chamada de UNIPAC, ALIS e atual UNA, oferecendo diversos cursos superiores a população. Foi instalado, ainda, o SESC-Laces, pólo de entretenimento e lazer em Bom Despacho. Mais recentemente, a cidade foi agraciada com um hemocentro para atender os habitantes com problemas renais e a Universidade Aberta do Brasil – UAB, que oferece ensino de qualidade à distância e gratuito.[19]

Geografia[editar | editar código-fonte]

O relevo predominante na região de Bom Despacho são as formas planas, onde também são observadas as planícies fluviais dos Rios São Francisco, Pará, Picão e Indaiá, caracterizados por terraços e várzeas, com ocorrência de áreas de permeabilidade acentuada, sujeitas as inundações periódicas. Tais características geomorfológicas conferem à região uma topografia geral pouco acidentada. A vegetação, por sua vez, se for excluído as áreas reflorestadas com eucalipto, as pastagens e as áreas onde se desenvolve a agricultura, as formações vegetais de ocorrência no município são compostas por: cerrado, campo cerrado, capoeira, campos e matas ciliares ou de galeria. A rede hidrográfica bom-despachense tem como principais cursos de água, o São Francisco e o Lambari, na fronteira leste, e os rios Capivari, Machados e Picão, entre outros cursos de menor vulto. De modo geral, o município é bem servido de recursos hídricos.

Tem como pertencentes ao município o distrito do Engenho do Ribeiro, além dos povoados da Passagem, Mato Seco, Capivari dos Macedos, Retiro dos Agostinhos, Capivari dos Eleutérios, Capivari dos Alves, Capivari dos Marçal, Córrego Areado, Lagoa do José Luís, Povoado do Vilaça, Extrema, Pulador, Água Doce, Ermo e Povoado da Garça. Bom Despacho faz divisas com sete municípios, são eles: Martinho Campos, Leandro Ferreira, Araújos, Santo Antônio do Monte, Moema, Luz e Dores do Indaiá.

O governo de Minas Gerais divide o território estadual em dez regiões de planejamento. Bom Despacho está localizado na Região VI, Centro-Oeste de Minas, onde é o 4º município mais populoso.[20]

Clima[editar | editar código-fonte]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1981 a 1984 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em Bom Despacho foi de 0,1 °C em 23 de maio de 1999,[21] e a maior atingiu 40,2 °C em 19 de outubro de 1987.[22] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 153,2 milímetros (mm) em 20 de novembro de 2001. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 143 mm em 13 de janeiro de 1991, 142,7 mm em 21 de outubro de 1997, 137 mm em 24 de dezembro de 1986, 123,4 mm em 18 de dezembro de 2011, 116,8 mm em 4 de janeiro de 1994, 111,8 mm em 16 de maio de 1994, 106,7 mm em 14 de outubro de 1983, 106,6 mm em 5 de dezembro de 2016, 102,2 mm em 28 de janeiro de 1991 e 100,8 mm em 3 de março de 2005.[23] Janeiro de 1991, com 659,3 mm, foi o mês de maior precipitação.[24]

Dados climatológicos para Bom Despacho
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 37,1 36,7 36 36,2 34,4 32,3 33,3 36,9 38,8 40,2 38,2 38,7 40,2
Temperatura máxima média (°C) 30,6 31,1 30,6 30 28 27,2 27,5 29,1 30,3 31 30,1 30 29,6
Temperatura média compensada (°C) 23,9 23,9 23,5 22,3 19,6 18,1 17,8 19,3 21,3 23 23,1 23,4 21,6
Temperatura mínima média (°C) 19,3 19 18,5 16,7 13,4 10,9 10,5 11,7 14,3 16,7 18 18,8 15,7
Temperatura mínima recorde (°C) 11,2 12,7 11,8 6 0,1 1,2 0,3 2,2 4,6 6,8 7,8 11 0,1
Precipitação (mm) 280,1 170,1 142,3 48,7 36,5 8,9 7,6 13,2 52 115,3 196,1 314 1 384,8
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 15 11 11 5 4 1 1 2 5 8 13 17 93
Umidade relativa compensada (%) 76,7 74,9 76,5 73,7 72,4 69 64,6 59,9 61 66,3 73,5 78,4 70,6
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[25]
recordes de temperatura: 01/05/1981 a 31/12/1984 e 01/01/1986-presente)[21][22]

Demografia[editar | editar código-fonte]

