Cágado-diamante

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Cágado-diamante
CITES Appendix II (CITES)[2]
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Subordem: Cryptodira
Superfamília: Testudinoidea
Família: Emydidae
Gênero: Malaclemys
Gray, 1844[3]
Espécies:
M. terrapin
Nome binomial
Malaclemys terrapin
(Schoepff, 1793)[3]
Sinónimos[4][5]

O cágado-diamante (Malaclemys terrapin), é uma espécie de cágado nativa do leste e do sul dos Estados Unidos e das Bermudas.[6] É uma das tartarugas com maior distribuição geográfica da América do Norte, com presença indo do sul, nas Florida Keys, até o norte, em Cabo Cod.[7]

O nome terrapin tem origem algoquina e significa "pequena tartaruga", e era utilizado para se referir apenas a essa espécie, porém seu uso foi estendido para outras tartarugas pequenas que habitam ambientes de água salobra, como mangues.[8]

Juvenil de cágado-diamante

Características[editar | editar código-fonte]

O nome da espécie se refere ao padrão protuberante que lembram a forma de diamantes em seu casco, no entanto, as cores e padrões variam dentro da espécie. O cágado-diamante apresenta dimorfismo sexual, sendo que o casco das femêas cresce consideravelmente maior que o dos machos.

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Cágados-diamante vivem na linha costeira do Atlântico e da Costa do Golfo, se estendendo de Cabo Cod, Massachusetts, até o sul da Flórida, e ao redor da Costa do Golfo até o Texas. Também há uma população presente nas Bermudas.[6]

Origem nas Bermudas[editar | editar código-fonte]

Um estudo feito em 2008 sugere que a espécie tenha colonizado a ilha das Bermudas através da corrente do Golfo, utilizando uma combinação de dados paleontólogicos (fósseis, radiometria e paleoambiental) e genéticos suportam a hipótese de que a chegada dos cágados na ilha é relativamente recente (entre 3000 a 400 anos atrás). Os dados genéticos sugerem que a população das Bermudas vieram das Carolinas, favorecendo a hipótese da colonização natural[6]

Consequentemente, entre 1800 e 1920, cágados-diamante eram uma iguaria culinária bastante requisitada, portanto, a espécie foi transportada e cultivada em diversos locais para atender as demandas gastronômicas. Juntamente ao fato de que a grande maioria da herpetofauna das Bermudas foi introduzida, causa incerteza sobre a origem da espécie no local.[6]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

O cágado-diamante possui sete subespécies reconhecidas:

  • M. t. centrata (Latreille, 1801) – cágado-diamante-das-Carolinas[3]
  • M. t. littoralis (Hay, 1904) – cágado-diamante-texano[3]
  • M. t. macrospilota (Hay, 1904) – cágado-diamante-ornado[3]
  • M. t. pileata (Wied, 1865) – cágado-diamante-Mississipi[3]
  • M. t. rhizophorarum (Fowler, 1906) – cágado-diamante-do-mangue[3]
  • M. t. tequesta (Schwartz, 1955) – cágado-diamante-da-Flórida-Leste[3]
  • M. t. terrapin (Schoepff, 1793) – cágado-diamante-do-norte[3]

Os cágados das Bermudas apresentaram pouca diferenciação genética da população da Carolina, portanto não são considerados uma subespécie.

Referências

  1. Roosenburg, W.M.; Baker, P.J.; Burke, R.; Dorcas, M.E.; Wood, R.C. (2019). «Malaclemys terrapin». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T12695A507698. doi:10.2305/IUCN.UK.2019-1.RLTS.T12695A507698.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021 
  2. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  3. a b c d e f g h i Rhodin, Anders G.J.; van Dijk, Peter Paul; Inverson, John B.; Shaffer, H. Bradley (14 de dezembro de 2010). «Turtles of the world, 2010 update: Annotated checklist of taxonomy, synonymy, distribution and conservation status» (PDF). Chelonian Research Monographs. 5: 000.101 
  4. a b c d Malaclemys terrapin (SCHOEPFF, 1793) - The Reptile Database
  5. Fritz Uwe; Peter Havaš (2007). «Checklist of Chelonians of the World» (PDF). Vertebrate Zoology. 57 (2): 190–192. Consultado em 29 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 1 de maio de 2011 
  6. a b c d Parham, James F; Outerbridge, Mark E; Stuart, Bryan L; Wingate, David B; Erlenkeuser, Helmut; Papenfuss, Theodore J (23 de abril de 2008). «Introduced delicacy or native species? A natural origin of Bermudian terrapins supported by fossil and genetic data». Biology Letters (2): 216–219. ISSN 1744-9561. PMC 2429930Acessível livremente. PMID 18270164. doi:10.1098/rsbl.2007.0599. Consultado em 7 de abril de 2021 
  7. Seigel, Richard A. (1980). «Nesting Habits of Diamondback Terrapins (Malaclemys terrapin) on the Atlantic Coast of Florida». Transactions of the Kansas Academy of Science (1903-) (4): 239–246. ISSN 0022-8443. doi:10.2307/3628414. Consultado em 7 de abril de 2021 
  8. «terrapin - Wiktionary». en.wiktionary.org (em inglês). Consultado em 7 de abril de 2021 


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