Atalaia (Alagoas): diferenças entre revisões
Linha 140: | Linha 140: | ||
|- |
|- |
||
|'''—''' |
|'''—''' |
||
|[[Flávia Maria Monteiro de Lima Medeiros]] |
|[[Flávia Maria Monteiro de Lima Medeiros]],<br />''Professora Flávia'' |
||
|[[Partido dos Trabalhadores|PT]] |
|[[Partido dos Trabalhadores|PT]] |
||
|1º de janeiro de 2001 |
|1º de janeiro de 2001 |
Revisão das 00h49min de 4 de maio de 2016
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | atalaiense | ||
Localização | |||
![]() | |||
Localização de Atalaia no Brasil | |||
Mapa de Atalaia | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Alagoas | ||
Municípios limítrofes | Pilar, Capela, Boca da Mata, Pindoba e Maribondo | ||
Distância até a capital | 48 km | ||
História | |||
Fundação | 1 de fevereiro de 1764 (260 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Lopes de Albuquerque (Zé do Pedrinho) (PSDB) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 531,983 km² | ||
População total (IBGE/2015[2]) | 47 298 hab. | ||
Densidade | 88,9 hab./km² | ||
Clima | tropical quente e úmido | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,594 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 202 285,031 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 3 897,37 |
Atalaia é um município brasileiro localizado no estado de Alagoas. Pertencente à Mesorregião do Leste Alagoano e à Microrregião da Mata Alagoana, localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 48 quilômetros. Sua população foi estimada em 2015 pelo IBGE em 47.298 habitantes,[2] sendo assim um dos mais populosos do estado de Alagoas e o primeiro de sua microrregião. Está a 1 466 quilômetros de Brasília, a capital federal. Sua área é de 534,2 km², sendo que 1,7041 km² estão em perímetro urbano.[5]
De economia predominantemente agrícola (cana-de-açúcar), localiza-se a uma latitude 09º30'07" sul e a uma longitude 36º01'22" oeste, estando a uma altitude de 54 metros.
Localização
A cidade fica a 48 km da capital do estado, Maceió. Tradicional cidade alagoana, Atalaia tem sua história marcada não somente pelo episódio da destruição do Quilombo dos Palmares, mas também pelo fato de, em suas terras, ter surgido a primeira usina de açúcar de Alagoas, uma das maiores do Brasil, em sua época: A Usina Brasileiro.
Origem do nome
Há duas hipóteses para a origem do nome "Atalaia". A primeira afirma que o nome se deve ao fato de que as tropas comandadas por Domingos Jorge Velho, contratado para destruir o Quilombo dos Palmares ficavam de "atalaia" (vigilância). Porém, essa hipótese não é bastante aceita pelos historiadores, pois o nome do município foi dado por D. José I somente em 1764, em homenagem, provavelmente ao Visconde de Atalaia, fidalgo português muito amigo de D. José I. Esta é a hipótese mais aceita. Contribui para isso o fato de que Atalaia começou a ser povoada por volta de 1692, tendo tido como primeiro nome Arraial dos Palmares. Portanto, até o ano de 1764, não há menção nos registros históricos do nome Atalaia.
História
A ocupação das terras onde hoje situa-se o município iniciou-se por volta de 1692 por Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista contratado pelo então Governador da Província de Pernambuco Fernão de Souza Carrilho para destruir o Quilombo dos Palmares. Domingos Jorge Velho havia recebido do governo português a promessa de uma sesmaria (seis léguas de terra), como recompensa pela destruição do Quilombo dos Palmares. Com a destruição de Palmares, e a consequente morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695 o bandeirante esperou o cumprimento da promessa, e se estabeleceu no atual bairro da Cidade Alta, de onde ficava de vigilância (atalaia), durante a luta contra os negros palmarinos. O bandeirante batizou a nova povoação de Arraial dos Palmares.
Lá, por volta de 1697, Domingos Jorge Velho mandou construir a Capela de Nossa Senhora das Brotas - a primeira edificação de Atalaia - santa que considerava como sua protetora. Esta é ainda hoje a padroeira de Atalaia. Para tentar agradar à Coroa Portuguesa, Domingos Jorge Velho lhe envia carta comunicando o desejo de que a povoação iniciada por ele passasse a se chamar Vila Real de Bragança, para que a mesma ficasse sob a proteção da Casa de Bragança, para que mais rápido se desenvolvesse. Porém, o pedido foi negado por D. José I. No final de 1700, Domingos Jorge Velho morre sem, no entanto, receber da Coroa Portuguesa o decreto de doação da sesmaria. Apesar do crescimento da povoação, o Arraial dos Palmares não era reconhecido pelas autoridades. Somente em 12 de março de 1701, o Governador da Província de Pernambuco recebe Carta Régia determinando a criação oficial do arraial, porém com o nome de Arraial de Nossa Senhora das Brotas. No entanto, este nome não caiu no gosto dos habitantes, permanecendo os habitantes utilizando a denominação Arraial dos Palmares. Somente em 1716, os filhos e a esposa de Domingos Jorge Velho recebem o decreto que doa a sesmaria onde hoje localiza-se Atalaia, como recompensa pela destruição dos Palmares.
