Castelo da Piconha

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Castelo da Piconha
Construção ()
Estilo
Conservação
Homologação
(IGESPAR)
N/D
Aberto ao público

O Castelo da Piconha localiza-se no outeiro da Almena a leste da actual freguesia de Tourém, já em Espanha, no município galego de Calvos de Randín, no caminho que liga Randín a Vilar e Vilarinho.

Castelo raiano na margem esquerda do rio Salas, era a cabeça das Terras da Piconha, defendendo ainda o chamado Couto Misto, que passou para os domínios da Espanha pelo Tratado de Lisboa de 1864.

História[editar | editar código-fonte]

O castelo medieval[editar | editar código-fonte]

À época da Independência de Portugal, intensificou-se o povoamento das fronteiras com a Galiza. Nessa fase, no século XII, o Castelo da Piconha constituía-se em importante fortificação lindeira, destinado a guarnecer, juntamente com os castelos de Portelo, Montalegre, Monforte de Rio Frio e Chaves, a defesa dos acessos aos vales do rio Cávado e do rio Tâmega.

A Carta de Foral de Tourém é atribuída a D. Sancho I (1185-1211) em 1187, como cabeça das Terras da Piconha.

Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). A Piconha recebeu Foral Novo, passado pelo soberano, em 1515.

Da Guerra da Restauração aos nossos dias[editar | editar código-fonte]

No contexto da Guerra da Restauração, este castelo, juntamente com outras praças vizinhas na região, foi demolido por tropas espanholas (1650).

Às vésperas da Guerra Peninsular, entretanto, o castelo ainda permanecia na tradição, uma vez que o título de alcaide-mor do Castelo da Piconha foi recebido, em 20 de Dezembro de 1800, por João António de Sousa Pereira Coutinho Yebra e Oca, 9º morgado de Vilar de Perdizes e do Hospital de Santa Cruz, fidalgo da Casa Real (em 14 de Outubro de 1799).

Conforme os termos do Tratado de Lisboa (1864), tendo a maior parte das duas terras passado para domínio espanhol em 1865, o termo da Piconha foi extinto em 1866.

Hoje restam-nos, no Outeiro da Piconha (Galiza), as ruínas dos alicerces do seu castelo medieval, carecendo de classificação por parte do poder público e de pesquisa arqueológica. Actualmente, só é visível o algibe (do Árabe Al Jib,bolso ou bolsa) escavado na rocha.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • GOMES, Rita Costa. Castelos da Raia (v. II: Trás-os-Montes). Lisboa: IPPAR, 2003.