Canarinho (humorista)

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Canarinho
Canarinho (humorista)
Canarinho em cena do humorístico A Praça é Nossa (2012)
Nome completo Aloísio Ferreira Gomes
Outros nomes Canarinho
Nascimento 29 de dezembro de 1927
Salvador, BA
Morte 21 de março de 2014 (86 anos)
Mogi das Cruzes, SP
Ocupação ator e humorista
Atividade 1947–2013
Página oficial

Canarinho, nome artístico de Aloísio Ferreira Gomes[1][2] (Salvador, 29 de dezembro de 1927[3]Mogi das Cruzes, 21 de março de 2014), foi um ator, apresentador, jornalista, compositor e humorista brasileiro, célebre por suas participações no humorístico A Praça é Nossa, exibido pelo SBT. Antes de participar do humorístico, Canarinho já havia apresentado o programa Clube dos Artistas (1950-1951) e outros programas, como o Programa Show Canarinho na TV Excelsior na década de 1960.[4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Gonçalo Gomes e Luzia Ferreira Gomes, era já um cantor profissional em 1947 cantando na Rádio Excelsior da Bahia.[5] Chegou a São Paulo em dezembro de 1955 com o Conjunto de samba do Internacional Russo do Pandeiro.[5]

Canarinho foi colunista de esportes do jornal Folha da Manhã[5] e ganhou notoriedade ao participar do programa humorístico denominado Praça da Alegria em 1956,[5] tornando-se um comediante instantâneo. Após sair do programa, começou a fazer shows humorísticos. Em seguida, tornou-se um dos participantes do programa Praça Brasil.[5]

Em 1971, entrou para o elenco da novela Meu Pedacinho de Chão, da TV Globo.[6][7] Ele era o intérprete do personagem Rodapé. Integrou também a primeira versão da série Sítio do Picapau Amarelo da Rede Globo nos fins dos anos de 1970 e até meados dos anos de 1980, onde interpretava o personagem Garnizé,[2][3][7] fazendo parceria com Tonico Pereira que interpretava o personagem Zé Carneiro.

No cinema, participou de Nos Tempos da Vaselina (1979), As Testemunhas Não Condenam (1962), A Desforra (1967), Sábado Alucinante (1970), Diabólicos Herdeiros (1971), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), entre outros.[7]

Com o início da nova versão do Praça Brasil no SBT, em 1987, agora denominada A Praça é Nossa,[5][7] Canarinho interpretava um teleoperador receptivo em um telefone público ou em um celular, falando em voz alta,[2][3][6] junto com o ator e comediante Carlos Koppa.[8] Interpretou, no mesmo programa, também um boneco de ventriloquismo.[8]

Na década de 2000, Canarinho foi afastado do humorístico. Entretanto, logo após retornou ao elenco por meio de shows de humor, mesmo que não se mostrasse presente nos estúdios do SBT para o papel de telefonista no programa humorístico.[3]

Em 2003, voltou a participar do programa, provando, na opinião de alguns, que o seu suposto afastamento havia sido apenas um ato de marketing da produção do programa.[3]

Afastado por problemas de saúde, Canarinho já não atuava com tanta frequência no humorístico. Suas últimas aparições foram em 2013, quando deu vida ao pai de santo Pai Peroba.[9]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Canarinho era casado com Rosa Maria, com quem teve um filho, além de outros três do primeiro casamento. Era torcedor fanático do Corinthians.

Morte[editar | editar código-fonte]

Canarinho veio a falecer de infarto agudo do miocárdio[10][11][7] no Hospital Santana em Mogi das Cruzes,[1][6][2] onde estava internado havia cinco dias.[12] O corpo foi cremado no dia seguinte no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo.[13][6][7]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Filme Personagem
1964 Praça da Alegria Rupi / Canarinho / vários personagens
1965 Mãe Zacarias
1967 Os Rebeldes Décio
1968 Antônio Maria Arquimedes
1971 Meu Pedacinho de Chão Rodapé
1972 Jerônimo, o Herói do Sertão Moleque Saci
1977-1986 Sítio do Picapau Amarelo Malazartes / Garnizé
1980 Pé de Vento Zé Queimado
1986 Sinhá Moça Pai André, o líder dos quilombolas[14]
1987-2014 A Praça é Nossa Canarinho / boneco

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ano Filme Direção
1962 As Testemunhas Não Condenam Zélia Feijó Costa
1967 A Desforra Gino Palmisano
1971 Diabólicos Herdeiros Geraldo Vietri
1975 O Dia em que o Santo Pecou Cláudio Cunha
1975 Bacalhau Adriano Stuart
1976 Guerra É Guerra Alfredo Palácios
1977 Costinha e o King Mong Alcino Diniz
1977 Snuff, Vítimas do Prazer Cláudio Cunha
1978 Maneco, O Super Tio Flávio Migliaccio
1979 Sábado Alucinante Cláudio Cunha
1979 Nos Tempos da Vaselina José Miziara
1979 A Dama da Zona Ody Fraga
1982 Tem Piranha no Aquário Vital Filho

Referências

  1. a b «Morre Canarinho, humorista da Praça é Nossa». R7.com. 21 de março de 2014. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  2. a b c d «Morre o humorista Canarinho, de 'A Praça É Nossa'». VEJA. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  3. a b c d e «Canarinho - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  4. Biografia de Aloísio Ferreira Gomes no Museu da Televisão Brasileira
  5. a b c d e f «Morre, aos 86 anos, o humorista Canarinho; relembre a carreira dele na Praça é Nossa». R7.com. 21 de março de 2014. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  6. a b c d Suzano, Jenifer CarpaniDo G1 Mogi das Cruzes e (22 de março de 2014). «Familiares e amigos prestam as últimas homenagens a Canarinho». Mogi das Cruzes e Suzano. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  7. a b c d e f «Morre em São Paulo o humorista Canarinho». UOL TV e Famosos. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  8. a b «Lembra deles? 10 personagens inesquecíveis dos 30 anos de "A Praça É Nossa"». tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  9. Morre aos 86 anos o humorista Canarinho, de 'A Praça é Nossa'
  10. «Humorista Canarinho recebe homenagem e tem segredo revelado uma semana após sua morte; confira». R7.com. 28 de março de 2014. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  11. «Batoré morreu aos 61 anos; outros de 'A Praça é Nossa' que já nos deixaram». www.uol.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2022 
  12. Humorista Canarinho, de 'A praça é nossa', morre aos 86 anos
  13. Com a presença de Carlos Alberto de Nóbrega, Canarinho é cremado em SP
  14. Teledramaturgia (1º de dezembro de 2018). «Sinhá Moça, de 1986». Teledramaturgia. Consultado em 1º de dezembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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