Durante o governo do 10.° Ouvidor da Província de Alagoas, Manuel Álvares, os habitantes do Arraial dos Palmares, por seu intermédio, solicitaram ao governo português a elevação do arraial à categoria de vila. D. José I atendeu em parte às reivindicações da população, elevando o Arraial dos Palmares à categoria de vila, porém, com o nome de Vila de Atalaia, em homenagem ao Conde de Atalaia, seu amigo particular. Este decreto data de 1 de fevereiro de 1764, considerada a data de sua fundação. Foi a quarta vila criada em Alagoas, depois de Porto Calvo, Marechal Deodoro (antiga Alagoas) e Penedo.
Em 5 de março de 1891 Atalaia é elevada à categoria de cidade, pelo governador Manuel de Araújo Góes.
Administração
Esta é uma lista de prefeitos e vice-prefeitos de Atalaia.
Nº | Nome | Partido | Início do mandato | Fim do mandato | Observações |
— | Francisco Guilherme Bittencourt | — | — | — | Intendente |
— | Ernesto Lopes de Vasconcelos | — | 1926 | 1928 | Prefeito eleito |
— | José Lopes Duarte | PSD | 1945 | — | Interventor estadual |
— | Luiz Augusto da Rocha Tenório | — | 1956 | 1959 | Prefeito eleito |
— | José Lopes Duarte | MDB | 1968 | — | Prefeito nomeado |
— | Luiz de Albuquerque Pontes, Luiz Vigário |
MDB | 1969 | — | Prefeito nomeado |
— | Aluísio Lopes | — | 1º de janeiro de 1993 | 31 de dezembro de 1996 | Prefeito eleito |
— | Sebastião Pereira Acioli, Sebastião Batalha |
— | 1º de janeiro de 1997 | 31 de dezembro de 2000 | Prefeito eleito |
— | José Lopes de Albuquerque, Zé do Pedrinho |
PDT | 1º de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004 | Prefeito eleito |
— | Flávia Maria Monteiro de Lima Medeiros, Professora Flávia |
PT | 1º de janeiro de 2001 | 31 de dezembro de 2004 | Vice-prefeito eleito |
3 | Francisco Luiz de Albuquerque, Chico Vigário |
PTB | 1º de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008 | Prefeito eleito |
- | Augusto César Bonfim Santos, Augusto César |
PMN | 1º de janeiro de 2005 | 31 de dezembro de 2008 | Vice-prefeito eleito |
- | Francisco Luiz de Albuquerque, Chico Vigário |
PTB | 1º de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012 | Prefeito reeleito |
— | Elvio Alves Brasil | PTB | 1º de janeiro de 2009 | 31 de dezembro de 2012 | Vice-prefeito eleito |
— | Manoel da Silva Oliveira, Professor Mano |
PTB | 1º de janeiro de 2013 | 23 de Setembro de 2014 | Prefeito eleito |
— | Elvio Alves Brasil | PTB | 1º de janeiro de 2013 | 23 de Setembro de 2014 | Vice-prefeito eleito |
__ | José Lopes de Albuquerque, Zé do Pedrinho |
PSDB | 27 de Setembro de 2014 | Atual | 2° Colocado para prefeito |
— | Fernando Affonso Lyra Collor de Melo Fernando Lyra |
PSD | 27 de Setembro de 2014 | Atual | 2° Colocado para Vice-prefeito |
Acervo histórico
Atalaia, por ter sido um dos primeiros núcleos populacionais de Alagoas, possui importante acervo histórico, como a Capela de São José (antiga Capela de Nossa Senhora das Brotas), primeira edificação construída em Atalaia por Domingos Jorge Velho em 1697, a imponente Igreja Matriz de Nossa Senhora das Brotas, construída por Domingos Jorge Velho em 1701 com suas imagens antigas e seu altar-mor belíssimo, a Casa Grande da Fazenda Jardim das Lajes, a Praça do Bi-Centenário, as ruínas da Usina Brasileiro - primeira usina de Alagoas -, da Usina Ouricuri, Vitória do Cacaú, e o casario histórico da Avenida Barão José Miguel, no centro da cidade, e na Rua de Cima, no bairro da Cidade Alta.
Atalaienses notórios
Atualmente
Continua se constituindo numa importante cidade alagoana. Tem uma população de 16.598 habitantes na zona urbana e mais 35.044 na zona rural. Nos últimos anos perdeu duas importantes fontes de geração de emprego e renda: a Comesa (siderúrgica) pertencente ao grupo Gerdau, a Usina Ouricuri (açúcar e álcool), a Cerâmica da Porangaba, uma das maiores produtoras de tijolos e telhas do estado, e a CORAL (Couro de Alagoas S/A). O município tem tentado atrair algumas indústrias nos últimos anos, com a criação do Pólo Industrial de Atalaia, oferecendo isenção de impostos para as indústrias que forem aí se instalar.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ a b «Atalaia». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 05 de março de 2015 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ Embrapa Monitoramento por Satélite. «Alagoas». Consultado em 05 de março de 2016 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda)