Fábio Félix

Adicionar hiperligações
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fábio Félix
Fábio Félix
Fábio durante Conferência do PSOL em 2017
Deputado distrital do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 2019
até atualidade
Dados pessoais
Nome completo Fábio Félix Silveira
Nascimento 20 de dezembro de 1985 (38 anos)
Brasília, DF
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de Brasília
Partido PSOL (2005-presente)
Profissão Assistente social

Fábio Felix Silveira (Brasília, 20 de dezembro de 1985) é um assistente social, professor e político brasileiro filiado ao PSOL. Nas eleições de 2022 foi reeleito para o segundo mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal, se tornando o deputado distrital mais votado da história do DF. É ativista dos direitos LGBT, dos direitos humanos [1] e fundador do PSOL no Distrito Federal. Mestre pela Universidade de Brasília, é servidor público socioeducativo do Distrito Federal, além de professor nos cursos de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília e da UnB.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Kátia Felix e Elizeu José da Silveira, servidores públicos da Justiça do Trabalho. Irmão de Mônica Felix, artista plástica e professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal e Juliana Felix, enfermeira da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

É formado em Serviço Social pela Universidade de Brasília, onde também obteve o grau de mestre em Política Social em 2014.

Carreira Política[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil da Universidade de Brasília, foi coordenador do Centro Acadêmico de Serviço Social da UnB entre 2004 e 2006. Assumiu a coordenação geral do Diretório Central dos Estudantes da UnB em 2007. Em 2008, junto com milhares de estudantes participou da ocupação da reitoria na universidade contra a corrupção e pela democratização da instituição.[2] Em 2010, após concurso público, assumiu o cargo de assistente social do sistema socioeducativo do Distrito Federal, tendo trabalhado no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (CAJE), na Unidade de Internação de Planaltina, onde foi supervisor da equipe psicossocial, na Unidade de Internação de São Sebastião e na Unidade de Internação do Recanto das Emas. Em 2012, atuou na assessoria técnica da gestão do sistema socioeducativo.[3]

Em 2003, se assumiu gay e iniciou a militância ainda adolescente no movimento LGBT, tendo participado da ONG Estruturação, foi fundador do grupo KLAUS, primeiro coletivo LGBT da UnB, participou da coletiva Baderna LGBT, entre outros grupos, fóruns e debates.[4][5]

Em 2006, começou a participar do grupo Violes (Grupo de pesquisa sobre violência e exploração sexual contra crianças, adolescentes e mulheres). Colaborou como coordenador técnico do projeto "A trajetória social do adolescente em situação de exploração sexual na rodoviária e setor comercial sul de Brasília".

Fábio Félix e a ativista Irmã Mônica na Câmara dos Deputados (2023).

Em 2005, foi um dos fundadores do Partido Socialismo e Liberdade, onde atuou como secretário de juventude e militante de base. Ocupou em diferentes composições do diretório posições de colaborador. Nas eleições de 2014, foi candidato a deputado distrital, tendo obtido 6.257 votos.[6] Assumiu a presidência do diretório regional do PSOL no Distrito Federal em 2017, após ser eleito em congresso do partido.[7]

Em 2016, foi eleito presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA) e no ano seguinte atuou como vice-presidente desse conselho. Sua trajetória é marcada pela defesa dos direitos humanos e pelos direitos das crianças e dos adolescentes.[8][9]

Deputado Distrital[editar | editar código-fonte]

Em 2018 foi novamente candidato a deputado distrital, sendo eleito com mais de 10 mil votos, pela coligação PSOL e PCB. Tornou-se assim o primeiro parlamentar homossexual assumido[9] a exercer mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).[10]

No inicio da legislatura foi eleito presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar.[11] Além de assumir a liderança da Minoria na Câmara Legislativa.

Nas eleições de 2022, foi reeleito deputado distrital com 51.792 votos, tornando-se o candidato à CLDF mais votado na história.[12]

Desempenho em eleições[editar | editar código-fonte]

Ano Eleição Partido Cargo Votos Resultado
2006 Distritais no Distrito Federal PSOL Deputado Distrital 790

(0,06%)

Não eleito[13]
2014 Distritais no Distrito Federal 6.257

(0,43%)

Não eleito[13]
2018 Distritais no Distrito Federal 10.955

(0,79%)

Eleito[13]
2022 Distritais no Distrito Federal 51.792

(3,10%)

Eleito[13]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ Fernandes, Augusto (17 de outubro de 2018). «"Quero ser uma central da dignidade humana", diz o distrital Fábio Felix». Correio Braziliense. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  2. ↑ «Estudantes decidem manter ocupação da reitoria da UnB». Folha de S.Paulo. 7 de abril de 2008. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  3. ↑ «Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Fabio Felix Silveira)». CNPq. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  4. ↑ Lima, Bruna (12 de outubro de 2017). «Mulher trans consegue alteração de identidade sem laudo médico nem cirurgia». Correio Braziliense. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  5. ↑ Mader, Helena (23 de junho de 2017). «Rollemberg decide regulamentar lei que pune homofobia no DF». Correio Braziliense. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  6. ↑ «FÁBIO FELIX 50321 - Deputado Distrital - Candidatos - Eleições - 2014». Folha de S.Paulo. 2014. Consultado em 1 de janeiro de 2019 [ligação inativa] 
  7. ↑ Mader, Helena (22 de outubro de 2017). «Em votação apertada, PSol elege o ativista Fábio Félix para a presidência regional do partido». Correio Braziliense. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  8. ↑ Pera, Guilherme (14 de fevereiro de 2017). «Conselho de direitos da criança tem novo presidente». Agência Brasília. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  9. ↑ a b «'Marola progressista' no Legislativo faz contraponto à onda conservadora». Folha de S.Paulo. 10 de outubro de 2018. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  10. ↑ «Fábio Felix é o primeiro gay assumido a conquistar vaga na CLDF». Metropoles. 25 de novembro de 2018. Consultado em 16 de dezembro de 2018 
  11. ↑ «Distrital Fábio Felix assume presidência da Comissão de Direitos Humanos da CLDF». Diário do Poder. 2 de janeiro de 2019. Consultado em 19 de novembro de 2020 
  12. ↑ «Gay 'fora do armário', Fábio Félix é deputado mais votado da história do DF». UOL. 3 de outubro de 2022. Consultado em 9 de outubro de 2022 
  13. ↑ a b c d «Poder360 | FÁBIO FELIX». eleicoes.poder360.com.br. Consultado em 5 de novembro de 2022 
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fábio_Félix&oldid=67687968"