Prémios Nobel CERN

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Os Prémios Nobel e o CERN

Do sonho à realidade

O sonho dos pais fundadores do CERNPierre Auger, Raoul Dautry, François de Rose e Lew Kowarski na França, Edoardo Amaldi na Itália e Niels Bohr na Dinamarca — de voltar a dar à Europa depois da Segunda Guerra Mundial o lugar que merecia em relação à Ciência,[1] já se tinha amplamente realizado com as inúmeras descobertas e os avanços técnicos e tecnológicos efectuados no CERN. Essas descobertas foram devidamente reconhecida pelos seus pares quando os propuseram para serem recompensados pelo Prémio Nobel, o que aconteceu pela primeira vez em 1984.

Assim, foi em 1984 que Carlo Rubbia e Simon van der Meer receberam o Prémio Nobel da física pelas "suas decisivas contribuições ao grande projecto que levou à descoberta dos bósons W e Z portadores da força nuclear fraca".[2]

O arrefecimento estocástico

Este magistral projecto é uma ideia de van der Meer em criar feixes de partículas nucleares intensas pelo processo chamado do refroidissement stochastique,[3] que realizou nos Anéis de Armazenagem a Intersecções (ISR), acelerador do CERN, e que permite manter, por longos períodos de tempo, feixes de partículas.
Os resultados experimentais que se seguiram vieram confirmar a unificação das forças electromagnéticas e fracas, a teoria electrofraca do modelo padrão.

A câmara proporcional multifios

Menos de dez anos depois, Georges Charpak, um físico do CERN desde 1959, recebeu em 1992, o Prémio Nobel da física pela "invenção e elaboração de detectores de partículas, em particular a câmara proporcional multifios, um avanço importante na técnica da exploração das partículas mais pequenas da matéria".
A câmara proporcional multifios que inventou em 1968 marca o princípio da era dos detectores de partículas inteiramente electrónicos. Hoje os seus detectores são utilizados na investigação biológica, e poderão eventualmente substituir os registos fotográficos das aplicações em radiobiologia.

E também trabalharam no CERN

O laboratório também atira os laureados dos Prémio Nobel. O primeiro Director Geral do CERN, Félix Bloch, tinha recebido com Edward Mills Purcell, um Prémio Nobel de 1952 "pela elaboração de novos métodos de medidas de precisão do magnetismo nuclear e descobertas relacionadas".

Em 1976, foi a vez de Sam Ting, o porta-voz da experiência L3 do LEP, e a Burt Richter, "pelos seus trabalhos na descoberta de uma partícula elementar pesada de um novo tipo". Descoberta em 1974 esta partícula baptizada J/psi, é na realidade composto do 'quark-antiquark charme'[2]

Em 1988, Jack Steinberger, físico do CERN desde 1960 e então chefe da experiência ALEPH du LEP, compartilhou o prémio com Leon Lederman et Mel Schwartz "pelo método des feixes de neutrinos e a demonstração da estrutura dupla dos léptões pela descoberta do neutrino muónico". Esta descoberta, feita em 1962 no Laboratório Nacional de Brookhaven, confirmava um postulado de base da teoria dos léptões.[4]

Fotografias

Os lauredos e co-lauresdos no sítio do Nobel Prize

Ver também

Referências