Catedral Metropolitana de Pelotas

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Catedral Metropolitana
de Pelotas
Catedral São Francisco de Paula
Catedral Metropolitana de Pelotas
Catedral Metropolitana de Pelotas
Construção 1826-1948
Diocese Arquidiocese de Pelotas
Geografia
País Brasil
Coordenadas 31° 45' 50" S 52° 20' 18" O

A Catedral Metropolitana de Pelotas - São Francisco de Paula é um templo católico brasileiro, no qual se encontra a Cátedra da Arquidiocese de Pelotas, no município homônimo do estado do Rio Grande do Sul.[1]

É dedicado a São Francisco de Paula.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Em 1813, o padre Felício da Costa Pereira tomou a iniciativa de se construir uma pequena capela, dedicada a São Francisco de Paula, cuja imagem de autoria desconhecida fora trazida da Colônia do Sacramento. Tratava-se de um pequeno santuário em alvenaria com duas águas e telhas de barro, de projeto simples sem torres nem sacristia.

Interior da Catedral

No ano de 1826, um raio destruiu a capela, o que forçou a construção de um novo e mais espaçoso templo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II lançou a pedra fundamental para a construção de um novo prédio, em outro local, que nunca chegou a ser concluído. Já na metade do século XIX, o templo apresentava a fachada atual, com pórtico e terraço, jogo de ordens superpostas, platibanda, duas torres de sino e duas cúpulas características.

Em agosto de 1910, o Papa Pio X assinou a Bula Papal, elevando a igreja à condição de Catedral.

Em 1915, uma ampliação foi providenciada, anexando-se um prédio de dois pavimentos a fim de servir como salão de eventos. Em 1933, um novo aumento elevou a capacidade para 1,7 mil pessoas. As janelas laterais foram substituídas por vitrais com passagens bíblicas, estes doados por famílias locais.

A configuração atual veio entre 1947 e 1948, com a construção da cripta e da grandiosa cúpula. Os artistas italianos Aldo Locatelli e Emílio Sessa se encarregaram da decoração interna do templo, a convite de dom Antonio Zattera. Os estilos escolhidos pelo pintor foram o renascentista, na composição, perspectiva, “sfumato” (sombreados), maneirista, complexidade das posturas, graça, forma serpentinada, variedade dos aspectos do corpo, barroco, força na ação, combinação de luminosidade e dramaticidade, iluminação em diagonal.[3]

Em 31 de agosto de 2011, o templo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Sul, por meio da portaria 36/2011.[4]

Características[editar | editar código-fonte]

Em arquitetura barroca, sua área construída é de 2.626,27 m² e capacitade para 1 700 pessoas. A Catedral de Pelotas conta com tribunas, cúpula, cripta, sacristias e duas torres (sul e norte) e capela-mor. Suas paredes externas e portas internas contam com vitrais.

Em 1948 foi inaugurada a decoração interna da catedral, realizada pelos artistas italianos Aldo Locatelli, Emilio Sessa e Adolfo Gardoni.

Destacam-se pinturas de três artistas italianos indicados pelo Papa João XXIII para a execução da obra, entre as quais a cúpula com pintura representando a apoteose de São Francisco de Paula, de Locatelli. Seus altares são de mármore italiano e os pisos em ladrilho hidráulico.[5][6] Possui vitrais da Casa Genta, de Porto Alegre.[7]

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Catedral São Francisco de Paula : Pelotas, RS». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 14 de agosto de 2021 
  2. «Padroeira | Arquidiocese de Pelotas». Arquidiocese Pelotas. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  3. «Catedral Metropolitana de Pelotas (RS): patrimônio cultural e histórico». Gaudium Press. 8 de agosto de 2013. Consultado em 14 de agosto de 2021 
  4. «IPHAE». www.iphae.rs.gov.br. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  5. «Pelotas - Catedral São Francisco de Paula -ipatrimônio». Consultado em 24 de setembro de 2021 
  6. «Patrimônios de Pelotas: Catedral São Francisco de Paula». Portal de Turismo de Pelotas. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  7. Wertheimer, Mariana G. & Gonçalves, Margerete F. "O Desenvolvimento da Arte do Vitral no século XX em Pelotas, RS". In: 19&20, 2013; VIII (1)
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