De acordo com a estimativa do IBGE, em julho de 2018 o município tinha 50 166 habitantes.[1] O último censo demográfico, realizado em 2010, apontou uma população de 45.624 habitantes, sendo a maior parte com idade entre 20 e 39 anos, cerca de 32%. Logo em seguida está a faixa etária de 0 a 19 anos com 30,5%, dos 40 aos 59 anos com 25,5% e as pessoas acima de 60 anos representam 12% da população total. Ademais, cerca de 94,1% da população reside na cidade. Os outros 5,9% moram na área rural do município. Em Bom Despacho cerca de 49,6% dos habitantes são homens e 50,4% mulheres (Base: Censo 2010).[26] O perfil econômico atualizado do Município, atualizado até 2017, pode ser encontrado aqui:[27]

Evolução da população de Bom Despacho [28]
Ano Habitantes Variação (%) Urbana Rural Masculina Feminina
1767 1.532 (440 escravos) 1532
1813 1.513(*)
1830 2.328(*) 53,86
1912 16.000(*) 587 2.000 14.000
1940 22.166(**)[29] 38,53
1941 15.000(****)[30]

8.000

7.000
1950 25.269(**)[31] 1,73
1960 23.580***[32] 46,65 11.802 11.778
1970 27.298 14,50
1980 29.347 7,50
1981 29.815 1,59
1982 30.378 1,88
1983 30.943 1,86
1984 31.506 1,82
1985 32.068 1,78
1986 32.172 0,32
1987 33.709 4,78
1988 33.700 -0,03
1989 34.232 1,58
1990 34.743 1,49
1991 35.330 1,69 30.823 4.507 17.624 17.706
1992 35.760 1,22
1993 36.736 2,73
1994 37.150 1,13
1995 37.559 1,10
1996 37.699 0,37 34.298 3.401 18.693 19.006
1997 38.137 1,16
1998 38.512 0,98
1999 38.883 2,73
2000 39.943 0,96 37.221 2.722 19.873 20.070
2001 40.490 3,14
2002 40.914 1,04
2003 41.364 1,09
2004 42.310 2,28
2005 42.833 1,23
2006 43.353 1,21
2007 42.260 -2,52 39.494 2.660 20.863 21.192
2008 43.898 3,87
2009 44.265 0,83
2010 45.624 3,07 42.963 2.661 22.625 22.999 [26]
2011 46.060 0,95
2012 46.482 0,91
2013 48.350 4,01
2014 48.802 0,93 24.165 24.637 [27]
2015 49.236 0,88
2016 49.650 0,84
2017 50.042 0,78
2018 50.166 0,24
2019 50.605 0,87

Fonte: (*) Laércio Rodrigues: Bom Despacho, Origem e Formação.1968. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Inclui populações do Doce (Moema) e Araújos. Demais anos, IBGE

(**) Inclui população dos então distritos de Moema e Araújos

(***) Em decorrência de emancipação, exclui as populações de Moema e Araújos

(****) Estes números foram extraídos do livro "O Bispado do Aterrado - Dados históricos e estatísticos de todas as suas paróquias com ilustrações. 1941. Tip. Diocesana de Luz. Edição fac-similar - 2018 - Luz. Inclui a população de Moema, mas não Araújos. Isto talvez explique a diferença com relação aos números de 1.940 e 1.950.

Religião[editar | editar código-fonte]

Imigração alemã[editar | editar código-fonte]

Na década de 1920, Bom Despacho recebeu duas colônias de imigrantes estrangeiros de nacionalidade predominantemente alemã. Nos dias de hoje, a tradição e a história destes imigrantes está quase totalmente esquecida.

O fluxo de estrangeiros para terras brasileiras havia diminuído bastante como consequência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), mas cresceu devido à situação dos países europeus após o conflito. Por meio do ministério da agricultura do então Presidente do Estado de Minas Gerais, Artur Bernardes, e do então prefeito de Bom Despacho, Faustino Assunção, foram implantadas nas terras do município, a Colônia Álvaro da Silveira em 1920 e a Colônia David Campista em 1921.[33][34]

Economia[editar | editar código-fonte]

Evolução do PIB nominal e comparação com Brasil[35]
Bom Despacho Brasil
Ano R$ Crescimento (%) R$ Crescimento (%) IPCA
2018 x bilhão % 6.800 trilhões 3,69% 3,7455%
2017 1,211 bilhão 5,30% 6.558 trilhões 4,66% 2,9473%
2016 1,150 bilhão 9,83% 6.266 trilhões 4,43% 6,2881%
2015 1,047 bilhão 5,36% 6.000 trilhões 3,84% 10,6735%
2014 993,7 milhões 7,21% 5.778 trilhões 8,38% 6,4076%
2013 926,8 milhões 14,20% 5.331 trilhões 10.73% 5,9108%
2012 811,5 milhões 14,82% 4.814 trilhões 10,00% 5,8386%
2011 706,7 milhões 12,12% 4.376 trilhões 12,64% 6,5031%
2010 630,3 milhões 53,95% 3.885 trilhões 101,65% 5,9090%
2005 409,4 milhões 117,53% 2.170 trilhões 79,03% -
2000 188,2 milhões - 1.199 trilhões -

Fonte: IBGE, 2019


Evolução do PIB de Bom Despacho - preços correntes - 2012 e 2017
Setor/Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017
R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Total - R$ milhões 811,8 100 926,8 100 993,7 100 1.047,3 100 1.150,4 100 1.211,3 100
Agropecuária - R$ milhões 59,4 7,4 80,7 8,8 83,3 8,4 75,7 7,1 123,2 10,7 92,2 7,6
Administração Pública (Defesa, Educação e Saúde) e Seguridade Social - R$ milhões 123,3 15,2 139,4 15 153,7 15,4 172 16,3 185,2 16,1 198,3 16,4
Impostos líquidos a preços correntes - R$ milhões 77,8 9,6 85 9,2 89,2 9 95,7 9,4 106,6 9,3 123,9 10,3
Indústria - R$ milhões 139,6 17,1 148,5 16 157,7 15,9 157,1 15 160,9 14 190,3 15,7
Serviços e comércio - R$ milhões 411,7 50,7 473 51 509,6 51,3 546,8 52,2 574,2 49,9 606,6 50
PIB per capita - R$ mil 17.464,94 19.169,38 20.362,65 21.272,95 23.170,21 24.209,87

Fonte: IBGE, 2019

Agropecuária[editar | editar código-fonte]

Principais produtos agrícolas - (2017)[36]
Produto Produção (t) Área colhida (ha) Eficiência (t/ha)
Cana de açúcar 117.600 2.100 56
Milho 8.850 1.550 5,70
Soja 5.208 1.980 2,63
Laranja 1.800 60 30
Mandioca 1.400 70 20
Feijão 1.020 400 2,55
Cebola 1.000 25 40
Melância 570 19 30
Alho 72 6 12
Banana 48 2 24
Borracha 36 12 3
Limão 15 1 15
Arroz 12 5 2,4

Fonte: IBGE, 2019

Pecuária
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Aquicultura - Tilápia Kg - 700 600 500 400 - -
Bovino - cabeças 80.296 81.104 83.893 89.374 92.546 86.317 84.568
Vaca ordenhada - cabeças 26.454 27.471 29.061 30.074 32.317 17.800 17.200
Leite de vaca (x 1000) litros 57.141 65.211 67.734 65.766 68.421 73.445 73.950
Bubalino - cabeças 106 180 166 213 105 202 242
Caprino - cabeças 120 110 - 81 65 120 115
Codorna - cabeças - - - - - 100 110
Ovos de codorna (x 1000) dúzias - - - - - 2 3
Equino - cabeças 1.862 1.516 - 1.348 1.103 2.200 2.260
Galináceo - cabeças 755.700 997.934 1.015.717 1.004.704 986.204 953.000 975.000
Galinha - cabeças 273.000 293.987 322.594 313.204 323.204 318.500 306.603
Mel de abelha - Kg 11.800 11.000 10.500 12.800 13.000 9.150 10.500
Muares - cabeça 89 - - - - - -
Ovino - cabeças 118 58 69 53 79 160 172
Suíno - cabeças 30.000 28.000 56.116 30.725 30.000 55.210 55.500

Fonte: IBGE, 2020.

Emprego[editar | editar código-fonte]

Bom Despacho, até 2010, contava com uma população economicamente ativa ocupada de 23.653 pessoas. Já a população economicamente ativa desocupada era de 1.781 pessoas. A inativa era de 7.856 pessoas.

Características da mão de obra - Bom Despacho
2000 2010
% dos ocupados com ensino fundamental completo 43,38 57,31
% dos ocupados com ensino médio completo 29,25 40,00
% dos ocupados com rendimento de até 1 salário mínimo 44,53 11,38
% dos ocupados com rendimento de até 2 salário mínimo 77,24 66,86
Percentual dos ocupados com rendimento de até 5 salários mínimo 91,95 92,68

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013.

