Cupira

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 Nota: Para a abelha, veja Partamona.
Cupira
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Cupira
Bandeira
Brasão de armas de Cupira
Brasão de armas
Hino
Lema Labor crescunt homines
"Trabalhar para crescer"
Gentílico cupirense[1]
Localização
Localização de Cupira em Pernambuco
Localização de Cupira em Pernambuco
Localização de Cupira em Pernambuco
Cupira está localizado em: Brasil
Cupira
Localização de Cupira no Brasil
Mapa
Mapa de Cupira
Coordenadas 8° 37' 01" S 35° 57' O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Norte: Agrestina, Altinho e São Joaquim do Monte;
Sul: Lagoa dos Gatos;
Leste: Belém de Maria;
Oeste: Panelas[2]
Distância até a capital 167 km
História
Fundação 29 de dezembro de 1953 (70 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) José Maria Leite de Macedo (UNIÃO [4], 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 95,155 km²
População total (estimativa IBGE/2021[5]) 24 237 hab.
Densidade 254,7 hab./km²
Clima semiárido (BSh)
Altitude 416 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,592 baixo
PIB (IBGE/2015[7]) R$ 219 595,21 mil
PIB per capita (IBGE/2015[7]) R$ 9 210,82

Cupira é um município brasileiro do estado de Pernambuco, Região Nordeste do país. O município é formado pelo distrito-sede de Cupira, e pelo distrito de Laje de São José, distribuídos numa população estimada em 24 237[5] habitantes, conforme dados do IBGE de 2021.

História[editar | editar código-fonte]

Os primeiros habitantes da região provavelmente se estabeleceram em Cupira por volta de 1881. Entre eles, os Srs. Quintiliano José de Mello, Manoel Gomes da Silva, Antônio Soares da Silva e Aleluia de Tal. Aleluia de Tal propôs a construção de uma capela, que foi edificada às margem de uma lagoa onde havia uma baraúna habitada por abelhas da espécie conhecida por cupira. O local, na época parte do município de Panelas, passou então a ser chamado Cupira, em alusão aos insetos. À medida que a povoação crescia, mais estradas eram abertas. Eventualmente, a região tornou-se povoado e, em 1896, fez-se a primeira feira-livre da povoação.[3]

Em 1900, a povoação tornou-se distrito do município de Panelas, com o nome de Taboleiro. Em 1914, o distrito foi renomeado para Cupira. Em 1953, Cupira desmembrou-se de Panelas, tornando-se município, sendo instalado em 1954. Já em 1955, a região de Laje de São José foi desmembrada do distrito-sede, tornando-se distrito próprio. Até hoje, o município é composto pelo distrito-sede de Cupira e pelo distrito de Laje de São José.[3]

O topônimo Cupira provém do Tupi kupi'ira e significa "abelha do cupim". É uma abelha que faz sua colmeia nos cupinzeiros.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Localiza-se a uma latitude 08º37'00" sul e a uma longitude 35º57'00" oeste, estando a uma altitude de 416 metros. De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[8] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Caruaru.[9] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião do Brejo Pernambucano, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Agreste Pernambucano.[10]

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[11] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico inferior a 800 mm, o índice de aridez até 0,5 e o risco de seca maior que 60%. Devido à altitude, o microclima local apresenta-se com verões brandos e secos, com ocorrência de tempestades de verão e eventual queda de granizo leve, temperaturas com picos entre 30 °C e 35 °C, névoa seca durante o período, e invernos chuvosos com mínimas absolutas entre 12 °C e 14 °C e ocorrência de névoa úmida nas noites entre junho e setembro.

O município de Cupira está localizado na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, apresentando relevo ondulado. A vegetação nativa é a floresta subcaducifólia,[2] com ocorrência de juazeiro, umbuzeiro, algaroba, ipê roxo, ipê rosa, ipê amarelo, conhecidos na região pelo nome de pau d'arco. Por ser uma região de transição entre a zona da Mata Atlântica e a Caatinga, é comum a ocorrência de cactos, sendo o mandacaru e a coroa-de-frade espécies endêmicas na região; há também a ocorrência de árvores nativas da Mata Atlântica tais como o pau-brasil, jamelão e exóticas como a mangueira, jaqueira, fruta-pão. No passado a região dispunha de resquícios de Mata Atlântica bem pronunciados pela formação dos brejos de altitude.

O município está inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Una e tem como principais tributários o Rio Panelas e o Riacho da Serra, todos de regime intermitente.[2]

Política[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Cupira». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  2. a b c Projeto Águas Subterrâneas. «Diagnóstico do município de Cupira» (PDF). Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Consultado em 1 de janeiro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 24 de fevereiro de 2014 
  3. a b c Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Cupira - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 22 de janeiro de 2008. Cópia arquivada (PDF) em 2 de outubro de 2017 
  4. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  5. a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 12 de setembro de 2021 
  6. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 1 de outubro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  7. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2015). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2015». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 6 de julho de 2018. Cópia arquivada em 6 de julho de 2018 
  9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 6 de julho de 2018 
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 6 de julho de 2018 
  11. Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro Arquivado em 26 de março de 2010, no Wayback Machine..

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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