Carol Anderson

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Carol Anderson
Carol Anderson
Texas Book Festival, 5 de novembro de 2017
Nascimento 17 de junho de 1959 (64 anos)[1]
Nacionalidade norte-americana
Alma mater Universidade de Miami (BA, MA)

Universidade Estadual de Ohio (PhD)

Ocupação acadêmica
Principais trabalhos White Rage: The Unspoken Truth of Our Racial Divide
Empregador(a) Universidade Emory
Página oficial
https://www.professorcarolanderson.org/

Carol Anderson (17 de junho de 1959) é uma acadêmica americana. Ela é a professora Charles Howard Candler de estudos afro-americanos na Universidade Emory.[2] Sua pesquisa se concentra em políticas públicas relacionadas a raça, justiça e igualdade.[2][3]

Educação[editar | editar código-fonte]

Anderson obteve bacharelado e mestrado na Universidade de Miami em Oxford, Ohio, nos anos de 1981 e 1983, respectivamente.[4][2] Ela obteve um PhD em história pela Universidade Estadual de Ohio em 1995.[5][2] Posteriormente, recebeu uma bolsa para estudar na Universidade de Harvard em 2005, onde trabalhou em seu livro, Bourgeois Radicals: The NAACP and the Struggle for Colonial Liberation, 1941–1960.[5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Anderson trabalhou como professora associada de história na Universidade de Missouri, em Columbia.[4] Ela recebeu uma bolsa de estudos por excelência em ensino em 2001.[6] Em 2009, Anderson ingressou no corpo docente do departamento de Estudos Afro-Americanos da Universiadde Emory em Atlanta, Geórgia.[7][2]

Em um artigo de opinião para o jornal The Washington Post em 2014, Anderson argumentou que a agitação após os tumultos de Ferguson em 2014 foi uma manifestação de "fúria branca" ou reação branca contra o avanço afro-americano.[8] A coluna foi um dos artigos mais lidos do ano, recebendo milhares de comentários, e Anderson conseguiu um contrato de livro.[9] O livro resultante, White Rage: The Unspoken Truth of Our Racial Divide, expandiu a história do racismo antinegro e da retaliação nos Estados Unidos.[9][10][11]

White Rage tornou-se um best-seller do The New York Times,[12] e foi listada como um livro notável de 2016 pelo jornal americano,[13] The Washington Post,[14] The Boston Globe,[15] e o Chicago Review of Books.[16] White Rage também foi listado pelo The New York Times como uma escolha dos editores,[17] e ganhou o National Book Critics Circle Award de 2016 pela crítica.[18]

Anderson discutiu o contexto histórico da supressão de eleitores em relação à suposta fraude eleitoral de eleitores minoritários durante as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.[19][20] Ela também afirmou que a "fúria branca" foi o motivo da eleição de Donald Trump.[21]

Anderson protestou contra os abusos dos direitos humanos de trabalhadores rurais na Flórida, em aliança com a Coalition of Immokalee Workers (em inglês: CIW). Ela se juntou ao CIW ao pedir que a rede de supermercados Publix se juntasse ao Fair Food Program em resposta.[22]

Anderson foi membro do Comitê Consultivo Histórico do Departamento de Estado dos Estados Unidos.[23] Ela faz parte do Conselho de Administração da Iniciativa Nacional de Direitos Econômicos e Sociais (em inglês: NESRI).[24]

Anderson foi destaque no documentário de 2019 intitulado After Selma, dirigido por Loki Mulholland, onde ela descreve a história e o estado atual da supressão de eleitores nos Estados Unidos.[25]

Anderson foi nomeada bolsista WEB Dubois de 2021 da Academia Americana de Ciências Políticas e Sociais.[26]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