Em torno de 12,59% das pessoas com idade de 18 anos ou mais e ocupadas no município, em 2010, trabalhavam no setor agropecuário, 0,11% na indústria extrativa, 14,09% na indústria de transformação, 8,26% no setor de construção, 0,98% nos setores de utilidade pública, 18,39% no comércio e 41,51% no setor de serviços.[37] No ano de 2013 havia em Bom Despacho 10.808 empregos formais, isto é, empregos com carteira assinada. Em 2014 esse número aumentou para 11.331.[38]


Emprego - Bom Despacho[39]
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Nov/2019
Admissões 4.180 4.539 4.617 5.725 5.556 5.788 6.907 6.662 5.706 4.255 4.467 4.917 4.672
Demissões 4.109 4.408 4.281 5.362 5.434 5.417 5.938 6.461 5.782 4.354 4.502 4.846 4.431
Criação líquida de emprego 71 131 336 363 122 371 969 201 -72 -99 -35 71 241

Fonte: CAGED 2019.


Saldo do emprego formal com ajustes - Bom Despacho
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Nov/2019
-20 188 423 528 253 437 1.007 254 -64 -86 -31 87 241

Fonte: RAIS, 2019.

Número de empregos formais - Bom Despacho
2013 2014 2015 2016 2017 2018
10.808 11.331 11.281 11.081 11.187 11.177

Fonte: RAIS, 2020.

Número de empregos formais em 2018 - setor
Setor Masculino Feminino Total
Extração mineral 29 2 31
Indústria de transformação 1.339 851 2.190
Serviços industriais de utilidade pública 1 1 2
Construção civil 343 36 379
Comércio 1.700 1.304 3.004
Serviços 1.549 1.878 3.427
Administração Pública 291 829 1.120
Agropecuária 787 237 1.024
Total 6.039 5.138 11.177

Fonte: RAIS, MTPS - 2019

Número de empregos formais em 2018 - faixa etária
Faixa etária Masculino Feminino Total
14 a 17 anos 98 70 168
18 a 24 anos 1.136 945 2.081
25 a 29 anos 904 782 1.686
30 a 39 anos 1.570 1.455 3.025
40 a 49 anos 1.169 1.122 2.291
50 a 64 anos 1.065 746 1.811
Acima de 65 anos 97 18 115
Total 6.039 5.138 11.177

Fonte: RAIS, MTPS - 2019

Remuneração média de empregos formais em 2018 - setor R$
Setor Masculino Feminino Total
Extração mineral 1.557,61 1.448,08 1.550,54
Indústria de transformação 1.760,59 1.326,43 1.594,79
Serviços industriais de utilidade pública 1.532,35 1.908,00 1.720,18
Construção civil 1.561,78 1.537,62 1.559,47
Comércio 1.712,31 1.343,90 1.551,83
Serviços 2.287,93 1.833,12 2.038,93
Administração Pública 2.541,75 2.150,34 2.252,63
Agropecuária 1.549,87 1.250,35 1.481,45
Total 1.881,63 1.649,26 1.774,90

Fonte: RAIS, MTPS - 2019

Remuneração média de empregos formais em 2018 - faixa etária R$
Faixa etária Masculino Feminino Total
14 a 17 anos 781,40 710,57 751,78
18 a 24 anos 1.315,79 1.189,68 1.258,64
25 a 29 anos 1.726,65 1.567,24 1.652,18
30 a 39 anos 2.045,33 1.818,51 1.936,85
40 a 49 anos 2.206,27 1.817,06 2.015,60
50 a 64 anos 2.122,44 1.832,35 2.003,68
Acima de 65 anos 2.024,70 1.980,93 2.018,03
Total 1.881,63 1.649,26 1.774,90

Fonte: RAIS, MTPS - 2019

Pobreza e renda[editar | editar código-fonte]

A renda per capita média de Bom Despacho cresceu 25,1% no intervalo entre o ano 2000 e 2010, ao passar de R$647,07 para R$809,90. O Índice de Gini é um indicador utilizado para medir o grau de concentração de renda em uma sociedade. Numericamente, varia de 0 a 1, quanto mais perto de 0 menor a desigualdade de renda e, por outro lado, quanto mais próximo de 1 maior a desigualdade de renda. Bom Despacho obteve um Gini de 0,59 em 2000 e 0,49 no ano de 2010. Ou seja, neste período houve queda da desigualdade de renda entre as pessoas. A proporção de pessoas pobres, isto é, indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), alcançou 2,96% da população total.

