Henriqueta Catarina de Joyeuse

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Henriqueta
Henriqueta Catarina de Joyeuse
Retrato de Henriqueta do século XVII por artista desconhecido; a romã que ela carrega é uma alusão ao seu novo casamento com Carlos I de Guise. Faz parte da coleção do Palácio de Versalhes
Duquesa de Joyeuse
Condessa de Bouchage
Reinado 28 de setembro de 16081647
Antecessor(a) Henrique de Joyeuse
Sucessor(a) Luís de Guise
Duquesa de Montpensier
Reinado 15971608
Predecessor(a) Renata de Anjou
Sucessor(a) Maria de Bourbon
Duquesa de Guise
Princesa de Joinville
Condessa d'Eu
Baronesa de Lambesc
Reinado 16111640
Predecessor(a) Catarina de Cleves
Sucessor(a) Isabel Margarida de Orleães
 
Nascimento 8 de janeiro de 1585
  Castelo do Louvre, Paris, França
Morte 25 de fevereiro de 1656 (71 anos)
  Castelo do Louvre, Paris, França
Sepultado em França
Cônjuge Henrique de Montpensier
Carlos I de Guise
Descendência Maria, Duquesa de Orleães e Montpensier
Henrique II, Duque de Guise
Maria de Lorena, Duquesa de Guise
Luís, Duque de Joyeuse
Casa Joyeuse (por nascimento)
Bourbon (por casamento)
Guise (por casamento)
Pai Henrique de Joyeuse
Mãe Catarina de Nogaret-la-Vallette

Henriqueta Catarina de Joyeuse (em francês: Henriette Catherine; Castelo do Louvre, 8 de janeiro de 1585Castelo do Louvre, 25 de fevereiro de 1656),[1][2] foi uma nobre francesa. Ela foi duquesa de Joyeuse e condessa de Bouchage por direito próprio (suo jure) como sucessora do pai, além de duquesa de Montpensier pelo seu primeiro casamento com Henrique de Montpensier, e duquesa de Guise pelo seu segundo casamento com Carlos I de Guise. Através da filha Maria de Bourbon, foi avó da herdeira Ana Maria Luísa de Orleães, conhecida como a Grande Mademoiselle.

Família[editar | editar código-fonte]

Henriqueta Catarina foi a única filha nascida do duque Henrique de Joyeuse, conde de Bouchage e de Catarina de Nogaret-la-Vallette.

Os seus avós paternos foram o visconde Guilherme II de Joyeuse, Marechal de França, e Maria de Batarnay. Os seus avós maternos foram João Nogaret, senhor de la Valelette e de Joana de Saint-Lary-de-Bellegard.

Pelo lado materno, foi sobrinha de Jean Louis de Nogaret de La Valette, um favorito do rei Henrique III de França. Já pelo lado paterno foi sobrinha de Anne de Batarnay de Joyeuse, outro favorito de Henrique III, e de Francisco de Joyeuse, arcebispo de Ruão.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Após a morte de sua mãe, em 1587, e a entrada de seu pai na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, ela foi acolhida e criada por sua avó paterna, Maria. Com a morte de sua mãe, Henrique busca a filha em 1595.

Quando ela tinha apenas 13 anos, foi confiada a seu tio, o cardeal Francisco, por alguns anos.

Em 15 de maio de 1597[3] ou em 1599[1], em Reims, ela se casou com o duque Henrique, filho de Francisco de Bourbon, Duque Montpensier e de Renata de Anjou, marquesa de Mézières e condessa de Saint-Fargeau. Juntos tiveram apenas uma filha, Maria.

Ficou viúva os 23 anos, em 1608, com a morte de Henrique. Alguns anos mais tarde, em 6 de janeiro de 1611, veio a contrair matrimônio com o duque Carlos, filho do duque Henrique I de Guise e de Catarina de Cleves, condessa de Eu. O casal teve dez filhos, sete meninos e três meninas.

Brasões de Henriqueta e Carlos, no Hotel de Clisson, em Paris.

Após a morte do pai em 28 de setembro de 1608, tornou-se duquesa de Joyeuse e condessa de Bouchage. Em 1647, ela passou o ducado para o filho Luís.

Retrato por artista desconhecido localizado no Castelo d'Eu.

Em 1620, a duquesa fundou a casa dos Oratorianos de Joyeuse.[4]

Ela era próxima da família real e amiga da rainha Maria de Médici. Henriqueta Catarina foi, no entanto, forçada a seguir seu marido, exilado na Florença em março de 1635, após intrigas contra o Cardeal Richelieu, primeiro ministro do governo de Luís XII de França. Ela permaneceu lá até a morte morte de Carlos, em setembro de 1640. [5]

Retornando à França, Henriqueta Catarina dedicou-se a obras piedosas e morreu em 25 fevereiro de 1656, aos 71 anos. Ela está enterrada na igreja do convento dos Capuchinhos em Paris. Seu caixão teria sido desenterrado por volta de 1854. durante obras de saneamento na rue de la Paix. [6]

Descendência[editar | editar código-fonte]

Do seu primeiro casamento:

Do seu segundo casamento:

  • Francisco (3 de abril de 1612 – 7 de dezembro de 1639), príncipe de Joinville;
  • Filho gêmeos (4 de março de 1613 – 19 de março de 1613);
  • Henrique II de Guise (4 de abril de 1614 – 2 de junho de 1664), duque de Guise como sucessor do pai. Teria se casado numa cerimônia secreta com Ana Maria de Gonzaga-Nevers de acordo com Ana, o que Henrique negou ter ocorrido. Também teria se casado com Honorina de Glymes, viúva de Alberto Maximiliano de Hénin, conde de Bossu, em Bruxelas. Porém, a família Guise se recusou a reconhecer a união, mesmo após ser declarada válida pela Rota Romana. Sem descendência;
  • Maria de Lorena, Duquesa de Guise (15 de agosto de 1615 – 3 de março de 1688), sucessora do sobrinho-neto Francisco José de Lorena. Não se casou e nem teve filhos;
  • Filha de nome desconhecio, conhecida como Mademoiselle de Joinville (4 de março de 1617 – 18 de janeiro de 1618);
  • Carlos Luís (15 de julho de 1618 – 15 de março de 1637), duque de Joyeuse;
  • Francisca Renata (10 de janeiro de 1621 – 4 de dezembro de 1682), abadessa de São Pedro em Reims, em 1637, e abadessa de Montemartre em 1644;
  • Luís, Duque de Joyeuse (11 de janeiro de 1622 – Paris, 27 de setembro de 1654), sucessor de mãe e duque de Angolema. Foi marido de Maria Francisca de Valois, descendente pela linhagem ilegítima do rei Carlos IX de França e de Maria Touchet. Teve descendência;
  • Roger (21 de março de 1624 – 6 de setembro de 1653), cavaleiro da Ordem de Malta. Morreu em batalha em Cambrai.

Títulos[editar | editar código-fonte]

Ascendência[editar | editar código-fonte]

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Referências