Prêmios e honrarias[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Anderson, Carol (Carol Elaine)». Library of Congress (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  2. a b c d e «Carol Anderson». Universidade Emory (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023. Arquivado do original em 24 de agosto de 2019 
  3. «Carol Anderson». National Economic & Social Rights Initiative (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2015 
  4. a b «Alum Carol Anderson to speak on lynching and U.S. foreign policy». Miami University (em inglês). 13 de janeiro de 2004. Consultado em 29 de abril de 2023 
  5. a b «Making History at The Ohio State University» (PDF). Department of History (em inglês). The Ohio State University. 2004–2005. pp. 41–42. Consultado em 29 de abril de 2023 
  6. «William T. Kemper Fellowships for Teaching Excellence». Office of the Provost (em inglês). University of Missouri. Consultado em 29 de abril de 2023. Arquivado do original em 24 de setembro de 2017 
  7. «Emory prof to discuss racism at UofL». The Courier-Journal (em inglês). 19 de outubro de 2015. Consultado em 29 de abril de 2023 
  8. Carol Anderson (29 de agosto de 2014). «Ferguson isn't about black rage against cops. It's white rage against progress.». The Washington Post (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  9. a b Elaine Justice (31 de maio de 2016). «Anderson explores country's racial past, present in 'White Rage'». Emory University (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  10. Jesse McCarthy (24 de junho de 2016). «Why Are Whites So Angry?». The New York Times (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  11. Sheila Poole (18 de outubro de 2016). «Author and Emory prof Carol Anderson on "white rage"». The Atlanta Journal-Constitution (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  12. «Race and Civil Rights». The New York Times (em inglês). Agosto de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  13. «100 Notable Books of 2016». The New York Times (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  14. «Notable nonfiction books in 2016». The Washington Post (em inglês). 17 de novembro de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  15. «Best books of 2016» (em inglês). Boston Globe. 7 de dezembro de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  16. Adam Morgan (14 de dezembro de 2016). «The Best Nonfiction Books of 2016». Chicago Review of Books (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  17. «Editors' Choice». The New York Times (em inglês). 1 de julho de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  18. a b «National Book Critics Circle Announces 2016 Award Winners» (em inglês). National Book Critics Circle. 16 de março de 2017. Consultado em 29 de abril de 2023. Arquivado do original em 1 de abril de 2019 
  19. Ricky Riley (1 de novembro de 2016). «Emory Professor Perfectly Sums Up How Black Resistance Is Met with Extreme White Backlash». Atlanta Black Star (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  20. «Democrats Sue Trump & GOP Under 1871 KKK Act for Threatening Voters of Color». Democracy Now! (em inglês). 1 de novembro de 2016. Consultado em 29 de abril de 2023 
  21. Carol Anderson (16 de novembro de 2016). «Donald Trump Is the Result of White Rage, Not Economic Anxiety». Time (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  22. «"Atrocities: Not our Business" by Emory University Professor and NESRI Board Member Carol Anderson». National Economic & Social Rights Initiative (em inglês). 29 de outubro de 2013. Consultado em 29 de abril de 2023 
  23. «Historical Advisory Committee – About Us». Office of the Historian (em inglês). U.S. Department of State. Junho de 2006. Consultado em 29 de abril de 2023 
  24. «Board of Directors». National Economic & Social Rights Initiative (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2017 
  25. «After Selma». Joan Trumpauer Mulholland Foundation (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  26. «Carol Anderson». AAPSS (em inglês). 21 de fevereiro de 2022. Consultado em 29 de abril de 2023 
  27. «Gustavus Myers Outstanding Book Award Winners» (em inglês). Minnesota State University Moorhead. Consultado em 29 de abril de 2023 
  28. «The Myrna F. Bernath Book Award». The Society for Historians of American Foreign Relations (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 
  29. «Carol Anderson & Michael Tesler». Politico (em inglês). Consultado em 29 de abril de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Current Biography Yearbook 2017. (em inglês). [S.l.]: Ipswich, Massachusetts : Grey House Publishing, [2017]. ©2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]