Indicadores sociais - Bom Despacho
2000 2010
Renda per capita (em R$) 647,07 809,90
% de extremamente pobres 2,35 0,66
% de pobres 13,29 2,96
Índice de Gini 0,59 0,49

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) de Bom Despacho divulgado em 2010 alcançou nota de 0,750, o que situa esse município na faixa de desenvolvimento humano alto (IDH-M entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribuiu para o IDH-M de Bom Despacho foi o item Longevidade, com índice de 0,861. Logo depois veio a Renda, com índice de 0,742, e em seguida a Educação, com índice de 0,661. Com isso, Bom Despacho ocupa a 551ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros, isto significa que a cidade faz parte dos primeiros 10% daqueles municípios com melhor desenvolvimento humano no País.

Índice de Desenvolvimento Humano - Bom Despacho
2000 2010
IDH-M 0,665 0,750
IDH-M Educação 0,529 0,661
IDH-M Longevidade 0,786 0,861
IDH-M Renda 0,706 0,742

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013.


Finanças Municipais[editar | editar código-fonte]

Total de Receitas[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho Receita Total[40]- R$ milhões
2014 2015 2016 2017 2018
Receita Total 86.042 98.401 116,9 120,9 125,8
Crescimento anual - 14,3% 18,8% 3,4% 4,0%

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, 2019.

Receitas Próprias[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho Receita Tributária[41] - R$ milhões
2014 2015 2016 2017 2018
IPTU 4,2 5,1 6,1 6,5 6,7
ISS 4,4 6,0 6,2 7,2 7,8
ITBI 2,6 2,2 2,0 2,1 2,1
Total 11,2 13,3 14,3 15,8 16,6
Variação % - 18,7 7,5 10,5 5

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.

Receitas do FUNDEB[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho - Fundeb
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fundeb R$ 9.930.038,82 10.336.395,65 11.518.146,82 11.612.819,65 9.144.057,20 15.513.664,82
Variação % - 4,09 11,43 0,82 -21,25 69,65

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2020.

Receitas ICMS e IPVA[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho - Receitas com ICMS e IPVA - R$ milhões
2014 2015 2016 2017 2018 2019
ICMS 13.203.661,46 14.108.199,40 16.034.724,49 17.979.380,40 18.042.456,79 19.992.269,47
IPVA 5.004.687,05 5.856.887,98 6.533.439,41 6.626.962,36 7.664.544,64 6.520.349,63
Total 18.208.348,51 19.965.087,38 22.568.163,90 24.606.342,76 25.707.001,43 26.512.619,10
Variação % - 9,64 13,03 9,03 4,47 3,13

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2020.

Receitas do FPM[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho Fundo de Participação dos Municípios - FPM[41]
2014 2015 2016 2017 2018
Transferência - FPM R$23,1 milhões R$24,5 milhões R$ 28,5 milhões R$ 27,5 milhões R$ 29,3 milhões
Crescimento - 6,0% 16,3% -3,5% 6,5%

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.

Despesas[editar | editar código-fonte]

Despesas totais[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho Despesa Total[40] - R$ milhões
2014 2015 2016 2017 2018
Despesa Total 76,3 94,2 106,0 112,0 117,2

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.

Despesas com Educação[editar | editar código-fonte]

Prefeitura Municipal de Bom Despacho Aplicação de recursos na Saúde e Educação[41] %
Limite mínimo 2014 2015 2016 2017 2018
Saúde - 15% 29,1 24,8 26,7 30,9 32,9
Educação - 25% 27,1 28,0 28,7 28,4 27,3

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Em Bom Despacho, até 2010, havia 14.546 domicílios particulares permanentes,[42] ou seja, imóveis exclusivamente para habitação. Já em 2015, o número de residências urbanas e rurais era, respectivamente, 18.708 e 1.759 (Cemig). Ademais, o município contava com cerca de 200 km de vias urbanas, sendo responsáveis por abrigar um tráfego de 26.922 veículos.[43]

Referente a estrutura dos domicílios 93,4% tinham coleta de lixo, 98,6% eram abastecidos com água, 92,1% possuíam esgotamento sanitário adequado, 98,2% serviço de energia elétrica e 32,8% acesso à internet[44] (2010).

Total de vias pavimentadas - Bom Despacho
Ano Até 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total pavimentado - km 150 153,16 160,23 164,11 176,73 179,87 184,37
Total pavimentado - % 75% 76,5% 80,1% 82% 88,3% 89,9% 92,1%
Variação anual - km - 3,16 7,07 3,88 12,62 3,14 4,50

Fonte: Secretaria Municipal de Obras Públicas, 2019.[2]

Iluminação pública - Total de pontos
Ano Até 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total de pontos - unidades 6.767 7.047 7.107 7.516 7.957 8.085 8.441 8.584
Variação anual - unidades - 280 60 409 441 128 356 143

Fonte: Secretaria Municipal de Obras Públicas, 2019


Saúde[editar | editar código-fonte]

Taxa de Mortalidade Infantil - por 1.000 nascidos vivos
Região/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Bom Despacho 18,9 13,2 12,5 18,4 8,4 10,5 11,4 12,1 13,7 10,4 10,8
Minas Gerais 14,7 14 13,2 13 12,7 12,1 11,3 11,4 11,5 11,4 11

Fonte: Ministério da Saúde, 2019.

Número de Unidades Básicas de Saúde - Bom Despacho
Ano 2012 2013 2018
8 10 15

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2019


Principais causas de óbito em Bom Despacho[45]
Causas Número de óbitos entre 2008-2018
Aparelho respiratório 384
Aparelho circulatório 285
Aparelho digestivo 137
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 106
Doenças infecciosas e parasitárias 83
Neoplasias (tumores) 76
Doenças no sangue, transtornos imunitários 35
Aparelho geniturinário 34
Lesões, envenenamentos e causas externas 27
10º Sinais e achados anormais em exames clínicos e laboratoriais 21
11º Sistema nervoso 13
12º Doenças no período perinatal 12
13º Outras doenças 14
TOTAL 1.227

Fonte: Datasus, 2019.

Pacientes aguardando cirurgia no dia 1º de janeiro
Especialidade/Ano 2017 2018 2019 2020
CIRURGIA GERAL 63 81 21 3
CIRURGIA GINECOLÓGICA 239 146 15 4
CIRURGIA ORTOPÉDICA 79 113 66 17
CIRURGIA OTORRINOLARINGOLOGIA 163 139 60 17
CIRURGIA VASCULAR 4 109 18 1
CIRURGIA PLÁSTICA 36 7 7 11
CIRURGIA CATARATA 63 72 3 0
TOTAL 647 667 190 53

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de Bom Despacho, 31 de dezembro 2019.

Desde 2013 a Prefeitura municipal vem investindo quantias significativas para terminar com as filas de espera para cirurgias eletivas. o sucesso se consolidou em 2019 quando o número médio de pacientes novos, por mês, foi de 86 e o número de cirurgias realizadas foi de 98. O fato de o número de cirurgias realizadas ser maior do que o número de pessoas que entraram na fila de cirurgia mostra que houve uma diminuição do estoque (fila de espera). De fato, 190 pacientes foram transferidos de 2018 para 2019. Destes, em números, 137 foram operados juntos com todos os 1.028 que entraram em 2019.

Na prática, como entraram 86 por mês, e restaram 53 para o ano seguinte (2020), isto significa que, em média, em Bom Despacho espera menos de um mês para fazer uma cirurgia eletiva.

No entanto, deve-se notar que alguns pacientes podem, excepcionalmente, esperar muito mais do que isto. Muitas vezes até mais de um ano. Isto acontece principalmente por dois motivos. O primeiro é quando o paciente não tem condições clínicas para se submeter à cirurgia. Ele fica na fila à espera de uma melhora. Outro caso é quando os hospitais disponíveis não têm condições de realizar as cirurgias. Algumas vezes falta o especialista, outras vezes faltam as condições técnicas, como CTI especializado, por exemplo.

Há, finalmente, o caso em que os pacientes são operados em mutirão. É o que acontece, tipicamente, com catarata. Normalmente são operados de 30 a 60 pacientes de uma só vez. Nestes casos, quando a demanda é pequena, o paciente espera até que um grupo de forme. Em Bom Despacho o costume é ter um mutirão de catarata por mês. No entanto, pode acontecer de a demanda ser muito reduzida. Neste caso, é possível que se salte um mês.

São fatos como estes que explicam por que, embora o tempo médio de espera seja diminuto (tipicamente menos de um mês), alguns pacientes poderão esperar bem mais do que isto.

Custo médio por cirurgia em 2018 e 2019
Ano Total de cirurgias Dispêndio total Custo médio por cirurgia
2018 1.639 R$ 1.507.395,17 R$ 919,70
2019 1.166 R$ 2.043.478,44 R$ 1.752,55

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de Bom Despacho, 31 de dezembro 2019.

Com o programa dirigido a acabar com as filas de cirurgia, de início houve um aumento de demanda. Isto aconteceu por dois motivos. O primeiro é que pacientes que não entravam na fila passaram a entrar quando viram que a fila estava andando. Outro motivo foi a atração exercida na região. Pacientes de outras cidades que perderam as esperanças de serem atendidas em seu municípios se transferiram para Bom Despacho para fazer a cirurgia. Estas transferências muitas vezes são fictícias. O paciente usa o endereço da cada de um parente ou de um amigo para parecer que reside aqui. Desta forma consegue acesso rápido aos serviços do SUS ofertados em Bom Despacho.

Depois de um certo tempo, houve tanto a diminuição do estoque antigo declarado (fila), quando do estoque oculto (pessoas que estavam fora das filas por desesperança). Com isto a demanda foi se reduzindo. No quadro acima, nota-se que baixou de 1.639 em 2018 para 1.166 em 2019 (-28,9%).

No entanto, o custo médio por cirurgia aumentou de R$ 919,70 para R$ 1.752,55 (+90,5%). Isto se deve ao fato de o Município passou a ofertar diretamente cirurgias de complexidade mais alta que são de obrigação do Estado de Minas. Como este não as executa, o Município passou a executá-las. Outro motivo foi o fato de que a Santa Casa local aumentou sua capacidade para operar casos mais complexos. Isto se mostra claro no caso das cirurgias ortopédicas. Casos que envolvem a aplicação de placas e outros materiais artificiais não eram operados aqui, mas no último ano (2019) muitos passaram a ser. Também por isto o custo médio da cirurgia aumentou. Destas forma, o dispêndio total com cirurgias eletivas no Município passou de R$ 1.507.395,17 em 2018 para R$ 2.043.478,44 em 2019. Portanto, houve um aumento de 3,5,5%.


Educação[editar | editar código-fonte]

Composição da rede de ensino em 2018
Escola Quantidade Matrículas em creches Matrículas em pré-escolas Matrículas anos iniciais fundamental Matrículas anos finais fundamental Matrículas ensino médio Matrículas EJA Matrículas da educação especial TOTAL
Total 35 1.188 1.159 3.221 2.596 1.770 779 243 10.956
Públicas 25 1.064 988 2.748 2.309 1.614 721 116 9.560
Municipais 15 1.064 988 1.589 47 0 0 36 3.724
Estaduais 10 0 0 1.159 2.262 1.614 721 80 5.836
Privadas 10 124 171 473 287 156 58 127 1.396

Fonte: Censo Escolar/INEP, 2018[46].

Evolução do número de matrículas - Rede Municipal
Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Regular Integral Total Regular Integral Total
Matrículas 3.378 3.409 3.622 3.567 3.547 3.624 3.727 1.460 5.187 3.867 1.372 5.239
Variação (%) - 0,9% 6,2% -1,5% -0,6% 2,2% 2,84% - (*) - 3,75% - 6,02% 1%

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2020.

(*) Em 2018, 28,1% dos alunos da rede municipal estudavam em horário integral. Em 2019 o número caiu para 26,1%. Este fenômeno (de diminuição de alunos em horário integral) acompanha o fenômeno da diminuição de matrículas que se nota nos anos de 2015 e 2016, bem como a estabilização em 2019: primeiro, há uma aumento brusco no número de matrículas, depois, uma redução. Isto parece refletir a evolução da economia e seus saltos. Quando a economia enfrenta períodos difíceis, os pais tiram seus filhos das escolas privadas e levam para as escolas públicas; quando a economia dá sinais de melhoras, o movimento contrário ocorre. Esta é uma provável explicação para o aumento do número de matrículas não seguir um crescimento linear, compatível com o crescimento vegetativo da população.

Número de alunos da área rural atendidos pelo transporte escolar
Ano 2013 2018 2019
Alunos 360 658 594

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2020.


Ideb - Bom Despacho[47]
Ideb Observado Metas
Rede de Ensino/Ano 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2007 2009 2011 2013 2015 2017
Ensino estadual, 4ª série e 5º ano 5.3 6.0 6.5 6.6 6.6 7.0 4.6 4.9 5.3 5.6 5.8 6.1
Ensino estadual, 8ª série e 9º ano 3.3 4.1 4.5 4.8 4.6 4.6 3.1 3.2 3.5 3.9 4.3 4.6
Ensino estadual, 3ª série do médio - - - - - 4.2 - - - - - -
Ensino municipal, 4ª série e 5º ano 4.4 5.9 5.9 6.1 6.1 6.4 4.6 4.9 5.3 5.6 5.8 6.1
Ensino Público (Estadual e Municipal) 4.8 6.0 6.2 6.3 6.3 6.7 4.6 4.9 5.3 5.5 5.8 6.1

Fonte: INEP, 2019.

A taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais de idade era 9,4% no ano 2000. Em 2010 a taxa foi reduzida, situada nos 5,8%. Em Bom Despacho, até 2010, havia 3.564 pessoas com nível superior completo. O município conta com um centro universitário, além de várias faculdades de ensino presencial e à distância.

Indicadores da Educação
1991 2000 2010
% da população com 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 24,67 36,87 52,22
% da população de 5 a 6 anos frequentando a escola 34,42 89,01 100
% da população de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental 49,13 79,57 87,21
% da população de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 19,29 55,52 64,11
% da população de 18 a 20 anos com ensino médio completo 10,33 29,05 46,04

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013.

A cidade a partir de 2016 passou a ter um câmpus do Centro Universitário UNA, que conta com 17 cursos de diversas áreas do conhecimento.[48]

Evolução do ICMS Esportivo em Bom Despacho[editar | editar código-fonte]

O quadro abaixo mostra como a evolução das variadas atividades esportivas têm trazido benefícios para a saúde da população, para sua integração social, e também na arrecadação do ICMS esportivo.

Evolução do número de participantes em atividades esportivas e receita do ICMS Esportivo
Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Participantes 4.465 13.978 15.520 17.432 16.487 18.652 17.351 18.578
Variação - 213,0% 19,6% 12,3% -5,4% 13,1% -6,9% 7,0%
Colocação 48º 11º 12º NI
Receita (R$) 5.0053,75 103.776,45 155.003,73 184.890,08 213.421,86 130.788,12 (*) 166.260,99 NI
Modalidades Caminhada, Ciclismo, Futebol De Campo, Futsal, Voleibol, Dama, Ginástica/Alongamento, atletismo, basquete, natação, capoeira, xadrez Voleibol, Futebol Society, Futebol de campo, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo e Xadrez Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo, Futebol de Campo, Basquete Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo, Futebol De Campo e fisiculturismo leibol, Futebol Society, Futebol De Campo, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso/ Lançamento, Recreação, Bocha, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso/ Lançamento, Recreação, Cabo De Guerra, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida/Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso/ Lançamento, Recreação, Cabo De Guerra, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo

Fonte: Secretaria Municipal de Esportes, 2020.

(*) Em 2017 o Governo de Minas desviou dinheiro do Município. No caso do ICMS Esportivo, o desvio foi de 2/3 do valor devido.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Mineiro de Excelência em Gestão Pública Municipal: Realizado pelo Governo de Minas Gerais e o Instituto Qualidade Minas no biênio 2013-2014;[49]
  • Prêmio Cidades Sustentáveis: Realizado pela Rede Nossa São Paulo, Instituto Ethos, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Brasileiras, em 2014;[50]
  • Prêmio Municiência: Realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, em 2015;[51]

Filhos ilustres[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Bom Despacho». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 24 de dezembro de 2022 
  2. «Bom Despacho». Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Consultado em 9 de novembro de 2017 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Histórico de Bom Despacho». Consultado em 3 de julho de 2017 
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  6. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  7. [ftp:http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=310740 «IBGE Cidades»]. Área oficial dos municípios. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 7 de fevereiro de 2014. Consultado em 5 julho de 2016 
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  10. «Melhores cidades do Brasil de 2015». Melhores Cidades do Brasil 
  11. http://cidadeshistoricasdeminas.com.br/cidade/pitangui/historia/
  12. http://www.ibom.com.br/exibeNoticias.php?id=1871
  13. a b QUEIROZ, Sonia. Pé preto no barro branco: a língua dos negros da Tabatinga. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
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  19. SANTOS, Carolina C. Moreira. Processo de Registros Imateriais da Banda de Música do Sétimo Batalhão. Muncípio de Bom Despacho. 2018.
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  50. http://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/observatorios-dos-municipios-brasileiros-sao-reconhecidos-pelo-premio-cidades-sustentaveis
  51. http://www.municiencia.cnm.org.br/

Ligações externas[editar | editar código-fonte]